Piracicaba
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- Nota: Para outros significados de Piracicaba, ver Piracicaba (desambiguação).
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Piracicaba é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se a 22º43'31" de latitude Sul e a 47º38'57" de longitude Oeste, estando a uma altitude de 547 metros. Sua população estimada em 2005 era de 360.762 habitantes. A cidade é um importante pólo regional de desenvolvimento industrial e agrícola, estando situada em uma das regiões mais industrializadas e produtivas de todo o Estado de São Paulo. A região concentra uma população aproximada de 1,2 milhão de habitantes.
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[editar] História
O nome da cidade vem do tupi-guarani, significado "lugar onde o peixe pára". É uma referência às grandiosas quedas do rio Piracicaba que bloqueiam a piracema dos peixes.
O vale do Rio Piracicaba começa a ser ocupado durante o século XVII, quando alguns colonos adentram a floresta e começam a ocupar as terras ao redor do Rio Piracicaba praticando a agricultura de subsistência e exploração vegetal.
Em 1776 a Capitania de São Paulo decide fundar uma povoação na região, que serviria de apoio a navegação das embarcações que desceriam o rio Tietê em direção ao rio Paraná e também daria retaguarda ao forte de Iguatemi, localizado na divisa com o futuro Paraguai. A povoação deveria ser fundada na foz do rio Piracicaba com o Tietê, nas proximidades da atual cidade de Santa Maria da Serra, mas o Capitão Antônio Correa Barbosa, incumbido de tal missão, decide-se por um ponto localizado a 90 quilômetros da foz do Piracicaba, lugar já ocupado por alguns posseiros e com melhor acesso a outras vilas da região, notadamente Itu. A incipiente povoação de Piracicaba é fundada em 1º de Agosto de 1767, na margem esquerda do rio, localizado aproximadamente aonde hoje se situa o Engenho Central e partes da Vila Rezende. A povoação de Piracicaba é ligada politicamente a Itu, então a cidade mais próxima. No ano seguinte, a povoação torna-se freguesia.
O terreno irregular e infértil da margem esquerda provoca a mudança da sede da freguesia para a margem direita do rio em 1784 e no final do século XVIII a região se desenvolve baseda na navegação do rio Piracicaba e no cultivo da cana-de-açúcar.
Em 1821 a freguesia é elevada a condição de vila, com o nome de Vila Nova da Constituição, em homenagem a Constituição Portuguesa daquele ano. Com a elevação de Vila e o desenvolvimento do cultivo da cana a vila se desenvolve rapidamente. Já em 11 de Agosto de 1822 é realizada a primeira reunião do que viria a ser a futura Câmara de Vereadores da cidade.
Piracicaba ia se desenvolvendo rapidamente, tornado-se rapidamente a ser a principal cidade de suas redondezas, polarizando outras vilas que dariam origem as atuais cidades de São Pedro, Limeira, Capivari e Rio Claro. Curiosamente, a cidade permanece vinculada ao cultivo de cana-de-açúcar, ignorando a chegada do café no Oeste Paulista, cultivo que se tornaria o motor da economia paulista no final do século XIX. Devido ao cultivo da cana, a região torna-se um dos principais polos de escravidão no Oeste Paulista, com grande presença de escravos e libertos negros.
Em 1877 a cidade, por intermédio de seu então vereador e futuro presidente da República, Prudente de Morais, adota a designação atual de Piracicaba, abandonando a denominação portuguesa de Vila Nova da Constituição
O desenvolvimento prossegue de forma mais acelerada: trilhos da Companhia Ituana de Ferrovias atingem a cidade, com a inauguração do ramal ferroviário Piracicaba a Itu no mesmo ano de 1877. Em 1881 é fundado as margens do rio Piracicaba o Engenho Central, que viria a se tornar o maior engenho de açúcar do Brasil nos próximos anos. A cidade começa a substituir o trabalho escravo pelos imigrantes assalariados: Piracicaba recebe importantes contingentes de portugueses, italianos e sirio-libaneses.
Em 1900 Piracicaba firma-se como um dos maiores polos do Estado de São Paulo: é a quarta maior cidade do Estado, possui luz eletrica, serviço de telefone e em terras doadas por Luiz Vicente de Queiróz começa a formação da futura Escola Superior de Agronomia, a ESALQ. Com o certo declinio observado por Itu após 1890, Piracicaba torna-se a cidade principal da região que viria a se transformar na Região Administrativa de Campinas. A cidade de Campinas, naquela época, era menor e mais pobre que Piracicaba.
Apesar de todo o fausto, Piracicaba começou a entrar em uma longa estagnação e leve decadência que atingiria a cidade durante boa parte do século X. Com o fim do ciclo do café e a queda constante de preços da cana-de-açúcar, a economia piracicabana começa a se estagnar. Na tentativa de reversão do cenário, a cidade é uma das primeiras a se industrializar, com a abertura de plantas fabris ligadas ao setor Metal-Mecanico e de equipamentos destinados a produção de açúcar.
A industrialização, ainda muito baseada no ciclo da cana-de-açúcar, impede a queda maior da cidade mas não a estagnação. A partir da segunda metade do século X a cidade passa a enfrentar mais uma dificuldade para o seu desenvolvimento: o crescimento da cidade de Campinas e o entorno ao seu redor.
A rápida expansão de Campinas registrada após 1950 causa crise ainda maior em Piracicaba. Não bastasse a sua dependência de uma economia ainda agricola, Piracicaba agora é obrigada a enfrentar a concorrência trazida por uma cidade que se desenvolve mais rapidamente, de forma industrial e com melhor localização geografica (mais próxima a Capital do estado e ao Porto de Santos). Durante a década de 60 e 70 Piracicaba entra no pior período de sua crise, com uma econômia estagnada, sem novos investimentos e perdendo a condição de maior cidade da região, primeiramente para Campinas e depois para Jundiaí. De principal polo regional, Piracicaba vai se alocando como um mero centro local para as cidades ao seu redor e se tornando dependente da próspera Campinas.
É nesta fase que Piracicaba ganha um apelido temerário: "fim de linha". A expressão refere-se ao mal posicionamento logistico da cidade, pois as ferrovias que aqui chegavam eram na verdade apenas ramais de linhas mais importantes e tal apelido demonstrava a decadência econômica da cidade na época.
A partir da década de 1970 são tomadas ações para alavancar a economia piracicabana. É construida a Rodovia do Açúcar, ligando a cidade a Rodovia Castello Branco e que serviria como uma nova rota de escoamento da produção, bem como garantia de manutenção da influência de Piracicaba na microregião de Capivari. A Rodovia Luiz de Queiróz é duplicada até a Via Anhanguera, melhorando o acesso a cidade e a ligando com a principal rodovia do Interior do Estado. A ESALQ é encampada pela USP, são criado distritos industriais e novas empresas chegam na cidade. Paralelamente, o Proalcool moderniza o cultivo da cana-de-açúcar e ajuda a revigorar a produção canavieira. Outros projetos, porém, não são realizados, como a Barragem de Santa Maria da Serra (destinada a retomada da navegação no rio Piracicaba, o interligando com a Hidrovia Tietê-Paraná), o Alcoolduto e a aproximação da Via Anhanguera da cidade, por meio de um traçado paralelo (tal projeto se concretiza em forma diferente com o prolongamento da Rodovia dos Bandeirantes, porém passando por Santa Bárbara d'Oeste).
Tais projetos atingem resultados dúbios: Piracicaba reforça sua economia e consegue sair do longo ciclo de estagnação porém não volta ao status que possuia no inicio do século, até mesmo por ainda continuar a dividir potenciais novos investimentos com a vasta região industrial e tecnologica de Campinas. Mesmo não atingindo o potencial que possuia no passado, a cidade pôde se livrar do triste apelido de "fim-de-linha" e voltar a dias mais promissores por volta da segunda metade da década de 1991.
No inicio do século XX, a cidade vem registrando bons indices de desenvolvimento, recuperando áreas degradadas e aposta na biotecnologia e produtos de exportação para o seu desenvolvimento futuro.
A cidade, apesar de sua longa crise, conseguiu se manter na posição de segunda maior em população e terceira em economia na Região Administrativa de Campinas (atrás apenas de Campinas e Jundiai) e um dos maiores polos produtores de açúcar e alcool do mundo, além de contar com importante centro industrial e diversas universidades de renome.
[editar] Geografia
Possui uma área de 1369,511 km².
[editar] Demografia
Dados do Censo - 2000
População Total: 329.158
- Urbana: 317.374
- Rural: 11.784
- Homens: 162.433
- Mulheres: 166.725
Densidade demográfica (hab./km2): 240,54
Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 12,78
Expectativa de vida (anos): 72,95
Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 1,91
Taxa de Alfabetização: 94,95%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,836
- IDH-M Renda: 0,795
- IDH-M Longevidade: 0,799
- IDH-M Educação: 0,913
(Fonte: IPEADATA)
[editar] Hidrografia
[editar] Transporte
- Aeroporto de Piracicaba (asfaltado)
[editar] Rodovias
[editar] Economia
[editar] Indústria
O complexo industrial da região de Piracicaba é formado por mais de cinco mil indústrias, destacando-se as atividades dos setores metalúrgico, mecânico, têxtil, alimentício e combustíveis (produção de petroquímicos e de álcool).
[editar] Agropecuária
No setor agrícola, destacam-se as culturas de cana-de-açúcar (10 milhões de toneladas/ano), do café (1 milhão de pés), laranja (6 milhões de pés, plantados em 1062 hectares) e milho (1300 hectares). A pecuária também é representativa (rebanho de 150 mil cabeças de gado), além da avicultura (mais de sete milhões de aves).
[editar] Turismo
Os principais pontos turísticos de Piracicaba são o rio Piracicaba, a sua ponte pênsil e seu Mirante, o Engenho Central, a Rua do Porto, famosa por seus bares, e a Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiróz" - ESALQ/USP. Dentre os principais eventos estão a Festa das Nações e o internacionalmente famoso Salão Internacional de Humor de Piracicaba.
[editar] Educação
[editar] Ensino Fundamental e Médio
Em Piracicaba, há boas escolas como o Colégio Salesiano Dom Bosco - Unidades Cidade Alta e Assunção, o Liceu , o Colégio Luiz de Queiroz(CLQ),o Colégio Anglo - Unidades Cidade Alta e Portal do Engenho como escolas particulares e também escolas públicas como o Mello Aires.
[editar] Ensino Superior
Possui universidades importantes, destacando-se a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), a Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP-UNICAMP), a Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP), Fundação Municipal de Ensino (FUMEP), mantenedora da Escola de Engenharia de Piracicaba (EEP) e Faculdade Salesiana Dom Bosco de Piracicaba.
[editar] Esportes
Piracicaba possui times com tradição nas modalidades de Basquete Masculino/Feminino e no Futebol. Nacionalmente conhecido, o Esporte Clube XV de Novembro, teve sua fundação em 1913, sendo o primeiro campeão do interior da Lei de Acesso e em 1976 se sagrou vice-campeão paulista.
[editar] Igreja Católica
- O município pertence à Diocese de Piracicaba
[editar] Ligações externas
- Página da prefeitura
- Salão Internacional de Humor de Piracicaba
- UNIMEP - Universidade Metodista de Piracicaba
- FUMEP - Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba - Escola de Engenharia de Piracicaba
- SESC Piracicaba
- Jornal de Piracicaba