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Antropologia - Wikipédia

Antropologia

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Antropologia (cuja origem etimológica deriva do grego άνθρωπος anthropos, (homem / pessoa) e λόγος (logos - razão / pensamento) é a ciência centralizada no estudo do homem. Ela se preocupa em conhecer o ser humano em sua totalidade, o que lhe confere um tríplice aspecto:

  1. Ciência Social - propõe conhecer o homem enquanto elemento integrante de grupos organizados.
  2. Ciência Humana - volta-se especificamente para o homem como um todo: sua história, suas crenças, usos e costumes, filosofia, linguagem etc.
  3. Ciência Natural - interessa-se pelo conhecimento psicossomático do homem e sua evolução.

Relaciona-se, assim, com as chamadas ciências biológicas e culturais; as primeiras visando o ser físico e as segundas o ser cultural.

Índice

[editar] Conceito

Hoebel e Frost (1981:3) definem a antropologia como «a ciência da humanidade e da cultura». Como tal, é uma ciência superior social e comportamental, e mais, na sua relação com as artes e no empenho do antropólogo de sentir e comunicar o modo de viver total de povos específicos, é também uma «disciplina humanística».

A Antropologia tem uma dimensão biológica, enquanto antropologia física; uma dimensão sociocultural, enquanto antropologia social e/ou antropologia cultural; e uma dimensão filosófica, enquanto antropologia filósofica, ou seja, quando se empenha em responder à questão: o que é o homem?

Apesar da diversidade dos seus campos de interesse, constitui-se em ciência polarizada, que necessita da colaboração de outras áreas do saber, mas conserva sua unidade, uma vez que seu enfoque é o homem e a cultura.

Pode-se afirmar que há poucas décadas a antropologia conquistou seu lugar entre as ciências. Primeiramente, foi considerada como a história natural e física do homem e do seu processo evolutivo, no espaço e no tempo. Se por um lado essa concepção vinha satisfazer o significado literal da palavra, por outro restringia o seu campo de estudo às características do homem físico. Essa postura marcou e limitou os estudos antropológicos por largo tempo, privilegiando a antropometria, ciência que trata das mensurações do homem fóssil e do homem vivo.

A Antropologia visa o conhecimento completo do homem, o que torna suas expectativas muito mais abrangentes. Dessa forma, uma conceitualização mais ampla a define como a ciência que estuda o homem, suas produções e seu comportamento. O seu interesse está no homem como um todo - o ser biológico e o ser cultural -, preocupando-se em revelar os fatos da natureza e da cultura. Tenta compreender a existência humana em todos os seus aspectos, no espaço e no tempo, partindo do príncipio da estrutura biopsíquica. Busca, também, a compreensão das manifestações culturais, do comportamento e da vida social.

[editar] Objeto de estudo

A Antropologia, como ciência do biológico e do cultural, tem seu objeto de estudo definido: o homem e suas obras.

[editar] Objetivo

Hoebel e Frost afirmam que a "antropologia fixa como objetivo o estudo da humanidade como um todo..." e nenhuma outra ciência pesquisa sistematicamente todas as manifestações do ser humano e da actividade humana de maneira tão unificada. É um objecto extremamente amplo, visando o homem como expressão global - biopsicultural -, isto é, o homem como ser biológico pensante, produtor de culturas, participante da sociedade, tentando chegar, assim, à compreensão da existência humana.

[editar] Divisões e campo

A Antropologia, sendo a ciência da humanidade e da cultura, tem um campo de investigação extremamente vasto: abrange, no espaço, toda a terra habitada; no tempo, pelo menos dois milhões de anos, e todas as populações socialmente organizadas. Divide-se em duas grandes áreas de estudo, com objetivos definidos e interesses teóricos próprios: a Antropologia Física ou Biólogica e a Antropologia Cultural, que se centram no desejo do homem de conhecer a sua origem, a capacidade que ele tem de conhecer-se, nos costumes e no instinto.

[editar] Considerações

Para pensar as sociedades humanas, a antropologia se preocupa em detalhar, tanto quanto possível, os seres humanos que as compõem e com elas se relacionam, seja nos seus aspectos físicos, na sua relação com a natureza, seja na sua especificidade cultural. Para o saber antropológico o conceito de cultura abarca diversas dimensões: universo psíquico, os mitos, os costumes e rituais, suas histórias peculiares, a linguagem, valores, crenças, leis, relações de parentesco, entre outros tópicos.

Embora o estudo das sociedades humanas remonte à Antigüidade Clássica, a antropologia nasceu, como ciência, efetivamente, da grande revolução cultural iniciada com o Iluminismo.

Antropologia
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Conceitos e métodos
Correntes
Links
Produção antropológica
Textos

[editar] História da Antropologia

A construção do olhar antropológico e seus principais debates. Embora a grande maioria dos autores concorde que a antropologia se tenha definido enquanto disciplina só depois da revolução Iluminista, a partir de um debate mais claro acerca de objeto e método, as origens do saber antropológico remontam à Antiguidade Clássica, atravessando séculos. Enquanto o ser humano pensou sobre si mesmo e sobre sua relação com "o outro", pensou antropologicamente.

[editar] Primórdios

Homero, Hesíodo e os Filosófos Pré-socráticos já se questionavam a respeito do impacto das relações sociais sobre o comportamento humano. : ou vendo este impacto como consequência dos caprichos dos deuses, como enumera a Odisseia de Homero e a Teogonia de Hesíodo, ou como construções racionais, valorizando muito mais a apreensão da realidade no dia a dia da experiência humana, como preferiam os Filosófos Pré-socráticos. Foi, sem dúvida, na Antiguidade Clássica que a "medida Humana" se evidenciou como centro da discussão acerca do mundo. Os gregos deixaram inúmeros registros e relatos acerca de culturas diferentes das suas, assim como os chineses e os romanos. Nestes textos nascia, por assim dizer, a Antropologia, e no século V a.C. um exemplo disto se revela na obra de Heródoto, que descreveu minuciosamente as culturas com as quais seu povo se relacionava. Da contribuição grega fazem parte também as obras de Aristóteles (acerca das cidades gregas) e as de Xenofonte (a respeito da Índia).

Entre os romanos merece destaque o poeta Lucrécio, que tentou investigar as origens da religião, das artes e se ocupou da discurso. Outro romano, Tácito analisou a vida das tribos germanânicas, baseando-se nos relatos dos soldados e viajantes. Salienta o vigor dos germanos em contraste com os romanos da sua época. Agostinho, um dos pilares teológicos do Catolicismo, descreveu as civilizações greco-romanas “pagãs”, vistas como moralmente inferiores às sociedades cristianizadas. Em sua obra já discutia, de maneira pouco elaborada, a possibilidade do “tabu do incesto” funcionar como norma social, garantia da coesão da sociedade. É importante salientar que Agostinho, no entanto, privilegiou explicações sobrenaturais para a vida sociocultural.

Embora não existisse como disciplina específica, o saber antropológico participou das discussões da Filosofia, ao longo dos séculos. Durante a Idade Média muitos escritos contribuíram para a formação de um pensamento racional, aplicado ao estudo da experiência humana, como é o fez o administrador francês Jean Bodin, estudioso dos costumes dos povos conquistados, que buscava, em sua análise, explicações para as dificuldades que os franceses tinham em administrar esses povos. Com o advento do movimento iluminista, este saber foi estruturado em dois núcleos analíticos: a Antropología Biológica (ou Física), de modo geral considerada ciência natural, e a Antropologia Cultural, classificada como ciência social.

[editar] O século XVIII

Até o século XVIII, o saber antropológico esteve presente na contribuição dos cronistas, viajantes, soldados, missionários e comerciantes que discutiam, em relação aos povos que conheciam, a maneira como estes viviam a sua condição humana, cultivavam seus hábitos, normas, características, interpretavam os seus mitos, os seus rituais, a sua linguagem. Só no século XVIII, a Antropologia adquire a categoria de ciência, partindo das classificações de Lineu e tendo como objeto a análise das "raças humanas".

O legado desta época foram os textos que descreviam as terras, a (Fauna, a Flora, a Topografia) e os povos “descobertos” (Hábitos e Crenças). Algumas obras que falavam dos indígenas brasileiros, por exemplo, foram: a carta de Pero Vaz de Caminha (“Carta do Descobrimento do Brasil”), os relatos de Staden, “Duas Viagens ao Brasil”, os registros de Jean de Léry, a “Viagem a Terra do Brasil”, e a obra de Jean Baptiste Debret, a “Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil. Além destas, outras obras falavam ainda das terras récem descobertas, como a carta de Colombo aos Reis Católicos. Toda esta produção escrita levantou uma grande polémica acerca dos indígenas. A contribuição dos missionários jesuítas na América (como Bartolomeu de Las Casas e Padre Acosta) ajudaram a desenvolver a denominada “teoria do bom selvagem”, que via os índios como detentores de uma natureza moral pura, modelo que devia ser assimilado pelos ocidentais. Esta teoria defendia a idéia de que cultura mais próxima do estado "natural" serviria de remédio aos males da civilização.

[editar] O século XIX

No Século XIX, por volta de 1840, Boucher de Perthes utiliza o termo homem pré-histórico para discutir como seria sua vida cotidiana, a partir de achados arqueológicos, como utensílios de pedra, cuja idade se estimava bastante remota. Posteriormente, em 1865, John Lubock reavaliou numerosos dados acerca da Cultura da Idade da Pedra e compilou uma classificação em que enumerava as diferenças culturais entre o Paleolítico e Neolítico.

Com a publicação de dois livros, A Origem das Espécies, em 1859 e A descendência do homem, em 1871, Charles Darwin principia a sistematização da teoria evolucionista. Partindo da discussão trazida à tona por estes pesquisadores, nascia a Antropologia Biológica ou Antropologia Física

[editar] A antropologia evolucionista

Marcada pela discussão evolucionista, a antropologia do Século XIX privilegiou o Darwinismo Social, que considerava a sociedade europeia da época como o apogeu de um processo evolucionário, em que as sociedades aborígenes eram tidas como exemplares "mais primitivos". Esta visão usava o conceito de “civilização” para classificar, julgar e, posteriormente, justificar o domínio de outros povos. Esta maneira de ver o mundo a partir do conceito civilizacional de superior, ignorando as diferenças em relação aos povos tidos como inferiores, recebe o nome de etnocentrismo. É a «Visão Etnocêntrica», o conceito europeu do homem que se atribui o valor de “civilizado”, fazendo crer que os outros povos, como os das Ilhas da Oceania estavam “situados fora da história e da cultura”. Esta afirmação está muito presente nos escritos de Pauw e Hegel.

[editar] Teoria

Com fundamento nestas concepções, as primeiras grandes obras da antropologia, consideravam, por exemplo, o indígena das sociedades não europeias como o primitivo, o antecessor do homem civilizado: afirmando e qualificando o saber antropológico como disciplina, centrando o debate no modo como as formas mais simples de organização social teriam evoluido, de acordo com essa linha teórica essas sociedades caminhariam para formas mais complexas como as da sociedade europeia.

Nesta forma de apreender a experiência humana, todas as sociedades, mesmos as desconhecidas, progrediriam em ritmos diferentes, seguindo uma linha evolutiva. Isso balizou a idéia de que a demanda colonial seria "civilisatória", pois levaria os povos ditos "primitivos" ao "progresso tecnológico-científico" das sociedades tidas como "civilizadas". Há que ver estes equívocos como parte da visão de mundo que pretendiam estabelecer as diretrizes de uma lei universal de desenvolvimento. Durkheim, por exemplo, entendia o estudo das manifestações totêmicas dos nativos australianos como o modo de determinar a origem de todas as religiões. Partindo de tais princípios, surgem os conceitos de progresso e determinação.

[editar] Método

O método concentrava-se numa incansável comparação de dados, retirados das sociedades e de seus contextos sociais, classificados de acordo com o tipo (religioso, de parentesco, etc), determinado pelo pesquisador, dados que lhe serviriam para comparar as sociedades entre si, fixando-as num estágio específico, inscrevendo estas experiências numa abordagem linear, diacrônica, de modo a que todo costume representasse uma etapa numa escala evolutiva, como se o próprio costume tivesse a finalidade de auxiliar esta evolução. Entendiam os evolucionistas que os costumes se demarcavam como substância, como finalidade, origem, individualidade e não como um elemento do tecido social, interdepedente de seu contexto.

[editar] Pensadores

A sistematização do conhecimento acerca destes povos, tidos como "primitivos", ocorreu em gabinetes, sem qualquer contato com os povos, recorrendo apenas a relatos escritos de viajantes diversos. A produção dos antropológos deste período é o resultado desta compilação cega das culturas humanas, e alguns dos seus mais conhecidos representantes são:

[editar] A antropologia difusionista

A Antropologia Difusionista reagiu ao evolucionismo e foi sua contemporânea.Priviligiava o entendemento da natureza da cultura, em termos de origem e extensão, de uma sociedade a outra. Para os difusionistas, o empréstimo cultural seria um mecanismo fundamental de evolução cultural. O difusionismo acreditava que as diferenças e semelhanças culturais eram consequência da tendência humana para imitar e a absorver traços culturais, como se a humanidade possuísse uma "unidade psíquica", tal como defendeia Bastian.

[editar] Representantes e obras
  • Adolf Bastian
  • Friedrich Ratzel
  • Grafton Elliot Smith
  • William James Perry
  • William H. R. Rivers
  • Fritz Graebner - Methode del Ethnologie, 1891
  • Fr. Wilhelm Schmidt, fundador da revista Anthropos

[editar] O surgimento da "linhagem francesa"

Com Émile Durkheim começam os fenómenos sociais a ser definidos como objetos de investigação socio-antropológica e, a partir da análise da publicação de Regras do Método Sociológico, em 1895, começa-se a pensar que os fatos sociais seriam muito mais complexos do que se pretendia até então. No final do século XIX, juntamente com Marcel Mauss, Durkhéim se debruça nas representações primitivas, estudo que culminará na obra Algumas formas primitivas de classificação, publicada em 1901. Inaugura-se então a denominada "linhagem francesa" na Antropologia.

[editar] O século XX

Com a publicação, de “As formas elementares da vida religiosa” em 1912, Durkheim, ainda apegado ao debate evolucionista, discute a temática da religião. Marcel Mauss publica com Henri Hubert, em 1903, a obra Esboço de uma teoria geral da magia, aonde forja o conceito de mana. Vinte anos depois, o seu livro, Ensaio sobre a dádiva tece o conceito de fato social total. Inicialmente centrada na denominada “Etnologia”, a Antropologia Francesa, arranca, como disciplina de ensino, no “Institut d´Ethnologie du Musée de l´Homme” em Paris, a partir de 1927. No início, a disciplina se vinculara ao Museu de História Natural, porque se considerava a antropologia como uma subdisciplina da história natural. Ainda existia um determinismo biológico, segundo o qual se considerava que as diferenças culturais eram fruto das diferenças biológicas entre os homens.

Nos EUA, Franz Boas desenvolve a idéia de que cada cultura tem uma história particular e considerava que a difusão de traços culturais acontecia em toda parte. Nasce o relativismo cultural, e a antropologia estende a investigação ao trabalho de campo. Para Boas, cada cultura estaria associada à sua própria história. Para compreender a cultura é preciso reconstruir a sua própria história. Surgia o Culturalismo, também conhecido como Particularismo Histórico. Deste movimento surgiria posteriormente a escola antropológica da Cultura e Personalidade.

Paralelelamente a estes movimentos, na Inglaterra, nasce o Funcionalismo, que enfatiza o trabalho de campo (observação participante). Para sistematizar o conhecimento acerca de uma cultura é preciso apreendê-la na sua totalidade. Para elaborar esta produção intelectual surge a etnografia. As instituições sociais centralizam o debate, a partir das funções que exercem na manutenção da totalidade cultural.

[editar] A antropologia funcionalista

O Funcionalismo inspirava-se na obra de Durkheim. Advogava um estreito paralelismo entre as sociedades humanas e os organismos biológicos (na forma de evolução e conservação) porque em ambos os casos a harmonia dependeria da inter-dependência funcional das partes. As funções eram analisadas como obrigações, nas relações sociais. A função sustentaria a estrutura social, permitindo a coesão, fundamental, dentro de um sistema de relaçoes sociais.

[editar] Representantes e principais obras
  • Bronislaw Malinowski, Os Argonautas do Pacífico Ocidental - 1922.
  • Radcliffe Brown, Estrutura e função na sociedade primitiva - 1952 e Sistemas Políticos Africanos de Parentesco e Casamento, org. c/ Daryll Forde - 1950.
  • Evans-Pritchard Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande - 1937 e Os Nuer - 1940.
  • Raymond Firth Nós, os Tikopia - 1936 e Elementos de organização social - 1951.
  • Max Glukman Ordem e rebelião na África tribal - 1963.
  • Victor Turner Ruptura e continuidade em uma sociedade africana -1957 e O processo ritual - 1969.
  • Edmund Leach - Sistemas políticos da Alta Birmânia - 1954.

[editar] A antropologia estrutural

A Antropologia Estrutural nasce na década de 40. O seu grande teórico é Claude Lévi-Strauss. Centraliza o debate na idéia de que existem regras estruturantes das culturas na mente humana, e assume que estas regras constroem pares de oposição para organizar o sentindo.

Para fundamentar o debate teórico, Lévi-Strauss recorre a duas fontes principais: a corrente psicológica criada por Wilhelm Wundt e o trabalho realizado no campo da lingüistica, por Ferdinand de Saussure, denominado Estruturalismo. Influenciaram-no, ainda, Durkheim, Jakobson (teoria linguística), Kant (idealismo) e Marcel Mauss.

[editar] Idéias centrais

Para a Antropologia Estrutural as culturas definem-se como sistemas de signos partilhados e estruturados por princípios que estabelecem o funcionamento do intelecto. Em 1949 Lévi-Strauss publica “As estruturas elementares de parentesco”, obra em que analisa os aborígenes australianos e, em particular, os seus sistemas de matrimônio e parentesco. Nesta análise, Lévi-Strauss demonstra que as alianças são mais importantes para a estrutura social que os laços de sangue. Termos como exogamia, endogamia, aliança, consaguinidade passam a fazer parte das preocupações etnográficas.

[editar] Autores e obras
  • Claude Lévi-Strauss
    • As estruturas elementares do parentesco - 1949.
    • Tristes Trópicos - 1955.
    • Pensamento selvagem - 1962.
    • Antropologia estrutural - 1958
    • Antropologia estrutural dois - 1973
    • O cru e o cozido - 1964
    • O homem nu - 1971
  • Lévi-Bruhl
  • Marcel Griaule
    • Dieux d´Eau
  • Marcel Griaule e Germaine Dieterlen
    • Le Renard Pâle

[editar] O particularismo histórico

Também conhecida como Culturalismo, esta escola estadunidense, defendida por Franz Boas, rejeita, de maneira marcante, o evolucionismo que dominou a antropologia durante a primeira metade do século XX.

[editar] Principais idéias

A discussão desta corrente gira em torno da idéia de que cada cultura tem uma história particular e de que a difusão cultural se processa em várias direções.. Cria-se o conceito de relativismo cultural, vendo também a evolução como fenómeno que pode decorrer do estado mais simples para o mais complexo. .

[editar] Representantes

[editar] A escola de cultura e personalidade

Criada por estudiosas estadunidenses, díscípulos de Franz Boas, influenciadas pela Psicanálise e pela obra de Nietzche, esta escola concebe a cultura como detentora de uma “Personalidade de base”, partilhada por todos os membros. Estabelece uma tipologia cultural. Haveria culturas: dionisíacas (centradas no extâse) e apolíneas (estruturadas no desejo de moderação); pré-figurativas, pós-figurativas, co-figurativas.

[editar] Representantes

[editar] A antropologia interpretativa

Com cerca de vinte livros publicados, Clifford Geertz é provavelmente, depois de Claude Lévi-Strauss, o antropólogo cujas idéias causaram maior impacto na segunda metade do século 20, não apenas no que se refere à própria teoria e à prática antropológica mas também fora de sua área, em disciplinas como a psicologia, a história e a teoria literária.Considerado o fundador de uma das vertentes da antropologia contemporânea - a chamada Antropologia Hermenêutica ou Interpretativa.

Geertz, graduado em filosofia, inglês, antes de migrar para o debate antropológico, obteve seu PhD em Antropologia em 1956 e desde então conduziu extensas pesquisas de campo, nas quais se fundamentam seus livros, escritos essencialmente sob a forma de ensaio. As suas principais pesquisas foram feitas na Indonésia e em Marrocos. Desiludiu-se com a metodologia antropológica, para Geertz excessivamente abstrata e de certa forma distanciada da realidade encontrada no campo, o que o levou a elaborar um método novo de análise das informações obtidas entre as sociedades que estudava. Seu primeiro estudo tinha por objetivo entender a religião em Java.

Por fim foi incapaz de se restringir a apenas um aspecto daquela sociedade, que ele achava que não poder ser extirpado e analisado separadamente do resto, desconsiderando, entre outras coisas, a própria passagem do tempo. Foi assim que ele chegou ao que depois foi apelidada de antropologia hermenêutica. Sua tese começa defendendo o estudo de "quem as pessoas de determinada formação cultural acham que são, o que elas fazem e por que razões elas crêem que fazem o que fazem".

Uma das metáforas preferidas de Geertz, para definir o que fará a Antropologia Interpretativa, é a leitura das sociedades enquanto textos ou como análogas a textos. A interpretação ocorre em todos os momentos do estudo, da leitura do "texto", pleno de significado, que é a sociedade na escrita do texto/ensaio do antropólogo, por sua vez interpretado por aqueles que não passaram pelas experiências do autor do texto escrito. Todos os elementos da cultura analisada devem portanto ser entendidos à luz desta textualidade, imanente à realidade cultural.

[editar] Idéias centrais

A Antropologia Interpretativa analisa a cultura como hierarquia de significados, pretendendo que a etnografia seja uma “descrição densa”, de interpretação escrita e cuja análise é possível por meio de uma inspiração hermenêutica. É crucial a leitura da leitura que os “nativos” fazem de sua própria cultura

[editar] Representantes e obras
  • Geertz
    • Observando o Islão - 2004
    • A interpretação das culturas - 1973.
    • Saber local - 1983.
    • Nova Luz Sobre a Antropologia - 2001

[editar] Antropologia das Emoções

Ver artigo principal: Antropologia das Emoções.

[editar] Antropologia visual

Ver artigo principal: Antropologia Visual.


[editar] Antropologia da Imagem

Ver artigo principal: Antropologia da Imagem.

[editar] Antropologia Visual e da Imagem

Ver artigo principal: Antropologia Visual e da Imagem.

[editar] Outros movimentos

Outros movimentos significativos, na história do século XX, para a teoria Antropológica foram as escolas Cognitiva, Simbólica e Marxista.

[editar] Debates pós-modernos

Na década de 80, o debate téorico na Antropologia ganhou novas dimensões. Muitas críticas a todas as escolas surgiram, questionando o método e as concepções antropológicas. No geral, este debate privilegiou algumas idéias: a primeira delas é que a realidade é sempre interpretada, ou seja, vista sob uma perspectiva subjetiva do autor, portanto a antropologia seria uma interpretação de interpretações. Da crítica das retóricas de autoridade clássicas, fortemente influenciada pelos estudos de Foucault, surgem metaetnografias, ou seja, a análise antropológica da própria produção etnográfica. Contribuiu muito para esta discussão a formação de antropólogos nos países que então eram analisados apenas pelos grandes centros antropológicos.

[editar] Idéias centrais
  • Privilegia a discussão acerca do discurso antropológico, mediado pelos recursos retóricos presentes no modelo das etnografias.
  • Politiza a relação observador-observado na pesquisa antropológica, questionando a utilização do "poder" do etnógrafo sobre o "nativo".
  • Crítica dos paradigmas teóricos e da “autoridade etnográfica” do antropólogo. A pergunta essencial é:'quem realmente fala em etnografia? O nativo? Ou o nativo visto pelo prisma do etnógrafo?
  • A etnografia passa a ser desenvolvida como uma representação polifónica da polissemia cultural, e nela deveriam estar claramente presentes as vozes dos vários informantes.

[editar] Principais representantes e obras
  • James Clifford
  • Georges Marcus
  • Paul Rabinow
  • D. Tedlock
  • Richard Price
  • Michel Taussig
    • Xamanismo, Colonialismo e o Homem Selvagem, 1987

[editar] Áreas de estudo em Antropologia

Ver artigo principal: Áreas de estudo em Antropologia.

[editar] Conceitos e métodos da Antropologia

Ver Conceitos e Métodos da Antropologia

[editar] Ver também

[editar] Ligações externas

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