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Bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki - Wikipédia

Bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A nuvem-cogumelo Fat Man,  resultante da explosão nuclear sobre Nagasaki, eleva-se a 18 km na atmosfera sobre o hipocentro.
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A nuvem-cogumelo Fat Man, resultante da explosão nuclear sobre Nagasaki, eleva-se a 18 km na atmosfera sobre o hipocentro.
Este artigo encontra-se parcialmente em língua estrangeira. Ajude e colabore com a tradução.

Na manhã de 6 de Agosto de 1945, a Força Aérea Americana largou a arma nuclear Little Boy na cidade de Hiroshima (Japão), à qual se seguiu, três dias mais tarde, a detonação da bomba Fat Man sobre Nagasaki. As estimativas do número total de mortos variam entre 100.000 e 220.000, sendo algumas estimativas consideravelmente mais elevadas quando são contabilizadas as mortes posteriores devido à exposição à radiação. Mais de 90% dos indivíduos mortos eram civis.

O papel dos bombardeamentos na rendição do Japão, assim como seus efeitos e justificações, foram submetidos a muito debate. Nos E.U.A., o ponto de vista que prevalece é que os bombardeios terminaram a guerra meses mais cedo do que haveria acontecido, salvando muitas vidas que seriam perdidas em ambos os lados se a invasão planejada do Japão tivesse ocorrido. No Japão, o público geral tende a crer que os bombardeios foram desnecessários, uma vez que a preparação para a rendição já estava em progresso em Tóquio.

Índice

[editar] Prelúdio aos bombardeios

Os Estados Unidos, com auxílio do Reino Unido e Canadá, projectaram e construíram as bombas sob o nome de código Projeto Manhattan inicialmente para o uso contra a Alemanha Nazista. O primeiro dispositivo nuclear, chamado Gadget, foi testado no Novo México a 16 de Julho de 1945. As bombas de Hiroshima e Nagasaki foram a segunda e terceira a serem detonadas e as únicas que já foram empregues como armas de destruição em massa.

Hiroshima e Nagasaki não foram as primeiras cidades do Eixo a serem bombardeadas pelas forças Aliadas, não tendo sido a primeira vez que tais bombardeamentos tenham causado grande número de mortes civis e nem mesmo a primeira vez que tais bombardeamentos foram (ou, antes, viriam a ser) considerados controversos. Por exemplo, o bombardeamento de Tóquio em Março de 1945 poderá ter morto até 100.000 pessoas. Cerca de 60 cidades japonesas tinham, por essa altura, sido destruídas por uma campanha aérea massiva, incluindo grandes raides aéreos nas cidades de Tóquio e Kobe. Na Alemanha, o bombardeamento Aliado de Dresden teve como resultado quase 30.000 mortes.

Ao longo de 3½ de envolvimento directo dos E.U.A. na 2ª Guerra Mundial, aproximadamente 400.000 vidas estado-unidenses tinham sido perdidas, cerca de metade das quais na guerra contra o Japão. Nos meses anteriores aos bombardeamentos, da Batalha de Okinawa resultaram as mortes de 50-150.000 civis, 100-125.000 militares Japoneses e cerca de 72.000 militares dos E.U.A.. Esperava-se que uma invasão do Japão traria um número de baixas muitas vezes superior àquele de Okinawa.

A decisão de largar as bombas sobre o Japão foi tomada pelo Presidente dos E.U.A. da altura, Harry Truman. A sua intenção pública de ordenar os bombardeamentos foi de trazer um fim célere à guerra por inflicção de destruição e terror de subsequente destruição, obrigando o Japão a apresentar a sua rendição. Em 26 de Julho, Truman e outros líderes aliados redigiram a Declaração de Potsdam, a qual delineava os termos da rendição do Japão:

"...O poder que agora converge sobre o Japão é imensuravelmente superior ao que, quando aplicado ao Nazis resistentes, semeou de forma necessária a destruição pelas terras, pela indústria e forma de vida de todo o povo alemão. A plena aplicação do nosso poder militar, apoiado pela nossa determinação, significará a inevitável e completa destruição das forças armadas japonesas e a igualmente inevitável e completa devastação da pátria japonesa..."
"...Apelamos ao Governo do Japão que proclame agora a rendição incondicional de todas as forças armadas japonesas, e o fornecimento de garantias próprias e adequadas da sua boa fé em tal acção. A alternativa para o Japão é a rápida e total destruição."

No dia seguinte, jornais japoneses noticiavam que a declaração, cujo texto tinha sido radiodifundido e largado em papéis sobre o Japão, tinha sido rejeitada. A bomba atómica era ainda um segredo fortemente guardado e não mencionado na declaração.

[editar] Escolha dos alvos

O Conselho de Alvos (em inglês, Target Committee) de Los Alamos recomendou, a 10 e 11 de Maio de 1945, as cidades de Kyoto, Hiroshima, Yokohama e o arsenal em Kokura como possíveis alvos. O Conselho rejeitou o uso da arma contra um alvo estritamente militar devido à hipótese de falhar um pequeno alvo que não fosse rodeado por uma grande área urbana. Os efeitos psicológicos no Japão eram de enorme importância para os membros do Conselho. Também concordaram entre si que o uso inicial da arma deveria ser suficientemente espectacular e importante por forma a ser reconhecido internacionalmente. O Conselho sentiu que Kyoto, sendo um dos centros intelectuais do Japão, tinha uma população "melhor preparada para compreender o significado da arma". Hiroshima foi escolhida devido à sua grande dimensão e ao potencial de destruição que poderia demonstrar após ser atingida.[1]

O Secretário de Guerra Henry Stimson excluiu Kyoto da lista devido à sua importância cultural, enfrentando objecções do General Leslie Groves, administrador do Projecto Manhattan. De acordo com o Professor Edwin O. Reischauer, Stimson "tinha conhecido e admirado Kyoto desde a altura em que aí tinha passado a sua lua-de-mel, várias décadas antes". O General Carl Spaatz elegeu Hiroshima, Kokura, Niigata e Nagasaki como alvos, pela ordem indicada.

[editar] Hiroshima

[editar] Hiroshima durante a 2ª Guerra Mundial

Por altura do seu bombardeamento, Hiroshima era uma cidade de considerável valor industrial e militar. Mesmo alguns aquartelamentos militares estavam localizados nas suas imediações, tais como os quartéis-generais da Quinta Divisão e o 2º Quartel-General do Exército Geral do Marechal de Campo Shunroku Hata, o qual comandou a defesa de todo o sul do Japão. Hiroshima era considerada uma base menor de fornecimentos e de logística para os militares japoneses. A cidade era, com efeito, um centro de comunicações, um ponto de armazenamento, e uma zona de reunião para tropas. Era uma das cidades japonesas deixadas deliberadamente intocadas pelos bombardeamentos estado-unidenses, proporcionando um ambiente perfeito para medir o dano causado pela bomba atómica. Outra descrição da época sublinha que após o General Spaatz ter informado que Hiroshima era a única cidade alvo sem campos de prisioneiros de guerra, Washington decidiu atribuir-lhe a máxima prioridade.

O centro da cidade continha vários edifícios de betão armado e outras estruturas mais ligeiras. A área à volta do centro estava congestionada por um denso aglomerado de oficinas de madeira, construídas entre as casas japonesas. Algumas fábricas de maior dimensão estavam estabelecidas no limite urbano. As casas eram, na sua maioria, de madeira com topos de telha, sendo também de madeira vários dos edifícios fabris. A cidade era assim, no seu todo, extremamente susceptível a danos por fogo.

A população de Hiroshima tinha atingido um máximo de mais de 380.000 pessoas no início da guerra, mas ainda antes da bomba atómica a população tinha já começado a diminuir firmemente devido a uma evacuação sistemática ordenada pelo governo japonês. Na altura do ataque, o número de habitantes era de aproximadamente 255.000 pessoas. Este número é baseado no registo populacional que o governo de então utilizava para calcular o número de rações, pelo que as estimativas de trabalhadores e tropas adicionais que entravam na cidade poderão ser inexactas.

[editar] O bombardeamento

Um modelo do invólucro da bomba Little Boy, do pós-guerra.
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Um modelo do invólucro da bomba Little Boy, do pós-guerra.

Hiroshima foi o alvo principal da primeira missão de ataque nuclear dos E.U.A., a 6 de Agosto de 1945. O B-29 Enola Gay, pilotado e comandado pelo Coronel Paul Tibbets, descolou da base aérea de Tinian no Pacífico Oeste, a aproximadamente 6 horas de voo do Japão. O dia 6 foi escolhido por ter havido anteriormente alguma formação de nuvens sobre o alvo. Na altura da descolagem, o tempo estava bom e tanto a tripulação como o equipamento funcionaram adequadamente. O Capitão da Marinha William Parsons armou a bomba durante o voo, já que esta se encontrava desarmada durante a descolagem para minimizar os riscos. O ataque foi executado de acordo com o planeado até ao mais pequeno detalhe, e a bomba de gravidade, uma arma arma de fissão de tipo balístico com 60 kg de urânio-235, comportou-se precisamente como era esperado.

Hiroshima, após o bombardeamento.
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Hiroshima, após o bombardeamento.

Cerca de uma hora antes do bombardeamento, a rede japonesa de radar de aviso prévio detectou a aproximação de um avião americano em direcção ao sul do Japão. O alerta foi dado e as radiodifusão foi suspensa em várias cidades, entre elas Hiroshima. O avião aproximou-se da costa a grande altitude. Cerca das 8:00, o operador de radar em Hiroshima concluiu que o número de aviões que se aproximavam era muito pequeno - não mais do que três, provavelmente - e o alerta de ataque aéreo foi levantado. Para poupar combustível, os japoneses tinham decidido não interceptar formações aéreas pequenas, as quais presumiam ser, na sua maioria, aviões meteorológicos. Os três aviões em aproximação eram o Enola Gay (baptizado com o nome da mãe do Coronel Tibbets), The Great Artiste (em português, "O Grande Artista") e um terceiro avião sem nome na altura mas que viria a ser mais tarde baptizado de Necessary Evil ("Mal Necessário"). O primeiro avião transportava a bomba, o segundo tinha como missão gravar e vigiar toda a missão, e o terceiro foi o avião fotógrafo. No aviso radiodifundido foi dito às populações que talvez fosse aconselhável recolherem aos abrigos anti-aéreos caso os B-29 fossem realmente avistados, embora nenhum ataque fosse esperado para além de alguma missão de reconhecimento. Às 8:15, o Enola Gay largou a bomba nuclear chamada Little Boy sobre o centro de Hiroshima. Explodiu a cerca de 600 m do solo, com uma explosão de potência equivalente a 13 kton de TNT, matando um número estimado de 70.000 a 80.000 pessoas. Pelo menos 11 prisioneiros de guerra dos E.U.A. morreram também.[2] Os danos infraestruturais estimam-se em 90% de edifícios danificados ou completamente destruídos.

[editar] Percepção japonesa do bombardeamento

Imagem:Gisei32.jpg
As queimaduras desta vítima seguem o padrão do kimono; as zonas mais claras da roupa reflectiram a luz intensa emitida pela bomba, causando menos dano.

O operador de controle da Japanese Broadcasting Corporation, em Tóquio, reparou que a estação de Hiroshima tinha saído do ar. Ele tentou reestabelecer o seu programa usando outra linha telefónica, mas esta também falhou. Cerca de vinte minutos mais tarde, o centro telegráfico de Tóquio verificou que a principal linha telegráfica tinha deixado de funcionar logo ao norte de Hiroshima. De algumas pequenas estações de caminho-de-ferro a menos de 16 km da cidade chegaram notícias não oficiais e confusas de uma terrível explosão em Hiroshima. Todas estas notícias foram transmitidas para o Quartel-General do Estado-Maior japonês.

Bases militares tentaram repetidamente chamar a Estação de Controle do Exército em Hiroshima. O silêncio completo daquela cidade confundiu os homens do Quartel-General; eles sabiam não ter ocorrido qualquer grande ataque inimigo e que não havia uma grande quantidade de explosivos em Hiroshima naquela altura. Um jovem oficial do Estado-Maior japonês foi instruído para voar imediatamente para Hiroshima, para aterrar, observar os danos, regressar a Tóquio e apresentar ao Estado-Maior informação fiável. A opinião mais ou menos geral, no Quartel-General, era de que nada de importante tinha ocorrido, que tudo não passava de um terrível rumor deflagrado por algumas centelhas de verdade.

O oficial dirigiu-se ao aeroporto e descolou em direcção a sudoeste. Após voar durante aproximadamente três horas, ainda a uma distância de 160 km de Hiroshima, ele e o seu piloto viram uma imensa núvem de fumo da bomba. Na solarenga tarde, os restos de Hiroshima ardiam. O avião em breve chegou à cidade, à volta da qual ambos fizeram círculos sem acreditar no que viam. Uma grande cicatriz no solo ainda a arder, coberto por uma pesada núvem de fumo, era tudo o que restava. Aterraram a sul da cidade e o oficial, após contactar com Tóquio, começou imediatamente a organizar medidas de socorro.

O conhecimento por parte de Tóquio do que realmente tinha causado o desastre veio do anúncio público da Casa Branca, em Washington, dezesseis horas após o ataque nuclear a Hiroshima.[3]

O envenenamento por radiação e/ou necrose causaram doença e morte após o bombardeamento em cerca de 1% dos que sobreviveram à explosão inicial. Até ao final de 1945, mais alguns milhares de pessoas morreram devido a envenenamento por radiação, aumentando o número de mortos para cerca de 90.000. Desde então, cerca de mais 1000 pessoas morreram devido a causas relacionadas com radiação.[4]

De acordo com a Cidade de Hiroshima, a 6 de Agosto de 2005, o número total de mortos entre as vítimas do bombardeamento era de 242.437.[5] Esse valor inclui todas as pessoas que estavam na cidade quando a bomba explodiu, ou que foram mais tarde expostas a cinza nuclear e que mais tarde morreram.[6]

[editar] Sobrevivência de algumas estruturas

Alguns dos edifícios de betão armado reforçado de Hiroshima foram construídos tendo em mente o perigo, sempre presente, de terramotos, pelo que, muito embora estivessem localizados no centro da cidade, o seu esqueleto não colapsou. Como a bomba detonou no ar, a onde de choque foi orientada mais na vertical (de cima para baixo) do que na horizontal, factor largamente responsável pela sobrevivência do que é hoje conhecido por "Cúpula Genbaku", ou "Cúpula da Bomba Atómica", projectada e construída pelo arquitecto checo Jan Letzel, a qual estava a apenas a 150 m do hipocentro da explosão. A ruína foi chamada de Memorial da Paz de Hiroshima e foi tornada Património Mundial pela UNESCO em 1996, decisão que enfrentou objecções por parte dos E.U.A. e da China.[7]

[editar] Eventos de 7 a 9 de Agosto

Após o bombardeamento a Hiroshima, o Presidente Truman anunciou: "Se eles não aceitam os nossos termos, podem esperar uma chuva de ruína vinda do ar nunca antes vista nesta terra." A 8 de Agosto de 1945, panfletos foram largados e avisos foram dados por intermédio da Rádio Saipan. A campanha de panfletos já durava há cerca de 1 mês quando estes foram largados sobre Nagasaki, a 10 de Agosto.[8] Uma tradução em língua unglesa desse panfleto está disponível em PBS.[9]

Um minuto depois da meia-noite de 9 de Agosto, hora de Tóquio, a infantaria, cavalaria e força aérea russas lançaram a invasão da Manchúria. Quatro horas mais tarde, as notícias de que a União Soviética tinha quebrado o seu pacto de neutralidade e declarado guerra ao Japão chegaram a Tóquio. O corpo de líderes do Exército Imperial Japonês recebeu a notícia com quase indiferença, subestimando grosseiramente a escala do ataque. Com o suporte do Ministro da Guerra, Anami Korechika, iniciaram os preparativos para impôr a lei marcial na nação com o objectivo de impedir que alguém tentasse fazer a paz.

[editar] Nagasaki

[editar] Nagasaki durante a 2ª Guerra Mundial

Urakami Tenshudo (Igreja Católica em Nagasaki) destruída pela bomba atómica, com a sua cúpula ruída.
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Urakami Tenshudo (Igreja Católica em Nagasaki) destruída pela bomba atómica, com a sua cúpula ruída.

A cidade de Nagasaki tinha, até à altura, sido um dos maiores e mais importantes portos de mar do sul do Japão, sendo, por isso, de grande importância em tempo de guerra devido à sua abrangente actividade industrial, incluindo a produção de canhões e munições, navios, equipamento militar, e outros materiais de guerra.

Em contraste com os vários aspectos modernos de Nagasaki, a grande maioria das residências era de construção japonesa antiquada, sendo a madeira a principal matéria-prima. Era frequente nem ser sequer usada argamassa na sua construção, e os telhados eram de telha simples. Muitos dos edifícios que albergavam a pequena indústria eram também feitos de madeira ou de outros materiais não concebidos para suportar explosões. Foi permitido a Nagasaki, durante muitos anos, crescer sem obedecer a um plano urbanístico; as residências eram construídas junto a edifícios de fábricas, sendo o espaço entre os edifícios mínimo. Esta situação repetia-se maciçamente por todo o vale industrial.

Até à explosão nuclear, Nagasaki nunca tinha sido submetida a bombardeamentos de larga escala. A 1 de Agosto de 1945, no entanto, várias bombas convencionais de elevada potência foram largadas sobre a cidade. Algumas delas atingiram os estaleiros e docas do sudoeste da cidade. Várias outras atingiram a Mitsubishi Steel and Arms Works e 6 bombas caíram na Escola de Medicina e Hospital de Nagasaki, com três impactos directos nos seus edifícios. Embora os danos destas bombas tenha sido relativamente pequeno, criou preocupação considerável em Nagasaki, tendo várias pessoas - principalmente crianças da escola -, por uma questão de segurança, sido evacuadas para áreas rurais reduzindo, assim, a população da cidade por altura do ataque nuclear.

A norte de Nagasaki existia um campo de prisioneiros de guerra britânicos. Estes encontravam-se a trabalhar em minas de carvão, pelo que apenas se inteiraram acerca do bombardeamento quando retornaram à superfície. Para eles, foi a bomba que lhes salvou as suas vidas. No entanto, pelo menos 8 prisioneiros pereceram, embora um número de até 13 possa ser possível:

  • 1 britânico [1] [2] (esta última referência lista também pelo menos 3 outros prisioneiros que morreram a 9 de Agosto de 1945 [3][4][5] mas não refere se foram baixas de Nagasaki)
  • 7 holandeses (2 nomes conhecidos)[6] morreram no bombardeamento.
  • Pelo menos 2 prisioneiros, de acordo com o reportado, morreram no pós-guerra devido a câncro que se supõe ter sido causado pelo bombardeamento atómico [7][8]

[editar] O bombardeamento

Modelo pós-guerra da bomba Fat Man.
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Modelo pós-guerra da bomba Fat Man.

Na manhã de 9 de Agosto de 1945, a tripulação do avião dos E.U.A. B-29 Superfortress, baptizado de Bockscar, pilotado pelo Major Charles W. Sweeney e carregando a bomba nuclear de nome de código Fat Man, deparou-se com o seu alvo principal, Kokura, obscurecido por nuvens. Após três vôos sobre a cidade e com baixo nível de combustível devido a problemas na sua transferência, o bombardeiro dirigiu-se para o alvo secundário, Nagasaki. Cerca das 07:50 (fuso horário japonês) soou um alerta de raide aéreo em Nagasaki, mas o sinal de "tudo limpo" (all clear, em inglês) foi dado às 08:30. Quando apenas dois B-29 foram avistados às 10:53, os japoneses aparentemente assumiram que os aviões se encontravam em missão de reconhecimento, e nenhum outro alarme foi dado.

Alguns minutos depois, às 11:00, o B-29 de observação, baptizado de The Great Artiste (em português "O Grande Artista"), pilotado pelo Capitão Frederick C. Bock, largou instrumentação amarrada a três pára-quedas. Esta continha também mensagens para o Professor Ryokichi Sagane, um físico nuclear da Universidade de Tóquio que tinha estudado na Universidade da Califórnia com três dos cientistas responsáveis pelo bombardeamento atómico. Estas mensagens, encorajando Sagane a falar ao público acerca do perigo destas armas de destruição maçica, foram encontradas pelas autoridade militares, mas nunca entregues ao académico.[10]

Um relato japonês do bombardeamento descreveu Nagasaki como "um cemitério sem uma única lápide de pé."
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Um relato japonês do bombardeamento descreveu Nagasaki como "um cemitério sem uma única lápide de pé."

Às 11:02, uma aberta de última hora nas nuvens sobre Nagasaki permitiu ao artilheiro do Bockscar, Capitão Kermit Beahan, ter contacto visual com o alvo. A arma Fat Man, contendo um núcleo de aproximadamente 6,4 kg de plutónio-239, foi largada sobre o vale industrial da cidade. Explodiu 469 metros sobre o solo, a cerca de meio caminho entre a Mitsubishi Steel and Arms Works (a sul) e a Mitsubishi-Urakami Ordnance Works (a norte), os dois principais alvos na cidade. De acordo com a maior parte das estimativas, cerca de 40.000 dos 240.000 habitantes de Nagasaki foram mortos instantaneamente, e entre 25.000 a 60.000 ficaram feridos. No entanto, crê-se que o número total de habitantes mortos poderá ter atingido os 80.000, incluindo aqueles que morreram, nos meses posteriores, devido a envenenamento radiactivo.

[editar] Os hibakusha

Os sobreviventes do bombardeamento são chamados de hibakusha (被爆者), uma palavra japonesa que é traduzida literalmente por "pessoas afectadas por bomba". O sofrimento causado pelo bombardeamento foi a raiz do pacifismo japonês do pós-guerra, tendo este país, desde então, procurado a abolição completa das armas nucleares a nível mundial. Em 2006, há cerca de 266.000 hibakusha ainda a viver no Japão.[11]

[editar] Debate acerca dos bombardeamentos

[editar] Apoio à utilização de armamento atómico

Embora os apoiantes do bombardeamento concedam que as autoridades civis japonesas estivessem, desde Janeiro de 1945 e logo a seguir à invasão de Luzon (Filipinas), a enviar cautelosa e discretamente vários comunicados, apontam também o facto de os oficiais militares japoneses, antes do uso da bomba atómica, se oporem em unanimidade a quaisquer negociações.

Embora alguns membros das autoridades civis tenham usado dissimuladamente canais diplomáticos para iniciar as negociações pela paz, por si só não poderiam negociar uma rendição ou mesmo um cessar-fogo. O Japão, sendo uma Monarquia constitucional, apenas poderia entrar num tratado de paz com o apoio unânime do gabinete japonês, e todo este era dominado por militaristas do Exército Imperial Japonês e da Marinha Imperial Japonesa, sendo todos inicialmente opostos a qualquer tratado de paz. Na altura, chegou-se a uma situação de empate político entre os líderes civis e militares, estando estes últimos cada vez mais determinados a lutar sem olhar a custos e eventuais desfechos. No pós-guerra, vários continuaram a acreditar que o Japão poderia ter negociado termos de rendição mais favoráveis caso tivessem continuado a infligir alto nível de baixas nas forças inimigas, terminando, eventualmente, a guerra sem uma ocupação do Japão e sem a mudança de Governo.

O historiador Victor Davis Hanson chama a atenção para a resistência japonesa crescente, fútil como foi em retrospecto, como a guerra veio a sua conclusão inevitável. A Batalha de Okinawa mostrou esta determinação de lutar a todo custo. Mais de 120.000 tropas japonesas e 18.000 tropas americanas foram mortas na batalha mais sangrenta do teatro do Pacífico, somente 8 semanas antes da rendição final do Japão. Na verdade, mais civis morreram na Batalha de Okinawa que na explosão inicial das bombas atômicas. Quando a União Soviética declarou guerra contra o Japão em 8 de agosto de 1945 e conduziu a Operação Tempestade de Agosto, o Exército Imperial Japonês ordenou que suas forças fracas e sem suprimento na Manchuria lutassem até o último homem. O Major General Masakazu Amanu, chefe da seção de operações nos quartéis generais imperiais japoneses, declarou que ele estava absolutamente convencido que suas preparações defensivas, que começaram no começo de 1944, poderia repelir qualquer invasão Aliada de suas ilhas com as mínimas perdas. Os japoneses não desistiriam facilmente por causa de sua forte tradição de orgulho re honra—muitos seguiam o Código Samurai e lutariam até o último homem ser morto.

Após a descoberta de que a destruição de Hiroshima tinham sido por uma arma nuclear, os líderes civis ganharam mais e mais firmeza em seus argumentos que o Japão tinha que admitir sua derrota e aceitar os termos da Declaração de Potsdam. Mesmo após a destruição de Nagasaki, o Imperador mesmo precisou intervir para terminar um impasse gabinete.

De acordo com alguns historiadores japoneses, os líderes civis japoneses que eram a favor da rendição viram sua salvação no bombardeio atômico. Os militares japoneses estavam steadfastly recusando a desistir, como estavam os militares no gabinete de guerra. (Porque o gabinete funcionava por consenso, até mesmo um holdout podia prevent it de aceitar a Declaração). Thus a facção da paz seized on the bombing como um novo argumento para forçar a rendição. Koichi Kido, um dos conselheiros mais próximos do Imperador Hirohito, declarou: "Nós do partido da paz fomos ajudados pela bomba atômica em nosso endeavor de acabar a guerra. " Hisatsune Sakomizu, o secretário chefe do gabinete em 1945, chamou o bombardeio de "uma oportunidade de ouro dada pelos céus para o Japão acabar com a guerra." De acordo com estes historiadores e com outros, a liderança civil pró-paz pode usar a destruição de Hiroshima e Nagasaki para convencer os militares que nenhuma quantidade de coragem, habilidade e combate sem medo poderia ajudar o Japão contra o poder das armas atômicas. Akio Morita, fundador da Sony e oficial da Marinha Japonesa durante a guerra, também conclui que foi a bomba atômica e não os bombardeios convencionais dos B-29s que convenceram os militares japoneses a concordarem com a paz.

Apoiadores do bombardeio também apontaram que esperar que os japoneses se rendessem não era uma opção sem custo—como um resultado da guerra, não combatentes estavam morrendo por toda a Ásia em uma taxa de cerca de 200.000 por mês. O Bombardeio de Tóquio na II Guerra Mundial tinha matado muito mais de 100.000 pessoas no Japão, desde fevereiro de 1945, diretamente e indiretamente. Que os bombardeios convencionais intensivos teriam continuado antes de uma invasão. O bloqueio submarino, a operação de minas navais das Forças Aéreas do Exército dos Estados Unidos e a Operação Salvação tinham efetivamente cortado as importações do Japão. Uma operação complementar, contra as ferrovias do Japão, estava preste a começar, isolando as cidades do sul de Honshu da comida que crescia em outros lugares de suas ilhas. Isto, combinado com o atraso nos suprimentos de alívio dos Aliados, poderia ter resultado em uma estatística de morte muito maior em Japão, devido à fome e a mal nutrição, que a que realmente aconteceu nos ataques. "Imediatamente depois da derrota, alguns estimavam que 10 milhões de pessoas poderiam ter morrido de fome", nota o historiados Daikichi Irokawa. Enquanto isto, em adição aos ataques soviéticos, ofensivas foram programadas para setembro no sul da China e Malásia.

Os americanos anteciparam a perda de muitos soldados na Operação Downfall, apesar do número real da Operação Downfall ser sujeito de algum debate. Ele dependeria da persistência e da reabilitação da resistência japonesa ou de se os americanos teriam invadido somente Kyushu em novembro de 1945 ou se uma seguida aterrizagem perto de Tóquio, projetada para março de 1946, teria sido necessária. Anos após a guerra, o Secretário de Estado James Byrnes clamou que 500.000 vidas americanas teriam sido perdidas—e este número tem sido repetido desde então autoritariamente, mas no verão de 1945, planejadores militares dos EUA projetaram 20.000–110.000 mortes em combate da invasão inicial de novembro de 1945, com cerca de três a quatro vezes este número de feridos. (O total de mortes em combate dos EUA em todas as frentes na II Guerra Mundial em quase quatro anos de guerra foram 292.000). Entretanto, estas estimativas foram feitas usando a inteligência que brutalmente subestimou a força japonesa reunida para a batalha de Kyushu em número de soldados e kamikazes, by factors of pelo menos três. Muitos conselheiros militares asseguravam que um cenário pessimista poderia envolver até 1.000.000 casualidades americanas. .

Além disto, a bomba atômica acelerou o fim da Segunda Guerra Mundial na Ásia liberando centenas de milhares de cidadãos ocidentais, incluindo cerca de 200.000 holandeses e 400.000 indonésios ("Romushas") de campos de concentração japoneses. Além disto também, as atrocidades japonesas contra milhões de chineses, tais como o Massacre de Nanking, tiveram um fim.

Apoiadores também apontam para uma ordem dada pelo Ministro da Guerra japonês em 11 de agosto de 1944. A ordem lidava com a disposição e execução de todos os POWs Aliados, somando mais de 100.000, se uma invasão da mainland dos japoneses aconteceu. (É também provável que, considerando o tratamento prévio dado aos POWs pelo Japão, foram ao Aliados to wait out Japão e starve it, os japoneses teriam matado todos os POWs Aliados e prisioneiros chineses).

Em resposta ao argumento que a matança de civis em larga escala era imoral e um crime de guerra, apoiadores dos bombardeios tem argumentado que o governo japonês waged guerra total, ordenando muitos civis (incluindo mulheres e crianças) a trabalhar em fábricas e escritórios militares e lutar contra qualquer força invasora. O padre John A. Siemes, professor de filosofia moderna na Universidade Católica de Tóquio e uma testemunha ocular ao ataque da bomba atômica em Hiroshima escreveu:

"Nos discutimos entre nós mesmos a ética do uso da bomba. Alguns a consideram na mesma categoria que o gás venenoso e eram contra seu uso em uma população civil. Outros eram do ponto de vista que na guerra total, como carried on no Japão, não havia diferença entre civis e soldados e que a bomba em si era uma força efetiva tending acabar com o derramamento de sangue, alertando ao Japão que se rendesse e assim evitando a destruição total. Parece lógico para mim que aquele que apóia a guerra total em princípio não pode reclamar contra da guerra contra civis."[12]

Um argumento extra contra a acusação de crimes de guerra, alguns apoiadores dos bombardeios tem enfatizado a significância estratégica de Hiroshima, as the Japanese 2nd army's headquarters, and of Nagasaki, como um grande centro de fabricação de munição.

Alguns historiadores clamaram que planejadores dos EUA também queriam terminar a guerra rapidamente para minimizar a potencial aquisição soviética dos territórios dominados pelos japoneses.

Finalmente, apoiadores também apontam os planos japoneses, devised por sua Unidade 731 de lançar os planos Kamikazes laden com uma praga bubônica de moscas infestadas para infectar a população de São Diego, Califórnia. A data alvo era para ser 22 de setembro de 1945, apesar de ser improvável que o governo japonês teriam permitido que tantos recursos fossem desviados de propósitos defensivos. [13]

[editar] Oposição ao uso de bombas atômicas

O Projecto Manhattan tinha sido concebido originariamente como um contra-ataque ao programa da bomba atómica da Alemanha Nazi, e com a derrota da Alemanha, vários cientistas que trabalhavam no projecto sentiram que os EUA não deveriam ser os primeiros a usar tais armas. Um dos críticos proeminentes dos bombardeios era Albert Einstein. Leo Szilard, um cientista que tinha um papel fundamental no desenvolvimento da bomba atómica, argumentou: "Se tivessem sido os alemães a lançar bombas atómicas sobre cidades ao invés de nós, teríamos considerado esse lançamento como um crime de guerra, e sentenciado à morte e enforcado os alemães considerados culpados desse crime no Tribunal de Nuremberg".

O seu uso tem sido classificado como bárbaro, visto que cem mil civis foram mortos, e as áreas atingidas eram conhecidas por serem altamente povoadas por civis. Nos dias imediatamente anteriores ao seu uso, vários cientistas (inclusive o físico nuclear americano Edward Teller) defendiam que o poder destrutivo da bomba poderia ter sido demonstrado sem causar mortes.

A existência de relatos históricos que indicam que a decisão de usar as bombas atómicas foi feita com o objetivo de provocar uma rendição através do uso de um poder imponente, juntamente com as observações de que as bombas foram usadas propositadamente sobre alvos que incluíam civis, fez com que alguns comentaristas observassem que o incidente foi um acto de terrorismo de estado. O historiador Rober Newman, que é a favor da decisão de lançar as bombas, levou a alegação de terrorismo de estado tão a sério que argumentou que a prática de terrorismo é justificável em alguns casos. [14]

Outros têm alegado que os japoneses já estavam essencialmente derrotados, e portanto o uso das bombas foi desnecessário. O general Dwight D. Eisenhower assim aconselhou o Secretário de Guerra, Henry L. Stimson, em julho de 1945.[15] O oficial de maior patente no Cenário do Pacífico, general Douglas MacArthur, não foi consultado com antecedência, mas afirmou posteriormente que não havia justificativas militares para os bombardeios. A mesma opinião foi expressa pelo Almirante da Frota William D. Leahy (o Chefe de Gabinete do Presidente), general Carl Spaatz (comandante das Forças Aéreas Estratégicas dos E.U.A. no Pacífico), e o brigadeiro general Carter Clarke (o oficial da inteligência militar que preparou cabos japoneses interceptados para os oficiais americanos);[15] Major General Curtis LeMay;[16] e o almirante Ernest King, Chefe das Operações Navais dos E.U.A., e o Almirante da Frota Chester W. Nimitz, Comandante-chefe da Frota do Pacífico.[17]

Eisenhower wrote in his memoir The White House Years:
"In 1945 Secretary of War Stimson, visiting my headquarters in Germany, informed me that our government was preparing to drop an atomic bomb on Japan. I was one of those who felt that there were a number of cogent reasons to question the wisdom of such an act. During his recitation of the relevant facts, I had been conscious of a feeling of depression and so I voiced to him my grave misgivings, first on the basis of my belief that Japan was already defeated and that dropping the bomb was completely unnecessary, and secondly because I thought that our country should avoid shocking world opinion by the use of a weapon whose employment was, I thought, no longer mandatory as a measure to save American lives."[18]

The United States Strategic Bombing Survey, after interviewing hundreds of Japanese civilian and military leaders after Japan surrendered, reported:

"Based on a detailed investigation of all the facts, and supported by the testimony of the surviving Japanese leaders involved, it is the Survey's opinion that certainly prior to 31 December 1945, and in all probability prior to 1 November 1945, Japan would have surrendered even if the atomic bombs had not been dropped, even if Russia had not entered the war, and even if no invasion had been planned or contemplated."[19]

However, it should be noted that the survey assumed that continued conventional attacks on Japan—with additional direct and indirect casualties—would be needed to force surrender by the November or December dates mentioned.

Others contend that Japan had been trying to surrender for at least two months, but the U.S. refused by insisting on an unconditional surrender. In fact, while several diplomats favored surrender, the leaders of the Japanese military were committed to fighting a "decisive battle" on Kyushu, hoping that they could negotiate better terms for an armistice afterward—all of which the Americans knew from reading decrypted Japanese communications. The Japanese government never did decide what terms, beyond preservation of an imperial system, they would have accepted to end the war; as late as August 9, the Supreme Council was still split, with the hardliners insisting Japan should demobilize its own forces, no war crimes trials, and no occupation. Only the direct intervention of the Emperor ended the dispute, and even after that a military coup was attempted to prevent the surrender.

What was originally the Hiroshima Prefectural Industrial Promotion Hall has now been turned into the Hiroshima Peace Memorial. The atomic bomb exploded almost directly overhead.
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What was originally the Hiroshima Prefectural Industrial Promotion Hall has now been turned into the Hiroshima Peace Memorial. The atomic bomb exploded almost directly overhead.

Another criticism is that the U.S. should have waited a short time to gauge the effect of the Soviet Union's entry into the war. The U.S. knew, as Japan did not, that the Soviet Union had agreed to declare war on Japan three months after V-E Day; such an attack was indeed launched on August 8, 1945. The loss of any possibility that the Soviet Union would serve as a neutral mediator for a negotiated peace, coupled with the entry into combat of the Red Army (the largest active army in the world), might have been enough to convince the Japanese military of the need to accept the terms of the Potsdam Declaration (plus some provision for the emperor). Because no U.S. invasion was imminent, it is argued that the U.S. had nothing to lose by waiting several days to see whether the war could be ended without use of the atom bomb. As it happened, Japan's decision to surrender was made before the scale of the Soviet attack on Manchuria, Sakhalin Island, and the Kuril Islands was known, but had the war continued, the Soviets would have been able to invade Hokkaido well before the Allied invasion of Kyushu. Other Japanese sources have stated that the atomic bombings themselves were not the principal reason for capitulation. Instead, they contend, it was the swift and devastating Soviet victories on the mainland in the week following Stalin's August 8 declaration of war that forced the Japanese message of surrender on August 15, 1945.

[editar] Notas Culturais

Citizens of Hiroshima walk by the Hiroshima Peace Memorial, the closest building to have survived the city's atomic bombing.
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Citizens of Hiroshima walk by the Hiroshima Peace Memorial, the closest building to have survived the city's atomic bombing.
  • The book Hiroshima Mon Amour, by Marguerite Duras, and the related film, were partly inspired by the bombing. The film version, directed by Alain Resnais, has some documentary footage of the afteraffects, burn victims, devastation.
  • The Japanese manga "Hadashi no Gen" ("Barefoot Gen"), also known as "Gen of Hiroshima" [9]; Studio Ghibli's anime film Grave of the Fireflies which depicts American fire bombings in Japan; and Akira Kurosawa's Rhapsody in August are just a few examples from manga and film which deal with the bombings and/or the wartime context of the bombings.
  • Zipang is a currently running anime series in which a modern-day Japanese SDF ship travels back in time to WWII. The series provides a look into the mindset of that time and how the Japanese currently feel about it.
  • The musical piece "Threnody to the Victims of Hiroshima" by Krzysztof Penderecki (sometimes also called Threnody to the Victims of Hiroshima for 52 Strings, and originally 8'37" as a nod to John Cage) was written in 1960 as a reaction to what the composer believed to be a senseless act. On the 12th of October, 1964, Penderecki wrote: "Let the Threnody express my firm belief that the sacrifice of Hiroshima will never be forgotten and lost."
  • Composer Robert Steadman has written a musical work for voice and chamber ensemble entitled Hibakusha Songs. Commissioned by the Imperial War Museum North, Manchester, it was premiered in 2005.
  • Artists Stephen Moore and Ann Rosenthal examine 60 years of living in the shadow of the bomb in their decade-long art project "Infinity City." Their web site http://infcty.net documents their travels to historical sites on three continents and explores their art installations and web works reflecting on America's nuclear legacy.
  • The Canadian progressive rock band Rush performed a song called "The Manhattan Project" depicting the events of and leading up to the bombing of Hiroshima.

[editar] Leituras Complementares

There is an extensive body of literature concerning the bombings, the decision to use the bombs, and the surrender of Japan. The following volumes provide a sampling of prominent works on this subject matter. Because the debate over justification for the bombings is particularly intense, some of the literature may contain claims that are disputed.

[editar] Descrição dos bombardeios

Imagem:GroundZero7279.JPG
The black marker indicates "ground zero" of the Nagasaki atomic bomb explosion.
  • Hiroshima Memories by Americans who were there
  • Michihiko Hachiya, Hiroshima Diary (Chapel Hill: University of North Carolina, 1955), ISBN 0807845477. A daily diary covering the months after the bombing, written by a doctor who was in the city when the bomb was dropped.
  • John Hersey, Hiroshima (New York: Vintage, 1946, 1985 new chapter), ISBN 0679721037. An account of the bombing by an American journalist who visited the city shortly after the Occupation began, and interviewed survivors.
  • Ibuse Masuji, Black Rain (Japan: Kodansha International Ltd., 1969), ISBN 087011364X.
  • Toyofumi Ogura, Letters from the End of the World: A Firsthand Account of the Bombing of Hiroshima (Japan: Kodansha International Ltd., 1948), ISBN 4770027761.
  • Gaynor Sekimori, Hibakusha: Survivors of Hiroshima and Nagasaki (Japan: Kosei Publishing Company, 1986), ISBN 433301204X.
  • Charles Sweeney, et al, War's End: An Eyewitness Account of America's Last Atomic Mission ISBN 0380973499.
  • Kyoko Selden, et al, The Atomic Bomb: Voices from Hiroshima and Nagasaki (Japan in the Modern World) ISBN 087332773X.
  • Nagai Takashi, The Bells of Nagasaki (Japan: Kodansha International Ltd., 1949), ISBN 4770018452.

[editar] Histórias dos Eventos

  • Gar Alperovitz, The Decision to Use the Atomic Bomb (New York: Vintage Books, 1995) Alperovitz argues that the sole issue hindering Japanese surrender was U.S. demand for unconditional surrender. When Japan asked that it be allowed to keep its emperor, the U.S. refused and proceeded with the atomic bombing. After its unconditional surrender, Japan was permitted to keep its emperor.
  • Robert Lifton and Greg Mitchell.Hiroshima in America: A Half Century of Denial. (Putnam Pub Group: 1995) ISBN 0615007090. (Avon: 1996) ISBN 0380727641
  • The Committee for the Compilation of Materials on Damage Caused by the Atomic Bombs in Hiroshima and Nagasaki, Hiroshima and Nagasaki: The Physical, Medical, and Social Effects of the Atomic Bombings (Basic Books: 1981) ISBN 046502985X. Detailed accounts of the immediate and subsequent casualties over three decades. Includes analysis of U.S., Chinese, Korean prisoner casualties, and international visitors and students. In 706 pages, 34 subject expert scientists commissioned by the two cities report their findings.
  • William Craig, The Fall of Japan (New York: Dial, 1967) A history of the governmental decision making on both sides, the bombings, and the opening of the Occupation.
  • Richard B. Frank, Downfall: The End of the Imperial Japanese Empire (Penguin, 2001 ISBN 0141001461). A history of the final months of the war, with emphasis on the preparations and prospects for the invasion of Japan. The author shows that the Japanese military leaders were preparing to continue the fight, and that they hoped that a bloody defense of their main islands would lead to something less than unconditional surrender and a continuation of their existing government.
  • Michael J. Hogan, Hiroshima in History and Memory
  • Fletcher Knebel, Charles W. Bailey, No High Ground (New York: Harper and Row, 1960) A history of the bombings, and the decision-making to use them.
  • Robert Jungk, Brighter Than a Thousand Suns: A Personal History of the Atomic Scientists (New York: Harcourt, Brace, 1956, 1958)
  • Pacific War Research Society, Japan's Longest Day (Kodansha, 2002, ISBN 4770028873), the internal Japanese account of the surrender and how it was almost thwarted by fanatic soldiers who attempted a coup against the Emperor.
  • Richard Rhodes, The Making of the Atomic Bomb (New York: Simon & Schuster, 1986.)
  • Gordon Thomas, Max Morgan Witts, Enola Gay (New York: Stein and Day, 1977) A history of the preparations to drop the bombs, and of the missions.
  • J. Samuel Walker, Prompt and Utter Destruction: President Truman and the Use of Atomic Bombs Against Japan
  • Stephen Walker, Shockwave: Countdown to Hiroshima (New York: HarperCollins, 2005) ISBN 0060742844. Narrative events in the lives of those involved in or touched by the bombings.
  • Stanley Weintraub, The Last, Great Victory: The End of World War II, July/August 1945, (New York, Truman Talley Books/Dutton, 1995) Recounts the events day by day.
  • U.S. Strategic Bombing Survey, The Effects of the Atomic Bombings of Hiroshima and Nagasaki, Chairman's Office, 19 June 1946. Available online

[editar] Debates sobre os bombardeios e their portrayal

  • Thomas B. Allen and Norman Polmar, Code-Name Downfall: The Secret Plan to Invade Japan- And Why Truman Dropped the Bomb (New York: Simon & Schuster, 1995), ISBN 0684804069. Concludes the bombings were justified.
  • Barton J. Bernstein, ed. The Atomic Bomb: The Critical Issues (Boston: Little, Brown, 1976). Weighs whether the bombings were justified or necessary.
  • Kai Bird and Martin J. Sherwin, American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer (New York: Knopf, 2005). ISBN 0375412026, "The thing had to be done," but "Circumstances are heavy with misgiving."
  • Herbert Feis, Japan Subdued: The Atomic Bomb and the End of the War in the Pacific (Princeton, N.J.: Princeton University Press, 1961).
  • Richard B. Frank, "Why Truman dropped the bomb: sixty years after Hiroshima, we now have the secret intercepts that shaped his decision", The Weekly Standard, (August 8, 2005): p. 20.
  • Paul Fussell, Thank God for the Atom Bomb (Ballantine, Reprint 1990), ISBN 0345361350.
  • Tsuyoshi Hasegawa, Racing the Enemy: Stalin, Truman, and the Surrender of Japan, Belknap Press. ISBN 0674016939. Argues the bombs were not needed, that Japan was already defeated.
  • Robert James Maddox, Weapons for Victory: The Hiroshima Decision (University of Missouri Press, 2004). Author is diplomatic historian who favors Truman's decision to drop atomic bombs on two cities.
  • Robert P. Newman, Truman and the Hiroshima Cult (Michigan State University Press, 1995). An analysis critical of postwar opposition to the atom bombings.
  • Philip Nobile, ed. Judgement at the Smithsonian (New York: Marlowe and Company, 1995). ISBN 1569248419. Covers the controversy over the content of the 1995 Smithsonian Institution exhibition associated with the display of the Enola Gay; includes complete text of the planned (and canceled) exhibition.
  • Ronald Takaki, Hiroshima: Why America Dropped the Atomic Bomb (Little, Brown, 1995). ISBN 0-316-83124-7
  • Truman, The Bomb, And What Was Necessary [10]

[editar] Filmes sobre os eventos

  • Hiroshima (Canada/Japan, 1995), a detailed semi-documentary dramatisation of the political decisions involved, directed by Koreyoshi Kurahara and Roger Spottiswoode
  • Rhapsody in August (Japan, 1991), directed by Akira Kurosawa
  • Black Rain (Japan, 1989), directed by Shohei Imamura

[editar] Ver também

Outros projectos Wikimedia contêm material sobre este artigo. Verifique na barra lateral esquerda, em correlatos.
  • Aerial bombing of cities
  • Strategic bombing
  • The United States and nuclear weapons
  • The United States and weapons of mass destruction
  • Bombing of Tokyo in World War II
  • Japanese atomic program
  • Victor's justice
  • Surrender of Japan
  • Operation Downfall, the Allied plan for the invasion of Japan
  • World War II casualties
  • Little Boy
  • Fat Man
  • Allied war crimes

[editar] Ligações externas

[editar] Decision to use the bomb

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