Saddam Hussein
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Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti, em árabe صدام حسين, (Tikrit, 28 de Abril de 1937) é um político e ex-estadista iraquiano.
Foi presidente do Iraque no período 1979-2003, acumulando o cargo de primeiro-ministro nos períodos 1979-1991 e 1994-2003.
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[editar] Biografia
Saddam Hussein nasceu em 28 de abril de 1937, em Al-Awja, aldeia pertencente a Tikrit, cidade muçulmana sunita situada a 150 quilômetros de Bagdá. Nascido no mesmo lugar que o lendário Saladino e descendente de uma família de camponeses, Saddam aprendeu a primeira lição sobre a eficácia da violência ainda criança. O pai abandonou a família antes do nascimento do filho e a mãe, Subha, que trabalhava como vidente e andava sempre de preto e com os bolsos cheios de conchas do mar, casou-se de novo. O padrasto, conhecido como "Ibrahim, o mentiroso", divertia-se nas surras que dava no enteado com um pedaço de pau coberto de asfalto. O próprio Saddam não esconde que foi uma criança triste que evitava a companhia das outras pessoas. Para se proteger das provocações por não ter o pai legítimo por perto, saía de casa sempre armado com uma barra de ferro.
O tio materno Khairallah Tulfah, um militar simpatizante de Adolf Hitler que depois veio a ser governador de Bagdá, foi a figura mais importante na formação da personalidade de Saddam. Foi com ele, um fervoroso nacionalista, que Saddam, ainda adolescente, se mudou para Bagdá.
Em 1956, aos 19 anos, aderiu ao partido Baath (fundado na Síria por Michel Aflaq) e, no mesmo ano, participou de um golpe de Estado fracassado contra o rei Faisal II. Dois anos depois, participou de outro golpe, dessa vez contra Abdul Karim Qassim, carrasco do monarca e líder do novo regime golpista. Acusado de complô, foi condenado à morte à revelia em fevereiro de 1960, sentença da qual conseguir escapar fugindo vestido de mulher para o Egito e através da Síria, onde as autoridades lhe concederam asilo político.
No Cairo, concluiu seus estudos secundários e foi admitido na Escola de Direito - terminaria a faculdade anos depois, em 1968 -, onde se relacionou com jovens membros do Partido Baath egípcio, de inspiração esquerdista e pan-árabe. Em fevereiro de 1963, Saddam retornou ao Iraque, assumindo o comando da organização militar do partido.
[editar] Aspectos de família
O presidente iraquiano se casou duas vezes: em 1963, com sua prima de sangue Sajida Khairallah, filha do tio que o adotou e com quem teve dois filhos e duas filhas, Raghad e Rana - que após o desmoronamento do regime foram acolhidas pelo rei Abdullah II da Jordânia -; e em 1988, com uma mulher também de seu clã, Samira Fadel Shahbandar, que lhe deu outra filha, Hala, que atualmente vive em Beirute. Saddam teve também dois filhos varões - Uday e Qusay.
Sajida foi diversas vezes traída por Saddam, que não escondia sua preferência por loiras,[ ] chegando a coagir os maridos e parentes de suas amantes, dando-lhes cargos e benefícios em troca de consentimento.[ ]
Uday era conhecido pela devassidão: beberrão, mulherengo e sádico, era conhecido por espancar jogadores da Seleção Iraquiana de Futebol toda vez que esta era derrotada[ ]; também foi acusado de estuprar diversas mulheres[ ]. Qusay era mais discreto e trabalhador, embora tão sanguinário quanto o irmão e o pai.
Uday e Qusay, considerados os homens mais influentes do regime de Saddam, foram mortos em Mossul em 22 de julho de 2003 por disparos das forças americanas no Iraque, após serem entregues em troca de uma recompensa de US$ 15 milhões oferecida por cada um deles.
[editar] Ascensão ao poder
Embora o revolucionário Baath, o qual combinava o pan-Arabismo secular com a modernização econômica e o socialismo, tenha sido momentaneamente derrubado e Saddam, figura influente no partido, mandado para a prisão, o partido protagonizou outro golpe em 1968, e desta vez tomou o poder sem derramar uma gota de sangue. O ditador de Bagdá começara sua carreira como assassino profissional a soldo do Partido Baath e chegou à chefia da polícia secreta iraquiana serviço secreto, a terrível Mukhabarat.
[editar] Vice-Presidente
Em novembro de 1969, Saddam foi nomeado vice-presidente do Conselho do Comando Supremo da Revolução, tornando-se assim o "número dois" do regime, depois do presidente, o general Al-Bakr.
Como vice-presidente do Iraque durante o governo do idoso e frágil General Ahmed Bakr, Saddam controlou firmemente o conflito entre os ministérios governamentais e as forças armadas numa altura em que muitas organizações eram consideradas capazes de derrubar o governo, criando um aparelho de segurança repressivo. O novo regime logo se aproximou da União Soviética e em 1972 um Tratado de Amizade e Cooperação foi assinado entre os dois países. Depois, também foram selados acordos com a Alemanha Ocidental, o Japão e os Estados Unidos.
A economia do Iraque cresceu a um ritmo forte na década de 1970. Saddam destacou-se por investir pesado em saúde e em educação. Mas revelava sua personalidade truculenta e tirana até mesmo quando tentava fazer o bem. Frustrado com o progresso lento do programa de alfabetização, o então vice-presidente criou uma data no calendário nacional para incentivar as matrículas de crianças nas escolas, o Dia do Conhecimento. Temendo pelo fracasso da iniciativa, ele baixou um decreto ameaçando de prisão os pais cujos filhos ficassem de fora dos cursos. O número de matrículas acabou batendo recorde, e Saddam recebeu um prêmio da Unesco em 1977.
[editar] Presidente
Em 16 de julho de 1979, o presidente Al-Bakr renunciou por motivos de saúde. Saddam assumiu então os títulos de chefe de Estado, presidente do Conselho do Comando Supremo da Revolução, primeiro-ministro, comandante das Forças Armadas e secretário-geral do partido Baath. Quinze dias depois, uma conspiração surgida entre os membros do partido do recém-nomeado líder máximo do Iraque terminou com a execução de 34 pessoas, entre elas membros do Exército e alguns dos mais íntimos colaboradores de Saddam Hussein.
Saddam logo cercou-se imediatamente de uma dezena de oficiais leais, os quais colocou em cargos de responsabilidade. É então que o poder se torna verdadeiramente autocrático, com os primeiros anos de goveno do auto-intitulado El-Raïs el-Monadel (o Presidente Combatente) a serem marcados pela execução de centenas de oposicionistas e o gaseamento de 5.000 curdos em Halabja.
[editar] Alegado antepassado de Saddam
Saddam Hussein ganhou espaço nos noticiários contemporâneos quando alegou ser descendente directo dele, auto-proclamando-se reencarnação literal de Nabucodonosor II.
[editar] Saddam Presidente: as Guerras do Golfo
Tendo sido ardoroso fã de Stalin na adolescência, como presidente Saddam acabou por desenvolver um culto à personalidade característico de países comunistas. Cartazes com retratos seus espalhados por ruas e avenidas de todo o Iraque, criação de uma imagem de islamita devoto e bom pai de família (embora fosse considerado um cético do ponto de vista religioso e apreciasse bebidas alcóolicas proibidas pelo Islão), eliminação violenta de toda a oposição política, censura à imprensa) Saddam acabou por parecer, aos olhos do iraquiano comum, como o retrato da autoridade infalível, ainda que tirânica.
E como todo o tirano, Saddam Hussein sempre temia que inimigos políticos o derrubassem. Construiu 23 palácios para uso pessoal, todos permanentemente vigiados, jamais dormia duas noites seguidas no mesmo local e, cúmulo da paranóia, jamais ingeria comida que não tivesse sido testada e provada por gente de sua confiança, pois temia ser envenenado.[
]A ambição de Saddam por tornar-se o líder mais poderoso do Oriente Médio o levou a declarar guerra ao Irã dos aiatolás. Nessa época, inclusive, ele chegou a receber apoio norte-americano, uma vez que os EUA temiam as conseqüências da ascensão da Revolução Islâmica na região. Usando como pretexto a disputa por poços de petróleo, as relações entre Irã e Iraque deterioraram-se rapidamente.
[editar] Primeira Guerra do Golfo: Guerra Irã-Iraque
Em 1979, o Xá do Irã Mohammad Reza Pahlavi foi derrubado pela Revolução Islâmica, dando lugar a uma república islâmica liderada pelo Ayatollah Khomeini. A influência do Islão Xiita revolucionário cresceu deste modo de forma abrupta, particularmente em países com grandes populações xiitas, em especial o Iraque. Saddam receava que as ideias radicais islâmicas, hostis ao seu domínio secular pudessem alastrar no seu país, entre a população Xiita (a maioria da população do Iraque).
Havia também o antagonismo entre Saddam e Khomeini desde a década de 1970. Khomeini, que tinha partido para o exílio do Irão em 1964, viveu no Iraque, na cidade santa xiita de An Najaf. No Iraque, ele ganhou influência entre os xiitas iraquianos e ganhou seguidores. Sob pressão do Xá, que tinha acordado uma aproximação diplomática com o Iraque em 1975, Saddam expeliu Khomeini em 1978. Após a revolução islâmica, Khomeini poderá ter considerado o derrube de Saddam.
Após a tomada do poder de Khomeini no Irão, ocorreram pequenos incidentes de confrontação militar na fronteira, durante 10 meses, no canal de Shatt al-Arab, que ambas as nações reclamavam para si.
Iraque e Irão iniciaram a guerra aberta em 22 de Setembro de 1980. O pretexto para as hostilidades foi a disputa territorial. Saddam foi no entanto apoiado pelos Estados Unidos, pela União Soviética e por vários países árabes, todos eles desejosos de impedir a expansão de uma possível revolução moldada no Irão.
Saddam conduziu a Guerra contra o Irão entre 1980 e 1988. Contou com o apoio dos Estados Unidos, então governado por Ronald Reagan, que esperava a derrocada dos xiitas irianianos e de seu líder espiritual, o aiatolá Khomeini. Recebeu também o apoio do Kuwait, da Arábia Saudita e outras nações árabes, muitas delas igualmente preocupadas com a ameaça de uma igual revolução islâmica como a do Irão em seus territórios. No conflito, durante o qual Saddam aumentou a importação de armas do Ocidente, foram utilizados gases tóxicos no front e estreitados os laços com os regimes árabes moderados. A guerra entre os dois países durou oito anos (o cessar-fogo foi assinado em 20 de agosto de 1988) e nela morreram mais de um milhão de pessoas. Não houve vencedor declarado, e a guerra levou o país a sérias dificuldades econômicas.
[editar] Segunda Guerra do Golfo: Kuwait
Em 2 de agosto de 1990, apenas dois anos depois do fim da disputa, tropas iraquianas, seguindo ordens de Saddam Hussein, invadiram e anexaram ao território iraquiano o vizinho emirado do Kuwait, país que mais ajudou financeiramente o Iraque durante a guerra com o Irã. Mas nesse período, o Kuwait frustrava os desejos iraquianos na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de diminuir a produção para que o preço do barril no mercado aumentasse.
No início de 1991, uma coalizão internacional dirigida pelos Estados Unidos (então governado por George Bush) obrigou o Iraque a retirar-se do Kuwait. As tropas da coligação detiveram-se na fronteira entre o Kuwait e o Iraque.
Vencido pelos aliados ocidentais, Hussein teve que aceitar o embargo econômico imposto a seu país pela ONU, organismo que, ao mesmo tempo, fez um acordo para inspecionar e desmantelar o programa armamentístico (biológico e químico, especialmente) do país. Foi criado o programa "Oil for food" ("Petróleo por Comida").
Terminada a guerra, Saddam ainda teve que enfrentar as revoltas xiita e curda no Iraque, que não titubeou em reprimir duramente. Entre 1991 e 1992, EUA, Reino Unido e França estabeleceram, sem o respaldo de uma resolução da ONU, duas regiões de exclusão aérea - ao norte do paralelo 36 e ao sul do paralelo 32 - com o objetivo declarado de proteger a população curda e xiita.
A proibição dos aliados foi permanente fonte de conflitos desde sua entrada em vigor, terminando com a derrubada de alguns aviões dos dois lados, somados aos duros efeitos do embargo econômico que tentaram suavizar com o programa "Petróleo por Comida".
Nem a debilitada situação econômica nem o pós-guerra comprometeram o êxito de Hussein nas urnas, e, em 15 de outubro de 1995, o presidente iraquiano obtinha o apoio de 99,96% da população num plebiscito, o primeiro da história do Iraque, sobre sua continuidade no poder até 2002.
Dois meses antes, Saddam enfrentara a traição dos maridos de duas de suas filhas e íntimos colaboradores, Hussein Kamel e Saddam Kamel al-Majid, que em agosto de 1995, após se desententerem com Udai, abandonaram o país e foram para a Jordânia levando os segredos do programa de armas proibidas do Iraque. A recusa dos países ocidentais em conceder asilo político aos dois genros de Saddam, apesar da oferta de informação militar secreta, precipitou o retorno deles, com as filhas e os netos do ditador, a Bagdá em fevereiro de 1996, com a promessa de perdão por parte de Saddam. Três dias depois da chegada, morreram numa invasão que também matou o pai dos traidores e outros parentes.
[editar] A Terceira Guerra do Golfo: Guerra do Iraque
Em 1997, começaram as desavenças do regime com a UNSCOM, comissão da ONU encarregada de supervisionar o desarmamento do Iraque - por causa da suspeita de que país buscava armamento químico e nuclear -, o que se prolongaria por seis anos e que serviria de pretexto para os Estados Unidos invadirem o Iraque.
Em janeiro de 2002, após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington e a campanha afegã contra o regime talibã, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, iniciou a "segunda fase contra o terrorismo internacional".
Bush acusou o Iraque de ter ou desenvolver armas de destruição em massa, contrariando as resoluções da ONU impostas após a Guerra do Golfo, e de manter vínculos com o terrorismo internacional. Saddam Hussein, que negou as acusações, acusou Bush de manipular a suposta ameaça que o Iraque representava para a paz mundial e acrescentou que a única coisa que Washington buscava no Iraque era o controle do petróleo no Oriente Médio.
Em 2003, George W. Bush moveu contra Saddam uma guerra para tirá-lo do poder, acusando-o de cúmplice no terrorismo anti-norte-americano. Em 20 de março, a coalizão anglo-americana iniciou a intervenção militar no Iraque com um bombardeio inicial sobre Bagdá. Saddam foi expulso do poder pelas tropas estado-unidenses e britânicas numa guerra não autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU. Sua retirada do poder, porém, não significou a paz definitiva para o Iraque.
O paradeiro de Saddam foi desconhecido durante vários meses até que, em 4 de abril, a televisão iraquiana mostrou o ditador, cercado de aliados seus, passeando pelas ruas da cidade. Em 8 de abril, um dia antes de as forças americanas atingirem o coração de Bagdá, um bombardeiro B-1 lançou quatro bombas de perfuração de bunkers contra um edifício da capital iraquiana, onde se acreditava que Saddam Hussein estivesse reunido com outros hierarcas do regime.
Em 13 de dezembro de 2003, Saddam Hussein foi localizado e preso num porão de uma fazenda da cidade de Adwar, próxima a Tikrit, sua cidade natal, numa operação conjunta entre tropas estado-unidenses e rebeldes curdos. As tropas encontraram o dirigente iraquiano escondido num buraco subterrâneo camuflado com terra e tijolos, de entre 1,80 e 2,40 metros de profundidade, com um duto de ventilação. Embora estivesse armado com uma pistola e dois fuzis AK-47, rendeu-se pacificamente após uma patética negociação onde pretendia subornar seus captores com a soma de US$ 750,000 que guardava numa maleta. "Sou o presidente do Iraque e quero negociar", propôs, em inglês. Segundo a coalizão militar, foi um membro de uma família próxima a Saddam quem o delatou. Um jornal jordaniano publicou uma versão alternativa da prisão. Saddam teria sido drogado por um parente, que lhe servia de guarda-costas, e entregue dopado aos americanos. A filha Raghad, exilada na Jordânia, diz que com certeza seu pai foi drogado, de outra forma teria lutado como "um leão". Paul Bremer e Tony Blair confirmaram esta notícia.
Saddam, que não apresentou resistência alguma, estava sujo e desorientado quando foi capturado. Posteriormente, foi submetido a um exaustivo reconhecimento médico e a um teste de DNA, que confirmou sua identidade. Entre as primeiras imagens transmitidas, algumas mostravam Hussein sendo examinado por um médico militar americano, assim como outras mostravam o local de sua captura. Tais imagens causaram variadas reações pelo mundo, desde aqueles que - tais como grande parte da população americana e até iraquiana - as justificaram por motivos políticos, sociais e militares, até os que (baseando-se em interpretações do direito internacional) argumentaram que as imagens representavam uma violação intolerável à Convenção de Genebra acerca do tratamento a criminosos de guerra capturados.
Em 1º de janeiro de 2004, o Pentágono o reconheceu como "prisioneiro de guerra", e, em 30 de junho, transferiu sua custódia judicial ao novo Governo provisório iraquiano.
Durante 24 meses, Saddam permaneceu sob custódia das forças americanas, à espera de ser julgado por um Tribunal Especial iraquiano patrocinado pelos Estados Unidos, que em 19 de outubro de 2005 iniciou o processo contra o ex-ditador.
[editar] O julgamento
[editar] Aspectos jurídicos
Apesar dos grandes genocídios por ele cometidos, os defensores de Saddam Hussein argumentam que carecia de neutralidade o julgamento que, segundo eles, deveria acontecer em um tribunal internacional, com juízes de várias nacionalidades. Os apoiadores do julgamento, contudo, defendiam que ele fosse julgado pelo próprio povo iraquiano, como de fato aconteceu. Saddam foi formalmente acusado de genocídio, em que morreram 148 pessoas e, no dia 5 de novembro de 2006, recebeu a sentença de morte por enforcamento.
[editar] Repercussão
Os Estados Unidos saudaram a condenação à morte de Saddam Hussein, enquanto a União Européia, contrária à pena de morte em qualquer circunstância, lamentou a sentença, ao mesmo tempo saudando o fato que o julgamento tenha sido finalmente realizado.
[editar] Literatura
[
]Saddam Hussein dedicou-se também à literatura, o primeiro romance, Zabibah e o Rei de 2001, foi um sucesso de vendas e foi igualmente transposto para um musical no Iraque. Mais tarde edita A Fortaleza Inexpugnável.
Em 2003 foi publicada a biografia política de Saddam Hussein intitulada Saddam Hussein: A Political Biography escrito por Efraim Karsh e Inari Rautsi.