Juracy Magalhães
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Juracy Montenegro Magalhães (Fortaleza, 4 de agosto de 1905 — Salvador, 15 de maio de 2001) foi um militar e político brasileiro.
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[editar] Biografia
Era filho de Joaquim Magalhães e de Júlia Montenegro Magalhães. Tendo concluído o segundo grau no Liceu do Ceará, ingressou na carreira militar, já em 1927 torna-se aspirante. Sua carreira militar foi exitosa, tendo em 1933 atingido a patente de Capitão, em 1940 de Major, Tenente-Coronel em 1945, Coronel em 1950 e General em 1957.
Grande beneficiado da proximidade dos militares com o poder, exerceu as seguintes funções: Senador da República, deputado federal, adido militar e embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Ministro da Justiça e Relações Exteriores, tendo sido ainda o primeiro Presidente da Petrobrás e presidiu a Companhia Vale do Rio Doce.
Como Ministro da Justiça, no Regime Militar de 64, encarregou-se da censura aos veículos de comunicação. Célebre tornou-se o episódio em que mandara o empresário Roberto Marinho demitir dois funcionários, ao que este respondera-lhe, negativamente: "Dos meus comunistas cuido eu!". Deste período é a frase que deu o tom de subserviência do Regime:
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- "O que é bom para os Estados Unidos, é bom para o Brasil."
Apesar de nascido no Ceará, foi na Bahia que encontrou sua morada definitiva: ganhou uma casa de amigos, na capital baiana, no Monte Serrat, a mesma onde cometeu suicídio seu filho, Juracy Magalhães Júnior, também político. Seu filho Jutahy Magalhães também foi político e seu neto Jutahy Magalhães Júnior é deputado federal.
[editar] Governos da Bahia
Ocupou Juracy Magalhães o governo do Estado da Bahia em 3 mandatos (o primeiro, iniciado como Interventor, foi depois referendado pela Assembléia Legislativa - aqui considerado como mandato único, dado não ter existido solução de continuidade).
[editar] Intervenção
Era Juracy Magalhães Tenente do Exército quando assumiu o governo, nomeado pelo ditador Getúlio Vargas - cargo que o promoveu por ser um dos articuladores do Golpe que instaurava no país o Estado Novo. Assumiu a 19 de setembro de 1931, e ali permaneceu até 25 de abril de 1935, quando assume - desta feita com a eleição indireta promovida pela Assembléia Legislativa - ficando no cargo até 10 de novembro de 1937. Não foi uma tarefa de início nada fácil: o cargo era pleiteado pelo velho político J. J. Seabra, que apoiara Getúlio e já tinha sido governador. Juracy era então um jovem tenente, de apenas 25, quase 26 anos. A sua condição de "forasteiro" apenas agravou a reação dos velhos caciques da política local, que armaram-lhe grande oposição. Mas desde então revolou grande habilidade para contornar estes desafios, saindo deles ainda mais fortalecido.
Um fato digno de nota foi que, durante este seu mandato, ocorreu a primeira prisão do futuro líder terrorista de esquerda, Carlos Marighella, por haver escrito um poema onde criticava-o.
Dentre suas realizações iniciou as obras de construção do Fórum Rui Barbosa - interrompidas pelo interventor Landulfo Alves, que o seguiu, e finalmente retomadas e concluídas por Otávio Mangabeira.
No local onde fora a casa do tribuno Cezar Zama, na Praça de Piedade, edificou a sede da Secretaria de Segurança Pública - órgão centralizador da repressão, no regime totalitário que então vivia o país.
Inaugurou o "Instituto do Cacau", solenidade que contou com a presença do próprio ditador, Getúlio Vargas. Apesar de fiel ao regime, o endurecimento da ditadura em 1937 fez com que Juracy afastasse do novo golpe que se desferia.
A 10 de novembro daquele ano faz um pronunciamento ao povo, na Rádio Sociedade da Bahia. No dia 11 transmite o cargo ao comandante militar no Estado, deixando o Palácio do Governo carregado nos braços da população.
[editar] Segundo mandato
Sem maiores realizações cumpriu Juracy Magalhães - Jota-Eme, como era chamado, durante a campanha - um governo de oposição ao governo federal, aliado a Carlos Lacerda, Magalhães Pinto e outros da UDN, que o colacariam dentre os políticos que tramaram e apoiaram o Golpe de Estado Militar de 1964.
Precedido por: Antônio Balbino |
Governador da Bahia 1959 - 1963 |
Sucedido por: Lomanto Júnior |
Precedido por: Raimundo Rodrigues Barbosa |
Governador da Bahia 1931 - 1937 |
Sucedido por: Antônio Fernandes Dantas |
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