Nilo Moraes Coelho
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- Nota: Se procura o político pernambucano, consulte Nilo Coelho.
Nilo Moraes Coelho (Guanambi, 1942) é um político brasileiro.
[editar] Biografia
Filho do político Gercino Coelho (morto em campanha junto a Lauro de Freitas, em 1950), e de Eunice Morais Coelho.
Nilo Coelho, como é conhecido na Bahia, sobrinho do famoso político pernambucano homônimo, era empresário agrícola em sua cidade natal. Na década de 80, com o incremento da lavoura algodoeira, muitas fortunas fizeram-se em curto período, na região que compreende parte da Serra Geral do Estado.
Nilo Coelho desponta, assim, para a política, elegendo-se prefeito de Guanambi, em 1983, para um mandato que se estenderia por 6 anos. Mas interrompeu-o, em 1986, para concorrer ao cargo de Vice-Governador na chapa capitaneada por Waldir Pires. Nilo saía da base carlista que na Bahia congrega diversos partidos, e filia-se ao PMDB.
Vitoriosa por grande maioria do eleitorado, Nilo ascende ao Governo com a renúncia do titular que, num crasso erro político, deixa o poder almejando a vice-presidência. A Bahia, depois de quase um século do Governador Rodrigues Lima, tem um mandatário sertanejo.
Depois de ter exercido o cargo, com o retorno de ACM ao poder, Nilo sofre com acusações de desvios na administração (nunca foi condenado). Conhece o ostracismo, que coincide com a crise da lavoura algodoeira - onde tinha seu esteio financeiro.
Em 1998 é eleito deputado federal, pelo PSDB, cargo que pleiteia novamente em 2002, sendo derrotado. Por este partido elege-se, em 2004, novamente Prefeito de Guanambi. Em 2006, desfilia-se do partido e volta para as bases do carlismo.
[editar] Governo da Bahia
Com a renúncia de Waldir Pires, Nilo assume em 14 de maio 1989, governando até 15 de março de 1991.
Seu curto governo foi marcado por ações que valorizaram o interior do Estado - onde tinha sua base. Para os moradores de Salvador, porém, maior colégio eleitoral da Bahia, onde a figura do Governador era encarada quase como a de um Prefeito, sua administração foi tida como péssima. Nilo Coelho, mais que todos os outros, mostrou que era preciso governar para toda a Bahia, ou seja, concentrou suas ações nos municípios interioranos.
Estendeu o asfaltamento para os rincões mais afastados, favoreceu as cidades pequenas. Se por décadas os governadores anteriores erraram por administrar apenas "a" capital, Nilo Coelho pecou por menosprezar a força política de Salvador. Este erro foi habilmente explorado e, ao fim dos dois anos à frente do Palácio de Ondina, ACM retorna.
Precedido por: Waldir Pires |
Governador da Bahia 1989 - 1991 |
Sucedido por: Antônio Carlos Magalhães |