Botânica
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Botânica, do grego botaniké (parádosis). É o estudo científico da vida das plantas, fungos e algas. Como um campo da biologia, é também muitas vezes referenciado como a Ciência das Plantas ou Biologia Vegetal. A Botânica abrange uma miríade de disciplinas científicas que estudam crescimento, reprodução, metabolismo, desenvolvimento, doenças e evolução da vida das plantas.
Plantas, também chamadas de Embriófitas, são seres vivos fotossintetizantes que possuem embriões multicelulares envolvidos por material materno e estágio sexuado em alguma parte do ciclo de vida. Distintas dos demais seres vivos por seu ciclo de vida mais que pela fotossíntese (algumas espécies são heterotróficas secundárias, sem pigmentos verdes). Adaptadas basicamente para a vida na terra. Composta de dois grupos informais: avasculares e vasculares, sendo o último subdividido em plantas sem e com sementes. As plantas com sementes podem ainda formar ou não flores. Todas as células das plantas possuem plastídeos que quando expostos à luz podem converter-se em cloroplastos.
As algas não são plantas basicamente por dois motivos: não possuem embriões multicelulares nem diferenciação verdadeira de tecidos. São organismos fotossintetizantes uni ou multicelulares com clorofila A e B e amido como substância de reserva. Paredes celulares formadas por polissacarídedos, algumas vezes celulose. Células móveis com 2 flagelos apicais. Maioria aquática, também terrícolas, rupícolas e diversos ambientes.
Os fungos, por sua vez, são organismos Heterotróficos.
O reino Plantae é dividido em divisões (Usa-se o termo "divisão" ao invés do termo "filo" nos animais).
- Marchantiophyta
- Anthocerophyta
- Bryophyta
- Lycophyta
- Psilophyta
- Sphenophyta
- Pterophyta
- Cycadophyta
- Ginkgophyta
- Gnetophyta
- Coniferophyta, Gimnospermas
- Anthophyta, Plantas com flores
Destas, as mais conhecidas entre as pessoas comuns são Bryophyta (musgos), Pterophyta (samambaias), Coniferophyta (gimnospermas), que são plantas coníferas, e Anthophyta (angiospermas), que são plantas com flores. Angiospermas são divididas em dois grupos, Dicotiledôneas e Monocotiledôneas. Dicotiledôneas têm dois cotilédones (folhas embrionárias), enquanto as monocotiledôneas têm apenas um cotilédone.
Os nomes "Pinophyta" e "Magnoliophyta" são usados frequentemente para "Coniferophyta" e "Anthophyta". Do mesmo modo, as monocotiledôneas e docotiledôneas são chamadas "Liliopsida" and "Magnoliopsida" respectivamente.
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[editar] Foco e a motivação da botânica
Como outras formas de vida na Biologia, a vida das plantas pode ser estudada em uma variedade de níveis, do molecular, genético e bioquímico através de organelas, células, tecidos e a biodiversidade de plantas inteiras. No topo desta escala, plantas podem ser estudadas em populaçoes, comunidades e ecossistemas (como em ecologia). Em cada um destes níveis um botânico pode se dedicar à classificação (taxonomia), estrutura (anatomia) ou função (fisiologia) da vida vegetal.
Historicamente, botânicos estudavam todos os organismos não geralmente considerados como animais. Algumas destes organismos "semelhantes a plantas" incluem: fungos (estudados em Micologia); bactérias e vírus (estudados em Microbiologia); e algas (estudadas em Ficologia). A maior parte das algas, fungos e micróbios não são mais considerados como membros do Reino Vegetal. Entretanto, atenção ainda é dada a estes por botânicos; e bactérias, fungos, e algas são usualmente mencionados, ainda que superficialmente, em cursos de botânica.
Então por que estudar plantas? Plantas são fundamentais para a vida na Terra. Elas geram oxigênio, alimento, fibras, combustíveis e remédios que permitem aos humanos e outras formas de vida existir. Enquanto realizam tudo isso, plantas ainda absorvem dióxido de carbono, um importante gás do efeito estufa, através da fotossíntese. Uma boa compreensão das plantas é crucial para o futuro de nossa sociedade, já que nos permite:
- Alimentar o mundo
- Entender processos fundamentais
- Utilizar remédios e materiais
- Entender mudanças ambientais
[editar] Alimentar o mundo
Virtualmente todo alimento que consumimos provêm das plantas, tanto diretamente de frutas, verduras e legumes, como indiretamente através do gado que comemos, que por sua vez dependem de plantas para se alimentar. Em outras palavras, plantas são a base de quase todas as teias alimentares, ou o que os ecólogos chamam de nível trófico. Compreender como as plantas produzem o alimento que comemos é, portanto, importante para sermos capazes de aimentar o mundo e fornecer segurança alimentar para as futuras gerações, como exemplo através do cruzamento entre plantas. Nem todas as plantas são benéficas aos humanos, e plantas daninhas são um problema considerável para a agricultura, e a botânica fornece o conhecimento básico para compreender como minimizar seu impacto.
[editar] Entendendo processos fundamentais
Plantas são organismos convenientes nos quais os processos fundamentais (como divisão celular e síntese de proteínas, por exemplo) podem ser estudados, sem o dilema ético destes estudos em animais ou humanos. As leis de herança genética foram descobertas desta maneira por Gregor Mendel que estava estudando a maneira pela qual a forma das ervilhas era herdada. O que Mendel aprendeu estudando plantas teve um alcance muito além da botânica.
Mais recentemente, Barbara McMlintock descobriu "genes saltitantes" ao estudar milho. Embora ela não fosse uma botânica "clássica", seu trabalho demonstra a crescente relevância do estudo de plantas para o entendimento de processos biológicos fundamentais.
[editar] Utilizando remédios e materiais
Muitas drogas, medicinais ou não, vêm do Reino Vegetal. Aspirina, originalmente era extraída da casca de salgueiros, é um exemplo. Podem haver curas para uma variedade de doenças fornecidas por vegetais esperando para serem descobertas. Estimulantes populares como café, chocolate, tabaco e chá também têm origem em plantas. A maior parte das bebidas alcoólicas são obtidas da fermentação de plantas, como lúpulo e uvas.
Plantas também nos fornecem muitos materiais naturais: algodão, madeira, papel, linho, óleos vegetais, alguns tipos de cordas e borracha são apenas alguns exemplos. A produção de seda não seria possível sem o cultivo de amoreiras. Canas-de-açúcar e outras plantas têm sido recentemente utilizadas como biocombustíveis, importantes como alternativa aos combustíveis fósseis.
Este é apenas um punhado de exemplos de como a vida vegetal fornece à humanidade remédios e materiais importantes.
[editar] Entendendo mudanças ambientais
Plantas podem também auxiliar na compreensão de mudanças ambientais de muitas maneiras.
Compreender a destruição dos habitates e a extinção das espécie depende de um acurado e completo inventário de plantas providenciado pela sistemática e taxonomia.
Respostas das plantas à radiação ultravioleta pode nos ajudar a monitorar problemas, como o buraco na camada de ozônio.
Análise de pólen depositado pelas plantas milhares de anos atrás podem ajudar cientistas a reconstruir climas do passado e predizer os do futuro, uma parte essencial da pesquisa sobre mudanças climáticas.
Líquenes, sensíveis às condições atmosféricas, têm sido extensivamente usados como indicadores de poluição.
Então, de muitas maneiras, plantas podem agir um pouco como "canário de mineiro", um antigo sistema de alarme, nos alertando de importantes mudanças no meio ambiente. Acrescentando a essas razões práticas e científicas, plantas são extremamente valiosas como recreação a milhões de pessoas que apreciam jardinagem, horticultura e culinária todos os dias. Botânicos também argumentam que a botânica é um tópico fascinante e recompensador por si só.
[editar] Historia da botânica
[editar] Botânica antiga
Entre os primeiros estudos botânicos, escritos por volta de 300 AC, estão dois grandes tratados de Teofrasto: "Sobre a História das Plantas" (Historia Plantarum) e "Sobre as Causas das Plantas". Juntos, estes livros constituem-se na contribuição mais importante à ciência botânica durante a antigüidade e a Idade Média. O médico e escritor romano Dioscórides, fornece importantes evidências sobre o conhecimento das plantas entre os gregos e romanos.
Em 1665, usando um microscópio primitivo, Robert Hooke descobriu células em cortiça; pouco tempo depois em tecidos vegetais vivos. O alemão Leonhart Fuchs, o suíço Conrad Gessner, e os autores britânicos Nicholas Culpeper e John Gerard, publicaram herbais (livros sobre ervas) com informações de usos das plantas.
[editar] Botânica moderna
Uma quantidade considerável de conhecimento é gerada hoje em dia do estudo de plantas "modelo", como Arabidopsis thaliana. Esta mostarda ruderal foi uma das primeiras plantas a ter seu genoma seqüenciado. Outras mais comercialmente importantes como arroz, trigo, milho e soja estão tendo seu genoma seqüenciado, embora algumas delas sejam mais desafiadoras por possuírem mais de uma cópia de seus cromossomos, uma condição conhecida como poliploidia. A alga verde unicelular Chlamydomonas reinhardtii é outro organismo modelo que tem sido extensivamente estudado e fornece importantes informações sobre a biologia celular.
[editar] Ver também
- Árvores
- Ervas
- Folhas
- Fruto
- Hortaliças
- Lista de botânicos
- Lista de Jardins Botânicos
- Lista de plantas do Brasil
Botânicos e Naturalistas
[editar] Ligações externas
- Catálogo de Autoridades Taxonómicas de Plantas Vasculares. para download. [1]