Faraó
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Antigo Egipto Faraós e dinastias |
Período pre-dinástico |
Período proto-dinástico |
Época Tinita: I - II |
Império Antigo: III IV V VI |
I P I: VII VIII IX X XI |
Império Médio: XI XII |
II P I: XIII XIV XV XVI XVII |
Império Novo: XVIII XIX XX |
III P I: XXI XXII XXIII XXIV XXV |
Época Baixa: XXVI XXVII |
XXVIII XXIX XXX XXXI |
Período helenístico: |
Dinastia macedónia |
Dinastia ptolemaica |
Período Romano |
Eram intitulados como Faraós os reis (com estatuto de deuses) no Antigo Egipto. O termo é uma derivação grega das palavras egípcias "pr-o", "Per-aâ" ou "Per-aô", que designavam, originalmente, o palácio imperial, já que significavam "A Grande Casa". O termo, na realidade, não era muito utilizado pelos próprios egípcios. No entanto, devido à inclusão deste título na Bíblia, mais específicamente no livro do "Êxodo", os historiadores modernos adoptaram o vocábulo e generalizaram-no.
A imagem que o grande público tem, geralmente, dos faraós, vem, em grande parte, daquela que nos é dada pelas grandes produções cinematográficas (pepluns) de Hollywood - os chamados filmes bíblicos dos anos cinquenta do século XX, onde o Faraó aparece como um monarca todo poderoso que governa de modo absoluto, rodeado de uma corte de servos e obrigando uma multidão de escravos a construir monumentos em sua honra (como nos filmes "Land of the Pharaohs" (A Terra dos Faraós de Howard Hawks, em 1955) ou em Os Dez Mandamentos de Cecil B. DeMille en 1956).
Mas, ainda que muitos dos faraós tenham sido, sem dúvida, déspotas - a ideia da monarquia absoluta tem aqui os seus primórdios - a verdade é que este termo abrange uma grande variedade de governantes, de índoles e interesses diversos. Em cerca de 3000 anos de tradição faraónica, passaram pelo trono do Egipto homens (e algumas mulheres) com aspirações bem diferentes. Desde os misteriosos construtores das pirâmides de Gizé, ao poeta místico Akhenaton, passando pelo lendário Ramsès II, encontramos toda uma diversidade de indivíduos que, no seu conjunto, governaram uma das mais importantes civilizações humanas.
Nota: as datas que aparecem neste artigo podem confundir, especialmente se as compararmos a outras que podem até aparecer na Wikipedia ou noutras fontes. Isto deve-se ao facto de serem datas calculadas com alguma imprecisão, dependendo dos métodos utilizados pelos historiadores ou dos documentos históricos a que se dão mais ou menos importância. Ver também: Cronologia egípcia, Cronologia egípcia convencional.
[editar] História
É difícil de determinar datas precisas na história dos faraós, já que os testemunhos desta época são escassos, além de virem de uma época em que a própria história estava nos seus primórdios (isto é, a escrita ainda estava nos seus inícios). A tradição egípcia apresenta Menes (ou Narmer, em grego) como sendo o primeiro faraó ao unificar o Egipto (até então dividido em dois reinos). Segundo esta tradição, este seria o primeiro governante humano do Egipto, a seguir ao reinado mítico do deus Hórus. Documentos históricos, como a Paleta de Narmer, parecem testemunhar essa reunificação sob o faraó Menés, cerca de 3100 AEC, ainda que os egiptólogos pensem que a instituição faraónica seja anterior. Por isso, se fala também de uma dinastia 0.
Quanto ao último dos faraós, todos estão de acordo em dizer que se tratou de Cesarion (Ptolomeu XV), filho de César e Cleópatra VII, pertencente à Dinastia Lágida.
[editar] Estatuto e Papel dos Faraós na sociedade egípcia
Mais que um simples rei, o Faraó era também o administrador máximo, o chefe do exército, o primeiro magistrado e o sacerdote supremo do Egipto (sendo-lhe, mesmo, atribuído carácter divino). Em muitos casos, cabia ao faraó decidir, sozinho, a política a seguir. Na prática era frequente que delegasse a execução das suas decisões a uma corte composta essencialmente por:
- Escribas, que registavam os decretos, as transacções comerciais e o resultado das colheitas;
- Generais dos exércitos e outros oficiais militares, que organizavam as campanhas das guerras que o Faraó pretendesse empreender;
- Um Vizir, que aplicava a justiça, em nome do Faraó;
- Sacerdotes, incumbidos de prestar homenagem aos deuses, no lugar do faraó;
- Um Sumo Sacerdote, que organizava e geria os bens pertencentes ao Clero;
De acordo com a mitologia egípcia, o próprio corpo do faraó tinha carácter divino, já que o seu sangue teria origem no seu antepassado mítico, o deus Hórus.
O estatuto e papel do Faraó são, portanto, hereditários, transmitindo-se pelo sangue. Apesar do papel subalterno das mulheres nesta sociedade, os egípcios preferiram, por vezes, ser dirigidos por uma mulher de sangue divino (como Hatshepsout) que por um homem que o não seja (sendo interessante que até Hatshepsout é representada em esculturas ostentando uma farta barba, símbolo de masculinidade e sabedoria). As linhagens faraónicas nunca chegaram, contudo, a prolongar-se durante muito tempo, interrompidas que eram por invasores e golpes de estado.
Quando o reinado de um faraó perfizesse um longo número de anos (em geral, trinta anos), era comum organizar-se uma Festa-Sed, com o fim, ritual, de restabelecer o seu vigor, de forma a mostrar ao povo que o seu governante ainda era capaz de comandar os destinos da nação.
[editar] Roma, e depois
O Egipto tornou-se numa província de Roma, sob a soberania de César Augusto, em 30 AEC, até 395. Desta data até 642, fez parte do Império Bizantino. É, depois, conquistado pelos muçulmanos.
[editar] Dinastias faraónicas
Esta é uma lista das diversas dinastias. Veja lista de faraós para uma lista de indivíduos que usaram o título.
[editar] Período arcaico: até 2686 a.C.
- Pré-dinastia: Baixo Egipto
- Pré-Dinastia: Alto Egipto (Dinastia 0)
- Primeira dinastia
- Segunda dinastia
[editar] Império Antigo: 2686-2181 a.C.
[editar] Primeiro período intermédio: 2181-2040 a.C.
[editar] Império Médio: 2134-1782 a.C.
[editar] Segundo Período Intermédio: 1782-1570 a.C.
- Décima terceira dinastia
- Décima quarta dinastia
- Décima quinta dinastia
- Décima sexta dinastia
- Décima sétima dinastia
[editar] Império Novo: 1570-715 a.C.
- Décima oitava dinastia
- Décima nona dinastia
- Vigésima dinastia
- Vigésima primeira dinastia
- Vigésima segunda dinastia
- Vigésima terceira dinastia
- Vigésima quarta dinastia
[editar] Império Tardio: 730-343 a.C.
- Vigésima quinta dinastia
- Vigésima sexta dinastia
- Vigésima sétima dinastia
- Vigésima oitava dinastia
- Vigésima nona dinastia
- Trigésima dinastia