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Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - Wikipédia

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz é uma unidade da Universidade de São Paulo voltada ao ensino, pesquisa e extensão de serviços nas áreas relacionadas à agropecuária, ciências agrícolas e afins. Possui seis cursos de graduação e dezesseis programas de pós-graduação. O campi da Esalq está localizado na cidade de Piracicaba. A Esalq foi fundada em 1901 por Luís Vicente de Sousa Queirós, o Luís de Queirós (na grafia arcaica "Luiz de Queiroz").

[editar] Histórico

A história da ESALQ começa no ano de 1849 numa chácara situada bem no coração da cidade de São Paulo: é a mansão dos barões de Limeira, e o dia é 12 de junho – dia de festas, pois acaba de nascer Luís Vicente de Sousa Queirós o quinto filho de Vicente de Sousa Queirós e de Francisca de Paula Sousa, sua prima. São avós paternos Genebra Pais de Barros Leite e o Brigadeiro Luís António de Sousa Queirós, um dos maiores latifundiários do estado de São Paulo. São avós maternos o senador e conselheiro do Império Francisco de Paula Sousa e Melo e Maria de Barros Leite. A efeméride é registrada na capa da bíblia pertencente à família, que é profundamente religiosa.

Aos oito anos de idade, o menino Luís Vicente foi enviado para a Europa em companhia de um irmão mais velho para receber uma educação elevada, como era costume na época. No Velho Continente, quando jovem, cursara as Escolas de Agricultura de Grignon, na França, e a de Zurique, na Suíça.

Por morte do Barão de Limeira, em 5 de setembro de 1872, coube a Luís de Queirós, entre outros bens, a Fazenda Engenho d'Água, localizada na cidade de Constituição, hoje denominada Piracicaba. Possuidor de uma bela cultura, adquirida graças aos seus aprimorados cursos na Europa, e às experiências que as viagens por cidades do continente europeu lhe proporcionaram, foi Luís de Queirós, depois de um ano, tomar posse de sua nova propriedade. Contava então 24 anos de idade.

Em Piracicaba, instalou uma fábrica de tecidos aproveitando parte das águas do salto do rio Piracicaba como potencial hidráulico para mover suas máquinas. Em breve, com a fazenda fornecendo o algodão e a fábrica produzindo tecidos, conseguiu apreciável fortuna. Em 1880 casou-se com Ermelinda Ottoni filha do conselheiro e senador do Império Cristiano Benedito Ottoni. O casal não teve descendentes, apesar de ambos gostarem muito de crianças, festejando os sobrinhos que os visitavam. Rico, Luís de Queirós nunca abandonou seus auxiliares, para os quais mandou construir uma vila operária. Concorreu, com apoio financeiro a todas as obras de benemerência da cidade; penalizou-se com a sorte dos escravos, ajudando os negros foragidos com orientação e dinheiro. Mandou arborizar praças e ruas da cidade e construiu um luxuoso palacete, hoje tombado pela municipalidade (Codepac).

O sonho dourado desse ilustre patriota, sonho acalentado com ternura, era a instalação de uma Escola Agrícola. Ele começou a se materializar quando, em 1889, Luís de Queirós arrematou em hasta pública a propriedade pertencente a João Florêncio da Rocha, conhecida como Fazenda São João da Montanha, medindo 319 hectares e distante três quilômetros da cidade. Tendo vantajosa e pitoresca localização, com terras de excelente qualidade, e sendo banhada e contornada por dois mananciais de água – o rio Piracicaba e o ribeirão Piracicamirim -, a propriedade reunia boas condições para a prosperidade das culturas e o fim colimado.

Para a realização de seu ideal, que era grandioso, Luís de Queirós embarcou para a Europa e a América do Norte. Na Inglaterra, encomendou a dois arquitetos o projeto para uma Escola Agrícola e Fazenda Modelo, e dos Estados Unidos trouxe um professor de Agricultura e dois arquitetos de nacionalidade espanhola. Ao retornar, pôs mãos a obra: duzentos trabalhadores entregaram-se febrilmente à construção da futura escola. Em 1892, já funcionavam no local duas olarias e uma serraria a vapor, a primeira de gênero na cidade.

Explorava-se uma pedreira, e um forno para fabricação de cal estava em franca produção. Todos os materiais necessários para as construções ali se achavam em abundância. Estavam em andamento a casa do diretor; um moderno estábulo e uma pocilga. Para o levantamento do edifício destinado à escola, enorme quantidade de pedra de cantaria e tijolos se amontoava junto ao local da construção. Quatro casas de colonos já estavam prontas e três outras em vias de conclusão. Para fazer face ao serviço de transporte havia quatro cavalos, 23 burros e doze bois. Todos os serviços eram fiscalizados pelo próprio Luís de Queirós que, entusiasmado com a concretização de seu sonho, deixou o lindo palacete da cidade, onde residia confortavelmente e, junto com a esposa, passou a alojar-se na modesta e velha casa da fazenda.

Luís de Queirós pediu ao Governo do estado uma subvenção para a construção da sua escola, a qual foi negada. Em vista da recusa, pediu pelo menos que lhe fosse concedido frete gratuito para os materiais destinados à construção do estabelecimento. Recebeu nova recusa. Nessa mesma ocasião, a Câmara dos Deputados resolveu promulgar a Lei no 26, em 11 de maio de 1892, pela qual ficava o Executivo autorizado a fundar uma Escola Superior de Agricultura e uma de Engenharia, e a estabelecer, nos lugares julgados apropriados, dez estações agronômicas com seus respectivos campos experimentais. Diante desse revoltante contraste, Luís de Queirós recorreu a um estratagema: resolveu doar ao governo sua querida fazenda São João da Montanha com todas as benfeitorias existentes na ocasião, com a condição de que, dentro do longo prazo de dez anos, fosse concluída e inaugurada sua sonhada escola.

Pelo Decreto no 130, de 17 de novembro de 1892, o então presidente do estado, Bernardino de Campos, aceitou a doação da fazenda com todas as suas benfeitorias, “para nela ser levada a efeito a idéia do estabelecimento de uma escola agrícola ou instituto para educação profissional dos que se dedicam à lavoura”. Foi nomeado nesse mesmo ano, como diretor da Escola, em comissão, para continuar os trabalhos de adaptação da fazenda, o renomado cientista Ernest Lehmann, indicado pelo então diretor do Instituto Agronômico de Campinas, E.W. Dafert.

Sob a orientação do governo, os trabalhos na Escola Agrícola São João da Montanha caminhavam lentamente. Luís de Queirós lutava pelo seu ideal por meio da imprensa, escrevendo ou fazendo publicar transições de artigos estrangeiros sobre o ensino e outros assuntos agrícolas. Bernardino de Campos prometeu em uma de suas mensagens apresentadas ao Congresso Legislativo a continuação das obras de adaptação, assinalando “com júbilo e louvor o movimento animador da iniciativa particular, que já muito tem produzido e pode tomar o mais útil incremento impulsionado pelo patriotismo de cidadãos competentes”.

Os ideais e os sonhos de Luís Vicente de Sousa Queirós não pereceram, pois a semente lançada em Piracicaba demoveu o estado de São Paulo a assumir, em 1893, um novo projeto de ensino agrícola, para instalá-lo na Fazenda São João da Montanha.

O engenheiro agrônomo paulista Jorge Tibiriçá Piratininga – formado em Hohenheim, na Alemanha -, secretário da Agricultura, Negócios, Comércio e Obras Públicas na época, contratou o renomado engenheiro agrônomo belga Leon Alphonse Morimont, saído do Institut Agricole de Gembloux, como novo diretor da Fazenda São João da Montanha. Sua tarefa imediata era o estudo de um grande plano de realizações para o futuro estabelecimento, envolvendo a recuperação do patrimônio, a adequação da fazenda aos objetivos educacionais propostos pela classe dirigente – não uma faculdade, mas uma escola técnica profissionalizante – e a elaboração de um projeto completo de Escola Agrícola Prática para ser instalado pela primeira vez no Brasil.

A proposta didático-pedagógica era específica: os conteúdos programáticos práticos, prevalecentes sobre os teóricos, deviam ser ministrados nos padrões de escola pública de nível médio, para rapazes com escolaridade primária e idade de quinze anos.

As parcelas mais prestigiadas das elites paulistas se encaminhavam para as faculdades de Medicina e Engenharia, no Rio de Janeiro, para a Faculdade de Direito e a Escola Politécnica, em São Paulo, esta última dotada de cursos de Engenharia, entre eles a Agronômica, que começaria a funcionar em 1897. Com a Escola Agrícola Prática de Piracicaba, o estado de São Paulo passaria a contar com três áreas de conhecimento científico na Agricultura: a pesquisa sediada na Estação Agronômica, depois Instituto Agronômico de Campinas, o ensino superior no curso de Engenharia Agronômica da Escola Politécnica e o ensino médio profissionalizante na referida escola, sob a supervisão da Secretaria da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.

Morimont converteu a fazenda São João da Montanha num canteiro de obras, em virtude do trabalho globalizante que veio a desenvolver. A primeira parte da sua tarefa, a de adaptação da fazenda aos objetivos educacionais propostos, constou de diversas fases interativas, sujeitas a procedimentos metódicos e organizacionais sobre o elemento humano – oferecendo treinamento ao trabalhador nacional egresso da escravidão e demonstrando que o seu rendimento era tão bom quanto o do imigrante, ou café melhor – e sobre o espaço físico – estudos topográficos, medição e levantamento das condições da fazenda.

Dentro dos critérios agronômicos, distribuiu os espaços para o estabelecimento dos campos de cultura (exploração agrícola em cana, milho, feijão, batata, forrageiras, mandioca, pastos) e campos experimentais (sujeitos a cinco esquemas aplicados à cana-de-açúcar, viveiros de plantas com café, fumo, algodão, eucalipto, ramie e videira); acrescentou pomar, horta (repolho, tomate, alho-porró e sersifim) e alfafa. A pecuária era inseparável da agricultura em razão do fornecimento de carne, tração e fertilizante orgânico, exigindo espaço, bem como a estrumeira, utilizada segundo o método de fermentação úmida.

Essa fase operacional permitiria a implantação da segunda parte do seu trabalho, o projeto educacional da Escola Prática de Agricultura. Em março de 1895, o material redigido se achava pronto para editoração, destinando-se a um objetivo imediato, o de convencimento da classe dirigente e das elites agrárias, bem como a instrumentação da Comissão de Agricultura, Colonização e Imigração, que deveria apresentar ao Legislativo um projeto de escola para ser convertido em lei.

A Lei no 367, de 3 se setembro de 1895, reflete o trabalho de Morimont em Piracicaba, a qualidade do projeto e o amparo dos Secretários da Agricultura (Jorge Tibiriçá Piratininga e seu sucessor, Teodoro Dias de Carvalho). Mas foi um êxito fugaz, porque tal lei jamais sofreu regulamentação, não se materializou. Morimont apegou-se a ela, insistindo que o governo fizesse funcionar a Escola, no fim de 1897 ou no início de 1898, até ser vencido.

Os trabalhos iniciados pelo engenheiro Morimont em Piracicaba, no ano de 1893, atingiram um clímax nos meses que antecederam o lançamento da pedra fundamental do edifício-sede da administração e do colégio, gerando a esperança de desencadear as edificações previstas no projeto, colocando a Escola em funcionamento precário, em 1897, ou razoável, em 1898, mediante a integração com o Posto Zootécnico, a Fazenda Modelo e seus demais elementos constitutivos.

Porém, as atividades de Morimont na fazenda São João da Montanha entraram, paulatinamente, em recesso, após a cerimônia inaugural de 1o de abril de 1896, apesar dos seus protestos. O episódio coincidia com o advento de Manuel Ferraz de Campos Sales na presidência de São Paulo e com modificações na política administrativa e financeira do estado, prestes a repercular no projeto. Malgrado os protestos de Morimont e todo o seu esforço para sensibilizar os responsáveis pela concretização da Escola, o ritmo dos trabalhos foi declinando, as verbas oficiais desaparecendo.

Morimont lutou pela continuidade dos trabalhos de adaptação da fazenda São João da Montanha e pela efetivação do Projeto de Escola Prática de Agricultura. A sua correspondência com o secretário da Agricultura, Comércio e Obras Públicas deixava transparecer a inquietação pelo futuro, já nos primeiros dias do novo governo. O pressentido temor pela paralisação das construções, fato que comprometeria o funcionamento parcial da Escola Agrícola Prática previsto para 1897 ou 1898, confirmava-se diante da indisposição do governo, manifestada em consonância com a crise financeira do estado e as perturbações do mercado do café. Temendo o pior, Morimont continuava apelando para que o governo não se descuidasse da promoção da Escola Prática, da aquisição de maquinaria agrícola para as culturas experimentais da Fazenda Modelo e dos animais de raças apuradas para o começo do Posto Zootécnico. Externava a sua preocupação em carta de 10 de junho de 1896 ao secretário: “É o momento de notar que tanto em maquinismos modernos de campo como em reprodutores de raça não existe, ainda, nada fora do trivial, causando até estranheza”.

Morimont instava às autoridades que as obras fossem encaminhadas, insistia especialmente na conclusão do colégio-internato, necessário para receber a primeira turma de alunos. Durante o mês de agosto de 1896, chegara de São Paulo, como enviado do governo para avaliação das construções, o engenheiro Sá Rocha, acompanhado do desenhista Henzler. Animado. Morimont sentiu que podia salvar o projeto, enviando ao Secretário sugestões para o Colégio, o armazém e pedindo a permanência do desenhista Henzler como fiscal das obras.

Em setembro, desgostoso com a paralisação dos trabalhos, queixava-se dos erros cometidos nas construções existentes, da ausência de fiscal de obras e do atraso do pagamento correspondente ao terceiro trimestre, no valor de dez contos de réis, que lhe deviam ser depositados na Coletoria de Piracicaba. Ficavam pendentes as aquisições de caráter urgente para a Fazenda, burros e bois para o desenvolvimento das culturas, vacas leiteiras, adubos, sementes, cercas.

Apesar do clima de oposição e abandono, Morimont ainda parecia muito empenhado na execução dos seus planos e na salvação do projeto. Alentavam-no o entusiasmo dos visitantes – pessoas ilustres, como a esposa do presidente da República, Prudente de Morais – e o julgamento que faziam sobre a futura Escola Prática.

Em outubro de 1896, parecia inteiramente abandonado em Piracicaba. A falta de dinheiro era angustiante, pois o Tesouro não liberava as verbas relativas ao terceiro trimestre e ao mês, a parcela de setembro (cinco contos de réis). Morimont já enviara telegrama ao cel. Dante, diretor-geral de Tesouro, sem obter resposta. Sob aparente tensão, solicitava ao Dr. Eugênio Lefevre que comparecesse, pessoalmente, a Piracicaba, para julgar da verdadeira situação.

A suspensão das verbas e dotações orçamentárias da Fazenda São João da Montanha, durante os meses de setembro e outubro, parecia decorrer da decisão de afastá-lo do cargo. As autoridades da Secretaria e do Tesouro faziam ouvidos moucos às suas súplicas pela continuidade das obras e das verbas de que dependia a sobrevivência do projeto. Contudo, humilhações e silêncio como resposta não impediram que Morimont se mantivesse empenhadíssimo em desempenhar a “sua missão”, até o momento em que se viu afastado do cargo, nos primeiros dias de novembro.

Francisco Henzler o substituiu como encarregado interino. Em 1º de dezembro de 1896, tomava posse o novo diretor interino da Fazenda, José Viegas, chamado com urgência a Piracicaba para preencher a vaga. Durante o curto tempo em que permaneceu na Fazenda, o novo diretor viu-se atribulado com as ameaças de greve por parte dos camaradas, em conseqüência dos atrasos das verbas que Morimont tanto havia reclamado. Em 30 de janeiro de 1897, assumia a direção da Fazenda o engenheiro Adolfo Barbalho Uchoa Cavalcanti, permanecendo José Viegas como o responsável pelas obras internas. Iniciava-se a fase atribulada da montagem da Escola Prática de Agricultura, que se estendeu até 1901.

A ruína do canteiro de obras e a malversação do que construíra, sob o abandono a que ficou submetida a fazenda São João da Montanha, não impediram que o Projeto Morimont permanecesse modelar, até a terceira década do século XX. A sua concepção modular do saber, estruturado a partir das ciências básicas e aplicadas, jamais foi superada, está na raiz do desenvolvimento curricular da ESALQ, em sua vocação para a pesquisa nas Ciências Agronômicas e em sua produção inovadora na agricultura brasileira.

A trajetória para a implantação da ESALQ teve muitos percalços, desde a sua idealização por Luís de Queirós até a sua definitiva implantação.

Morimont foi demitido, sendo substituído por Adolfo Barbalho Uchoa Cavalcanti. Apesar do grande interesse tomado para a realização desse projeto, Jorge Tibiriçá não teve tempo suficiente para fazê-lo, pois deixou a Secretaria da Agricultura para candidatar-se à senatoria federal, cargo para o qual foi eleito. O novo titular, Teodoro Dias de Carvalho, se esforçou para levar avante o plano de Tibiriçá. Para levantar os ânimos lançou a pedra fundamental do prédio principal em 1o de abril de 1896. Mas as obras não progrediram e os jornais comentam ironicamente o “primeiro de abril” pregado aos piracicabanos, comparando inclusive o fato com o fracasso da primeira expedição federal contra os jagunços, em Canudos. Outros secretários da Agricultura também assim se sucedem: Álvaro Augusto da Costa Carvalho e Firminiano Pinto.

Assim como os diretores e os secretários, os governos também se sucederam: Bernardino de Campos transmite o cargo para Campos Sales, o qual, a fim de se candidatar à mais alta magistratura do país, entrega o governo para Francisco Peixoto Gomide. Este, como Presidente do Estado dispensa o diretor Morimont e manda paralisar as obras. Foi o golpe fatal no coração combalido de Luís de Queirós, que faleceu em 11 de junho de 1898, sem ver inaugurada sua amada Escola. Mas seu “diretor espiritual”, porém, mesmo depois de morto ainda zela pela herança que deixou aos vivos, pois uma das cláusulas da doação marcava um prazo para início de suas atividades.

No governo de Fernando Prestes de Albuquerque, tendo como secretário da Agricultura Alfredo Guedes, foi promulgada a Lei nº 678, de 13 de setembro de 1899, do Serviço Agronômico do Estado, concedendo verba para continuação das obras, aquisição de móveis e material escolar. Mas é seu sucessor, Antônio Cândido Rodrigues, que decreta a Lei nº 683/A, de 29 de dezembro de 1900, criando a Escola Prática São João da Montanha, em Piracicaba. O prazo para a inauguração estipulado por Luís de Queirós estava prestes a findar-se. Como o prédio principal não estava acabado, Cândido Rodrigues mandou que se alugasse uma casa na cidade para a Escola nela funcionar provisoriamente. Logo em seguida foi nomeado o primeiro diretor, Ricardo Ernesto Ferreira de Carvalho, assim como os docentes: Lacordaire Duarte, Antônio de Pádua Dias, Aristóteles Pereira, José Vatz e Augusto César Salgado – que desempenharia cumulativamente o cargo de Secretário da Escola.

Em março daquele ano, Cândido Rodrigues foi a Piracicaba para conhecer de perto o andamento que tomava a Escola Prática São João da Montanha. Ficou tão impressionado com o vulto da empresa a que se entregara seu idealizador que, de volta a São Paulo, oficiou ao presidente do estado, Francisco de Paula Rodrigues Alves, fazendo uma série de elogiosas considerações ao doador da fazenda e propondo a alteração do nome do estabelecimento para Escola Prática Luís de Queirós. Com muita justiça, o decreto 882, de 18 de março de 1901, promoveu a modificação pleiteada.

No dia 1º de maio de 1901 abriu-se a matrícula aos futuros alunos; vinte dias depois, iniciaram-se os exames de admissão. Foram aprovados onze alunos e três ouvintes. Finalmente, no dia 3 de junho de 1901 a cidade amanheceu em festa. O caminho que liga a cidade à Escola estava ladeado de bambus com as extremidades entrelaçadas e cheias de bandeirolas de papel multicor. A solenidade de inauguração foi presidida por Cândido Rodrigues, ladeado pelo ex-presidente da República Prudente de Morais, Luís Pereira Barreto, pelo diretor Ricardo Ernesto Ferreira de Carvalho e Antônio de Pádua Dias, que serviu como secretário. Dentre os presentes destacava-se a figura da nobre senhora Ermelinda Ottoni de Sousa Queiós, viúva do patrono da Escola.

As aulas iniciaram-se sob regime de externato; as teóricas eram dadas na casa alugada na cidade, e as práticas na Escola Agrícola. Alguns alunos locomoviam-se de trote, enquanto outros faziam o trajeto a pé. Ocuparam a diretoria da Escola diversos professores. Ricardo Ernesto Ferreira de Carvalho passou o cargo para Amândio Sobral. Ainda em 1902, Sobral foi substituído por Francisco Soares, que posteriormente entregou o cargo a Luciano de Almeida. Em 1904, o médico A. Dias Martins passou a ocupar a diretoria.

Jorge Tibiriçá Piratininga, assumindo a presidência do estado, chamou para ser Secretário da Agricultura o médico piracicabano e adiantado agricultor Carlos José de Arruda Botelho. Juntos planejaram e modificavam vantajosamente o projeto Morimont, sob vários aspectos. Por decreto de 18 de fevereiro de 1905, reorganizaram a escola e deram-lhe novo regulamento. Terminaram o edifício principal, e a casa do Diretor foi reformada; construíram o lindo parque que circunda a escola, projeto do paisagista Arséne Puttmans. Em 14 de maio de 1907, o novo edifício e demais benfeitorias foram solenemente inaugurados. O edifício principal comportaria um internato, obrigatório para os alunos do curso fundamental e facultativo para os do complementar. Com essas inaugurações iniciou-se um período áureo para a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Com muita justiça, a edilidade local deu o nome de avenida Carlos Botelho à via que liga a cidade à escola”.

[editar] Cronologia

  • 1892: Luís de Queirós doa ao Governo do Estado de São Paulo a Fazenda São João da Montanha
  • 1898: Falecimento de Luís de Queirós
  • 1 de maio de 1901: matrículas abertas para a Escola Agrícola Prática de Piracicaba
  • 3 de junho de 1901: iniciam-se as aulas, sendo considerada inaugurada a Escola
  • 1931: a Escola recebe a denominação de Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ) em homenagem a seu idealizador
  • 1901 – 1934: neste período, a Escola faz parte da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo
  • 1934: a Escola passa a integrar, como unidade fundadora, a Universidade de São Paulo (USP)
  • 1964: tem início os cursos de pós-graduação (mestrado) – primeira unidade da USP a implantar cursos de pós-graduação
  • 1967: iniciado curso de graduação em Economia Doméstica, desativado em 1991
  • 1970: iniciados cursos de pós-graduação (doutorado)
  • 1972: iniciado curso de graduação em Engenharia Florestal
  • 1998: iniciado curso de graduação em Economia Agroindustrial
  • 3 de junho de 2001: ESALQ comemora seu centenário
  • 2001: iniciado curso de graduação em Ciências dos Alimentos
  • 2002: iniciados cursos de graduação em Ciências Biológicas e Gestão Ambiental


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