Ankhesenamon
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Ankhesenamon foi a terceira das seis filhas do faraó Akhenaton e da rainha Nefertiti.
Grande esposa real do faraó Tutankhamon, tinha como nome original Ankhesenpaaton, o que significa "ela vive para Aton", nome que estava relacionado com a doutrina religiosa desenvolvida pelo seu pai, que fazia do deus Aton a única divindade digna de culto. Com a morte do pai e o casamento com Tutankhamon, o seu nome mudou para Ankhesenamon ("ela vive para Amon"), facto relacionado com a restauração do deus Amon como divindade principal da dinastia.
Quando a sua mãe morreu, a sua irmã Meritaton tornou-se a grande esposa real (ou seja esposa principal) do pai de ambas; após a morte de Meritaton o lugar foi ocupado por Ankhesenamon. Da união com o pai terá resultado uma filha, chamada Ankhesenpaaton-Tacherit, embora nem todos os egiptólogos considerem esta figura da corte de Amarna como resultado da união com o pai. É provável que tenha sido casada com Smenkhkare, um misterioso faraó que sucedeu a Akhenaton e que teve um reinado curto.
Surge em representações artísticas em manifestações de afecto com Tutankhamon, sendo uma das mais conhecidas a retratada numa cadeira do faraó, na qual a rainha aparece aplicando óleos ao esposo.
No túmulo de Tutankhamon (descoberto em 1922 por Howard Carter) foram encontrados dois fetos mumificados, que se julgam serem os filhos de Tutankhamon com Ankhesenamon, nascidos de maneira prematura.
Quando o seu esposo faleceu Ankhesenamon escreveu ao rei dos Hititas, Suppiluliuma, solicitando o envio de um dos seus filhos para casar consigo e tornar-se rei do Egipto, um facto estranho, tendo em conta que os Hititas eram inimigos dos Egípcios. Suppiluliuma duvidou da sinceridade do pedido, julgando tratar-se de uma cilada. Na sua mensagem o rei hitita pergunta à rainha onde está o filho de Tutankhamon, respondendo esta, de forma impaciente, quem não tem filhos. Depois de Ankhesenamon repetir o pedido, o rei hitita envia-lhe um dos filhos que se julga ter sido assassinado pelo caminho por egípcios que tomaram conhecimento dos planos da rainha.
Ankhesenamon casou com Ai (que tinha sido membro da corte de Tutankhamon), talvez contra a sua vontade, e este tornou-se faraó. Nada mais se sabe desta rainha até à sua morte. Especula-se que tenha sido condenada à morte por traição, tendo-lhe sido concedida a hipótese de cometer suicídio em vez de ser executada, privilégio reservado aos nobres entre os egípcios.
[editar] Bibliografia
- JACQ, Christian - As Egípcias: Retratos de Mulheres do Egipto Faraónico. Porto: ASA, 2002. ("Colecção ASA de Bolso"). ISBN 9724130622.
- RICE, Michael - Who´s Who in Ancient Egypt. Routledge, 1999. ISBN 0415154480.
