Obesidade
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obesidade, nediez, ou pimelose (tecnicamente, do grego pimelē = gordura e ose = processo mórbido) é o acúmulo excessivo e patológico de gordura no organismo, acima de quinze por cento do peso considerado ótimo - o que se observa através da comparação entre peso e altura.
Teoricamente, sempre que houver uma ingestão de calorias (através dos alimentos) maior do que o gasto energético, haverá acúmulo de calorias na forma de gordura. O corpo humano armazena estas calorias extras nas células do panículo adiposo.
A conversão em gordura desse excedente se verifica porque metabolicamente é o meio mais eficaz: a molécula de triacilglicerídeo (designação bioquímica das gorduras) contêm mais que o dobro de calorias no mesmo peso do que nas formas de carboidrato ou proteína: essa diferença chega à proporção de nove contra quatro.
Dentre as várias causas prováveis para o desenvolvimento da obesidade estão, de um lado, as facilidades da vida moderna, como elevadores, escadas rolantes, controles remotos e automóveis, estão entre as principais. O homem de hoje não precisa mais se esforçar fisicamente e isso diminui o gasto de energia na forma de calorias. Por outro lado, a industrialização dos alimentos, ricos em carboidratos e gorduras polinsaturadas, modificando o padrão alimentar, junto ao hábito de alimentação rápida (fast-food: hambúrgueres, frituras, chocolates, maioneses, etc.) aumentou a oferta de alimentos extremamente calóricos na dieta.
O excesso de gordura repercute de forma negativa em todos os sistemas do organismo. A obesidade é uma causa determinante de doenças graves como a diabetes, também são freqüentes os problemas respiratórios, devido à pressão que o acúmulo de gordura no abdome exerce não só sobre a cavidade abdominal como sobre a caixa torácica, dificultando a respiração. Os ossos e os músculos, principalmente os das costas, também são afetados pelo esforço adicional exigido para suportar o excesso de peso.
Além disso, a obesidade influi principalmente no funcionamento do sistema cardiovascular. Elevados níveis de gordura no sangue se depositam nas artérias, dificultando a irrigação sanguínea, e tornam os vasos rígidos, o que eleva a pressão arterial. A obesidade também causa intenso desgaste do coração, que trabalha mias do que o normal para impulsionar o sangue através de vasos sanguíneos cada vez mais estreitos e rígidos. Outra complicação são as infecções cutâneas produzidas pelo suor e o atrito das dobras da pele.
O peso isolado não é um bom indicador de obesidade, já que isto vai depender também da sua relação com a altura do indivíduo examinado. Par se determinar o grau de obesidade é utilizado um padrão, chamado IMC (Indice de Massa Corpórea)
O IMC é o resultado obtido quando se divide o peso (em quilos) pelo quadrado da altura (em metros). Seu resultado é dado em "kg/m² ".
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- IMC = Peso / Altura².
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O IMC normal vai de 18 a 24,9 kg/m². Abaixo de 18 é considerado muito magro, entre 25 e 29,9 é a faixa do sobrepeso.
De 30 a 34,9 é obesidade grau I, de 35 a 39,9 é obesidade grau II e acima de 40 é obesidade grau III ou obesidade mórbida. Acima de 50 é chamado de super obesidade.Acima de 60 vem a super-super obesidade.
A obesidade caracteriza-se também como um problema de natureza estética e psicológica, além de ser um grande risco para a saúde.
Segundo um estudo realizado pela OMS, cerca de 300 milhões de pessoas atualmente são obesas. Nauru, ilha no Pacífico apresenta os maiores problemas de obesidade (80% de sua população sofre de obesidade, sendo que o país onde há mais subnutrição é a Somália, onde 75,02% da população passa fome). Países com Barbados, EUA, Brasil também sofrem de sério problemas com uma população acima do peso.