Wikipedia for Schools in Portuguese is available here
CLASSICISTRANIERI HOME PAGE - YOUTUBE CHANNEL
SITEMAP
Make a donation: IBAN: IT36M0708677020000000008016 - BIC/SWIFT:  ICRAITRRU60 - VALERIO DI STEFANO or
Privacy Policy Cookie Policy Terms and Conditions
Ponte de Sacavém - Wikipédia

Ponte de Sacavém

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A ponte romana de Sacavém representada no brasão da freguesia...
Ampliar
A ponte romana de Sacavém representada no brasão da freguesia...
De acordo com a tradição, sobre essa mesma ponte se travou um reecontro entre D. Afonso Henriques e os Mouros: a batalha do rio de Sacavém...
Ampliar
De acordo com a tradição, sobre essa mesma ponte se travou um reecontro entre D. Afonso Henriques e os Mouros: a batalha do rio de Sacavém...
«Lembrança pera Redificar a Ponte de Sacauem», incluída em Da fábrica que falece a cidade de Lisboa, de Francisco de Holanda.
Ampliar
«Lembrança pera Redificar a Ponte de Sacauem», incluída em Da fábrica que falece a cidade de Lisboa, de Francisco de Holanda.
O incêndio da ponte sobre o rio Trancão pelos revolucionários republicanos, em 5 de Outubro de 1910.
Ampliar
O incêndio da ponte sobre o rio Trancão pelos revolucionários republicanos, em 5 de Outubro de 1910.
A actual ponte sobre o Trancão (em baixo, à esquerda), com o Sifão do Canal do Alviela (ao centro) por detrás; ao fundo é ainda possível contemplar a ponte do IC2, que cruza o rio junto à sua foz.
Ampliar
A actual ponte sobre o Trancão (em baixo, à esquerda), com o Sifão do Canal do Alviela (ao centro) por detrás; ao fundo é ainda possível contemplar a ponte do IC2, que cruza o rio junto à sua foz.

A Ponte de Sacavém sobre o rio Trancão, ligando as actuais freguesias de Sacavém e da Bobadela, como parte da Estrada Nacional n.º 10, ergue-se hoje sensivelmente no mesmo local onde, durante séculos, existiu uma ponte romana, que constituía uma das imagens de marca da freguesia, e que subsiste até hoje, não apenas na memória popular, bem como no brasão de armas da cidade.

[editar] História

Com a ocupação romana da Península Ibérica e, mais concretamente, da Lusitânia (onde séculos mais tarde viria a nascer aquilo que é hoje Portugal), torna-se mais palpável a antropização do espaço em relação a épocas anteriores; essa antropização constitui o chamado processo de romanização (isto é, de «tornar romano», através da divulgação da lingua latina, ou da construção de estradas e pontes, por forma a ligar todos os pontos do seu vasto império).

Dessa forma, algures entre os séculos II a.C. e I d.C., foi construída, junto ao lugar de Sacavém (então parte integrante do município romano de Lisboa), às margens do rio Trancão (o qual, à data, se afigurava um rio muito mais caudaloso que hoje em dia), uma ponte de quinze arcos de volta perfeita, que ligava o pequeno povoado à margem Norte do seu rio, e pela qual passava um troço comum a duas vias romanas: a VIA XV, ligando OLISIPO (Lisboa) a EMERITA AVGVSTA (Mérida) e a VIA XVI, ligando também OLISIPO a BRACARA AVGVSTA (Braga).

A escolha deste local para a erecção da ponte faz supor da relativa importância, não só do lugar de Sacavém, como também do rio Trancão.

A ponte romana de Sacavém volta a ter algum protagonismo no século XII, por alturas da conquista de Lisboa aos muçulmanos (1147) – é aí que, de acordo com uma tradição (provavelmente nascida apenas no terceiro quartel do século XVI) se trava a batalha do rio de Sacavém. De acordo com o relato do monge alcobacense Frei António Brandão, O. Cist., cinco mil muçulmanos oriundos de Sacavém e doutras partes da Estremadura e Ribatejo ter-se-iam reunido junto à ponte para desbaratar as forças cristãs que atacavam Lisboa; embora o número destas últimas ascendesse apenas aos 1500 homens, a miraculosa intervenção da Virgem Maria teria salvo da iminente derrota o contingente cristão.

Mais tarde, com a inclusão do reguengo de Sacavém entre os bens da Sereníssima Casa de Bragança, o pagamento da exacção senhorial pelo atravessamento da ponte (portagem) passa a ser feito ao Duque de Bragança, donatário da povoação.

Em 1571, ao dar à estampa a sua obra Da fábrica que falece a cidade de Lisboa, o pintor e humanista Francisco de Holanda efectua um esquisso no qual representa as pontes romanas de Sacavém (intitulado «Lembrança pera Redificar a Ponte de Sacauem»); é por aí que vemos a largueza do rio em comparação com os tempos actuais, bem como a monumentalidade da construção romana. De igual modo, o autor exorta o monarca D. Sebastião a proceder a melhoramentos imediatos na ponte, sob pena de ruína da mesma («E logo devem ser edificadas novas pontes, ou reedificadas as que fizeram os Romanos ao redor de Lisboa, como a de Sacavém e outras. [...] Para cujo efeito, lhes dou aqui o desenho destas pontes para reedificarem a de Sacavém, e as outras do rio Tejo»). O seu pedido, porém, não foi ouvido – a jornada marroquina do rei, com todas as consequências que teve para o país, fez cair no esquecimento a sugestão de Francisco de Holanda.

Cerca de sessenta anos mais tarde (1629), Miguel Leitão de Andrade, no «2.º Diálogo» da sua Miscelânea, volta a aludir à referida ponte; nessa altura, porém, pela incúria dos governantes, a ponte, não tendo sido reconstruída, acabou por colapsar. Assim, a travessia do Trancão no lugar de Sacavém passou a ser efectuada por barqueiros aos quais o Duque de Bragança (a partir de 1640, o rei de Portugal) arrendara a portagem.

O corografista Pinho Leal, na segunda metade do século XIX, escreveria na sua obra monumental, Portugal Antigo e Moderno, que o matemático Bento de Moura, encarregado de reformular a barca do Trancão no tempo de D. João V, teria antes criado uma ponte de barcas que seria anterior à celebre ponte das barcas que ligava o Porto a Vila Nova de Gaia. Trata-se, porém, de uma interpretação abusiva de dois passos de um corografista anterior, da segunda metade do século XVIII, João Baptista de Castro, o qual afirma tão-só que o rei ordenou a reforma da barca, e que o dito matemático apenas facilitou a passagem entre ambas as margens, com grande comodidade para os passageiros...

O sismo de 1755 eliminou os últimos vestígios visíveis da ponte romana; as grandes mudanças orográficas propiciadas pelo terramoto permitiram a edificação de uma ponte menor, de madeira, ligando as duas margens, a qual porém viria a ser incendiada durante a guerra civil portuguesa, em Outubro de 1833, pelas forças miguelistas derrotadas junto a Loures e que se puseram em fuga para Santarém, procurando assim obstar à progressão das forças liberais.

Em 1842 viria a ser erguida uma nova ponte em cantaria e ferro, com dezoito metros de comprimento, assente em apenas quatro pilares, com um rodízio central para a passagem dos barcos (uma litografia aguarelada dessa ponte, da autoria do pintor Tomás José da Anunciação, datada de cerca de 1850, pode ser consultada na Biblioteca Nacional de Portugal, aqui). Embora tenha sido incendiada, em 1910, pelos revolucionários republicanos, para impedir a vinda de reforços monárquicos, esta ponte subsistiu até meados do século XX, altura em que foi construída uma outra, em betão, pela Junta Autónoma das Estradas, a qual subsiste até hoje.

[editar] Outras pontes

O viaduto da A1 sobre o rio Trancão em Sacavém.
Ampliar
O viaduto da A1 sobre o rio Trancão em Sacavém.

A partir do século XIX, outras pontes e viadutos passaram a cruzar o rio Trancão, em Sacavém. A primeira foi a ponte do caminho de ferro, inaugurada em 1856, e que veio já feita de Inglaterra. Foi melhorada em meados do século XX.

No final do século XIX, outra singular estrutura passou a cruzar o rio Trancão, e embora não constituíndo uma ponte (embora fosse passível de se atravessar a pé), mas antes um aqueduto, merece ser referenciada por se haver tornado o novo ex-líbris da localidade: o Sifão do Canal do Alviela, que permite a passagem das águas represadas no rio Alviela até Lisboa, e que dista da ponte escassos metros.

Nos meados do século XX, a construção da Auto-Estrada do Norte, ligando Lisboa ao Porto, levou à edificação de um grandioso viaduto sobre o rio Trancão, em Sacavém, por onde passa a mesma. Este viaduto dista escassas centenas de metros da ponte.

Enfim, na década de 1990, com a edificação de novos acessos a Lisboa, a construção do IC2 (Itinerário Complementar n.º 2), ligando Sacavém a Santa Iria de Azóia, pautou-se pela edificação de mais uma ponte, paralela à ponte ferroviária, junto à foz do Trancão, fazendo assim com que a povoação seja atravessada por três pontes rodoviárias, uma ferroviária e um aqueduto, às quais se junta ainda, já na margem voltada para o rio Tejo, a Ponte Vasco da Gama, ligando Sacavém ao Montijo.


  Este artigo é um esboço sobre Património de Portugal. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.





Sacavém
Wikimedia Commons: Sacavém

Geografia de Sacavém: Demografia de Sacavém / Toponímia de Sacavém / Rio Trancão


História de Sacavém: Batalha do Rio de Sacavém / Fábrica de Loiça de Sacavém / SG Sacavenense


Cultura: Casa-Museu José Pedro / Museu de Cerâmica de Sacavém / Super Bock Super Rock


Património: Capela de N.ª Sr.ª da Saúde e St.º André / Convento de N.ª Sr.ª dos Mártires e da Conceição
(Batalhão de Adidos) / Forte de Sacavém – Reduto do Monte-Sintra / Igreja de N.ª Sr.ª da Purificação
Igreja de N.ª Sr.ª da Vitória / Ponte Vasco da Gama / Ponte de Sacavém / Quinta de S. José
Sifão do Canal do Alviela


Personalidades: Baltazar Barreira / Diogo Dias / Eduardo Gageiro / Filinto Ramalho / Irene Cruz
James Gilman / John Stott Howorth / José Joaquim Pinto da Silva / José Joaquim Pinto da Silva Sacavém
Luís António Furtado de Castro do Rio de Mendonça e Faro / Miguel de Moura

Static Wikipedia 2008 (no images)

aa - ab - af - ak - als - am - an - ang - ar - arc - as - ast - av - ay - az - ba - bar - bat_smg - bcl - be - be_x_old - bg - bh - bi - bm - bn - bo - bpy - br - bs - bug - bxr - ca - cbk_zam - cdo - ce - ceb - ch - cho - chr - chy - co - cr - crh - cs - csb - cu - cv - cy - da - de - diq - dsb - dv - dz - ee - el - eml - en - eo - es - et - eu - ext - fa - ff - fi - fiu_vro - fj - fo - fr - frp - fur - fy - ga - gan - gd - gl - glk - gn - got - gu - gv - ha - hak - haw - he - hi - hif - ho - hr - hsb - ht - hu - hy - hz - ia - id - ie - ig - ii - ik - ilo - io - is - it - iu - ja - jbo - jv - ka - kaa - kab - kg - ki - kj - kk - kl - km - kn - ko - kr - ks - ksh - ku - kv - kw - ky - la - lad - lb - lbe - lg - li - lij - lmo - ln - lo - lt - lv - map_bms - mdf - mg - mh - mi - mk - ml - mn - mo - mr - mt - mus - my - myv - mzn - na - nah - nap - nds - nds_nl - ne - new - ng - nl - nn - no - nov - nrm - nv - ny - oc - om - or - os - pa - pag - pam - pap - pdc - pi - pih - pl - pms - ps - pt - qu - quality - rm - rmy - rn - ro - roa_rup - roa_tara - ru - rw - sa - sah - sc - scn - sco - sd - se - sg - sh - si - simple - sk - sl - sm - sn - so - sr - srn - ss - st - stq - su - sv - sw - szl - ta - te - tet - tg - th - ti - tk - tl - tlh - tn - to - tpi - tr - ts - tt - tum - tw - ty - udm - ug - uk - ur - uz - ve - vec - vi - vls - vo - wa - war - wo - wuu - xal - xh - yi - yo - za - zea - zh - zh_classical - zh_min_nan - zh_yue - zu -

Static Wikipedia 2007 (no images)

aa - ab - af - ak - als - am - an - ang - ar - arc - as - ast - av - ay - az - ba - bar - bat_smg - bcl - be - be_x_old - bg - bh - bi - bm - bn - bo - bpy - br - bs - bug - bxr - ca - cbk_zam - cdo - ce - ceb - ch - cho - chr - chy - co - cr - crh - cs - csb - cu - cv - cy - da - de - diq - dsb - dv - dz - ee - el - eml - en - eo - es - et - eu - ext - fa - ff - fi - fiu_vro - fj - fo - fr - frp - fur - fy - ga - gan - gd - gl - glk - gn - got - gu - gv - ha - hak - haw - he - hi - hif - ho - hr - hsb - ht - hu - hy - hz - ia - id - ie - ig - ii - ik - ilo - io - is - it - iu - ja - jbo - jv - ka - kaa - kab - kg - ki - kj - kk - kl - km - kn - ko - kr - ks - ksh - ku - kv - kw - ky - la - lad - lb - lbe - lg - li - lij - lmo - ln - lo - lt - lv - map_bms - mdf - mg - mh - mi - mk - ml - mn - mo - mr - mt - mus - my - myv - mzn - na - nah - nap - nds - nds_nl - ne - new - ng - nl - nn - no - nov - nrm - nv - ny - oc - om - or - os - pa - pag - pam - pap - pdc - pi - pih - pl - pms - ps - pt - qu - quality - rm - rmy - rn - ro - roa_rup - roa_tara - ru - rw - sa - sah - sc - scn - sco - sd - se - sg - sh - si - simple - sk - sl - sm - sn - so - sr - srn - ss - st - stq - su - sv - sw - szl - ta - te - tet - tg - th - ti - tk - tl - tlh - tn - to - tpi - tr - ts - tt - tum - tw - ty - udm - ug - uk - ur - uz - ve - vec - vi - vls - vo - wa - war - wo - wuu - xal - xh - yi - yo - za - zea - zh - zh_classical - zh_min_nan - zh_yue - zu -

Static Wikipedia 2006 (no images)

aa - ab - af - ak - als - am - an - ang - ar - arc - as - ast - av - ay - az - ba - bar - bat_smg - bcl - be - be_x_old - bg - bh - bi - bm - bn - bo - bpy - br - bs - bug - bxr - ca - cbk_zam - cdo - ce - ceb - ch - cho - chr - chy - co - cr - crh - cs - csb - cu - cv - cy - da - de - diq - dsb - dv - dz - ee - el - eml - eo - es - et - eu - ext - fa - ff - fi - fiu_vro - fj - fo - fr - frp - fur - fy - ga - gan - gd - gl - glk - gn - got - gu - gv - ha - hak - haw - he - hi - hif - ho - hr - hsb - ht - hu - hy - hz - ia - id - ie - ig - ii - ik - ilo - io - is - it - iu - ja - jbo - jv - ka - kaa - kab - kg - ki - kj - kk - kl - km - kn - ko - kr - ks - ksh - ku - kv - kw - ky - la - lad - lb - lbe - lg - li - lij - lmo - ln - lo - lt - lv - map_bms - mdf - mg - mh - mi - mk - ml - mn - mo - mr - mt - mus - my - myv - mzn - na - nah - nap - nds - nds_nl - ne - new - ng - nl - nn - no - nov - nrm - nv - ny - oc - om - or - os - pa - pag - pam - pap - pdc - pi - pih - pl - pms - ps - pt - qu - quality - rm - rmy - rn - ro - roa_rup - roa_tara - ru - rw - sa - sah - sc - scn - sco - sd - se - sg - sh - si - simple - sk - sl - sm - sn - so - sr - srn - ss - st - stq - su - sv - sw - szl - ta - te - tet - tg - th - ti - tk - tl - tlh - tn - to - tpi - tr - ts - tt - tum - tw - ty - udm - ug - uk - ur - uz - ve - vec - vi - vls - vo - wa - war - wo - wuu - xal - xh - yi - yo - za - zea - zh - zh_classical - zh_min_nan - zh_yue - zu -

Sub-domains

CDRoms - Magnatune - Librivox - Liber Liber - Encyclopaedia Britannica - Project Gutenberg - Wikipedia 2008 - Wikipedia 2007 - Wikipedia 2006 -

Other Domains

https://www.classicistranieri.it - https://www.ebooksgratis.com - https://www.gutenbergaustralia.com - https://www.englishwikipedia.com - https://www.wikipediazim.com - https://www.wikisourcezim.com - https://www.projectgutenberg.net - https://www.projectgutenberg.es - https://www.radioascolto.com - https://www.debitoformtivo.it - https://www.wikipediaforschools.org - https://www.projectgutenbergzim.com