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Pinhais - Wikipédia

Pinhais

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Pinhais
[[Imagem:Pinhais 1 Nov.06.JPG|250px|none|]]
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Brasão desconhecido
Bandeira desconhecida
Brasão desconhecido Bandeira desconhecida
Hino
Aniversário
Fundação 20 de março de 1992
Gentílico Não informado
Lema
Prefeito(a) Mario Bonaldo
PMDB, no cargo até 2008
Localização
Localização de Pinhais
25° 26' 42" S 49° 11' 34" O
Estado Paraná
Mesorregião Metropolitana de Curitiba
Microrregião Curitiba
Região metropolitana
Municípios limítrofes Quatro Barras, São José dos Pinhais, Colombo, Curitiba e Piraquara
Distância até a capital Não informado
Características geográficas
Área 61,007 km²
População 123.288 hab. est. 2006
Densidade 2.020,9 hab./km²
Altitude metros
Clima Temperado Cfb
Fuso horário UTC -3
Indicadores
IDH 0,815 PNUD/2000
PIB R$ 1.084.267.641,00 IBGE/2003
PIB per capita R$ 9.513,04 IBGE/2003

Pinhais é um município brasileiro do estado do Paraná. Sua população estimada em 2000 era de 102.985 habitantes. Separou-se da cidade de Piraquara em 1991, com área territorial de 60,796 Km²


Índice

[editar] Populações Indígenas

Os primeiros habitantes do território Segundo as pesquisas do professor Igor Chmys, a região circunvizinha de Curitiba foi lugar de ocupação de dois grandes grupos indígenas, pertencentes aos troncos lingüísticos Jê e Tupi. As primeiras populações indígenas eram pré-ceramistas e possivelmente datam de 4.000 anos a.C. Após essa primeira ocupação, que se estendeu até aproximadamente 1.485 a.C., ocorreu a presença de povos ceramistas, ou seja, aqueles que detinham a técnica de confeccionar vasilhames de argila. De acordo com Chmyz, o fato da região hoje conhecida como Pinhais ter uma topografia plana e ser uma região de mananciais, torna-se bastante provável a ocorrência de habitações indígenas. Nessa região, foram encontrados vários vestígios de artefatos indígenas, além de evidências de estruturas habitacionais características do povo Jê.


[editar] A colonização do Primeiro Planalto

Em meados dos século XVII as populações indígenas remanescentes entraram em contato com o elemento europeu. Após a ocupação de Paranaguá, o homem branco deu início à colonização do planalto curitibano. Esse processo está intimamente ligado à procura e exploração de metais preciosos, principalmente o ouro. Foi em busca desse metal que o europeu transpôs a serra do mar e iniciou a colonização do Primeiro Planalto, já que se tratava de ouro de aluvião (encontrado nas encostas dos rios). Juntamente com a colonização de Curitiba, ocorreu o processo de requerimento e concessão de sesmarias nas regiões vizinhas. Nesse contexto, em 1674, o capitão-povoador Antonio Martins Leme fez requerimento de uma sesmaria localizada entre os rios Palmital e o Itatiba (Atuba) com dimensão ½ x ½ légua. O período de extração do ouro foi de curta duração devido à pouca quantidade do minério encontrado. Contudo, a atividade mineradora paranaense recebeu relativa importância por parte da Coroa Portuguesa, o que pode ser comprovado pelo estabelecimento da Fundição Real, em Paranaguá, de 1697 a 1734, à qual cabia a retirada do quinto. A atividade mineradora foi pequena, sendo os arraiais – áreas de extração de ouro – de tamanho reduzido, o que acarretou uma baixa demanda de mão-de-obra. Assim, não houve necessidade de aquisição de mão-de-obra compulsória (escrava) em grande escala, embora se constate a presença do trabalho escravo, tanto na mineração como nos serviços domésticos. O declínio do surto na região do Planalto Curitibano ocorreu simultaneamente às grandes descobertas de ouro nas Minas Gerais (início do século XVIII). Esse fato ocasionou um considerável movimento migratório para aquela região. Tal movimento deveu-se às grandes dimensões da atividade mineradora na região Sudeste. Essa grande migração pode ser explicada pelo mito gerado em torno da rápida ascensão social decorrente da descoberta do ouro em grande quantidade (o imaginário do Eldorado). Logo após o declínio da atividade mineradora e o conseqüente movimento migratório para o Sudeste da Colônia (MG), a região dos Campos de Curitiba entrou num período de estagnação. No entanto a própria atividade mineira, que foi uma das determinantes da estagnação, ensejaria um novo fomento econômico: a demanda gerada pelo estabelecimento da indústria da mineração no Sudeste brasileiro. Essa demanda era principalmente de animais (transporte e alimentação). A agricultura e/ou pecuária não chegou a despertar grande interesse na região das Minas Gerais, de modo que a mineração era atividade praticamente exclusiva, considerando-se o alto lucro atingido proporcionado pela extração de metais preciosos (muito acima de qualquer possibilidade da agricultura ou outra atividade). O problema do abastecimento de gêneros alimentícios tornou-se a grande preocupação do governo colonial no século XVIII. Em paralelo a essa demanda das Minas Gerais, no estado do Rio Grande do Sul desenvolveu-se a criação de gado em escala comercial. A demanda mineira foi parcialmente atendida por esse gado. O grande ponto de comércio era Feira de Sorocaba, no estado de São Paulo, onde o gado sulino passou a ser comercializado com os mineradores da região Sudeste. O gado do Rio Grande do Sul era comprado por grandes proprietários de terras da região dos Campos de Curitiba e trazido em tropas através do chamado “caminho do Viamão” (uma espécie de trilha que ligava Viamão – RS a Sorocaba – SP). Por essa razão, esses comerciantes de gado foram chamados de tropeiros. Sendo assim, os campos da então Quinta Comarca de São Paulo (Paraná) ficavam em uma posição privilegiada em relação ao comércio estabelecido entre as regiões Sul e Sudeste. O gado do Rio Grande do Sul passava por uma penosa “tropeada” através do caminho do Viamão. Devido às precárias condições desse percurso, ao chegar à região dos campos de Curitiba, o gado tinha perdido muito peso, de modo que, essa região tornou-se um entreposto do comércio no caminho das tropas. A relativa proximidade do Paraná com a Feira de Sorocaba, bem como os seus campos propícios para o descanso e engorda, fez com que se desenvolvesse aqui uma nova atividade: o arrendamento dos campos para a invernada através do caminho de Viamão, passava certo tempo nos campos de Curitiba, recuperando o peso ideal para a comercialização. Por essas estadas nas fazendas paranaenses, os tropeiros pagavam com o dinheiro gerado pela feira sorocabana. A atividade da invernada no Paraná era tão rentável, que fez surgir um primeiro estrato social dominante: a elite campeira paranaense. Fato que de certo modo comprova a criação de gado não foi implementada de forma comercial. Em vez de criar o gado para o comércio em Sorocaba, preferia-se invernar o rebanho comprado junto aos criadores gaúchos. No período do troperismo, o único meio de transporte por terra era o lombo muar. Assim, podemos compreender a importância desse comércio realizado entre o Rio Grande do Sul e as Minas Gerais, além de proporcionar uma nova atividade econômica para o planalto curitibano. Contudo, as atividades comerciais dos campos de Curitiba nesse período não se restringiam ao trabalho do tropeiro. Outra face importante da atividade econômica dessa região era a exportação da erva-mate via porto de Paranaguá. Como no caso do comércio com São Paulo, os produtos eram transportados por muares através de trilhas abertas em meio à mata. Os três caminhos que ligavam o planalto de Curitiba ao litoral eram o do Itupava, o da Graciosa e o do Arraial Grande, o segundo servindo de base para a posterior abertura da Estrada da Graciosa e, juntamente com o Itupava, passava pela região onde hoje se situa o município de Pinhais. O caminho do Itupava começava seu trajeto na região onde atualmente fica o Círculo Militar de Curitiba e estendida no sentido leste, passando pelos rios Belém, Juvevê, Bacacheri, Atuba, Palmital e Cangüiri. O historiador Júlio Estrella Moreira nos dá uma descrição desse caminho: (...) Correndo sempre para leste, o caminho passava pela Varginha (local onde nascera o poeta Emiliano Perneta e seus irmãos). Pouco adiante atravessava o rio Palmital, também, margeando por terras alagadiças. A seguir atingia a borda do campo, onde existiam diversas fazendas de criação, entre as quais a do padre da Companhia de Jesus dividida em duas partes bem distintas pelo rio Cangüiri. A sede da fazenda era acolhedora pousada e sadia alimentação, além de farta forragem para as cavalgaduras e as bestas de cargas. Com o advento do transporte ferroviário, na Segunda metade do século XIX, o muar aos poucos foi deixando de ser utilizado. A máquina a vapor transportava os produtos de exportação em maior quantidade, em menor tempo e com um custo mais baixo, além de proporcionar maior conforto mas viagens a Paranaguá ou à Capital do Império (Rio de Janeiro). A partir de então, o comércio das tropas foi perdendo importância, pois a demanda por transporte animal foi se acabando. No Brasil, as estradas de ferro começaram a ser construídas a partir da Segunda metade do século XIX. Foi nesse contexto de modernização do transporte que, em 1880, iniciou-se a construção de uma ferrovia ligando o litoral paranaense à região do planalto curitibano. Essa estrada de ferro configurou-se como fator determinante de uma grande dinamização da região dos Campos de Curitiba. É a partir daí que situamos um novo momento na História de Pinhais, quando se formou o primeiro núcleo populacional nos arredores da Estação de São José dos Pinhais (1885) e da Cerâmica (1898).


[editar] A formação do povoado

A história recente da ocupação territorial de Pinhais tem as suas raízes intimamente ligadas à construção da Ferrovia Paranaguá Curitiba, inaugurada já no ano de 1885. Além da estação, outro fator aglutinador foi a implementação de uma indústria cerâmica que a partir de meados da década de 1910, tornou-se uma das unidades produtivas mais dinâmicas do Paraná. Com base nos registros da Segunda Lei de Terras do Paraná (1893), podemos trabalhar com a hipótese de que a Estação de Pinhais surgiu para possibilitar o acesso e o escoamento do centro produtor de São José dos Pinhais, visto que esse município produzia erva-mate em grande escala, além de madeira e outras mercadorias. Vários desses registros fazem menção à estrada que ligava o município de São José dos Pinhais. Com a inauguração da Estrada de Ferro, também foram construídas as casas dos funcionários responsáveis pela manutenção da ferrovia. Começou assim a se esboçar um pequeno povoado. Além dessa incipiente concentração de moradores, já estavam estabelecidos proprietários de terras que desenvolviam atividades agropastoris. Grande parte desses proprietários moravam na região e utilizavam as suas terras para o plantio de diversos gêneros agrícolas e para a criação de gado, tendo como centro de consumo a Capital. Datam desse período vários registros de terras, principalmente nas proximidades do rio Palmital e também entre os rios Atuba e Iraí É possível que nessa região existisse um grande número de fazendas, constituindo uma população esparsa, pois é nesse momento que chegou ao Paraná, principalmente à capital e arredores, a grande leva de imigrantes europeus, fundando suas respectivas colônias. Nessa região estabeleceram-se muitos imigrantes italianos, que fundaram a Colônia Novo Tirol. Em sua maioria, essas novas populações se ocuparam do cultivo de terra e também de incipientes manufaturas, a maioria de cunho artesanal. Em linhas gerais, eram essas as características da região no final do século XIX e início do século XX. Isso pode ser melhor constatado à luz de documentos históricos, como alguns registros de terras: Registro que faz o Engenheiro Francisco de Almeida Torres de um immovel situado no lugar Vargem Grande de accordo com o artigo 107 do Registro de 8 de abril de 1893. estado do Paraná [...] Os terrenos da Vargem Grande compoem-se campos e mattos, entre os Rios Atuba Palmital Ivahy e a Estrada de Ferro essa parte assim comprehendia e pertence exclusivamente aos registrantes: a parte que fica entre a Estrada de Ferro Rio Atuba e Palmital e terreno da Varginha é em comum com alguns herdeiros de Manoel Florencio Lisboa e sua mulher [...] Estrada e caminhos: a Estação de S. José dos Pinhaes [...] Secretaria das obras públicas e colonisação em Curitiba. 8 de outubro de 1895. Mariano de Almeida Torres. A abertura da via férrea ligando ao planalto curitibano significou um avanço de suma importância para a economia do Estado. A via de acesso para o escoamento da produção da Capital e das regiões vizinhas facilitou e fomentou o surgimento de novos empreendimentos econômicos. Assim, em 1898 tiveram início os trabalhos da cerâmica da família Torres, que foi instalada na região bem próxima à linha férrea.


[editar] A Cerâmica

A história da cerâmica se integra significativamente na história de Pinhais e seus moradores. Vários dos antigos habitantes trabalharam na indústria ou tiveram algum tipo de relação com ela. A cerâmica iniciou as atividades treze anos após a abertura da estrada de ferro (1885). Num primeiro momento, a atividade industrial ainda incipiente, visava atender à região e arredores de Curitiba, haja vista que em várias outras regiões, como a Fazendinha, Boqueirão, Parolin, Umbará, entre outras, também constavam indústrias de tijolos e telhas. Em 1912, Guilhermes Weiss comprou a cerâmica de propriedade da família Torres. O novo proprietário deu início a um processo de grande dinamização dessa unidade fabril. Importou novos maquinários e ampliou consideravelmente a capacidade de produção. Juntamente com a chegada desses novos equipamentos, também foi necessário trazer mão-de-obra especializada. Para tanto, foram construídas grande número de residências, formando um vila operária. Dentre as primeiras famílias que vieram trabalhar a convite de Guilherme Weiss, podemos nomear as famílias de Miguel Chalcoski, de José Kropzak e de Henrique Pontella, as quais exerciam atividade na olaria dos irmãos Hauer, na região da Vila Hauer (Curitiba). Além destas, muitas outras famílias fixaram-se definitivamente na região. Alguns operários foram definitivamente na região. Alguns operários foram trabalhar diretamente na fabricação de telhas e tijolos, outros na extração do barro. "Eu vim em 21 de novembro de 1933, trabalhar direto na cerâmica do Guilherme Weiss, na extração de barro da Vargem”, conta André Vachowiz. A vila, que começara a esboçar-se em torno da unidade fabril, era dotada de certa infra-estrutura, pois junto aos barracões fora construído um armazém responsável pelo abastecimento de cereais e outros gêneros alimentícios. “O comércio que tinha era o armazém do Weiss, só funcionava o dele [...] Ele trazia as mercadorias da cidade para nós aqui em Pinhais”. No auge de funcionamento da Cerâmica, ais precisamente entre a década de 1920 e 1960, o conjunto de residências dos trabalhadores da indústria Weiss chegou a um número aproximando de 300 casas. Estima-se estas consideráveis para o período. Durante determinado tempo, mais precisamente no período entre guerras (1918-1939), o então proprietário, Guilherme Weiss demonstrando grande visão gerencial, estabeleceu um novo tipo de relacionamento financeiro com os seus funcionários. Tratava-se da utilização de uma unidade monetária corrente entre os próprios empregados, nos limites da área de domínio da cerâmica. “O dinheiro dele valia só em Pinhais, mas se você fizesse economia com o dinheiro, [...] fazia vale; passados trinta dias, ia na cidade e ele trocava, dava dinheiro [...]; então, se economizasse as fichas dele, podia Ter quantos milhões quisesse”. Em fins da década de 1930, com o falecimento de Guilherme Weiss seu genro, Humberto Scarpa, assumiu a direção da indústria. A herança incluía, além da fábrica a fábrica. As terras que se encontravam na região de Pinhais. Scarpa conduziu os negócios da fábrica até a década de 1960, quando resolveu desativar os trabalhos da cerâmica e iniciou o processo de loteamento das terras, dando origem a vários bairros que hoje integram o município de Pinhais.



[editar] As manifestações Religiosas É tudo mentira

Na formação do núcleo populacional de Pinhais, a maioria dos habitantes professava a fé católica. Todavia, nos seus primórdios não havia uma igreja edificada. As reuniões religiosas geralmente ocorriam em casas de moradores ou no pátio de uma antiga serraria. Em 1926 deu-se início á construção da primeira igreja, que posteriormente veio a ser chamada de Paróquia Nossa Senhora da Boa Esperança. A partir desse momento, as reuniões devocionais foram aos poucos sendo transferidas para o templo edificado. A construção da igreja foi fruto de um esforço conjunto entre a comunidade e o proprietário da Cerâmica Pinhais, que doou o terreno e o material para a construção do templo. Os operários da cerâmica passaram a empregar o seu tempo livre nos trabalhos de construção da igreja. A inauguração se deu no dia do casamento de Eleonor Adelaida Weiss, (filha de Guilherme Weiss) e Humberto Scarpa, sendo assim celebrada a primeira cerimônia religiosa. A escolha da padroeira está relacionada com a história de José João Sordo, imigrante de origem italiana que, no ano de 1900, encomendou uma imagem de Nossa Senhora da Boa Esperança. A imagem foi entalhada em madeira na Itália. A princípio, foi abrigada numa escola existente em Pinhais naquela época. Na década de 1930, a imagem de Nossa Senhora da Boa Esperança passou a ocupar o altar da recém-inaugurada igreja, desde então denominada pelo nome da santa, conforme tradição católica. A comunidade começou a festejar o dia da Padroeira na data de 13 de Maio. Era costume a realização de procissões oferecida à Padroeira, assim como no dia de Corpus Christi. A manifestação religiosa através de procissões constituía um evento do qual participava grande parte da comunidade local. Hoje ainda realizam-se procissões e festas com a intensa participação da comunidade. Atualmente, devido ao grande contingente populacional que caracteriza, Pinhais existem outras paróquias, entre as quais podemos citar: a Paróquia de São José Operário, do bairro Maria Antonieta, a Nossa Senhora da Luz, do bairro Emiliano Pernetta, e a nossa Senhora Aparecida do bairro Weissópolis. Outras comunidades religiosas que aglutinam grande números de fiéis são as igrejas protestantes como a Igreja Batista, a Luterana e a Assembléia de Deus.


[editar] O Transporte

Uma das grandes dificuldades encontradas pelos moradores pinhaenses daquela época era com referência ao transporte; devido ao fato da região ser constituída por grandes extensões de terras, poucos eram os caminhos que levavam a comunicar-se com Curitiba. As vias de acesso eram limitadas, sendo a principal a estrada de ferro. Outro caminho utilizado era o carreiro que seguia junto aos canos da Companhia de Água e Esgoto do Paraná. Muitos lavradores da região, que iam comercializar seus produtos em Curitiba, utilizavam-se desse caminho. O fato de o mesmo apresentar regiões alagadiças tornava praticante inviável o deslocamento das carroças durante o período das chuvas. Além de o caminho apresentar uma estrutura precária para o trânsito de automóveis, outro fator agravante era a região estar cercada por rios e mananciais de água potável. Nesse sentido, a comunicação ficava comprometida; isso porque à época, para ter acesso a Piraquara via Estrada do Encanamento, era necessária autorização do Departamento de Água e Esgoto (DAE) para passar pela barreira, espécie de cancela que ficava onde hoje é a Fundação Sanepar, junto a rodovia João Leopoldo Jacomel. Outra via de acesso à capital era um outro caminho que ia até o Atuba, e de lá para Curitiba. “Primeiro tinha que dar a volta até o Atuba, quatro Barras [...] pela Estrada da Graciosa para chegar até o Alto da Glória e o centro de Curitiba”, recorda Iassy Kaudy. No entanto, durante os primórdios da povoação de Pinhais, o meio de acesso mais utilizado para comunicar-se com Curitiba era mesmo o trem. Inicialmente só existia o que saía de Paranaguá, e que “passava por aqui dez e meia, mas partia de Curitiba às quatorze horas, então não dava para você fazer nada”, conta Gabriel Alves dos Santos. Mais tarde, a partir da década de ‘950, fora criada a linha do trabalhador, e nela iam e vinham os moradores de Roça Nova, Piraquara, Pinhais (e da região como um todo), para trabalhar ou fazer compras em Curitiba. Esse trem partia da Estação de Roça Nova e passava por Pinhais ás 06:10 min. Era o trem, cujo bilhete apresentava o preço mais acessível e por isso, era o preferido da grande maioria dos moradores da região; não tinha estação certa de parada: parava ao longo do trajeto, como os ônibus atualmente. O retorno se dava à tarde, partindo de Curitiba à 17 h e 50 min. A partir da década de 1950, o eixo que ligava Pinhais a Curitiba recebeu uma significativa melhoria; o caminho foi ampliado e recebeu o nome de Estrada do Encanamento. Nesse mesmo período começou a circular o primeiro ônibus coletivo em Pinhais, ligando o município de Piraquara a Curitiba, passando por Pinhais. Essa linha de ônibus ficou conhecida como “ônibus do Bimba”, referência ao apelido do proprietário dos veículos que prestavam o serviço, Pedro Pinto de Castro. A partir dos anos 60, a empresa Expresso Azul diversificou as linhas e os horários, passando a prestar o serviço de transporte coletivo na região de Pinhais. E até hoje está operando.


[editar] A Educação

A formação de uma vila de funcionários nos arredores da Estação, exigia um local para o ensino das crianças. Assim, foi instalado o primeiro estabelecimento de ensina na região, por volta do ano de 1914. Esse local tornou-se conhecido como “Casa de Instrução”. Consistia ele numa única sala de aula, inicialmente instalada numa das casas construídas para os ferroviários. Anos mais tarde o estabelecimento foi transferido para a casa da família Cunha Luz. Na década de 1920, no contexto da dinamização gerada pela Cerâmica, Guilherme Weiss incentivou a construção da primeira escola pública de Pinhais. Era uma casa com duas salas, uma para o ensino e outra destinada à celebração da eucaristia. O crescimento da população foi acompanhado pelo surgimento de novos estabelecimentos de ensino, bem como de outros aspectos da infra-estrutura necessária à manutenção da comunidade. Nesse sentido, os locais que começaram a apresentar maior concentração populacional foram reivindicando a construção de escolas. O depoimento da professora Norma Chalcoski ilustra bem esse momento: “Tinha uma escolinha ali próxima da Estação [..], fizeram outra na Vargem Grande; daí começou a aumentar a população, com o loteamento; daí eles foram fazendo escolinha, de uma sala de aula só”. Outro momento que se destaca é o do grande adensamento populacional iniciado na década de 1960. A partir de então, iniciou-se a construção de maior número de unidades educacionais, divididas entre os loteamentos de maior concentração de habitantes. Atualmente Pinhais conta 21 escolas municipais, 14 estaduais, 11 centros de educação infantil e uma universidade, além de estabelecimentos particulares aqui instalados, atendendo mais de 20 mil estudantes, contemplando os ensinos fundamental e médio. Dentre os estabelecimentos de ensino de Pinhais, merecem destaque a Escola Municipal Antonio Andrade (maior estabelecimento municipal), o Colégio Arnaldo Faivro Busato (maior estabelecimento Estadual), a Escola Maria Chalcoski (mais antiga escola, em atividade, de Pinhais) e a Escola Mathias Jacomel (mais antiga estadual). A Escola Municipal Antonio de Andrade foi construída pela iniciativa da comunidade do bairro Vila Maria Antonieta. Vinícius Andrade Mendes (bisneto de Antonio Andrade Júnior, antigo proprietário e responsável pelo loteamento que originou o bairro) doou o terreno para a construção da escola, dando-lhe o nome de seu bisavô. Inicialmente, a escola contava com apenas duas salas e com duas professoras, atendendo pouco mais de 50 alunos. Em 1971, em decorrência do crescimento populacional, foram construídas sete novas salas. Contudo, a demanda continuou aumentando significativamente. Em 1970 foi construído um novo prédio. No anos de 1994 a escola foi transferida para o CAIC (Centro de Atendimento Integral à Criança) São Marcelino Champagnat, fazendo parte do subprograma de Educação Escolar. Desde então, a escola ampliou a oferta de vagas e os projetos educativos. Atualmente conta com 18 salas de aula, atendendo 36 turmas do pré-escolar à quarta série, além da classe especial. Dessa forma, presta serviços a um total de 1.126 alunos sendo, assim, a maior escola municipal de Pinhais. As origens da Escola Municipal Maria Chalcoski remontam á década de 1920. Construída em 1923, contando então com duas salas de aula, é portanto a primeira escola pública de Pinhais. Funcionou no mesmo prédio até 1950, quando rachaduras nas paredes obrigaram a ser ministradas, provisoriamente, num barracão cedido pela Companhia de Cimento Portland. A professoras Iassy Kaudy rememora: Eu me formei em abril de 1953, já fui nomeada aqui para Pinhais. Nessa época havia uma escola pública com apenas duas salas de aula ali perto da Avenida Iraí. Era para os filhos dos operários, era a Escola Pública de Pinhais [...] Depois passou a Casa Escolar de Pinhais e mudou para um barracão aqui da Companhia de Cimento Portland do Paraná, porque aquela (antiga) foi condenada. Ainda em 1953 eles construíram aqui na Rua Camilo di Lelis, uma escola com duas salas de aula e uma secretaria [...] Uma escola com mais ou menos 60 a 70 alunos, isso de primeira a Quarta série. Pelo decreto 16.411, de 11 de novembro de 1964, foi levada à categoria de Casa Escolar de Pinhais. Para melhor acomodação dos alunos, em 1967 foram construídas mais de duas salas, próximas ao armazém do Instituto Brasileiro do Café, sob a direção da Casa Escolar de Pinhais, com o nome de Casa Escolar Irmãos Chalcoski. Em 1969 iniciou-se a construção de uma nova sede em alvenaria, com seis salas de aula, cantina, biblioteca, sala da administração, banheiros e área coberta. A sede foi inaugurada em dezembro de 1970. Em dezembro do ano seguinte foi elevada à categoria de Grupo Escolar, sendo denominado Grupo Escolar Dona Maria Chalcoski, através do decreto 1238 de 1971. O Grupo Escolar Mathias Jacomel iniciou suas atividades no ano de 1963, em uma sala de madeira, com 32 alunos (primeira e Segunda séries). Essa sala foi construída por iniciativa dos moradores da Vargem Grande, com o apoio da administração do município de Piraquara. No ano seguinte a sede foi ampliada, contando na época com três professoras e atendendo 120 crianças da região da Vargem Grande. Em 1965, com o aumento da demanda, foram construídas mais duas salas, passando assim a nove professoras e a 350 alunos matriculados. Em 1970 a Casa Escolar passou a denominar-se Grupo Escola Mathias Jacomel, através do decreto 17.836 de 05 de janeiro de 1970. Em 1978 foi inaugurada uma parte do novo prédio, contendo 10 salas de aula. A portaria 624/78, de 13 de fevereiro de 1978, autorizou o funcionamento de Quinta a oitava série. A Escola Estadual Mathias Jacomel pode ser considerada o primeiro estabelecimento estadual de ensino instalado em Pinhais. Atualmente conta com 25 professores e oferece ensino fundamental a 650 alunos. O Colégio Estadual Arnaldo Busato originou-se de um abaixo-assinado realizado pela comunidade do Distrito de Pinhais e enviado ao Deputado Estadual João Leopoldo Jacomel. Esse documento solicitava a criação do “Ginásio Estadual de Pinhais”. As justificativas para tal solicitação foram baseadas nas dificuldades que os pais enfrentavam para enviar os filhos a Curitiba em busca do ensino, bem como no alto custo para mantê-los estudando em outro local. O Ginásio solicitado foi criado pelo projeto de lei nº35/69 do Deputado Jacomel, sancionado pelo então governador do estado do Paraná. Assim, ficou definida a construção de um Ginásio Estadual para funcionar a partir de 1970, no Distrito de Pinhais, e então município de Piraquara. Inicialmente, o ginásio funcionou no prédio em que atualmente está abrigada a Escola Municipal Maria Chalcoski, atendendo a seis turmas, no período da manhã, proporcionando o ensino ginasial. No ano de 1972 foram construídas mais quatro salas de aula, passando a funcionar em três turnos em 1973 (quando foi ampliado o número de salas). No ano de 1977, devido ao grande crescimento de Pinhais a ao aumento das instalações e do atendimento, a comunidade passou a funcionar em períodos diurno e noturno. Com esse aumento das instalações e do atendimento, a comunidade passou a se mobilizar mais no sentido de reivindicar melhorias para a instituição. Em 1980, o mesmo estabelecimento já atendia a 34 turmas, sendo que havia 1.198 alunos matriculados. No ano seguinte, com a implantação do ensino de 2º Grau, a instituição de ensino passou a se chamar Colégio Estadual Deputado Arnaldo Faivro Busato. A partir de então o colégio passou a proporcionar ensino de 1ºgrau regular e de 2º grau regular, com habilitação básica em Administração. Desde o ano de 1994, foram sendo implantadas as turmas dos cursos técnicos, em Administração e Magistério. Atualmente, o Colégio Arnaldo Busato apresenta-se como o maior estabelecimento estadual de ensino de Pinhais, atendendo a 2.200 alunos do ensino Fundamental e Médio.


[editar] O Lazer

No início do povoado, a maior parte do tempo era utilizada no trabalho, o que não impedia que diversas atividades de lazer e recreação fossem desenvolvidas durante o tempo livre. Os moradores que aqui chegaram tinham espaço privado o lugar de suas manifestações lúdicas e dos seus divertimentos. Essas pessoas eram de diferentes procedências e origens étnicas, o que inicialmente dificultou a constituição de uma rede mais ampla de sociabilidade. Todavia, passado algum tempo, as pessoas começaram a interagir mais estreitamente, devido à própria convivência no espaço fabril. Esse foi o início de um processo que levou ao surgimento de manifestações lúdicas mais elaboradas. Paralelamente ao trabalho, os operários organizaram espaços de lazer, onde podiam manifestar aspectos de sua cultura. Esses espaços foram estruturados dentro do mesmo processo que levou à aglutinação em torno da cerâmica. Como contraponto ao mundo do trabalho, foram surgindo várias manifestações lúdicas, sendo que os dois “mundos” estavam intimamente ligados à cerâmica. As formas de lazer construídas pelos trabalhadores revelam traços de suas culturas de origem ( a banda de música que foi organizada na década de 1920, por exemplo), agregados a aspectos da cultura brasileira (como o futebol). Entre os espaços de sociabilidade dos moradores, destacam-se, a Estação Ferroviária, o campo de futebol, o Clube dos Trabalhadores da Cerâmica e os festejos da época (aniversários, bailes, casamentos e festas religiosas...). A Estação era um dos locais de maior concentração dos jovens. Ali a juventude se reunia para ver os trens e recepcionar as pessoas que desembarcavam. Esse ato, quase cotidiano, transformava-se num divertido passeio, no qual o trem acabava passando do papel principal ao de coadjuvante, num acontecimento em que a intenção primeira era a prática do flerte: “ um dos divertimentos era ver a passagem do trem, ali na Estação [...] antes do trem chegar, as moças começavam a passar, indo de um lado para outro, e os moços conversavam ali [...] e assim acontecia o flerte”, relembra Iassy Kaudy. O flerte era a expressão de uma nova sociabilidade e de uma nova forma de enamoramento, característicos das primeiras décadas do século XX. Em épocas anteriores, as práticas de aproximação dos jovens davam-se no âmbito privado, ou seja, no interior dos domicílios e sob a vigilância dos pais da jovem. Dessa forma, os locais públicos como a Estação ou o campo de futebol configuravam-se como ambientes característicos da passagem daquela antiga prática de namoro para o flerte. O Futebol: Outro componente importante das manifestações lúdicas dos moradores do então povoado de Pinhais era o futebol. Nas tardes de Domingo, o campo tornava-se um ponto de encontro que promovia a sociabilidade. O futebol era, ao mesmo tempo, o elemento aglutinador e o motivador dos encontros. Quem ia ao campo buscava mais do que uma partida de futebol. O encontro, o flerte, as relações de amizade, ou mesmo o simples ócio, eram o intuito maior dos freqüentadores desse espaço criado pelo futebol: “... eu me lembro da época em que vim para cá. A gente almoçava aos domingos e já ia para o campo. Era onde a gente se reunia, se encontrava. Juntava a mulherada num canto e os homens no outro, para conversar...”, recorda Terezinha Sucow. O time era formado basicamente por trabalhadores da cerâmica; por isso os jogos ocorriam somente aos domingos ( a jornada de trabalho estendia-se até o Sábado). Os jogos eram disputados entre os próprios moradores da região, não se restringindo aos funcionários da cerâmica. O campo localizava-se nas proximidades da fábrica, perto do atual bairro Weissópolis. Em 1957, os moradores da região fundaram o Clube Esportivo União Pinhais, passando então a participar de competições regionais. O Clube dos Trabalhadores de Cerâmica: No ano de 1924, alguns funcionários da Cerâmica Pinhais reuniram-se para formar um grupo musical. A banda passou a animar os festejos da época, como os casamentos, as festas populares, os bailes no Clube da Cerâmica e da Igreja assim como eventos fora do município. Os integrantes da banda eram todos funcionários da fábrica, (entre os quais encontravam-se muitos membros da família Chalcoski): Antônio Chalcoski, Carlito Gaia, Leonardo Chalcoski, Luís Bertassoni, Melquíades Cordeiro, Miguel Chalcoski, Pedro Chalcoski, Pedro Graciano, Roberto Kropzack, Tadeu Chalcoski entre outros Dentre as festas que a banda de Pinhais abrilhantava, destacavam-se os bailes promovidos pelo Clube Cerâmica. Esse clube, uma organização dos trabalhadores, tinha a sua sede no interior da própria fábrica. Nesse espaço eram realizados os bailes, nas noites de Sábado, animados pela banda de música. Os bailes atraíam grande número de pessoas, que buscavam distração e alegria. Apesar de ser organizado pelos trabalhadores, o clube dependia da autorização do proprietário da cerâmica, na época o Sr. Humberto Scarpa, para a efetivação dos eventos, com lembra Gabriel Alves dos Santos: Tudo dependia do Humberto Scarpa: saía baile se ele quisesse e se autorizasse; aí podia fazer o baile. Os que cuidavam da Sociedade eram todos funcionários da fábrica, era tudo escolhido ali, para mestre-sala, porteiro e outra funções. No outro dia, se estivesse qualquer coisa... se ele visse um vidro quebrado depois do baile, a sociedade ficava um mês fechada. Um mês depois daquilo ninguém mais dançava baile ali. A partir de meados da década de 1960, Humberto Scarpa começou a desativar gradualmente as atividades da fábrica. Em decorrência disso, todas as demais atividades dependentes da cerâmica foram perdendo sua intensidade. Nesse sentido, vários funcionários foram se desvinculando da atividade produtiva e acabaram por se dispersar, de modo que as organizações formadas pelos funcionários da fábrica foram sendo extintas. Apesar disso, a cerâmica foi um elo de ligação, sendo por longo período o fator de identificação entre os trabalhadores.


[editar] A evolução Política

A ocupação do planalto curitibano, em fins do século XVII, ensejou a formação de alguns povoados. O de maior expressão foi o que originou a Vila Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba. Outros posteriormente originaram a Vila de São José dos Pinhais e a Vila Nova do Príncipe (atual município da Lapa). A região que hoje é ocupada pelo município de Pinhais pertencia, nessa época, pertencia ao território de Curitiba. As delimitações de Curitiba se estendiam, a leste, até a serra de Paranapiacaba, ocupando assim quase todo espaço da atual Região Metropolitano da capital paranaense. Essa grande extensão de terras continuou pertencendo ao município até meados do século XIX, quando foram criados novos municípios. A área de Pinhais pertenceu ao território de Curitiba até fins do século XIX. No ano de 1890, uma parte do território de Curitiba foi desmembrada, passando a constituir o município de Colombo. A região que comportava Pinhais estava inserida nessa área desmembrada, o que significa que Pinhais passou assim a pertencer, administrativa e politicamente, a Colombo. Isso pode ser comprovado pelo decreto nº71 de 31 de janeiro de 1890, que fixou os limites do novo município. No início da década de 1930 foi implantado o sistema de interventorias nos estados brasileiros, dando início a uma fase de centralismo, que se estendeu até o fim do estado Novo. O Paraná passou a ser administrado pelo interventor Manoel Ribas. O então interventor promoveu mudanças de cunho político-administrativo, interferindo inclusive na delimitação geográfica de vários municípios do estado. Dentro desse processo, no ano de 1932, o território onde se situa Pinhais passou a pertencer ao município de Piraquara, no mesmo momento em que o município de Colombo foi extinto (seu território foi reanexado ao de Curitiba, sendo recriado mais tarde). O município de Piraquara havia sido desmembrado de São José dos Pinhais na mesma época em que a área de Colombo foi desmembrada de Curitiba. O decreto 2505 de 27 de outubro de 1932, fixou os novos limites de Piraquara, anexando o território de Pinhais. Com o crescimento do povoado de Pinhais a partir da década de 1960, a comunidade começou a reivindicar a instalação de serviços públicos locais. Paralelamente, começaram a ser eleitos os primeiros representantes pinhaenses que ingressaram na ordem política do município de Piraquara. Devido à importância e a participação que o povoado conquistou no cenário político municipal, Pinhais foi elevado à categoria de Distrito em 21 de Novembro de 1964. Nos anos 70 e 80, o distrito recebeu, como dissemos anteriormente, um enorme contingente populacional, acarretando, assim, demandas em vários setores. A implantação de uma infra-estrutura que suprisse as necessidades da população exigiu a organização e o gerenciamento de um poder público local. Dessa forma, no final do ano de 1991 foi realizado um plebiscito para verificar o interesse da população de Pinhais pela implantação de um poder executivo e legislativo local. Essa consulta apurou um alto índice de aprovação da emancipação política – cerca de 20.456 de um total de 23.310 participantes (87% de aprovação). Atendendo a essa solicitação dos moradores do Distrito, o Deputado Estadual Aníbal Khury (então presidente da Assembléia Legislativa do Paraná), determinando a criação do Município de Pinhais, sendo o seu território desmembrado do de Piraquara. O município de Pinhais foi oficial e solenemente instalado no dia 20 de março do ano de 1992. A partir de então, essa data passou para o calendário festivo da população pinhaense. Após a criação do município de Pinhais, a população local passou a contar com melhor assistência político-administrativa. As questões que afligiam os moradores, passam a ser canalizadas e atendidas por seus legítimos representantes. Em 1993, com o estabelecimento do poder público local, o executivo começou a estabelecer metas de desenvolvimento para o município através das suas secretarias. As questões de saúde, educação, cultura, esporte, turismo, meio-ambiente, assistência social, segurança pública, infra-estrutura, planejamento urbano e desenvolvimento econômico foram sendo discutidas em conjunto. A organização e implementação das ações e projetos que iriam, a partir de então, moldar a fisionomia da cidade, começaram a ser encaminhadas de forma direta, aos organismos competentes para propor e agir na cidade, aos quais a população passou a ter acesso. O primeiro prefeito de Pinhais foi o senhor João Batista Costa (falecido), que assumiu a prefeitura em 01 de janeiro de 1993. Costa administrou o município até 1997. O segundo prefeito de foi Siegfried “Zico” Böving que conduziu até o ano de 2000. O atual prefeito da cidade é Luis Cassiano de Castro Fernandes.


[editar] Considerações Finais

Da incipiente população e dos esparsos domicílios, foi surgindo ao longo de um século, o município de Pinhais – hoje um dos mais povoados do estado do Paraná. Aqueles tempos do difícil acesso, da morosidade do trem e da escassez de infra-estrutura não fazem mais parte da realidade da população pinhaiense; todavia, essas imagens ainda povoam a memória dos moradores mais antigos. Da mesma forma, a Cerâmica dos moradores mais antigos. Da mesma forma, a Cerâmica Weiss, fator aglutinador e gerador de riquezas, passou do âmbito da realidade para se tornar um dos elementos de identidade do município de Pinhais. A Estação Ferroviária é outro fator muito importante na formação da cidade – da gradual redução do seu nome (inicialmente “Estação São José dos Pinhais”, depois, “Estação Pinhais”) que surgiu o nome do então povoado. Foi justamente da conjunção desses dois fatores – cerâmica e estação – que iniciou-se uma povoação mais densa. Dessa forma a região em torno da Estação de trem constitui o Marco Zero da atual cidade. Em 120 anos de existência, a localidade veio a abrigar populações provenientes das mais diferentes regiões. Migrantes e imigrantes que aqui se fixaram estabeleceram forte ele de ligação com a cidade não somente com a sua situação geográfica, mas principalmente com o ethos cultural que emoldura e impulsiona a vivência da cidade. Essas expressões, somadas, contribuíram de maneira substancial para a formação da grande diversidade cultural do município , motivo de justificado orgulho. Em termos econômicos, o município de Pinhais representa atualmente a 12ª economia do estado do Paraná. Conta com elevado número de empresas que atuam nos mais variados setores, dinamizando cada vez mais o perfil sócio-econômico do município e regiões circunvizinhas. Pinhais conta, atualmente , com uma população estimada em 102.985 mil habitantes -(IBGE-2000). Mas não é unicamente da quantidade de sua gente que se faz uma cidade; é o cotidiano das relações, na intensidade dos menores gestos, no dia-a-dia das atitudes e dos afetos para com a cidade e os cidadãos, que se constitui a trama da vida social e cultural. Nesse exercício cotidiano da cidadania, a história desempenha um papel fundamental. O homem necessita da história, porque lembrar-se do passado é condição necessária para todas as construções humanas.


[editar] A Urbanização

A urbanização do município de Pinhais se insere no processo de criação da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) estabelecida em 1973, juntamente com outras oito áreas assim caracterizadas pelo Governo Federal. Em 1970, a RMC era a que possuía a menor densidade demográfica das nove Regiões Metropolitanas (RMs) existentes no Brasil; todavia, seu percentual de migrantes foi o maior da média nacional de RMs, variando de 41,1% em 1970 para 54,1% em 1980 (contra uma média nacional de 46,0% a 53,5%). O fator preponderante para o contínuo aumento das taxas de migração rumo à RMC foi o êxodo rural. Esse adensamento populacional situou a RMC entre as três RMs de maior crescimento no país durante a década de 70. O Paraná acabou por esgotar sua fronteira agrícola, processo que se iniciou na década de 1960 e que associou-se a uma intensa modernização da agricultura ( mecanização do trabalho e crescente uso de defensivos). O Paraná passou de estado receptor para emissor de migrantes. Esses dirigiam-se para as novas fronteiras agrícolas do Norte e Centro-Oeste do país, e para metrópoles do Sudeste (São Paulo e Rio de Janeiro, principalmente). Os migrantes que se dirigiam para os grandes centros urbanos procuravam inserir-se no mercado de trabalho gerado pela industrialização recente. Na década de 1970, as migrações tornaram-se intra-regionais, ou seja, os migrantes passaram a optar pelos centros regionais. Assim, os mesmo ficavam mais próximos dos locais de origem, além de tornar manos onerosa a mudança. Durante esse período, a alteração da estrutura fundiária paranaense acelerou-se, caracterizando um processo de modernização agrícola, aliado à crescente concentração da terra e à exclusão social. A chamada “modernização agrícola” teve um caráter geral e direcionou a agricultura aos produtos com maior concentração comercial no exterior – na época, esse era o caso da soja, do algodão e do café. Ou seja, as culturas tradicionais, como arroz, o feijão, e, em menor proporção, o milho, produtos que constituem a base alimentar da população, sendo por isso característicos da pequena propriedade de subsistência, acabaram preteridas em relação às culturas mais comerciais. Nos anos de 1970, o Brasil estava em franco processo de inserção no mercado internacional. A agricultura obviamente, era (e ainda é...) importante para o setor de exportação. Dessa forma, a agricultura paranaense, como não podia deixar de ser, integrou-se no mesmo processo. A atividade produtiva era parcialmente orientada para o mercado externo. Nesse contexto implementou-se a grande empresa rural no estado. Com a exclusão dos pequenos agricultores do processo produtivo, extinguiram-se também postos de trabalho em setores agregados. Esse é o caso, por exemplo, do comércio varejista das pequenas cidades e de outras categorias de agricultores não proprietários, que acabaram por formar um grande número de despossuídos no estado, como é o caso do “bóia-fria”. Esses excluídos do processo produtivo formaram a maior parte da população migrante da RMC. Eram pequenos agricultores e trabalhadores do setor terciário das zonas urbanas de pequenas cidades, dependentes da estrutura agrária que então se desagregava. A maior parte da indústria paranaense passou por profundas transformações na década de 1970. O que se faz notar principalmente com a criação da Cidade Industrial de Curitiba (CIC). O parque industrial se diversificou, tornando-se mais especializado e distanciando-se das atividades agrícolas. O crescimento da indústria paranaense prosseguiu na década de 1980, configurando um direcionamento da própria indústria brasileira: o eixo Curitiba – Porto Alegre. A intensidade do processo de ocupação da RMC deveu-se, basicamente, à conjunção de dois fatores. O primeiro está ligado à presença de atividades produtivas e geradoras de emprego – a CIC, o pólo petroquímico de Araucária, a indústria de transformação de minerais não metálicos em Rio Branco do Sul e as atividades do setor terciário em São José dos Pinhais. O segundo fator, talvez o mais importante, está ligado ao custo da terra e às restrições impostas pela legislação na Capital. Resultou desses dois fatores a extrapolação dos limites da cidade de Curitiba. Na época, Piraquara foi um dos municípios da RMC que mais recebeu contingentes migrantes. Em 1988, do total de 71.392 habitantes de Piraquara, 83,21% foram residir em área urbanizada, ou seja em Pinhais. As Regiões de Pinhais: Nas décadas de 1960 e 1970, vários dos antigos proprietários de terras da região de Pinhais iniciaram o loteamento de seus terrenos. Nesse processo foram delimitadas as áreas que hoje formam as várias regiões do município de Pinhais. A denominação atual destas áreas está ligada, de alguma forma, aos antigos proprietários. Foi sobretudo a partir da década de 1960, com a criação do distrito, que começou a ser implantada uma infra-estrutura básica, visando ao atendimento da crescente população. Apareceram as primeiras ruas, acompanhadas da iluminação pública e da organização do espaço, a partir do loteamento, de várias áreas é que formaram as regiões mais densas do atual município. Foi a partir dessa infra-estrutura básica que o distrito de Pinhais tornou-se uma região mais sedutora para a população migrante. Dentre essas áreas, destacam-se quatro como as mais densamente povoadas: Maria Antonieta, Vila Amélia, Weissópolis e Emiliano Perneta. Uma das regiões que surgiu nesse contexto foi a da Maria Antonieta. Formou-se a partir do loteamento iniciado em 1954, e atualmente é um dos mais povoados. Recebeu esse nome em homenagem a Maria Antonieta Santos (cunhada do proprietário, Antônio Andrade júnior). Nesse período foi feita a retificação do rio Iraí com vistas a solucionar o problema das constantes inundações durante o período de chuvas, visto que o loteamento abrangia áreas próximas às margens do rio. Ao mesmo tempo foram vendidos os primeiros lotes, geralmente às populações oriundas do interior do estado, trazidas pelo movimento migratório que caracterizou esse período. Segundo relatos dos moradores mais antigos, as famílias adquiriam vários terrenos, constituindo pequenas chácaras onde plantavam e criavam animais domésticos. Essas chácaras eram posteriormente desmembradas em lotes individuais para atender aos filhos dos proprietários. Posteriormente, outros membros da família Santos, herdeiros de Gerônimo dos Santos, também começaram a lotear sua terras. Um desses herdeiros foi Aristides Santos, responsável pelo loteamento que deu origem à Vila Amélia (nome dado em homenagem à sua mãe, Maria Amélia Santos). Outras vilas que se formaram a partir dessa mesma região foram as seguintes: Planta Carla, Rosi Galvão e o Conjunto Residencial Graciosa. Outra região que se formou contemporaneamente foi o Jardim Weissópolis (homenagem a origem Guilherme Weiss). Tão logo o Comendador Humberto Scarpa decidiu encerrar as atividades da cerâmica Pinhais, iniciou-se o grande processo de loteamento, das extensas terras desse proprietário. Além do Weissópolis, foram loteadas as regiões que deram a áreas conhecidas como: Estância Pinhais, Vargem Grande e Tarumã. Além do Maria Antonieta e Weissópolis, destacamos outra área densamente povoada, que se formou um pouco mais tarde: a Vila Emiliano Perneta. O nome da referida vila é uma homenagem ao príncipe dos poetas paranaenses, que foi proprietário de um sítio na região. Essa área, como boa parte da região que está compreendida entre a Estrada da Graciosa (região limítrofe) e a Rodovia João Leopoldo Jacomel, caracterizou-se por abrigar uma grande quantidade de chácaras, formando assim uma população dispersa. Somente a partir do anos de 1970 é que começaram a ser efetivados os grandes loteamentos nessa área. Foi nesse contexto que surgiu a Vila Emiliano Perneta e, posteriormente, o Jardim Pedro Demeterco, o Jardim Claúdia e o Conjunto Atuba. Outra parte de Pinhais que tem grande importância para o município e para a região de Curitiba é a Área de Preservação Ambiental – APA. Esse espaço foi decretado área de preservação ambiental. É responsável por grande parte do abastecimento de água potável para Curitiba e Região Metropolitana. Por se tratar de uma área de mananciais foi desenvolvido uma estratégia de ocupação através das unidades territoriais de planejamento, possibilitando a ocupação ordenada com o intuito de minimizar o impacto ambiental. O novo cotidiano: A partir do adensamento populacional iniciado nos anos 60, a região de Pinhais foi se tornando mais dinâmica e atrativa às populações que migraram do campo. Nesse momento começaram a se esboçar significativas mudanças nas relações cotidianas dos habitantes pinhaenses. Nesse período podemos situar a difusão dos meios de comunicação de massa, como o rádio a televisão e as grandes transformações nos domicílios através dos eletrodomésticos (fogão a gás, geladeira e outros). Essas transformações influenciaram sobremaneira as relações cotidianas, inaugurando um novo estilo de vida. A isso devemos entender o processo que influenciou e transformou o modo de vida da sociedade brasileira. Principalmente nos anos 50 e 60, o Amenrican Way of Life, o proverbial modo americano de vida se difundiu pelo mundo, sendo os meios de comunicação de massa os agentes difusores dessa transformação. Nesse sentido, primeiramente o rádio ocupou o papel do grande elemento polarizador e difusor desses novos ideais. Posteriormente, a televisão remodelou as antigas práticas de sociabilidade, ditando novos padrões de comportamento e também novos hábitos sociais. Essas transformações promovidas pelos meios de comunicação engendraram mudanças substanciais nas relações interpessoais cotidianas. Em vários aglomerados urbanos de maior porte, essas mudanças se sucederam logo após o final da Segunda Grande Guerra. É provável que em Pinhais as mudanças tenham se efetivado paulatinamente, principalmente durante o período em que a região começou a receber um grande fluxo de pessoas. Nesse sentido, essas mudanças no cotidiano dos pinhaenses implicaram no abandono de antigas práticas, como a realização de bailes em que predominava o fator familiar (ambientes freqüentados por todos os integrantes da família). As transformações que levaram às relações características desse novo cotidiano não ficaram restritas às manifestações culturais, mas atingiram todos os aspectos da organização da sociedade local. Desse modo, o grande adensamento populacional ocorrido em Pinhais impulsionou a organização da iniciativa privada, absorvendo parte da população migrantes e dinamizando as atividades econômicas. Essa organização foi acompanhada da instalação de órgãos regulamentadores do Poder Público (o povoado foi elevado à categoria de distrito em 1964). Em princípios da década de 1980, Pinhais despertou o interesse de pequenas e médias indústrias, principalmente do setor de metalurgia, bem como grandes empreendimentos na área do comércio (Carrefour e Makro). A instalação desse tipo de investimento foi fruto do direcionamento de incentivos públicos para as atividades econômicas não poluentes, o que demonstra a preocupação ambiental da população e dos poderes públicos locais. Esse direcionamento ocorreu em virtude de boa parte da região ser formada por mananciais de água potável importantes para o abastecimento de grande parte da capital e região metropolitana. Nos anos 90, foi criada a Associação Comercial e Indústrial de Pinhais - ACIPI, com o intuito de prestar assessoria aos investidores e de direcionar as atividades econômicas que aqui vieram se instalar.

Capital Curitiba
Mesorregiões Centro Ocidental Paranaense | Centro Oriental Paranaense | Centro-Sul Paranaense | Metropolitana de Curitiba | Noroeste Paranaense | Norte Central Paranaense | Norte Pioneiro Paranaense | Oeste Paranaense | Sudeste Paranaense | Sudoeste Paranaense
Microrregiões Apucarana | Assaí | Astorga | Campo Mourão | Capanema | Cascavel | Cerro Azul | Cianorte | Cornélio Procópio | Curitiba | Faxinal | Floraí | Ibaiti | Foz do Iguaçu | Francisco Beltrão | Goioerê | Guarapuava | Ivaiporã | Irati | Jacarezinho | Jaguariaíva | Lapa | Londrina | Maringá | Palmas | Paranaguá | Paranavaí | Pitanga | Pato Branco | Ponta Grossa | Porecatu | Prudentópolis | Rio Negro | São Mateus do Sul | Telêmaco Borba | Toledo | União da Vitória | Umuarama | Wenceslau Braz
Regiões metropolitanas Curitiba | Londrina | Maringá
Mais de 100.000 habitantes Curitiba | Londrina | Maringá | Foz do Iguaçu | Ponta Grossa | Cascavel | São José dos Pinhais | Colombo | Guarapuava | Paranaguá | Pinhais | Apucarana | Araucária | Almirante Tamandaré | Toledo | Campo Largo
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