Eurico Gaspar Dutra
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Presidente do Brasil | |
Mandato: | 31 de janeiro de 1946 até 31 de janeiro de 1951 |
Vice-Presidente | Nereu Ramos |
Precedido por: | José Linhares |
Sucedido por: | Getúlio Vargas |
Data de nascimento: | 18 de maio de 1883 |
Local de nascimento: | Cuiabá (MT) |
Data da morte: | 11 de junho de 1974 |
Local da morte: | Rio de Janeiro (RJ) |
Primeira-dama: | Carmela Teles Leite |
Partido político: | PSD |
Profissão: | Militar |
Marechal Eurico Gaspar Dutra (Cuiabá, 18 de maio de 1883 — Rio de Janeiro, 11 de junho de 1974) foi um militar brasileiro e décimo nono Presidente do Brasil.
Índice |
[editar] Biografia
[editar] Começo da carreira
Nos primeiros anos do século XX, Dutra cursou a Escola Militar do Rio de Janeiro, a seguir a Escola Militar de Realengo e a Escola de Guerra de Porto Alegre. Desta última foi desligado por protestar contra a campanha de vacinação promovida por Oswaldo Cruz.
[editar] Carreira militar
Em 1922 formou-se na Escola de Estado-Maior. Sua atuação frente ao movimento tenentista de 1924, em São Paulo, fez com que fosse recomendado para general; em 1932 foi promovido. Em 1930 havia defendido a legalidade frente a revolução. Aliás, uma marca significativa da carreira militar de Eurico Gaspar Dutra foi a defesa da legalidade, invariável desde a campanha contra a vacina obrigatória.
Durante o governo provisório de Getúlio Vargas ocupou a chefia da I Região Militar. Atuou na repressão à chamada Intentona Comunista de 1935. A seguir, foi chamado ao ministério da Guerra, que ocuparia de dezembro de 1936 a 1945. Nesse posto, cumpriu papel decisivo, junto com Getulio Vargas e com o general Góis Monteiro, no fechamento do regime, que levou à instauração da ditadura do Estado Novo, em novembro de 1937.
Após a Segunda Guerra Mundial pregou a redemocratização do país, e participou (embora sem grande vulto) da derruba de Vargas. Nas eleições que se seguiram, candidatou-se pelo Partido Social Democrático (PSD) e venceu-as em 2 de dezembro de 1945, com 3.351.507 votos, superando Eduardo Gomes, da UDN.
[editar] Presidência
Assumiu a presidência no dia 31 de janeiro de 1946. Dutra aproximou-se dos setores conservadores, incluindo aqueles representados pela UDN, através do chamado Acordo Interpartidário, o que acarretou a marginalização de Vargas e do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), que acabaram por romper com o presidente. O governo Dutra foi marcado, ainda, por uma política econômica conduzida a partir de postulados liberais, pelo rápido esgotamento das reservas cambiais acumuladas durante a guerra e por uma severa política de arrocho salarial. Afastou o país do bloco socialista leste-europeu, inclusive colocando na ilegalidade o Partido Comunista do Brasil (PCB) e rompendo relações diplomáticas com a União Soviética. Definitivamente deve-se a Dutra boa parte da predominância que os Estados Unidos exerceram sobre o Brasil nas décadas seguintes. No âmbito interno, elaborou o plano SALTE que foi a primeira tentativa de planejamento econômico governamental no Brasil.
De caráter desenvolvimentista, reunia sugestões de vários Ministérios e dava prioridade a quatro áreas: Saúde, Alimentação, Transporte e Energia (cujas iniciais formam a sigla - SALTE). Os recursos para sua execução seriam provenientes da Receita Federal e de empréstimos externos, mas fracassou e foi abandonado. Iniciou a ligação rodoviária do Rio de Janeiro a São Paulo, através da estrada que hoje é conhecida como Rodovia Presidente Dutra — uma das mais importantes do país.
- Proibição dos jogos de azar
Uma de suas medidas mais polêmicas foi certamente a Proibição do jogo no Brasil, tomada em 30 de abril de 1946.
[editar] Fim da carreira
Deixou a presidência em janeiro de 1951, mas continuou a participar da vida política brasileira. Em 1964, logo após o golpe militar contra João Goulart, tentou voltar a presidência, mas já estava por demais afastado do grupo militar dominante, sendo preterido a Castelo Branco.
[editar] Veja também
Precedido por: José Linhares |
Presidente do Brasil 1946 — 1951 |
Sucedido por: Getúlio Vargas |