Desconstrução
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A desconstrução, conceito elaborado por Jacques Derrida, ou seja, uma crítica de pressupostos dos conceitos filosóficos.
A noção de desconstrução surge pela primeira vez na introdução à tradução de 1962 da "Origem da Geometria" de E. Husserl. A desconstrução não significa destruição, mas sim desmontagem, decomposição dos elementos da escrita. A desconstrução serve nomeadamente para descobrir partes do texto que estão dissimuladas e que interditam certas condutas. Esta metodologia de análise centra-se apenas nos textos.
Comentário, por Francesco Scarpellino ( Filósofo; Professor de Filosofia da FACISA )
"O 'método' da 'desconstrução' suscitou amigos e admiradores nos departamentos das Letras, mas revolta e polêmica no mundo da filosofia canônica, visto como uma ameaça à Metafísica clássica. A aplicação da Desconstrução a um texto filosófico ameaça a leitura verdadeira da verdade da filosofia, tornando-a uma das leituras possíveis, mas não a leitura correta. A famosa frase 'A linguagem se cria e cria mundos', aponta perigosamente para a contingência dogmática do 'Ser' e do 'Significado'. Isso quer dizer que os textos corrompem seus significados tradicionais, criam novos contextos e permitem novas leituras, em um processo contínuo e vertiginoso.
(...)
Em A GRAMATOLOGIA (1967), Derrida apresenta outra tese inovadora e provocante afirmando que a linguagem escrita precede a linguagem oral no ser humano, alicerçada no princípio antiidealista que 'a existência precede a essência'. Para o nosso filósofo o que está 'fora dos livros' é 'marginal', está à 'margem da tradição' e situa-se no 'limite do discurso'.
(...)
E o 'Mundo' intelectual da Literatura, da Lingüística, da Filosofia, do Direito e da Arquitetura vai lembrá-lo sempre como o filósofo das Teorias Desconstrucionistas."