Severino José Cavalcanti Ferreira
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Severino José Cavalcanti Ferreira (João Alfredo, 18 de dezembro de 1930) é um político brasileiro filiado ao Partido Progressista, apesar de já ter trocado de partido por oito vezes, o primeiro partido a que pertenceu foi a UDN. Foi prefeito de seu município natal em 1964, deputado estadual de 1967 a 1995 e federal de 1995 a 2005.
Em 2005, então deputado federal, concorreu à presidência da Câmara dos Deputados, embora acreditava-se que o canditado oficial do governo, Luís Eduardo Greenhalgh seria o vencedor. Analistas políticos acreditam que a crise interna pela qual o governo passava levou à vitória de Severino Cavalcanti, cuja candidatura era considerada menos expressiva.
Cavalcanti é conhecido por suas posições polêmicas sobre diversos assuntos, desagradando setores da sociedade que o consideram um político "anacrônico": é contrário à prática do aborto e à homossexualidade em geral (incluindo desde o beijo homossexual em público até a união civil homossexual, passando pela Parada do Orgulho GLBT). Defendeu anteriormente o aumento dos salários dos parlamentares.
Severino já foi segundo vice-presidente e primeiro-secretário da Câmara Federal e ocupou a corregedoria da Câmara por duas vezes. Entre os diversos projetos de sua autoria estão o que acaba com a imunidade parlamentar para crimes comuns e o que institui o salário "mãe-crecheira", destinado às mulheres carentes com filhos menores de seis anos.
Dois procuradores da República no Distrito Federal pediram ao Tribunal de Contas da União que Severino fosse investigado pela suspeita da prática de nepotismo por empregar diversos parentes em seu gabinete enquanto presidente da Câmara dos Deputados.
No dia 5 de setembro de 2005, Severino Cavalcanti viajou para a cidade de Nova York para participar de uma conferência na sede da Organização das Nações Unidas (ONU). A viagem ocasionou acusações de estar fugindo das denúncias do mensalinho, suposto esquema de pagamento de propina em que estaria envolvido.
Em 21 de setembro Severino Cavalcanti renuncia a seu mandato de deputado federal em virtude das denúncias de esquemas de pagamento de propina em que estaria envolvido, o chamado mensalinho. Sebastião Buani, o dono do restaurante da Câmara, acusou Severino de cobrar uma mensalidade de 10 mil reais para não fechar o negócio. Com sua renúncia, a presidência da Câmara é assumida provisoriamente pelo vice-presidente da mesma, José Thomaz Nonô. Aldo Rebelo foi eleito o presidente da câmara em 28 de setembro.
Nas eleições de 2006, Severino tenta se eleger deputado federal novamente, mas não obtém os votos necessários.
[editar] Ligações externas
- Página Oficial do Deputado no site da Câmara dos Deputados do Brasil
- Assista a um vídeo no Google Video sobre Severino Cavalcanti ((en))