Emílio Garrastazu Médici
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Presidente do Brasil | |
Mandato: | 30 de outubro de 1969 até 15 de março de 1974 |
Vice-Presidente | Augusto Rademaker |
Precedido por: | Costa e Silva |
Sucedido por: | Ernesto Geisel |
Data de nascimento: | 4 de dezembro de 1905 |
Local de nascimento: | Bagé (RS) |
Data da morte: | 9 de outubro de 1985 |
Local da morte: | Rio de Janeiro (RJ) |
Primeira-dama: | Scyla Gaffré Nogueira |
Partido político: | ARENA |
Profissão: | militar |
General Emílio Garrastazu Médici (Bagé, 4 de dezembro de 1905 — Rio de Janeiro, 9 de outubro de 1985) foi um militar e político brasileiro, presidente do Brasil entre 30 de outubro de 1969 e 15 de março de 1974.
Filho de mãe uruguaia, da cidade de Paysandú e neto de um combatente maragato, estudou no Colégio Militar de Porto Alegre, fora a favor da Revolução de 30 e contra a posse de Goulart em 1961. Em abril de 1964 era o Comandante da Academia Militar de Agulhas Negras. Posteriormente foi nomeado adido militar nos Estados Unidos e, em 1967 sucedeu a Golbery do Couto e Silva na chefia do SNI. Lá permaneceu por dois anos e apoiou com entusiasmo o AI-5. Em 1969, foi nomeado comandante do III Exército.
O general Medici governou o país durante o regime militar, sendo o seu governo conhecido como os anos de chumbo da ditadura, devido à violentíssima repressão promovida à oposição durante seu governo. Prisões, torturas e grupos de extermínios foram fatos comuns em seu governo, que o deram o apelido de "Carrasco Azul", devido ao seu sobrenome, Garrastazu. Pelo menos dois fatos fizeram de Médici um dos mais incomuns presidentes do regime militar inaugurado em 1964: a utilização maciça de campanhas propagandísticas para promover o regime e ter feito o deputado e ex-chefe da polícia política da era Vargas, Filinto Müller presidente do Congresso e da Arena. Data da época deste governo a famosa campanha publicitária cujo slogan era: "Brasil, ame-o ou deixe-o"( Amar ao país correspondia a não ser opositor ao regime militar)
Foi o período durante o qual o país viveu o chamado "Milagre Brasileiro": crescimento econômico e projetos faraônicos (como a Transamazônica e a Ponte Rio-Niterói) foram a tônica daquele período. Daí que os dois ministros mais famosos do governo Médici foram o da Fazenda, Delfim Netto e José Flávio Pécora e o dos Transportes, Mário Andreazza.
No seu governo concluiu-se o acordo com o Paraguai para construção da usina de Itaipu. Foi também executado o Plano de Integração Nacional (PIN), que permitiu a construção das rodovias Santarém-Cuiabá, Perimetral Norte e da ponte Rio-Niterói. No campo social, foi criado o Plano de Intergração Social (PIS).
A euforia provocada pela conquista da Copa do Mundo de futebol (Médici dizia-se torcedor do Grêmio), em 1970 conviveu com a repressão velada ou explícita aos opositores do regime, notadamente os ativistas de orientação comunista.
Ao se retirar da Presidência da República, abandonou a vida pública. Declarou-se contrário à anistia política assinada pelo presidente João Figueiredo (que havia sido chefe da Casa Militar durante seu governo).
Foi sucedido, em 1974, pelo general Ernesto Geisel.
Precedido por: Costa e Silva |
Presidente do Brasil 1969 — 1974 |
Sucedido por: Ernesto Geisel |