Araucaria angustifolia
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Pinheiro-do-paraná
Estado de conservação: |
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Araucaria angustifolia |
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Classificação científica | ||||||||||||||
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Nomenclatura binomial | ||||||||||||||
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze |
A Araucaria angustifolia ou pinheiro-do-paraná (também conhecida pelo nome de origem indígena, curi) é a única espécie do gênero encontrada no Brasil. É uma planta dióica, sendo assim, apresenta os gêneros masculino e feminino em indivíduos separados, podendo ser monóica quando submetida a traumas ou doenças.
O pinheiro-do-paraná ou chamado também pinheiro brasileiro (Araucariaceae) é uma árvore cuja ocorrência nomeou extensa formação nos estados do centro-sul do Brasil, está hoje ameaçada de extinção. É a árvore símbolo do estado do Paraná, da cidade Curitiba e da localidade paulista de Campos do Jordão.
Suas sementes, os pinhões, eram importantes na alimentação indígena e ainda hoje são iguarías que inspiram muitas receitas. Medem cerca de quinze milímetros de largura na parte mais larga e cerca de dez centímetros de comprimento. As pinhas pesam vários quilogramas e podem atingir o diâmetro de cerca de trinta centímetros.
Os pinheirais formam um ecossistema chamado floresta ombrófila mista, que integra o bioma da Mata Atlântica. A copada majestosa das araucárias, voltadas para o céu a cinqüenta metros de altura, lhe confere um desenho característico. Canelas, imbuias e cedros formam um segundo extrato que cobre sub-bosques de erva-mate e xaxim. A fauna original tinha onças, bugios, cotias, catetos e a gralha-azul, pássaro que dispersa o pinhão, deliciosa semente do pinheiro. Antes da colonização, essa floresta ocupava mais de metade da região. Cobria oitenta mil quilômetros quadrados dos Estados do Paraná e de Santa Catarina. Hoje restam apenas fragmentos, que, somados, não atingem 1% da área original. A maioria dos remanescentes se encontra em áreas particulares de indústrias madeireiras. Estão ameaçados por assentamentos de sem-terra ou ilhados por plantações de pinus e soja. No ano passado, o governo federal aprovou a inundação do lago da hidrelétrica de Barra Grande, na divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul. O lago vai inundar um vale com un dos últimos remanescentes das florestas de araucárias.
Apesar de sua importância e do estado grave de ameaça, há poucas unidades de conservação para esse ecossistema. Os parques nacionais de Aparados da Serra e do Iguaçu têm pequenas áreas de florestas com araucárias. Mas a área total não chega a 3 mil hectares.