Segunda Epístola aos Coríntios
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II CORÍNTIOS Autor: Paulo
Data: 55-56 d.C
Tema: Ministério poderoso através de vasos fracos
Ocasião e propósito
A primeira Epístola aos Coríntios não foi tão eficaz quanto Paulo esperava para resolver a crise existente em Corinto. O grupo de oposição a Paulo ganhou força, e seu líder foi particularmente antipático com ele (2.5-11;10.7-12). Paulo viajou depressa de Éfeso para Corinto na tentativa de ir ao encontro da situação. Paulo falhou em atingir o objetivo que desejava(2.1,12.14,21,13.1-2) e experimentou hostilidade explícita do líder da oposição (2.5-8,7.12).Paulo , então, retornou a Éfeso, onde escreveu uma epístola severa aos coríntios, registrando todo o peso de sua autoridade apostólica. Ele enviou a epístola por Tito, depois seguiu para estava coletando para a igreja empobrecida de Jerusalém.
Características
A Segunda Epístola aos Coríntios é a mais autobiográfica das epístolas de Paulo. Contendo inúmeras referências às dificuldades que ele enfrentou no curso de seu ministério (ver 11.23-33). Paulo as menciona para estabelecer a legitimidade de sue ministério e para ilustrar a natureza da verdadeira espiritualidade. Ao defender seu ministério, Paulo abre seu coração, mostrando sua profunda emoção. Ele revela o seu forte amor pelos coríntios, seu zelo ardente pela glória de Deus, sua lealdade inflexível à verdade do evangelho e sua indignação implacável ao confrontar aqueles que rompem o companheirismo da igreja. Sua vida estava inseparavelmente ligada à de seus convertidos, e ele não era profissionalmente frio em seu ministério ( ver 1.6; 5.13; 7.3-7; 11.2; 12.14-15).
Conteúdo
A Segunda Epístola aos Coríntios consiste de três partes principais. Os primeiros sete capítulos contêm a defesa de Paulo sobre sua conduta e seu ministério. Ele explica a mudança de seus planos para visitar Corinto e responde a uma acusação de volubilidade. Ao discutir o ministério cristão, ele expõe sobre sua natureza, seus problemas, seus princípios motivadores e suas responsabilidades. A segunda parte, caps. 8-9, trata da oferta sendo levantada por Paulo para os santos pobres da Judéia. Paulo estimulava os coríntios a srem liberais e alegres ao ofertar, de modo que Deus pudesse abençoa-los de todas as maneiras. Os cps. 10-13 formam o terceiro segmento da epístola e contêm uma mensagem da reprimenda aos caluniadores restantes existentes na igreja. Paulo responde à zombaria e à difamação de seus críticos e defende completamente sua autoridade como apóstolo.
Aplicação Pessoal
A Segunda Epístola aos Coríntios é um valioso guia no exame de nossos próprios motivos para servir ao Senhor, seja como leigos ou pastores e evangelistas ordenados. Como instrumento do Espírito Santo, esta epístola pode aperfeiçoar nossos motivos até refletirmos o tipo de doação altruísta melhor exemplificada em Cristo, mas também encontrada em seu servo Paulo. As instruções relacionadas à coleta para Jerusalém (caps. 8-9) enfatizam a generosidade na área de recursos financeiros, como Paulo enfatizou a generosidade por toda a epístola.
Cristo Revelado
Jesus Cristo é o foco de nosso relacionamento com Deus. Todas as promessas de Deus para nós são sim em Jesus, e dizemos “Amém” às promessas de Deus em Jesus (1.19-20). Jesus é o Sim de Deus para nós e nosso Sim para Deus. Nós vemos a glória de Deus somente em Cristo só nele somos transformados pó essa glória (3.14,18), pois cristo é a própria imagem de Deus (4.4-16). Deus veio até nós em Cristo, reconciliando o mundo consigo (5.19). Portanto é “em Cristo” que nos tornamos novas criaturas (5.17). Essa mudança foi realizada através do maravilhoso ato de graça de Deus, no qual Cristo, “ que não conheceu pecado “, tornou-se “ pecado por nós, para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus “ (5.21). Jesus também é o foco de nosso serviço a Deus. Proclamamos Jesus como Senhor e nós mesmos como servos por amor a ele (4.5). Nós compartilhamos não apenas a vida e a glória de Cristo, mas também sua morte (4.10-12), sua disposição de ser fraco de modo que os outros pudessem experimentar o poder de Deus (13.3-4,9), e sua disposição de empobrecer, de modo que os outros pudessem enriquecer (8.9). Nós experimentamos sua fraqueza, mas também sua força, à medida que procuramos levar “cativo todo entendimento à obediência de Cristo” (10.5). Mais uma vez, Jesus é o foco de nossa presente vida neste mundo,onde experimentamos simultaneamente em nosso corpo mortal “a mortificação do Senhor Jesus” tanto quanto sua vida (4.10-11). Por fim, Jesus é o foco de nossa vida futura, pois seremos ressuscitados com Jesus (4.14), que é o “marido” da igreja (ll.2) e o juiz de todos os homens (5.10).
O Espírito Santo em Ação
O Espírito Santo é o poder do NT (3.6), pois ele torna real para nós as provisões presentes e futuras de nossa salvação em Cristo. Através do dom do “penhor do Espírito em nossos corações”, nós asseguramos que todas as promessas são Sim em Cristo e que somos ungidos e “selados” como pertencendo a ele(1.20-22). A experiência presente do Espírito é especificamente um “penhor” do corpo glorificado que receberemos um dia (5.1-5). Nós não apenas lemos a respeito da vontade de Deus na “letra” das Escrituras, pois “a letra [sozinha] mata”. O Espírito que vivifica (3.6), muda nossa maneira de viver abrindo nossos olhos à realidade viva do que lemos. Portanto, experimentamos progressivamente e incorporamos a vontade de Deus e nós mesmos nos tornamos epístolas de Cristo, “conhecida e lida por todos os homens” (3.2). Quando nos submetemos à obra do Espírito, experimentamos um milagre. Achamos que “onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (3.l7). Há liberdade para contemplar a glória revelada do Senhor e para nos transformarmos mais e mais de acordo com a imagem que contemplamos. O Espírito Santo nos dá liberdade para vermos e liberdade para sermos o que Deus quer que sejamos (3.16-18). A obra do Espírito Santo é evidente na renovação interna diária (4.16), no conflito espiritual (10.3-5) e nos “sinais, prodígios e maravilhas” do ministério de Paulo em Corinto (12.12). Paulo terminou sua epístola com uma bênção, que incluía a “comunhão [companheirismo] do Espírito Santo” (13.13). Isso poderia indicar um sentido da presença do Espírito ou, mais provavelmente, um deleite do companheirismo que o Espírito nos dá com Cristo e com todas as pessoas que amam a Cristo.
Fonte do estudo: Bíblia de Estudo Plenitude
Edição revista e corrigida.
Eliane-das@ig.com.br