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Carl Friedrich Philipp von Martius - Wikipédia

Carl Friedrich Philipp von Martius

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Karl Friedrich von Martius (1794-1868).
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Karl Friedrich von Martius (1794-1868).

Karl Friedrich Philipp von Martius (Erlangen, 17 de abril de 1794Munique, 13 de dezembro de 1868) foi um médico, botânico, antropólogo e um dos mais importantes pesquisadores alemães que estudaram o Brasil e especialmente a região da Amazônia.

[editar] Pesquisa no Brasil

Von Martius passou dez meses de sua vida na região norte do país, tempo suficiente para marcar os 40 anos posteriores à sua passagem, tão intensa foi sua ligação com essa região, sendo seus estudos sobre botânica um grande legado cultuado até os dias atuais, com a publicação de sua notória obra Flora Brasiliensis. Contudo, sua produção não se restringiu à botânica, e, de acordo com Erwin Theodor Rosenthal, é impossível não consultar suas obras hoje quando se está fazendo pesquisa sobre metodologia histórica corrente no século XIX, por exemplo, ou mesmo questões sobre etnografia, folclore brasileiro e estudos das línguas indígenas.

Ele chegou ao Brasil fazendo parte da comitiva da grã-duquesa austríaca Leopoldina, que viajava para o Brasil para e casar-se com Dom Pedro I. Nessa mesma expedição veio o cientista Johann Baptiste von Spix (1781-1826) que, juntamente com Martius, recebera da Academia de Ciências da Baviera o encargo de pesquisar as províncias mais importantes do Brasil e formar coleções botânicas, zoológicas e mineralógicas. Com o falecimento de Spix, Martius publicou o relato de viagem e divulgou o material coletado no Brasil.

Segundo a obra "Brasiliana da Biblioteca Nacional", página 69, "os botânicos que vieram ao Brasil tiveram sempre como parte importante de sua missão a coleta de informações e o envio de sementes de plantas medicinais ou úteis ao homem, como é o caso da viagem de Carl Friedrich von Martius. Como se sabe, este naturalista veio ao Brasil com a comitiva científica que acompanhou a arquiduquesa Leopoldina, na ocasião de seu casamento com o príncipe D. Pedro. Ele e seu companheiro, o zoólogo Johan Baptist von Spix, ficaram no país de 1817 a 1820. A atitude de Martius para com o Brasil é semelhante à de Auguste de Saint-Hilaire. Fizeram amigos aqui, gostavam do país e ganharam celebridade acadêmica graças às coleções que formaram e aos livros que publicaram sobre o Brasil. Martius, apesar de jovem, era um cientista formado em 1817. Durante sua viagem, enfrentou com profundidade diversos problemas referentes à história do planeta, à distribuição geográfica dos organismos, aos indígenas da América. Uma de suas principais preocupações foi justamente a busca de produtos medicinais eficazes que pudessem ser difundidos na Europa e mesmo na América. Sua contribuição para o Brasil viria justamente de sua formação de especialista. Submeteu os conhecimentos dos indígenas e dos colonos brasileiros a seu método científico, baseado, segundo ele, na indução e na verificação. Em seu livro "Systema materiae medicae vegetabilis brasiliensis", Martius relaciona 470 plantas medicinais do Brasil. Parte dela não era conhecida dos indígenas, que particavam uma medicina que considera por demais rústica. Várias espécies foram descobertas pelos europeus, que se basearam na analogia com as espécies usadas na Europa. Outras plantas, apesar de serem utilizadas no resto da América, não eram do conhecimento dos indígenas locais. Ou seja, não basta a um povo estar próximo de plantas úteis, se não souber tirar proveito delas. O botânico, procedendo ao reconhecimento das analogias morfológicas íntimas que existem entre as plantas, é capaz de dizer muito sobre uma flora que até então lhe era desconhecida."

Ainda segundo o mesmo livro, página 75: "Talvez um dos viajantes que mais tenha invertido o mito do bom selvagem ao analisar os indígenas brasileiros tenha sido Carl Friedrich Philipp von Martius. Ele acreditava que os índios eram os remanescentes degenerados de povos "superiores" que teriam construído cidades, monumentos e teriam tido códigos de conduta muito mais "evoluídos". Suas críticas à crença no ´bom selvagem´ são explícitas:

Ainda não há muito tempo era opinião geralmente adotada que os indígenas da América foram homens diretamente emanados da mão do Criador. (...) Enfeitado com as cores de uma filantropia e filosofia enganadora, consideravam este estado como primitivo do homem: procuravam explicá-lo, e dele derivavam os mais singulares princípios para o Direito Público, a Religião e a História. Investigações mais aprofundadas, porém, provaram ao homem desprevenido que aqui não se trata do estado primitivo do homem, e que pelo contrário o triste e penível (sic) quadro que nos oferece o atual indígena brasileiro, não é senão o residuum de uma muito antiga, posto que perdida história.

Desde o período colonial, é possível encontrar escritos que foram chamados de ´histórias do Brasil´, tais como relatos de administradores, missionários e viajantes que registraram os fatos ocorridos e observações sobre a vida e os costumes dos habitantes do Brasil entre os séculos XVI ao XVIII. Todavia, a preocupação com uma história que tomasse a idéia de um passado nacional é engendrada de maneira pontual com o surgimento político do Brasil independente. A partir da criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1838), cerca de sete anos antes da data da monografia, é que se percebe mais claramente a preocupação por parte da elite letrada e política com o projeto de formular uma história do Brasil. Mas é somente na década seguinte é que se acentuam as questões referentes à formulação de uma história pátria. Em um momento que a elite dirigente buscava consolidar o Estado imperial, todas as questões relativas à história do Brasil seriam cruciais para traçar a forma de se contá-la e a forma como os brasileiros se veriam a si próprios.

Para buscar as respostas a essas inúmeras questões, o secretário do referido Instituto, Januário da Cunha Barbosa, propôs uma premiação para quem respondesse sobre qual o melhor sistema para escrever a História do Brasil. O ganhador do concurso foi von Martius, em contato com a voga da disciplina histórica na Europa, particularmente na Alemanha e propôs uma história do Brasil que fosse ao mesmo tempo “filosófica” e “pragmática”, tendo como eixo a formação de seu povo, incluindo nesta formação a “mescla das raças”.

A monografia de von Martius “Como se deve escrever a história do Brasil” aparece inserida numa preocupação com uma história que tomasse a idéia de um passado nacional, comum a todos os “brasileiros”, que teve início com o surgimento político do Brasil independente.

[editar] Bibliografia

  • "Brasiliana da Biblioteca Nacional", Rio de Janeiro, 2001.
  • MARTIUS, Karl Friedrich Philip von - "Flora brasiliensis", Stuttgartiae et Tubingae: Sumptibus, J. G. Cottae, 1829.
  • MARTIUS,Carl F. Ph. von - "A Fisionomia do reino Vegetal no Brasil", Arquivos do Museu Paraense, v. 3, 1943.
  • MARTIUS, C. F. von - Como se deve escrever a História do Brasil, publicado com O Estado de Direito entre os autóctones do Brasil. Belo Horizonte/São Paulo, Itatiaia/EDUSP, 1982.



Mart. é a abreviatura padrão de Carl Friedrich Philipp von Martius.
Consultar a lista de abreviaturas do nome de botânicos e micologistas


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