Mandioca
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Mandioca | ||||||||||||||
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Raízes de mandioca após colheita |
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Classificação científica | ||||||||||||||
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Nomenclatura binomial | ||||||||||||||
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Mandioca, de nome científico Manihot esculenta, é um arbusto originário dos Andes peruanos. Possui muitos sinónimos, usados em diferentes regiões, tais como aipi, aipim, aimpim, candinga, castelinha, macamba, macaxeira, macaxera, mandioca-brava, mandioca-doce, mandioca-mansa, maniva, maniveira, moogo, mucamba, pão-da-américa, pão-de-pobre, pau-de-farinha, pau-farinha, tapioca, uaipi, xagala.
Foi cultivada por várias nações indígenas da América Latina que consumiam suas raízes, tendo sido exportada para outros pontos do planeta, principalmente para a África, onde constitui em muitos casos a base da dieta alimentar. No Brasil o hábito de cultivo e consumo continua, com a raiz.
A origem do nome mandioca (manioca) seria de uma lenda Tupinambá sobre a deusa Mani, de pele branca, que encontrou sua morada (oca) na raiz desta planta.
Existem diversas espécies da planta, que se dividem em mandioca-doce e mandioca-brava (ou mandioca-amarga), de acordo com a presença de ácido cianídrico (que é venenoso se não for destruído pelo calor do cozimento ou do sol). Algumas regiões usam o nome aipim ou macaxeira para designar a mandioca-doce.
No Brasil a raiz da mandioca é consumida na forma de farinhas, da qual se faz a farinha de mandioca e tapioca ou, em pedaços cozidos ou fritos. Está presente também no preparo de receitas típicas da Amazônia como o tacacá, a maniçoba e o molho tucupí. Dela também se faz bebidas destiladas como o cauim (indígena) e a tiquira (cachaça comum no Estado do Maranhão). Dela também se faz outra farinha o polvilho (fécula de mandioca), doce ou azedo, que serve para a preparação de diversas comidas típicas como, o pão de queijo. Apesar de freqüente em países da África e da Ásia, para onde foram levadas pelos colonizadores ibéricos, o hábito de utilizar as folhas da planta para alimentação, no Brasil, só ocorre na região Norte.
Em África é comum consumir-se, além da raiz, também as folhas jovens em forma de esparregado. Em Moçambique, estas são piladas (moídas no pilão), juntamente com alho e a própria farinha seca da raiz e depois cozinhada normalmente com um marisco (caranguejo ou camarão); esta comida se chama "matapa" e é uma das mais populares da culinária moçambicana. Em Angola este esparregado é conhecido como "kissaca".
A farinha de mandioca comumente é preparada a partir da mandioca-brava.
No Brasil, o termo mandioca carrega alguma conotação sexual, sendo associado ao orgão genital masculino, embora isto seja usualmente explorado de maneira jocosa.