Eduardo VI de Inglaterra
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Eduardo VI Tudor (12 de Outubro 1537 - 6 de Julho 1553) foi Rei de Inglaterra e da Irlanda de 28 de Janeiro de 1547 até à sua morte. Foi o único filho de Henrique VIII de Inglaterra a sobreviver à infância e nasceu do seu terceiro casamento com Joana Seymour. Eduardo é considerado o primeiro monarca Protestante de Inglaterra e foi no seu reinado que se conformou a independência da Igreja Anglicana do Vaticano.
Eduardo nasceu no Palácio de Greenwich, após um parto difícil que haveria de causar a morte da sua mãe 12 dias depois. Foi automaticamente Duque da Cornualha como primogénito do rei, mas nunca foi criado Príncipe de Gales, como seria de esperar no herdeiro. Era uma criança frágil e doente e tem sido sugerido que sofresse de sífilis congénita, transmitida pelo seu pai. No entanto, a sua saúde não impediu a sua educação e Eduardo revelou-se num excelente aluno. Aos sete anos era fluente em Latim e mais tarde aprendeu francês e grego, que traduzia com facilidade aos treze anos.
Henrique VIII morreu no início de 1547. Eduardo VI subiu ao trono assistido, de acordo com as disposições testamentárias do pai, por um conselho de regência composto por 16 elementos e 12 assistentes. Como Lord Protector do Rei e do Reino, Henrique VIII designou Eduardo Seymour, Duque de Somerset, tio de Eduardo, que depressa se tornou no verdadeiro senhor de Inglaterra. Somerset e Tomás Cranmer, Arcebispo da Cantuária, começaram então a desenvolver o Protestantismo em Inglaterra, substituíndo os ritos católicos por novos, sem no entanto haver perseguições, por medo de represálias do continente maioritariamente católico. O objectivo de Somerset era a união de Inglaterra com a Escócia e em 1547 invadiu este país, tomando o controlo da zona Sul. O casamento de Maria I da Escócia com o herdeiro de França, o futuro Francisco II, minou os planos ingleses, porque jamais o país se poderia opôr a uma aliança França-Escócia. Com este plano falhado, a posição política de Somerset tornou-se frágil. Em Agosto de 1549, uma revolta popular mostrou o grau de impopularidade do Duque de Somerset; a declaração de guerra da França foi a gota de água. Somerset foi deposto e substituído por John Dudley, Conde de Warwick, depois Duque de Northumberland.
Com Northumberland, o reinado de Eduardo VI tornou-se violento. Foi editada uma edição da Bíblia com anotações anti-católicas, os bispos fiéis a Roma foram substituídos por reformistas e começaram as perseguições e as execuções na fogueira. Entretanto, Somerset tinha sido libertado da prisão e entrado em conflito aberto com Northumberland. Northumberland manobrou evidências para o executar por traição e endureceu a luta contra os católicos, fazendo aprovar no Parlamento uma lei que condenava a prisão perpétua todos os culpados de adoração religiosa ilegal.
Em 1553, Eduardo VI com apenas 16 anos tornou-se extremamente doente e começou a preparar a sucessão. Como Protestante, não tinha nenhum desejo em ser sucedido pela irmã mais velha, a Princesa Maria, conhecida pelo seu catolicismo militante. Como alternativa sugerida por Northumberland, escolheu Joana Grey, bisneta de Henrique VII de Inglaterra por via feminina, que tinha sido educada como protestante. Joana foi casada com Guilford Dudley, filho de Northumberland e um testamento foi redigido, excluíndo as irmãs de Eduardo (Maria e Isabel) da sucessão devido à sua ilegitimidade. Eduardo VI morreu em Julho de 1553, provavelmente de tuberculose e foi sepultado na Abadia de Westminster.
Ao contrário dos seus desejos, a sucessão não foi isenta de problemas. Joana Grey foi declarada rainha, mas foi substituída por Maria 9 dias depois.
O livro de Mark Twain O Príncipe e o Pobre foi inspirado em Eduardo VI.
Veja também: Outros adolescentes importantes na História
Precedido por: Henrique VIII |
Rei de Inglaterra 1547 — 1553 |
Sucedido por: Joana(de facto) Maria I (de jure) |
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