Sociolingüística
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Lingüística |
Lingüística teórica |
Fonética |
Fonologia |
Morfologia |
Sintaxe |
Semântica |
Semântica lexical |
Semântica estrutural |
Estilo |
Prescrição |
Pragmática |
Lingüística aplicada |
Sociolingüística |
Lingüística gerativa |
Lingüística cognitiva |
Lingüística computacional |
Lingüística descritiva |
Lingüística histórica |
Etimologia |
Lista de linguistas |
Sociolingüística é o ramo da lingüística que estuda a relação entre a língua e a sociedade.
Há três termos importantes para a sociolinguística que podem ser facilmente confundidos entre si:
Variedade - A variedade é o termo que corresponde, grosso modo, ao termo dialecto. Assim, por exemplo, as variedades do português setentrional são os dialetos do português falado no norte de Portugal. A variedade standard é o padrão linguístico de uma comunidade. Sociolinguisticamente, é comum encontrar a variedade standard junto dos centro de decisão e de poder de uma comunidade. Assim, em Portugal, a variedade standard é a falada na região de Lisboa. Contudo, na comunidade linguística do Brasil a variedade standard está associada às variedades de várias capitais estaduais. Cada variedade linguística tem uma gramática própria igualmente válida. Dentro de cada variedade há tensões e grupos sociais com traços próprios. Dentro de cada varieade linguística há variação interna em função dos vários critérios: idade, sexo, escolaridade, etc.
Variante - O termo variante é utilizado nos estudos de sociolinguística para designar o item linguístico que é alvo de mudança. Assim, no caso de uma variação fonética, a variante é o alofone. Representa, portanto, as formas possíveis de realização. No entanto, na linguística geral, o termo variante dialetal é usado como sinónimo de dialeto.
Variável - A variável é o traço, forma ou construção linguística cuja realização apresenta variantes observadas pelo investigador.
[editar] História
Embora o aspecto social da língua tenha chamado a atenção desde cedo, tendo tido relevância já no trabalho do lingüísta suíço Ferdinand de Saussure no início do século XX, foi talvez somente nos anos 1950 que este aspecto começou a ser investigado minuciosamente.
Pioneiros como Uriel Weinreich, Charles Ferguson e Joshua Fishman chamaram a atenção para uma série de fenômenos interessantes, tais como a diglossia e os efeitos do contato lingüístico.
Mas pode-se dizer que a figura chave foi William Labov, que, nos anos 1960, começou uma série de investigações sobre a variação lingüística – investigações que revolucionaram nossa compreensão de como os falantes utilizam sua língua e que acabaram por resolver o paradoxo de Saussure.