Catarina, a Grande
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Catarina II (russo:Екатерина Алексеевна, Iekaterina Alekseievna), chamada a Grande (nascida com o nome de Sofia Augusta Frederica de Anhalt-Zerbst a 21 de Abril de 1729 em Stettin, Prússia - falecida em 6 de Novembro 1796 em Tsarkoie Selo, próximo a São Petersburgo) foi imperatriz da Rússia de 1762 a 1796. Era prima de Gustavo III da Suécia e de Carlos III da Suécia.
Durante seu governo realizou uma ampla reforma na sociedade russa, modernizando-a. É considerada um exemplo de monarca do despotismo esclarecido. Graças a esta modernização a Rússia logrou obter grande desenvolvimento e a imperatriz, ainda que sendo da origem estrangeira, tornou-se muito popular.
[editar] De princesa alemã a imperatriz russa
Princesa alemã, Sofia nasceu na cidade de Estetino (hoje Szczecin, na Polónia), filha do duque Cristiano Augusto de Anhalt-Zerbst e de Joana Isabel Holstein-Gottorp. Várias descrições retratam Sofia como uma criança curiosa e impertinente. Em Fevereiro de 1744, com quinze anos, foi viver para a Rússia, escolhida pela imperatriz - a czarina Isabel Petrovna - como esposa do seu sobrinho e herdeiro, o grão-duque Pedro Fedorovitch. Sofia alterou o seu nome para Catarina quando foi admitida na Igreja Ortodoxa Russa. O casal contraiu núpcias a 21 de Agosto de 1745 em São Petersburgo. Catarina esforçou-se por aprender a língua russa e a história do seu novo país. O seu casamento revelou-se um fracasso, devido à indiferença e esterilidade de Pedro, incapaz de gerar o desejado herdeiro. Catarina ocupa parte considerável do seu tempo a ler obras de filosofia e história, tendo adquirido uma grande cultura. Em 1754, dá à luz um menino, o futuro Paulo I, fruto da relação que manteve com Sergius Saltykov, um militar do exército; houve aceitação da criança por Pedro como seu filho legítimo.
Em Janeiro de 1762, a czarina Isabel Petrovna morre, e Pedro Fedorovitch subiu ao trono com o nome de Pedro III. As suas políticas de aproximação à Prússia de Frederico II, a introdução no exército das violentas técnicas de treino militar prussianas e a sua exigência de que os bens da Igreja fossem administrados por funcionários leigos provocaram um descontentamento geral. Ao mesmo tempo, Catarina temia que Pedro a repudiasse para casar com a sua amante, Isabel Vorontsova. Em Junho do mesmo ano, Grigori Orlov, o novo amante de Catarina e membro da guarda imperial, liderou um levantamento que afastou Pedro. O golpe, pacífico e apoiado por amplos setores da sociedade, conduziu Catarina ao poder; Pedro acabaria por abdicar, tendo sido assassinado pouco tempo depois por Orlov. Catarina foi coroada imperatriz da Rússia a 22 de Setembro de 1762 na Catedral da Dormição do Kremlim de Moscovo. Seria o princípio de um glorioso e autocrático reinado de trinta e cinco anos.
Autocrata convicta, mostrou-se, entretanto, protetora dos “filósofos” e dos artistas franceses. Manteve correspondência com Voltaire. Sufocou a revolta dos cossacos (1774), reformou a administração (1775) e encorajou a valorização das regiões da Ucrânia e do Volga. Em 1783 ordenou a fundação da academia russa. Em seu reinado, o território da Rússia cresceu a expensas da Turquia (1787) e da Polônia (1793 e 1795).
Durante seu reinado enfrentou o Império Otomano, derrotando-o em várias ocasiões.
Precedida por: Pedro III |
Imperatriz da Rússia 28 de junho de 1762 - 6 de novembro de 1796 |
Sucedida por: Paulo I |