Paraná
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- Nota: Para outros significados de Paraná, ver Paraná (desambiguação).
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Hino | |||||
Localização | |||||
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Região | Sul | ||||
Capital | Curitiba | ||||
Estados limítrofes | Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul | ||||
Mesorregiões | 10 | ||||
Microrregiões | 39 | ||||
Municípios | 399 | ||||
Características geográficas | |||||
Área | 199.880 km² | ||||
População | 10.261.856 hab. 2005 | ||||
Densidade | 47,9 hab./km² | ||||
Clima | subtropical Cfa, Cfb | ||||
Indicadores | |||||
Analfabetismo | 7,8% 2003 | ||||
Mortalidade infantil | 20,0‰ 2005 | ||||
Expectativa de vida | 73,5 anos 2005 | ||||
Índice Gini | 0,538 PNUD/2005 | ||||
IDH | 0,787 — médio PNUD/2000 | ||||
PIB | R$ 108,669 bilhões 2004 | ||||
PIB per capita | R$ 10 725 2004 | ||||
Outros | |||||
Gentílico | paranaense | ||||
Sigla | BR-PR |
O Paraná é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado na região Sul do país e tem como limites São Paulo (a norte e nordeste), oceano Atlântico (leste), Santa Catarina (sul), Argentina (sudoeste), Paraguai (oeste) e Mato Grosso do Sul (noroeste). Ocupa uma área de 199.709 km².
Sua capital é Curitiba e outras importantes cidades são Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Cascavel, Guarapuava e Paranaguá.
Índice |
[editar] História
No século XVII, descobriu-se na região do Paraná uma área aurífera, anterior ao descobrimento das Minas Gerais, que provocou o povoamento tanto no litoral quanto no interior. Com o descobrimento das Minas Gerais, o ouro de Paranaguá perdeu a importância. As famílias ricas, que possuíam grandes extensões de terra, passaram a se dedicar à criação de gado, que logo abasteceria a população das Minas Gerais. Mas apenas no século XIX as terras do centro e do sul do Paraná foram definitivamente ocupadas pelos fazendeiros.
No final do século XIX, a erva-mate dominou a economia e criou uma nova fonte de riqueza para os líderes que partilhavam o poder. Com o aparecimento das estradas de ferro, ligando a região da araucária aos portos e a São Paulo, já no final do século XIX, ocorreu novo período de crescimento.
A partir de 1850, o governo provincial de São Paulo empreendeu um amplo programa de colonização, especialmente de alemães, italianos, poloneses e ucranianos, que contribuíram decisivamente para a expansão da economia paranaense e para a renovação de sua estrutura social.
Somente em 1853, criou-se a Província do Paraná, desmembrada da Província de São Paulo.
- Fonte: Página internet do Governo do Brasil
[editar] Primeiros tempos
Até meados do século XVII, o litoral sul da capitania de São Vicente, hoje pertencente ao estado do Paraná, foi esporadicamente visitado por europeus que buscavam madeiras de lei. No período de domínio espanhol, foi estimulado o contato dos vicentinos com a área do rio da Prata e tornou-se mais freqüente o percurso da costa meridional, cuja exploração intermitente também seria motivada pela procura de índios e de riquezas minerais. Do litoral os paulistas adentraram-se para oeste, em busca de indígenas, ao mesmo tempo que, a leste, onde hoje estão Paranaguá e Curitiba, dedicaram-se à mineração.
As lendas sobre a existência de grandes jazidas de ouro e prata atraíram à região de Paranaguá numerosos aventureiros. O próprio Salvador Correia de Sá, que em 1613 assumira a superintendência das minas do sul do Brasil, ali esteve durante três meses, enquanto trabalhava com cinco especialistas que fizera vir de Portugal. Não encontrou, porém, nem uma onça de ouro. Sob o governo do marquês de Barbacena, foi para lá enviado o espanhol Rodrigo Castelo Blanco, grande conhecedor das jazidas do Peru, que em 1680 escreveu ao rei de Portugal para também desiludi-lo de vez sobre a lenda das minas de prata.
No fim do século XVII, abandonados os sonhos de grandes riquezas minerais, prosseguiu a cata do ouro de aluvião, dito "de lavagem", mediante a qual os escassos habitantes do lugar procuravam recursos para a aquisição de produtos de fora. Os índios que escapavam ao extermínio eram postos na lavoura. Os escravos africanos começaram a ser utilizados no século XVIII e já em 1798 o censo revelava que seu número, em termos relativos, superava o dos índios.
A vila de Paranaguá, criada por uma carta régia de 1648, formou com o seu sertão - os chamados campos de Curitiba, a quase mil metros de altitude - uma só comunidade. Prevaleceu em Paranaguá o cultivo das terras e, nos campos, a criação de gado. Pouco a pouco, Curitiba, elevada a vila em 1693, transformou-se no principal núcleo da comunidade paranaense, e para isso foi fator decisivo a grande estrada do gado que se estabeleceu entre o Rio Grande do Sul e Sorocaba.
E Castro foi a primeira capital do Paraná, logo depois assim, foi nomeado Curitiba .
[editar] Ciclo das tropas
A descoberta das minas de ouro de Minas Gerais teve como uma de suas conseqüências a grande demanda de gado eqüino e vacum. Recorreu-se então aos muares xucros da região missioneira do sul, tocados pela estrada Viamão-Sorocaba, aberta em 1731. Segundo Brasil Pinheiro Machado, a construção dessa estrada foi "acontecimento relevante na história paranaense. Desligou Curitiba do ciclo litorâneo, distanciando-a socialmente de Paranaguá e incorporando-a ao sistema histórico das guerras de fronteira, dando-lhe oportunidade de uma marcha para o sul, para o norte e para oeste, de maneira que Curitiba passa a significar o caráter de toda a região que será a futura província".
Inaugurava-se assim o ciclo das tropas na história paranaense, que se estendeu até a década de 1870, quando começou a era do transporte ferroviário. Numerosos habitantes dedicaram-se ao rendoso negócio de comprar muares no sul, inverná-los em seus campos e revendê-los nas feiras de Sorocaba. Foi essencialmente com a disseminação das fazendas de criação e invernagem que se fez a ocupação do território. Com base na propriedade das pastagens e no trabalho de escravos negros e índios, estabelecem-se as famílias que detêm o poder regional.
[editar] Expansão da atividade pastoril
Em princípio do século XIX, com o recrudescimento da guerra no sul, tornou-se necessária, como parte da estratégia portuguesa, a ocupação das terras que pelo Tratado de Madri pertenciam a Portugal, mas permaneciam abandonadas desde a destruição das missões jesuíticas pelos bandeirantes.
Com o tríplice objetivo de ocupar o território, subjugar os índios e abrir caminho para as missões, em junho de 1810 uma operação militar atingiu os campos de Guarapuava, que logo a seguir foram doados em sesmarias. Os índios capturados foram distribuídos "pelos mais abonados moradores" e três décadas depois a região estava ocupada. Tratava-se então de conquistar aos indígenas os campos de Palmas, o que foi feito em 1839 por duas sociedades particulares, rivais, que recorreram à arbitragem para evitar choque armado entre seus componentes. Completou-se assim em meados do século XIX, e graças à atividade pastoril, a ocupação dos campos do interior.
[editar] Província do Paraná
Por alvará de 19 de fevereiro de 1811, foi criada a comarca de Paranaguá e Curitiba, pertencente à capitania de São Paulo. A 6 de julho do mesmo ano a câmara municipal de Paranaguá dirigiu-se ao príncipe regente para pedir a emancipação da comarca e a criação de nova capitania. Dez anos depois, o movimento, liderado por Floriano Bento Viana, formulou abertamente sua reivindicação separatista, mas ainda sem obter êxito.
Apesar da atividade política expressa em sucessivas diligências e petições que tinham em vista a emancipação político-administrativa, e mesmo após a independência, continuaram os então chamados "parnanguaras" submetidos aos comandantes da tropa local, uma vez que o governo provincial estava longe e desinteressado daquelas terras. A importância política e estratégica da região avultava com os anos e evidenciava-se com acontecimentos que repercutiram no plano nacional, como as revoluções farroupilha, de 1835 a 1845, e liberal, em 1842.
Paralelamente, a economia paranaense, a par do comércio de gado, ganhava incremento com a exportação da erva-mate nativa para os mercados do Prata e do Chile. Eram feitas promessas de emancipação, enquanto prosseguiam as representações e a luta no Parlamento. Finalmente, a 28 de agosto de 1853 foi aprovado o projeto de criação da província do Paraná, que teria como capital provisória (que depois seria confirmada) a cidade de Curitiba.
A 19 de dezembro do mesmo ano chegou à capital Zacarias de Góis e Vasconcelos, primeiro presidente da província, que desde logo se empenhou em tomar medidas destinadas a impulsionar a economia local e conseguir recursos para as ações administrativas que se faziam necessárias. Procurou encaminhar para outras atividades, mormente de lavoura, parte da mão-de-obra e dos capitais que se empregavam no preparo e comércio da erva-mate. O mais lucrativo negócio da província continuava a ser, no entanto, a invernada e a venda de muares para São Paulo. Essa atividade chegou ao ponto mais alto na década de 1860 e só entrou em declínio no final do século.
Durante o período provincial, o governo do Paraná não alcançou a necessária continuidade administrativa, já que a presidência da província, de livre escolha do poder central, teve nada menos de 55 ocupantes em 36 anos. Os liberais paranaenses organizaram-se sob a liderança de Jesuíno Marcondes e seu cunhado Manuel Alves de Araújo, pertencentes à família dos barões de Tibagi e Campos Gerais, na época a mais poderosa oligarquia na região. Os conservadores eram chefiados por Manuel Antônio Guimarães e Manuel Francisco Correia Júnior, de famílias que controlavam o comércio do litoral.
[editar] Crise na sociedade pastoril
A decadência do comércio de muares acarretou crise em toda a sociedade pastoril do Paraná. O grande patrimônio indiviso da família patriarcal, que abrangia vários núcleos familiares, já não podia prover a subsistência de todos. Filhos de fazendeiros emigraram para as cidades, para São Paulo e para o Rio Grande do Sul. Desde o início do século XIX o Paraná vinha recebendo imigrantes, dentro da política de preenchimento dos vazios demográficos. Eram açorianos, alemães, suíços e franceses, mas em pequeno número e sem condições de prosperidade.
Em meados daquele século, embora contasse com uma população de cerca de sessenta mil habitantes, o Paraná continuava, do ponto de vista humano, um deserto irregularmente interrompido por dezenove pequenos oásis situados a distâncias imensas uns dos outros, distâncias literalmente intransponíveis, pois, além dos "caminhos históricos", que dentro em pouco se saberia não serem os "caminhos econômicos", nada havia que se pudesse chamar de rede de comunicações.
Esses dezenove oásis eram representados pelas duas cidades (Curitiba e Paranaguá); pelas sete vilas (Guaratuba, Antonina, Morretes, São José dos Pinhais, Lapa, Castro e Guarapuava); pelas seis freguesias (Campo Largo, Palmeira, Ponta Grossa, Jaguariaíva, Tibagi e Rio Negro) e pelas quatro capelas curadas (Guaraqueçaba, Iguaçu, Votuverava e Palmas).
Curitiba tinha, na época, seis mil habitantes, e Paranaguá, 6.500. A população das vilas, freguesias e capelas oscilava, em geral, entre mil e cinco mil habitantes, de forma que a densidade efetiva, nos centros urbanos incipientes, era bem maior do que a média estatística (0,3 pessoa por quilômetro quadrado) faria supor. Em compensação, na maior parte do território o vazio era absoluto. Eram os campos gerais, a floresta, e a serra do Mar.
[editar] Colonização
Na segunda metade do século XIX estimulou-se um tipo de colonização orientada para a criação de uma agricultura que suprisse as necessidades de abastecimento. Providências conjuntas dos governos imperial e provincial permitiram o estabelecimento de núcleos coloniais nas proximidades dos centros urbanos, sobretudo no planalto de Curitiba, constituídos de poloneses que se instalaram principalmente na região norte de Curitiba formando bairros como Santa Cândida, Tingui e outros da região, alemães, italianos deram origens a bairros nobres como Santa Felicidade e também a cidades da região metropolitana como São José dos Pinhais e Colombo que foi a maior colônia italiana do Paraná no final do século XIX até o século XX e, em grupos menores, suíços, franceses e ingleses. Esses contingentes de imigrantes imprimiram à fisionomia étnica do Paraná uma notável variedade e em alguns lugares do Paraná, por exemplo, na cidade de Castro e arredores se fala somente o holandês e em algumas outras regiôes do estado se fala somente o alemão, italiano, ucraniano, polonês e até o japonês sem contar as línguas nativas de tribos indígenas.
O número de escravos diminuiu muito, a partir da metade do século, sobretudo em virtude de venda ou arrendamento para outras províncias. Um relatório do presidente do Paraná, em 1867, assinalou que o imposto arrecadado sobre escravos que seguiam para São Paulo "era quase igual ao imposto sobre animais".
A vinda de colonos atendia assim ao problema, agravado pela evasão da mão-de-obra escrava, da escassez e carestia dos produtos agrícolas. Nas últimas décadas do século XIX, a construção de estradas de ferro e linhas telegráficas empregou colonos trazidos por sociedades de imigração. Nesse período e no início do século XX, estabeleceram-se no Paraná mais de quarenta núcleos coloniais.
[editar] República
Desde o manifesto de 1870 ocorreram no Paraná manifestações esporádicas, e sem organicidade, de simpatia pela república. Mesmo depois da fundação dos jornais Livre Paraná, em Paranaguá, e A República, em Curitiba, e da criação de clubes republicanos nas duas cidades, o movimento não chegou a se aprofundar. Alguns paranaenses se destacaram na campanha republicana, mas fora da província. Na Assembléia Provincial, contavam os republicanos com um só deputado, Vicente Machado da Silva Lima, eleito pelo Partido Liberal, e que foi figura de projeção nos primeiros anos do novo regime.
O estado sofreu as conseqüências das várias crises políticas que marcaram os primeiros tempos da república e somente em abril de 1892 viu promulgada sua constituição estadual, que vigorou até a vitória do movimento revolucionário de 1930. Durante a revolução federalista, o Paraná foi palco de renhidos combates, já que em seu território se deu o encontro de tropas federalistas e legalistas. Abandonado o estado pelos federalistas, fez-se o acerto de contas. Os "picapaus" assumiram então o poder e desencadearam a repressão contra os "maragatos". Apesar de eventuais conciliações, tal divisão durou até 1930.
A província do Paraná deveria ter os mesmos limites da antiga comarca, em conseqüência do que se prolongou até a segunda década do século XX uma complicada questão de fronteiras com Santa Catarina, surgida desde a descoberta e ocupação dos campos de Palmas. Com base na carta régia de 1749, Santa Catarina considerava seu o "sertão" que correspondia à costa, enquanto o Paraná se apoiava no princípio do uti possidetis. Com a república, ambos os estados exerceriam sua competência de distribuir terras num mesmo território.
Por três vezes Santa Catarina obteve ganho de causa no Supremo Tribunal Federal, mas o Paraná embargou as decisões. Nessa área é que se iria travar a campanha do Contestado. Finalmente, em 1916, por decisão arbitral do presidente da república, fez-se a partilha da região em litígio, com o que ficou encerrada a questão.
[editar] Questões agrárias
Em 1920, o Paraná ocupava o 13º lugar em população no Brasil, com cerca de 700 mil habitantes; em 1960, o estado havia passado para o quinto lugar, com mais de 4,2 milhões de habitantes. Esse aumento não se deveu apenas ao crescimento natural, mas a intensas correntes migratórias internas, pelas quais se deslocaram habitantes de outros estados para áreas até então incultas do Paraná.
Desde o final do século XIX, lavradores paulistas e mineiros iniciaram a formação de fazendas de café no norte do estado, rico em terras roxas. A esse tipo de ocupação veio juntar-se a colonização dirigida, tanto oficial como particular. Acorreram também novas levas de colonos, notadamente japoneses e, com a experiência de empreendimentos semelhantes na Austrália e na África, em 1924, Lord Lovat visitou o Paraná e três anos depois obteve do governo uma concessão de 500 mil alqueires de terra no norte do estado. Fundou então a Paraná Plantation Ltd. que, ao lado da Companhia de Terras do Norte do Paraná e da Companhia Ferroviária do Norte do Paraná, executou o plano de colonização dessa zona. O eixo da operação foi Londrina, que a partir daí cresceu em ritmo vertiginoso.
Na região dos rios Iguaçu e Paraná, as matas eram há muito exploradas por empresas que comercializavam madeira e mate. Desde a década de 1920 ocorria ali a ocupação espontânea por colonos gaúchos e catarinenses, em geral descendentes de alemães e italianos. Após a revolução de 1930, anuladas numerosas concessões de terras, passou-se, por iniciativa do governo estadual e de particulares, à ocupação organizada, dirigida para a agricultura variada e a criação de animais de pequeno porte.
[editar] Revolução de 1930 e intervenção
Deflagrada a revolução em outubro de 1930, já no dia 5 do mesmo mês seus partidários, com apoio de forças militares, apossaram-se do governo estadual paranaense, instalaram um governo provisório e substituíram as autoridades no interior. As finanças públicas estavam em completo desequilíbrio e a economia em crise. Havia ainda a grave questão das terras devolutas do estado. O general Mário Tourinho, primeiro interventor, foi substituído no governo por Manuel Ribas. Este, eleito em 1935, foi confirmado como interventor pelo Estado Novo, em 1937, e permaneceu no cargo até 1945.
Na década de 1960, todas as terras do Paraná já estavam ocupadas, mas, em seu processo de ocupação, a par do colono que comprava um ou mais lotes, surgiu também a figura do "posseiro", que tendia a se instalar no terreno que julgava do estado ou sem dono. Passou a ocorrer também a venda múltipla, a compra do "não dono" e a "grilagem" em grande escala. Assim, a época foi também de conflitos e lutas agrárias, que se prolongaram por toda a segunda metade do século XX, sem qualquer solução duradoura no meio dos avanços da economia e da sociedade.
[editar] História recente
À medida que o governo estadual procurava tornar o Paraná o celeiro agrícola do país e um produtor de madeira capaz de levar a efeito amplos reflorestamentos, os conflitos fundiários não só continuaram como cresceram em intensidade. Centenas de milhares de pequenos proprietários rurais e trabalhadores sem terra encenaram um êxodo rural que provocou um esvaziamento demográfico em mais de cinqüenta municípios.
Mais tarde, porém, a soja aumentou sensivelmente o espaço que ocupava. Em 1980, a colheita de soja atingia o recorde de 2.500kg por hectare, maior do que a marca americana até então alcançada, enquanto a de trigo colocava o Paraná no primeiro lugar nacional, com 57% da produção de todo o país. Também a indústria dava saltos expressivos, como a instalação, em 1976, de uma fábrica de ônibus e caminhões em Curitiba e o início do funcionamento, em 1977, da refinaria Presidente Getúlio Vargas. Realizaram-se ainda nessa época os primeiros grandes melhoramentos que fizeram da capital paranaense um modelo de novas soluções urbanísticas: inaugurou-se a primeira parte das ciclovias da cidade e surgiu o sistema de ônibus expressos.
Aumentaram, no entanto, as disputas de terra, até mesmo em reservas indígenas, assim como denúncias de graves perturbações ambientais causadas pelo crescente número de barragens para construção de usinas hidrelétricas--nos rios Iguaçu, Paranapanema, Capivari e Paraná. Em 1982, o desaparecimento do salto de Sete Quedas, imposto pela necessidade de formar o imenso reservatório da represa de Itaipu, provocou intenso movimento de protesto.
Nos últimos anos do século XX, o estado do Paraná exibia um bom quadro social e econômico, com estabilização populacional e modernização agrícola e industrial, com destaque para a instalação de montadoras de veículos automotores no estado, ao mesmo tempo em que a economia paranaense procurava tirar partido das oportunidades oferecidas pelo Mercosul.
[editar] Geografia
O estado do Paraná ocupa uma área de 199.880 km², estendendo-se do litoral ao interior, localiza-se a 51º00'00" de longitude oeste do Meridiano de Greenwich e a 24º00'00" de latitude sul da Linha do Equador e com fuso horário -3 horas em relação a hora mundial GMT. Três quartos de seu território ficam abaixo do Trópico de Capricórnio. No Brasil, o estado faz parte da região Sul, fazendo fronteiras com os estados de São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e dois países: Paraguai e Argentina. É banhado pelo oceano Atlântico.
Seu relevo é dos mais expressivos: 52% do território ficam acima dos 600m e apenas 3% abaixo dos 300m. Paraná, Iguaçu, Ivaí, Tibagi, Paranapanema, Itararé e Piquiri são os rios mais importantes. Veja a lista de rios do Paraná. O clima é temperado.
[editar] Geologia
40% do território, no norte paranaense, mais uma considerável parte da região oeste, estão cobertos pela terra roxa, o solo mais fértil do Brasil. Ela foi a responsável pela expansão da cultura do café, no Estado, a partir de 1920.
Tanto os solos das florestas como os dos campos são pobres. Nestes últimos anos, entretanto, estão sendo usadas técnicas modernas para seu melhor aproveitamento.
[editar] Relevo
Aproximadamente 52% de sua superfície encontram-se acima de 600 metros; outros 89% da área total estão acima de 300 metros; e o restante (3%) está abaixo de 200 metros. O relevo é plano e levemente ondulado, com fortes elevações na Serra do Mar. Esse relevo é formado por baixada no litoral, planaltos no interior e depressão no centro. Seu quadro morfológico é composto de cinco unidades distintas, de leste para oeste, na seguinte ordem:
- Baixada Litorânea
A Baixada Litorânea é uma estreita faixa de terras baixas com cerca de vinte quilômetros de largura média, chegando a 50km na altura da baía de Paranaguá. É composta de uma superfície baixa com terrenos baixos e inundáveis (planícies aluviais e praias) e uma superfície mais elevada e plana com morros cristalinos com aproximadamente cinqüenta metros de altitude. Em meio a essas áreas planas, surgem alguns morros formados por rochas antigas e cristalinas. Na porção setentrional, a baixada litorânea se quebra para dar lugar à baía de Paranaguá, cujo aspecto muito recortado resulta da entrada do mar através de antigos vales fluviais, isto é, da formação de rias.
- Serra do Mar
A Serra do Mar separa a Baixada Litorânea do interior, que por sua vez, compõe o rebordo oriental do Planalto de Curitiba e domina com suas enérgicas escarpas a planície litorânea. É formada por blocos isolados com o aspecto de um paredão íngreme voltado para o mar. No estado do Paraná, ao contrário do que ocorre em São Paulo, a serra apresenta-se fragmentada em maciços isolados, entre os quais se introduz o nível do Planalto de Curitiba (900m), até alcançar a borda oriental. Em geral, os maciços ultrapassam em cem metros essa cota. Isso faz com que no Paraná a Serra do Mar, além da escarpa que se volta para leste com um desnível de mil metros, também apresente uma escarpa interior, voltada para oeste. No entanto, esta mostra um desnível de apenas cem metros. Na Serra do Mar, se encontram as mais elevadas altitudes do estado. O ponto mais alto do estado é o pico Paraná, com 1.922m, na Serra dos Órgãos.
- Planalto de Curitiba
O planalto de Curitiba, também chamado de primeiro planalto paranaense ou planalto cristalino, apresenta uma faixa de terrenos cristalinos, que se estende em sentido norte-sul, a oeste da Serra do Mar, com uma largura média de 900m de altitude. A topografia varia de acidentada (150 km), ao norte, a suavemente ondulada (50 km), ao sul. No Planalto de Curitiba predominam as rochas, que aparentam ora ondulações, ora cristas rigorosas. Um antigo lago, hoje atulhado de sedimentos, forma a bacia sedimentar de Curitiba.
- Planalto de Ponta Grossa
O planalto de Ponta Grossa, também chamado de segundo planalto paranaense, planalto dos Campos Gerais ou planalto paleozóico, tem mais de 100 km de largura e a forma de uma meia-lua, com a parte saliente virada para leste. Desenvolve-se em terrenos do período paleozóico. Esse planalto é limitado, a leste, por um paredão, a Serrinha, que cai no Planalto de Curitiba e, a oeste, pelo paredão da Serra Geral, que sobe para o planalto de Guarapuava. O planalto de Ponta Grossa apresenta topografia suave e ligeira inclinação para oeste; é mais elevado em sua extremidade leste, onde alcança 1 200 metros de altitude, e desce suavemente para a encosta da Serra Geral a oeste, com altitudes que variam de 500 até 750 metros. Apresenta um relevo típico de cuesta (forma originada pela ação dos rios em estruturas contínuas por camadas de rochas superpostas). Forma uma faixa de terras de aproximadamente cem quilômetros de largura e tem o formato de uma gigantesca meia-lua, cuja concavidade se volta para leste.
- Planalto de Guarapuava
O planalto de Guarapuava, conhecido pelos nomes de terceiro planalto paranaense e planalto basáltico, é a maior unidade de relevo do estado em extensão. É formado por uma superposição de derrames de lavas que quando solidificadas, deram origem às rochas magmáticas, ou seja, as que resultaram do resfriamento de magma. O arenito sedimentar, aparece intercalado às rochas magmáticas. O trabalho dos rios nas rochas deu origem a um relevo de cuestas. Faz fronteira a leste com a Serra Geral, cujo desnível de 750m, domina o Planalto de Ponta Grossa. O rio Paraná forma a fronteira oeste do planalto de Guarapuava, que para onde correm suas águas, onde ficava o salto de Sete Quedas forma impressionante desfiladeiro (na verdade, o planalto prolonga-se para além dos limites do estado do Paraná e constitui parte dos territórios de Mato Grosso do Sul, do Paraguai e da Argentina).
Tal como o Planalto de Ponta Grossa, o Planalto de Guarapuava desce suavemente para oeste: cai de 1.250, a leste, para 300m nas margens do rio Paraná (a montante de Sete Quedas). Formado por uma sucessão de derrames de basalto, empilhados uns sobre outros, esse planalto ocupa toda a metade ocidental do estado. Seus solos, desenvolvidos a partir dos produtos da decomposição do basalto, constituem a "terra roxa", muito conhecida pela fertilidade, com grande prestígio nacional.
Essas unidades de relevo são parte integrante do planalto Meridional, localizado no sul do planalto Brasileiro.
[editar] Clima
O clima predominante no Paraná é o subtropical, com verões quentes e invernos frios. Segundo a classificação de Köppen, o clima subtropical apresenta três variações climáticas: Cfa, Cfb e Cwa.
O clima Cfa, subtropical com chuvas bem distribuídas durante o ano e verões quentes, ocorre nas partes mais baixas do planalto de Guarapuava, isto é, nas regiões norte, no centro-oeste, no oeste, no sudoeste, no vale do Ribeira e na Baixada Litorânea. Registra temperaturas médias anuais de 19º C e pluviosidade de 1.500mm anuais, algo mais elevada na costa do que no interior.
O clima Cwa, subtropical com verões quentes e invernos secos, ocorre no extremo noroeste do estado. É o chamado clima tropical de altitude, pois ao contrário dos climas Cfa e Cfb que registram chuvas bem distribuídas no decorrer do ano, este apresenta pluviosidade típica dos regimes tropicais com invernos secos e verões chuvosos. A temperatura anual varia em torno de 20º C e a pluviosidade alcança 1.300mm anuais. Quase todo o estado está sujeito a mais de cinco dias de geada por ano, mas na porção meridional e nas partes mais elevadas dos planaltos registram-se mais de dez dias.
O clima Cfb, subtropical com chuvas bem distribuídas durante o ano e verões amenos, ocorre na porção mais elevada do estado e envolve o planalto de Curitiba, o planalto de Ponta Grossa e a parte oriental do planalto de Guarapuava. As temperaturas médias anuais variam em torno de 17º C e são inferiores aos 20°C como pode ser observado neste mapa. O índice pluviométrico anual alcança mais de 1.200mm anuais.
- Verão
O verão costuma ser quente e chuvoso em todo o estado. As áreas mais próximas ao oceano beneficiam-se da maritimidade que funciona como um regulador térmico que evita o calor excessivo. Ainda sim podem ser registrados algumas vezes durante o verão temperaturas superiores aos 40°C na área litorânea (sendo muito freqüentes em Paranaguá e Antonina) e até 35°C em Curitiba. Já as regiões ocidentais do estado são muito mais quentes, sendo registrados freqüentemente valores superiores a 40°C no vale do Rio Paraná, acima dos 35°C no oeste/noroeste e acima dos 30°C no sudoeste.
- Inverno
No inverno a maritimidade age de modo oposto ao verão, evitando o frio excessivo no leste. Por isso temperaturas negativas são muito mais comuns no lado ocidental do estado, até mesmo em cidades de baixa altitude como Foz do Iguaçu. As geadas são freqüentes, principalmente nas áreas elevadas nos arredores de Guarapuava e Palmas. Pequenas nevadas ocorrem uma ou outra vez. Em eventos extremos (como Julho de 1975) pode nevar em praticamente todo a área meridional do estado. Todavia o inverno não é frio sempre e até mesmo tende a ter mais períodos amenos que frios propriamente dito, intercalados por alguns dias de, aí sim, frio intenso, principalmente após as frentes frias. As menores temperaturas do estado costumam ocorrer no interior do município de Palmas, que além de ser o ponto mais ao sul do estado (26°S), é uma das áres mais elevadas também (entre 1200m e 1400m). Nesta região as temperaturas são estimadas para já terem alcançado patamares inferiores a até -12°C, visto que a estação do INMET na cidade (que fica a 1100 m de altitude) registrou -11,5°C em julho de 1975.
[editar] Vegetação
O território do Paraná é revestido por dois tipos de vegetação original: florestas e campos. As florestas são subdivididas em floresta tropical e floresta subtropical. Os campos são subdivididos em campos limpos e campos cerrados.
- Florestas
A floresta tropical faz parte da Mata Atlântica, que recobria toda a fachada oriental do Brasil com suas formações latifoliadas. No Paraná, ocupava primitivamente a 46% do estado, aí incluídas as porções mais baixas (baixada litorânea, encostas da serra do Mar, vales do Paraná, Iguaçu, Piquiri e Ivaí) ou de menor latitude (toda a parte setentrional do estado).
A floresta subtropical é uma floresta mista, composta por formações de latifoliadas e de coníferas. Estas últimas são representadas pelo pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), que não aparece em agrupamentos puros. A floresta mista ou Mata de Araucárias recobria as porções mais elevadas do estado, isto é, a maior parte do planalto de Curitiba e pequena parte do planalto de Ponta Grossa. Essa formação ocupava 44% do território paranaense e ainda parte dos estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Atualmente, é a única das florestas que sofre maior exploração econômica em todo o Brasil, por ser a única que apresenta grande número de indivíduos da mesma espécie (pinheiros) em agrupamentos suficientemente densos (embora não puros) para permitir ainda mais o extrativismo vegetal.
Além do pinheiro, a floresta mista oferece também espécies latifoliadas de valor econômico, como imbuia, o cedro e a erva-mate. No final do século XX, apenas pequena parte das formações vegetais subsistiam no estado. O desmatamento para exploração de madeira e campo para agricultura ou pastagens foi responsável por sua quase completa eliminação. As últimas reservas florestais do Paraná encontram-se na planície litorânea, na encosta da serra do Mar nos vales dos rios Iguaçu, Piquiri e Ivaí.
- Campos
Os campos limpos cobrem o território do Paraná sob o formato de manchas esparsas através dos planaltos paranaenses. A mais extensa dessas manchas é a dos chamados Campos Gerais, que recobrem toda a porção oriental do planalto de Ponta Grossa e têm o formato de uma gigantesca meia-lua no mapa de vegetação do estado. Outras manchas de campo limpo são as de Curitiba e Castro, no primeiro planalto paranaense, as de Guarapuava, Palmas e outras, menores, no terceiro planalto paranaense. Os campos limpos ocupam mais de 9% do território paranaense. Os campos cerrados têm pouca expressão no Paraná, onde ocupam área muito reduzida — menos de 1% da superfície estadual. Formam pequenas manchas no planalto de Ponta Grossa e no planalto de Guarapuava.
[editar] Hidrografia
Os rios paranaenses pertencem a duas bacias hidrográficas:
Como resultado específico, o território do Paraná está dividido em oito bacias hidrográficas, a saber:
- Bacia do Paraná
- Bacia do Piquiri
- Bacia do Ivaí
- Bacia do Paranapanema (trecho oeste)
- Bacia do Tibagi
- Bacia do Paranapanema (trecho leste)
- Bacia do Iguaçu
- Bacia do sudeste
A rede de drenagem é composta por rios que correm diretamente para o oceano Atlântico e pelos afluentes do Paraná que correm para oeste. Os primeiros têm cursos pouco extensos, pois nascem à pequena distância da costa. Os mais longos são os que se dirigem para o estado de São Paulo, onde vão engrossar as águas do rio Ribeira de Iguape. A maior parte da superfície estadual fica, assim, sob domínio dos afluentes do rio Paraná, dos quais os mais extensos são o Paranapanema, que faz o limite com São Paulo, e o Iguaçu, que faz, em parte, o limite com Santa Catarina e Argentina. O rio Paraná assinala os limites ocidentais do estado, a separá-lo de Mato Grosso e do Paraguai.
No ponto de convergência das linhas divisórias de Mato Grosso do Sul-Paraguai, Paraná-Mato Grosso do Sul e Paraná-Paraguai encontrava-se o salto de Sete Quedas, formado pelo rio Paraná ao descer do planalto de Guarapuava para a garganta que o conduzia à planície platina. Em 1982, dois saltos foram submersos, isto é, desapareceram com a construção do lago da represa de Itaipu, sob protesto dos ambientalistas. Forma então as cataratas do Iguaçu, que não foram afetadas pela construção da barragem, por situar-se Itaipu a montante da confluência dos dois rios.
[editar] Litoral
O litoral paranaense não é grande, é o segundo menor do país, na frente apenas do Piauí. Mesmo assim, o Paraná possui diversas praias:
Praia Deserta, Praia de Superagüi, Balneário Olho d'Água, Praia de Leste, Balneário Monções, Balneário Gaivotas, Balneário Betaras, Balneário Flórida, Praia Grande, Praia de Caiobá e Praia de Guaratuba.
[editar] Ecologia
No Paraná o IBAMA administra vinte unidades de conservação: quatro parques nacionais, uma estação ecológica, três florestas nacionais, uma área de proteção ambiental, uma área de relevante interesse ecológico, dois refúgios de vida silvestre, duas reservas biológicas e quatro reservas particulares do patrimônio natural.
- Parque Nacional do Iguaçu — Decreto de criação: Decreto-Lei Federal nº 1035, de 10 de janeiro de 1939. Área: 339.530,00 ha. Localizado nos municípios de Foz do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Serranópolis do Iguaçu, Matelândia e Céu Azul. Segundo o decreto que criou o Parque Nacional do Iguaçu, afirma em seu artigo 2º que a área do Parque será fixada depois do indispensável reconhecimento e estudo da região, fato que só voltou à tona cinco anos mais tarde com a promulgação do Decreto-Lei Federal nº 6.587, de 14 de junho de 1944. Os novos limites do parque foram fixados, através do decreto nº 86.676, de 1º de dezembro de 1981, aprovado pelo presidente João Figueiredo.
- Parque Nacional de Ilha Grande — Decreto de criação: Decreto s/nº de 30 de setembro de 1997. Área: 108.166,00 ha. Localizado nos municípios de Altônia, São Jorge do Patrocínio, Vila Alta e Icaraíma.
- Parque Nacional do Superagüi — Decreto de criação: Decreto n° 97.688, de 25 de abril de 1989 e lei nº 9.513, de 20 de novembro de 1997. Área: 67.854,00 ha. Localizado nos municípios de Guaraqueçaba, Paranaguá e Antonina.
- Parque Nacional de Saint-Hilaire/Lange — Decreto de criação: Lei nº 10.227, de 23 de maio de 2001. Área: 67.854,00 ha. Localizado nos municípios de Matinhos, Guaratuba, Paranaguá e Pontal do Paraná.
- Floresta Nacional de Açungui — Decreto de criação: Portaria n.º 559. Área: 728,78 ha. Localizado no município de Campo Largo.
- Floresta Nacional de Irati — Decreto de criação: Portaria nº 559, de 1968. Área: 3.495,00. Localizado nos municípios de Teixeira Soares e Fernandes Pinheiro.
- Floresta Nacional de Piraí do Sul — Decreto de criação: Decreto de 2 de junho de 2004. Área: 170,00. Localizado no município de Piraí do Sul.
- Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba — Decreto de criação: Decreto nº 90.883, de 31 de janeiro de 1985. Área: 242.089,00. Localizado no Guaraqueçaba, Antonina e Paranaguá.
- Área de Proteção Ambiental das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná — Decreto de criação: Decreto s/nº, de 30 de setembro de 1997. Área: 1.003.059,00. Localizado nos municípios de Diamante do Norte, Marilena, Nova Londrina, Porto Rico, Querência do Norte e São Pedro do Paraná.
- Estação Ecológica de Guaraqueçaba — Decreto de criação: Decreto nº 87.222, de 1982. Área: 13.638,90.
- Floresta Nacional de Irati — Decreto de criação: Portaria n.º 559. Localizado no município de Irati.
- Reserva Particular do Patrimônio Natural das Araucárias.
- Reserva Particular do Patrimônio Natural Vale do Corisco —Decreto de criação: Portaria nº 83, de 30 de setembro de 1999. Localizado no município de Sengés.
- Reserva Particular do Patrimônio Natural Barra Mansa — Decreto de criação: Portaria n° 23 de 30 de março de 2000. Localizado no município de Sengés.
- Reserva Particular do Patrimônio Natural Uru — Decreto de criação: Portaria nº 20, de 5 de março de 2004. Localizado no município da Lapa.
- Área de Relevante Interesse Ecológico de Pinheiro e Pinheirinho —– Decreto de criação: Decreto nº 91.888, de 1985. Área: 109,00. Localizado no município de Guaraqueçaba.
- Reserva Biológica das Perobas. Localizado nos municípios de Tuneiras do Oeste e Cianorte.
- Reserva Biológica das Araucárias. Área: 11.000.
- Refúgio de Vida Silvestre do Rio Tibagi. Área: 31.689,0.
- Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas. Localizado nos municípios de Palmas e General Carneiro.
[editar] Demografia
Segundo o censo de 2000, o estado do Paraná tem uma população de 9.564.643 habitantes. Em relação ao ano de 1991, quando a população era de 8.415.659, esses números mostram uma taxa de crescimento anual de 1,4%, inferior a do Brasil como um todo (1,6% para o ano de 2000). Ainda segundo o censo de 2000, o Paraná é o sexto estado mais populoso do Brasil e concentra 5,63% da população brasileira. Do total da população do estado, 4.826.038 habitantes são mulheres e 4.737.420 habitantes são homens. Para 2005, a estimativa é de 10.261.856 habitantes.
Esse crescimento é explicado não só pelo aumento natural da população paranaense, mas também pela entrada de colonos vindos principalmente de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais, atraídos, pelos solos férteis de matas ainda virgens.
O censo de 2000 revelou que a população urbana do Paraná é hoje maior que a população rural. Cerca de 81,5% dos habitantes do estado moram nas cidades. A densidade demográfica estadual é de 47,9 hab./km².
[editar] Rede demográfica
A distribuição dos grandes municípios do Paraná é de certa forma bem homogênea. No leste a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) engloba diversos municípios, contando com cerca de 3 milhões de habitantes. No norte Londrina e Maringá polarizam outra região fortemente povoada. No oeste a cidade de Cascavel com quase 280 mil habitantes e Toledo com pouco mais de 100 mil criam outra zona fortemente povoada, além de Foz do Iguaçu, que juntamente com Ciudad del Este no Paraguay e Puerto Iguazu na Argentina formam uma aglomeração de quase 700 mil habitantes. A região central do Paraná a despeito da baixa densidade populacional ainda sim conta com Guarapuava com cerca de 160 mil habitantes e Ponta Grossa, um pouco mais ao leste, com cerca de 300 mil.
Em ordem os dez municípios mais populosos do Paraná baseado nas estimativas do IBGE de 2005, são:
- 1º Curitiba - 1.757.904 hab.
- 2º Londrina - 488.287 hab.
- 3º Maringá - 318.952 hab.
- 4º Foz do Iguaçu - 301.409 hab.
- 5º Ponta Grossa - 300.196 hab.
- 6º Cascavel - 278.185 hab.
- 7º São José dos Pinhais - 252.470 hab.
- 8º Colombo - 224.404 hab
- 9º Guarapuava - 166.897 hab.
- 10º Paranaguá - 144.797 hab.
[editar] Principais centros urbanos
- Curitiba, capital e maior cidade do estado, forma com os municípios de Lapa, Quitandinha, Mandirituba, Agudos do Sul, Tijucas do Sul, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Araucária, Contenda, Balsa Nova, Campo Largo, Campo Magro, Itaperuçu, Piraquara, Pinhais, Quatro Barras, Campina Grande do Sul, Colombo, Almirante Tamandaré, Rio Branco do Sul, Bocaiúva do Sul, Tunas do Paraná, Cerro Azul, Adrianópolis, Doutor Ulysses a Região Metropolitana de Curitiba. Curitiba possui um importante e diversificado parque industrial.
- Londrina destaca-se como centro comercial e industrial, no norte do Paraná.
- Ponta Grossa, na parte centro-leste do estado, possui estabelecimentos metalúrgicos, de beneficiamento de trigo, fábricas de adubos e de óleos vegetais.
- Paranaguá, às margens da baía do mesmo nome, tem um dos mais importantes portos do Brasil.
- Maringá, no norte, destaca-se como importante centro cafeeiro, além de produtor de soja.
- Cascavel, no oeste, é uma das principais cidades do agronegócio, não só no Paraná, mas de todo o Brasil.
- Foz do Iguaçu, no extremo-oeste, é parte de um aglomerado urbano de quase 700 mil habitantes, é também uma das regiões que mais cresce no Paraná, tendendo no próximos 5 anos a se tornar a 3° maior cidade do Paraná, ultrapassando Maringá. Em Foz do Iguaçu está localizada a maior usina hidrelétrica do mundo, Itaipu, e as cataratas do Iguaçu, um dos pontos turísticos mais visitados do Brasil.
- Guarapuava, no centro, é a capital geográfica do Paraná. Economicamente é semelhante a Cascavel em termos de agronegócio, porém com uma importância menor.
[editar] Etnias
Cor/Raça | Porcentagem |
---|---|
Brancos | 74% |
Negros | 2% |
Pardos | 22% |
|
A população do Paraná é composta basicamente por brancos, negros e indígenas. No Brasil colonial, os colonizadores espanhóis foram os primeiros a iniciar o povoamento no território paranaense. Os portugueses e seus descendentes são a maioria da população do Estado. Existe também uma grande e diversificada população de descendentes de imigrantes, tais como italianos, alemães, poloneses, ucranianos, japoneses e árabes. Há também minorias de imigrantes holandeses, coreanos, chineses e búlgaros.
[editar] Portugueses
Os portugueses e seus descendentes constituem a maioria da população, não só por ter sido o elemento colonizador, mas também por ser o único que não sofre restrições numéricas de entrada no Brasil. Aos portugueses, devemos a nossa língua, a religião, a base de nossa organização política, a cultura e a base de nossas instituições jurídicas. Estão presentes em todo o Paraná.
[editar] Espanhóis
Os espanhóis entraram no Brasil notadamente na época do Brasil Colônia, quando Portugal pertencia à Espanha. Localizaram-se junto às grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. No estado do Paraná, além de se concentrarem na região de Curitiba e de Jacarezinho, descendentes de espanhóis (argentinos e paraguaios) são encontrados na fronteira com o Paraguai e a Argentina, principalmente na região de Foz do Iguaçu.
[editar] Italianos
Os italianos começaram a chegar em maior número ao Brasil a partir de 1871. Dirigiram-se principalmente ao estado de São Paulo, onde se dedicam à cultura cafeeira e às atividades industriais. Também são numerosos no Rio Grande do Sul, onde se dedicam ao cultivo e à fabricação do vinho. No Paraná, imigrantes italianos se estabeleceram a princípio no litoral (Alexandra e Morretes), porém, por causa das condições adversas do lugar, seus núcleos não progrediram. A maior parte transferiu para os arredores de Curitiba, Colombo e Santa Felicidade, onde cultivam a uva e fabricam o vinho. Também são muito expressivos nas regiões norte e oeste, devido à migração interna. A influência italiana nos usos e costumes da população paranaense pode ser constatada através de sua comida típica e do artesanato em peças de vime, encontrados em Santa Felicidade.
[editar] Alemães
Os alemães formam um dos mais importantes grupos da imigração brasileira. Sua influência é muito notada no Sul do Brasil onde marcaram a paisagem com suas habitações típicas. Dirigiram-se, a partir de 1824, para Santa Catarina e o Rio Grande do Sul. Ao Paraná, os primeiros imigrantes chegaram em 1829, estabelecendo-se em Rio Negro. A partir de 1878, alemães do Volga (alemães-russos), estabeleceram-se nos Campos Gerais, próximos à Ponta Grossa e Lapa. Em 1951, alemães que se transferiram-se de Santa Catarina para o Paraná, fundaram a colônia Witmarsum, no município de Palmeira. Este núcleo centraliza várias aldeias numa cooperativa, onde seus habitantes industrializam o leite. Alemães "suábios do Danúbio" fundaram, no município de Guarapuava, a colônia Entre Rios, onde se dedicam à agricultura. No norte, os alemães se concentram em Cambé e em Rolândia, que realiza, todo ano, a mais famosa Oktoberfest do Paraná. Também são bastante numerosos em Curitiba.
[editar] Holandeses
Os holandeses (ou mais corretamente, "neerlandeses"), apesar de serem pouco numerosos, trouxeram grandes benefícios ao Paraná. Dirigiram-se, em 1911, para os Campos de Castro onde introduziram com êxito a pecuária leiteira e sua industrialização, dando origem à Cooperativa Agro-Pecuária Batavo. Seus principais núcleos estão em Carambeí, Castrolanda e Arapoti.
Ainda de origem germânica, estabeleceram-se, em proporções menores em terras paranaenses: austríacos, suíços, ingleses e estadunidenses.
[editar] Poloneses
Os poloneses foram o grupo mais numeroso de imigrantes do Paraná. Começaram a chegar em 1871, distribuindo-se pelos arredores de Curitiba (Pilarzinho, Abranches, Santa Cândida), Araucária (Tomás Coelho), São José dos Pinhais, Contenda e Campo Largo. Também se expandiram pelo centro-sul, formando colônias em Mallet, Cruz Machado, São Mateus do Sul, Irati, União da Vitória, Prudentópolis. Em Londrina, temos a colônia de Warta, fundada por migrantes vindos de Santa Catarina.
[editar] Ucranianos
Os ucranianos distinguem-se dos poloneses pela língua, pelos costumes e pela sua origem histórica. Povo agrícola, vindo da Ucrânia, trouxe o estilo bizantino de suas igrejas, seus trajes bordados e suas danças típicas. Foram núcleos importantes em Prudentópolis, Ponta Grossa, União da Vitória, Cruz Machado, Vera Guarani, Rio Azul, Ivaí, Apucarana, Campo Mourão e Curitiba. O início da imigração ucraniana deu-se em 1891.
[editar] Árabes e judeus
O maior grupo de brancos asiáticos encontrados no Brasil pertence aos povos semitas da Ásia Menor. São os judeus, os árabes, os sírios e os libaneses que, espalhados pelas grandes cidades, dedicam-se tradicionalmente ao comércio.
[editar] Japoneses
Os japoneses são os que mais vêm para o Brasil. O início de sua entrada no País data de 1908, acentuando-se a partir de 1920 e depois da Segunda Guerra Mundial. Dirigiram-se em sua maioria para São Paulo, Amazônia e norte do Paraná.
No Paraná, as primeiras colônias japonesas foram fundadas no litoral (Paranaguá, Antonina, Morretes, Cacatu) no Planalto de Curitiba. Mas o grande reduto de japoneses é o norte, principalmente em Londrina, Assaí, Maringá e Cambará. Dedicaram-se à horticultura e à outras atividades agrícolas.
[editar] Coreanos
Os coreanos chegaram a partir de 1967 e foram instalados em Santa Maria, núcleo localizado no quilômetro 144 da Rodovia do Café, em plena região dos Campos Gerais.
[editar] Chineses
Os chineses, em menor número, concentraram-se mais nas cidades e têm vindo principalmente de Formosa.
[editar] Indígenas (autóctones)
A distribuição primitiva do índio no Paraná limitava-se aos do grupo tupi-guarani no litoral, no oeste e noroeste; aos Jê (botocudo e caingangue) com distribuição geográfica mal definida, mas preferencialmente sobre a Floresta de Araucária. Em 1953, foram descobertos os Xetá, que haviam se isolado na Serra dos Dourados (noroeste do estado) vivendo no mais puro estado primitivo, dos quais nada mais resta na região. Aos indígenas, o paranaense deve o nome de seu estado e de muitas de suas cidades, o hábito de tomar chimarrão e a culinária, entre outros costumes.
Os poucos descendentes indígenas existentes são protegidos pela FUNAI, e vivem em postos como São Jerônimo da Serra, Guarapuava, Palmas, Mangueirinha, Apucarana, Laranjeiras do Sul e outros.
[editar] Africanos
O único grupo negro existente no Paraná é o banto. No Sul do Brasil, por causa das condições históricas de seu desenvolvimento, que fora deixado em segundo plano pela Coroa Portuguesa, o negro, que constituiu a maior parte da mão-de-obra do Brasil tropical, aparece em menor número. No Paraná, concentraram-se primeiramente na Lapa, Ponta Grossa, Castro, Antonina, Paranaguá e Curitiba.
[editar] Mestiços
No estado do Paraná, os mestiços não são numerosos, sendo que o mais característico é o caboclo do Litoral. Sua influência aparece nos costumes locais como o fandango (dança folclórica) e no barreado (comida regional).
[editar] Política
[editar] Poder Executivo
O poder executivo é exercido pelo governador Roberto Requião (no cargo até 2010) e pelo vice-governador Orlando Pessutti, com o auxílio dos secretários de estado. O Palácio Iguaçu, situado no Centro Cívico de Curitiba, é a sede do governo.
Em seu artigo 87, a constituição estadual estabelece que é competência do Governador:
- Representar o Estado nas suas relações jurídicas, políticas e administrativas;
- Exercer, com o auxílio dos secretários de Estado, a direção superior da administração estadual;
- Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis e expedir decretos e regulamentos para a sua execução;
- Vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
- Nomear e exonerar os Secretários de Estado;
- Decretar e fazer executar a intervenção estadual nos municípios;
- Enviar à Assembléia Legislativa o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamentos.
- Secretários de Estado
É competência dos secretários de estado do Paraná, além de outras atribuições estabelecidas na constituição estadual e na lei:
- Exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração estadual, na área de suas atribuições, e referendar os atos e decretos assinados pelo Governador;
- Expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;
- Apresentar ao Governador do Estado e à Assembléia Legislativa relatório anual de sua gestão na Secretaria, o qual deverá ser obrigatoriamente publicado no Diário Oficial;
- Praticar atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Governador do Estado.
- Encaminhar à Assembléia Legislativa informações por escrito, quando solicitado pela Mesa, podendo ser responsabilizado, na forma da lei, em caso de recusa ou não-atendimento no prazo de trinta dias, bem como de fornecimento de informações falsas.
O Paraná possui as seguintes secretarias de estado: Administração e Previdência; Agricultura e Abastecimento; Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; Comunicação Social; Cultura; Desenvolvimento Urbano; Educação; Fazenda; Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul; Justiça e Cidadania; Meio-Ambiente e Recursos Hídricos; Obras Públicas; Planejamento e Coordenação Geral; Saúde; Segurança Pública; Trabalho, Emprego e Promoção Social; Transportes; e Turismo.
[editar] Poder Legislativo
O poder legislativo é exercido pela Assembléia Legislativa, constituída pelos representantes do povo (deputados estaduais) eleitos em votação direta para o mandato de quatro anos. A Assembléia Legislativa do Paraná possui cinqüenta e quatro Deputados Estaduais.
- Assembléia Legislativa
Cabe à Assembléia Legislativa, com a sanção (aprovação) do governador do estado, dispor sobre todas as matérias de competência do estado e especificamente sobre:
- Tributos, arrecadação e distribuição de rendas;
- Planos e programas estaduais, regionais e setoriais de desenvolvimento;
- Criação, transformação, extinção de cargos, empregos e funções públicas na administração direta, autárquica e fundacional e fixação da renumeração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
- Organização judiciária do Ministério Público, da Procuradoria-Geral do Estado, da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas, da Polícia Militar, da Polícia Civil e demais órgãos da administração pública;
- Normas suplementares de direito urbanístico, bem como de planejamento e execução de políticas urbanas.
- Tribunal de Contas
O Tribunal de Contas, através de seus Conselheiros, auxilia a Assembléia Legislativa na apreciação das contas prestadas anualmente pelo governador do estado, no julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis (fundações, empresas etc.) por dinheiro, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instiuídas e mantidas pelo Poder Público estadual, e as contas que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público.
[editar] Poder Judiciário
Seus principais organismos estão instalados no prédio do Tribunal de Justiça, no Centro Cívico.
O poder judiciário é formado apenas por dois tribunais judiciários: o Tribunal de Alçada e o Tribunal de Justiça. Compõem o poder judiciário os desembargadores e os juízes de direito.
[editar] Subdivisões
Ver artigos principais: Mesorregiões do PR, Microrregiões do PR e Municípios do PR.
O estado do Paraná é dividido em dez (10) mesorregiões, trinta e nove (39) microrregiões e trezentos e noventa e nove (399) municípios, segundo o IBGE.
[editar] Cultura
- Bibliotecas
As mais completas bibliotecas estão em Curitiba: a Biblioteca Pública do Paraná, a Biblioteca do Museu Paranaense, as bibliotecas da Faculdade de Direito, da Faculdade de Medicina, da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná e a da Faculdade de Filosofia da Universidade Católica do Paraná. Há também bibliotecas especializadas, como a da Emater, que possui um grande acervo relacionado com tecnologias agrícolas, e a da Ocepar (Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná), especializada em assuntos relacionados com o cooperativismo.
- Museus
O Paraná tem 51 museus. Na capital, o Museu Paranaense, o mais importante de todos os museus do Estado, guarda objetos de arte antiga e peças indígenas; o Museu David Carneiro tem documentos históricos, artísticos e arqueológicos; o Museu Guido Viaro, o Museu Oscar Niemeyer, e o Museu Alfredo Andersen contém telas de pintores famosos e objetos de arte; o Museu da Imagem e do Som guarda depoimentos de diversas pessoas à vida artística. Em Paranaguá está o Museu de Arqueologia e Artes Populares, da Universidade Federal do Paraná, e no município da Lapa, o Museu das Armas. Na cidade de Londrina se encontram o Museu Histórico de Londrina e o Museu de Arte de Londrina. Em Ponta Grossa encontra-se o Museu dos Campos Gerais, da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Em Cascavel o Museu de Artes de Cascavel e Museu da Imagem e do Som de Cascavel.
- Festas
- Festa de Nossa Senhora da Luz, comemorada em 8 de setembro de cada ano, em Curitiba.
- Festa de Nossa Senhora do Rocio, comemorada em Paranaguá, em lembrança ao orago paranaense. A festa é acompanhada com grande procissão de fiéis católicos.
- Congada da Lapa, de origem africana, é comemorado no dia de São Benedito, em 13 de maio. É a dança dos negros congos, onde descendentes de escravos falam, recitam, cantam e dançam.
- München Fest de Ponta Grossa, comemorada de 1º a 10 de Dezembro, em Ponta Grossa. Maior Festa do Chopp Escuro do Brasil, traz artistas de renome Nacional como Pitty, Jota Quest, CPM22. Sendo a maior festa do Paraná.
- Pratos Típicos
- Barreado
[editar] Feriados
Não há feriados no Paraná, porque nunca foram aprovados por legislação estadual. Os feriados comemorados localmente no estado são os mesmos de Curitiba e dos demais municípios.
Data | Nome |
---|---|
29 de março | Fundação de Curitiba |
28 de outubro | Dia do Funcionário Público |
Data móvel (fevereiro ou março) | Carnaval |
19 de dezembro | Emancipação política do Paraná |
Data | Nome |
---|---|
Data móvel (março ou abril) | Sexta-feira da Paixão |
Data móvel (junho) | Corpus Christi |
8 de setembro | Nossa Senhora da Luz dos Pinhais |
[editar] Economia
A economia do Estado se baseia na agricultura (cana-de-açúcar, milho, soja, trigo, café, mandioca), na indústria (agroindústria, indústria automobilística, papel e celulose) e no extrativismo vegetal (madeira e erva-mate).
[editar] PIB
O Paraná possui o quinto maior PIB do Brasil, com 108,7 bilhões de reais, representando 6,2% do PIB nacional para o ano de 2004, contra 6,4% em 2003. Entretanto o crescimento do PIB paranaense vem apresentando sinais de desaquecimento nos últimos dois anos. Em 2003 a variação real foi de 5,2% em relação ao ano anterior. No ano seguinte, 2004, houve variação de 3,2%. Em 2005 a variação estimada pelo IPARDES é de apenas 0,3%. Esse desaceleração pode ser atribuida as crises no campo que vem atingindo o estado nos últimos anos, e que acabam refletindo no comércio, serviços e até indústria. Cerca de 15% do PIB paranaense provém da agricultura. Outros 40% vem da indústria e os restantes 45% vem do setor terciário.
[editar] Agropecuária
Os principais produtos agrícolas do Paraná são o trigo, o milho e a soja, produtos de que já obteve safras recordistas, na competição com outros estados. A cultura da soja é a mais recente das três e expandiu-se tanto no norte como no oeste do estado e, posteriormente, no sul. Também é importante a produção de algodão herbáceo, principalmente no norte. A cafeicultura, que se segue entre as riquezas da terra, se não goza do mesmo esplendor do passado, ainda conserva entre os maiores produtores do Brasil. Sua maior densidade cobre a área a oeste de Apucarana. Vêm em seguida as terras da zona de Bandeirantes, Santa Amélia e Jacarezinho.
No que diz respeito à pecuária, o Paraná conta com grande rebanho de bovinos e está sempre entre os principais criadores brasileiros de suínos, especialmente no centro, sul e leste do estado. Nas últimas décadas, os rebanhos tanto de bois como de porcos expandiram-se bastante. Como nos outros estados da região Sul, são diferentes, no Paraná, os modos como se usa a terra de campo ou floresta. Em geral, nas zonas de campo, pratica-se a criação extensiva; nas zonas de floresta, desenvolvem-se as plantações e pastos artificiais para a engorda. São ainda significativas, no Paraná, as produções de ovos, de casulos do bicho-da-seda, mel e cera de abelha. Mas é na avicultura que o estado vem se destacando nos últimos dez anos, graças à implantação de frigoríficos pela iniciativa privada e pelas cooperativas. A avicultura é produzida em praticamente todas as regiões acompanhando as áreas onde se produz milho, que é a matéria-prima para a ração das aves. As aves são exportadas para mais de uma dezena de países, embora sujeitas à gripe aviária.
[editar] Mineração
O subsolo paranaense é muito rico em minerais. Ocorrem reservas consideráveis de areia, argila, calcário, caulim, dolomita, talco e mármore, além de outras menores (baritina, cálcio). A bacia carbonífera do estado é a terceira do país, e a de xisto, a segunda. Quanto aos minerais metálicos, foram medidos depósitos de chumbo, cobre e ferro.
[editar] Extrativismo vegetal
Uma riqueza essencialmente paranaense, a dos pinheirais, esteve bastante ameaçada pela indústria madeireira e pela agricultura extensiva. Em 1984, o Instituto de Terras e Cartografia do Paraná informava que as florestas do estado estavam reduzidas a 11,9% do que haviam sido cinqüenta anos antes, quando se implantou no Paraná o primeiro código florestal. Do final da década de 1980 em diante, o governo passou a disciplinar o uso do solo e dos recursos florestais de acordo com uma política de proteção ao meio ambiente e de ininterrupto reflorestamento.
[editar] Indústria
Na segunda metade do século XX, as atividades industriais tomaram impulso considerável na economia paranaense. Foi em decorrência desse impulso que se deu a crescente urbanização, não só na região em torno de Curitiba, como em pólos do interior, a exemplo de Ponta Grossa, Londrina e Cascavel. Os principais gêneros de indústria são os de produtos alimentícios e de madeira. Curitiba é o maior centro industrial e os principais setores de sua indústria são o alimentar e de mobiliário, de madeira, minerais não-metálicos, produtos químicos e bebidas. O setor de madeira acha-se disperso no interior, com centros de importância em União da Vitória, Guarapuava e Cascavel.
O centro mais significativo dos produtos alimentícios é Londrina. A principal unidade industrial do estado é a Companhia Fabricadora de Papel do grupo Klabin, instalada no conjunto da Fazenda Monte Alegre, no município de Telêmaco Borba.
[editar] Energia
O Paraná tem um grande potencial hidrelétrico muito bem aproveitado, especialmente no rio Iguaçu, onde foram construídas várias hidrelétricas, entre elas as de foz do rio Areia, salto Osório e salto Santiago. Próximo a Curitiba está a Usina Hidrelétrica de Capivari Cachoeira, uma das primeiras construídas pela Copel, a companhia estadual de energia elétrica. Mais recentemente foram construídas pequenas centrais hidrelétricas em vários rios de menor porte, como a de Chavantes e Vossoroca. No rio Chopim, no sudoeste do estado, foi construída a Usina Hidrelétrica de Júlio Mesquita Filho. Mas está localizada entre o Brasil e o Paraguai, no rio Paraná, a Usina Hidrelétrica de Itaipu, a maior do mundo, construída em conjunto com o país vizinho, e que fornece energia para vários Estados brasileiros. Tem capacidade para produzir 12.600 MW e só em 1991, quando foi concluída, instalou as últimas turbinas. Teve suas comportas fechadas em 12 de outubro de 1982 e a usina hidrelétrica foi inaugurada em 5 de novembro do mesmo ano, durante a presença dos presidentes João Baptista Figueiredo, do Brasil e Alfredo Stroessner, do Paraguai. Devido à utilização de toda a sua capacidade calculada em megawatts, o Paraná é o maior produtor de energia elétrica do Brasil.
Mas o Paraná também é rico em energia gerada pelas usinas de açúcar e álcool, que produzem eletricidade a partir da queima do bagaço da cana-de-açúcar. Não se pode desprezar também a energia automotiva que vem do álcool, pois o Paraná é um grande produtor desse combustível.
[editar] Comércio
O Paraná é um dos estados que mais contribuiu para as exportações brasileiras. Vários órgãos, como o Centro de Exportação do Paraná (CEXPAR) e a Carteira do Comércio Exterior do Banco do Brasil (CACEX) vêm estimulando cada mais o comércio externo.
As exportações paranaenses para o mercado externo são feitas pelo porto de Paranaguá, por Foz do Iguaçu, pelo Aeroporto Internacional Afonso Pena e uma pequena parte pela cidade de Barracão no sudoeste do estado.
A área comercial do porto de Paranaguá estende-se por todo o Paraná, pela maior parte de Santa Catarina, pelo extremo norte do Rio Grande do Sul, pela parte meridional de Mato Grosso do Sul e pela República do Paraguai.
Paranaguá tem todas as condições de um grande porto. Possui modernos equipamentos de carga e descarga, pátio para "contêineres", terminais para o sistema de transporte denominado "Roll-on-Roll-off" e cais para inflamáveis. A implantação de um moderno terminal graneleiro veio facilitar o escoamento da safra agrícola. Daí ser o porto de Paranaguá um dos quatro terminais marítimos brasileiros que formam os Corredores de Exportação.
A atividade portuária de Antonina volta-se para o comércio interno brasileiro, através da navegação de cabotagem. Em seu cais está situado um entreposto de importação de carvão mineral, destinado às indústrias paranaenses.
Os principais produtos exportados pelo Paraná são: soja em grão, farelo de soja, milho, algodão, café, erva-mate, produtos refinados de petróleo, caminhões e outros.
Os principais produtos importados pelo Paraná são: trigo, petróleo e derivados, fertilizantes, veículos, máquinas, carvão mineral, vidros, eletrodomésticos e outros.
O comércio exterior é feito com os seguintes países: Estados Unidos da América, Alemanha, Itália, Países Baixos, Japão, Bélgica, Noruega, Inglaterra, Canadá, Argentina e outros.
O comércio interno se faz com os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e outros.
[editar] Turismo
O Paraná é um dos estados que tem um grande número de parques nacionais, destacando-se o Parque Nacional do Iguaçu e o Parque Nacional do Superagüi. Foz do Iguaçu com cerca de 250 quedas-d’águas e 75 metros de altura, é conhecida internacionalmente. A Garganta do Diabo é uma das atrações do maior conjunto de cataratas do mundo.
Outro ponto de interesse turístico é o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, onde as rochas esculpidas pelos ventos e pelas águas parecem ruínas de uma grande cidade. Ainda em Ponta Grossa pode-se visitar o Buraco do Padre, a Capela de Santa Bárbara (construída pelos Jesuítas) e a Cachoeira da Mariquinha. Em Maringá existe a Catedral de Maringá (Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Glória), segundo monumento mais alto da América do Sul e décimo do mundo.
As praias de Caiobá, Matinhos, Guaratuba, Pontal do Paraná e Praia de Leste são as mais freqüentadas do Paraná. São procuradas por turistas não só no verão, mas também no inverno, quando parte da população vai para o litoral fugindo do frio do planalto.
Curitiba tem pontos turísticos interessantes que merecem ser visitados: o Relógio das Flores, montado em um grande canteiro; o bairro de Santa Felicidade, onde se encontram vários restaurantes com comidas típicas de diferentes países; a "Boca Maldita", na avenida Luís Xavier, a "menor do mundo", pois tem apenas um quarteirão, onde políticos se reúnem no final da tarde para conversar sobre os principais assuntos do dia e trocar informações; as feiras de arte e artesanato aos sábados e domingos, além de parques e bosques.
Paranaguá, a primeira cidade fundada no Estado, em 1648, guarda em suas igrejas de estilo barroco alguma coisa da história da época. Pode-se ir de litorina da capital até Paranaguá numa viagem bastante interessante. A Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá corta a serra do Mar através de túneis e viadutos, atravessando precipícios a todo instante. A beleza da paisagem, formada pela mata quase virgem e por diversas quedas-d’água, é valorizada pelos abismos. De lancha, pela baía de Paranaguá, pode-se alcançar a ilha do Mel, onde a história e a natureza se misturam.
Na cidade da Lapa, são Benedito é festejado (13 de maio) com a "congada" (dança dos negros congos, de origem africana, onde descendentes de escravos falam, recitam, cantam e dançam).
Outras danças populares são o curitibano, com os pares fazendo roda; o quebra-mana, uma mistura de valsa e sapateado; e o nhô-chico, dança ao som de violas, característica do litoral.
Durante o ano inteiro, se realizam feiras e festivais, destacando-se a München Fest de Ponta Grossa, o Festival de Música de Londrina, Festival do Folclore, a Feira do Comércio e Indústria e a Feira de Móveis do Paraná (Movelpar).
[editar] Mídia
- Emissoras de rádio
Existem milhares de emissoras de rádio espalhadas pelo Paraná, sendo as mais importantes, a saber:
- Rádio Clube Paranaense
- Fundação Educacional Dom Pedro Felipak
- Rádio Cidade de Curitiba
- Rádio Colombo do Paraná
- Rádio Continental de Curitiba
- Rádio Cultura de Curitiba
- Rádio Marumby (Curitiba)
- Rádio Difusora de Paranaguá
- Rádio Clube Pontagrossense
- Rádio Difusora União (União da Vitória)
- Rádio Cultura de Maringá
- Rádio Difusora de Apucarana
- Rádio Londrina
- Rádio Capital FM (Cascavel)
- Emissoras de televisão
- TV Tarobá (Cascavel-PR) - Canal 06
- RPC TV Cataratas (Foz do Iguaçu-PR) - Canal 05
- RPC TV Coroados (Londrina-PR) - Canal 03
- RPC TV Cultura (Maringá) - Canal 08
- RPC TV Esplanada (Ponta Grossa) - Canal 07
- RPC TV Guairacá (Guarapuava) - Canal 02
- RPC TV Imagem (Paranavaí) - Canal 07
- RPC TV Oeste (Cascavel) - Canal 10
- RPC TV Paranaense (Curitiba) - Canal 12
- Jornais
- Agora Paraná
- Diário do Norte do Paraná
- O Estado do Paraná
- Folha de Londrina
- Gazeta do Povo
- Jornal de Londrina
- Paranashop
- Tribuna do Paraná
- Diário dos Campos
- Jornal do Oeste
- Gazeta de Toledo
- Paraná Shimbun
- Gazeta do Consumidor
[editar] Saúde
Mortalidade infantil | Médicos | Leitos hospitalares |
---|---|---|
20,7‰ (est. 2002) | 1,45 por mil hab. (est. 2004) | 3,06 por mil hab. (est. 2004) |
[editar] Educação
De acordo com o PNUD do ano 2000 o IDH-Educação do Paraná é 0,879. Dentre os municípios do estado, o melhor resultado foi de Curitiba com 0,946 e o pior foi Ortigueira com 0,687. Ainda de acordo com a pesquisa, o índice de anafalbetismo no estado em adultos acima de 25 anos era 11,7%, sendo o menor índice 3,4%, registrado em Quatro Pontes, e o maior 43,6% no município de Tunas do Paraná, localizado no Vale do Ribeira, notadamente a região mais pobre do estado.
Em 1912 é fundada a Universidade Federal do Paraná, a primeira universidade brasileira. Além da UFPR, o Paraná tem universidades estaduais espalhadas pelo estado nas principais cidades de cada região. Em Ponta Grossa a universidade estadual é a UEPG, em Londrina é a UEL, Maringá conta com a UEM, Guarapuava conta com a UNICENTRO, Cascavel é a cidade-base da UNIOESTE que ainda conta com campus espalhados por vários outros municípios. Recentemente o Paraná ganhou uma nova universidade federal após a conversão do CEFET-PR em UTFPR, a primeira universidade tecnológica do país. Ainda na cidade de Guarapuava, pode-se encontrar mais três Faculdades: Faculdades Campo Real, Faculdades Guarapuava e Faculdade Guairacá, sendo estas particulares(Faculdades pagas), formando assim, esta cidade o mais novo "polo"estudantil do Paraná.
Matrículas (Total) | Matrículas (Escolas Públicas) | Matrículas (Escolas Privadas) | Docentes (Total) | Docentes (Escolas Públicas) | Docentes (Escolas Privadas) | Escolas (Total) | Escolas Públicas | Escolas Privadas | |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Ensino Pré-Escolar | 248.356 | 173.893 | 74.463 | 14.094 | 8.428 | 5.666 | 4.520 | 3.121 | 1.399 |
Ensino Fundamental | 1.683.914 | 1.547.689 | 136.225 | 92.154 | 80.993 | 11.161 | 6.478 | 5.773 | 705 |
Ensino Médio | 467.730 | 412.827 | 54.903 | 32.094 | 26.630 | 5.464 | 1.398 | 1.102 | 296 |
Ensino Superior | 272.714 | 100.817 | 171.897 | 21.580 | 8.845 | 12.735 | 151 | 22 | 129 |
[editar] Transportes
[editar] Aeroportos
O estado tem dois aeroportos internacionais, o de Curitiba e o de Foz do Iguaçu, importante ligação com os países do Mercosul, além de um aeroporto doméstico, em Londrina. Curitiba conta com o Aeroporto de Bacacheri, também onde se realizam vôos domésticos para outros estados brasileiros.
[editar] Portos
O porto de Paranaguá, um dos mais importantes do país, foi objeto de um intenso programa de modernização, com dragagem, ampliação do cais, renovação de equipamento, inclusive a construção de um terminal de contêineres e de silos com unidades sugadoras. Além do porto de Paranaguá, merece destaque o porto de Antonina.
[editar] Rodovias
A rede de rodovias pavimentadas compreende duas estradas de penetração, no sentido leste-oeste: a ligação Ourinhos SP-Londrina-Apucarana-Maringá-Paranavaí; e a ligação Paranaguá-Curitiba-Ponta Grossa-Guarapuava-Cascavel-Foz do Iguaçu. Em sentido transversal, figuram as ligações Apucarana-Ponta Grossa, Sorocaba-Curitiba e São Paulo-Curitiba-Rio Negro. Esta última prolonga-se até o extremo sul do Rio Grande do Sul e é parte da BR-116, que chega até o Nordeste.
[editar] Ferrovias
O sistema ferroviário paranaense desfruta de notável participação na vida econômica do estado. No setor meridional, o estado é servido pelas linhas da antiga Ferroeste (atual ferropar), a ferrovia da soja, que passou a ser operada pela iniciativa privada em 1997 no trecho entre Guarapuava e Cascavel, com uma extensão até Guaíra e Foz do Iguaçu. Uma outra estrada de ferro faz as ligações de Paranaguá com Curitiba e Guarapuava. No sentido norte-sul, encontram-se as linhas da ferrovia Sul-Atlântico, correspondente à malha sul da antiga Rede Ferroviária Federal, também privatizada na década de 1990, que faz a ligação do Paraná com os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
[editar] Tópicos miscelâneos
[editar] Igreja Católica
A Igreja Católica divide-se administrativamente em quatro arquidioceses, Cascavel, Curitiba, Arquidiocese de Londrina e Arquidiocese de Maringá, e treze dioceses, Diocese de Apucarana, Diocese de Campo Mourão, Diocese de Cornélio Procópio, Diocese de Foz do Iguaçu, Diocese de Guarapuava, Diocese de Jacarezinho, Diocese de Palmas-Francisco Beltrão, Diocese de Paranaguá, Diocese de Paranavaí, Diocese de Ponta Grossa, Diocese de Toledo, Diocese de Umuarama e Diocese de União da Vitória.
[editar] Ver também
- História de Curitiba
- História do Paraná
- Lista de municípios do Estado do Paraná por população
- Lista de governadores do Paraná
[editar] Ligações externas
- Página oficial do Governo do Paraná
- Portal Paranaense do Turismo
- Tribunal de Justiça do Paraná
- Parque Nacional do Iguaçu Página do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN
- LondrinAqui - O Guia Eletrônico de Londrina
- Universidade Federal do Paraná
- Cartas climáticas do Paraná - IAPAR
- Médias históricas das estações meteorológicas no Paraná - IAPAR
Regiões geoeconômicas | Amazônica | Centro-Sul | Nordeste |
---|---|
Regiões | Centro-Oeste | Nordeste | Norte | Sudeste | Sul |
Unidades federativas | Acre | Alagoas | Amapá | Amazonas | Bahia | Ceará | Distrito Federal | Espírito Santo | Goiás | Maranhão | Mato Grosso | Mato Grosso do Sul | Minas Gerais | Pará | Paraíba | Paraná | Pernambuco | Piauí | Rio de Janeiro | Rio Grande do Norte | Rio Grande do Sul | Rondônia | Roraima | Santa Catarina | São Paulo | Sergipe | Tocantins |