Poliamor
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Poliamor é a tradução livre para a língua portuguesa da palavra inglesa polyamory, que descreve relações interpessoais amorosas que recusam a monogamia como princípio ou necessidade. Por outras palavras, o poliamor como opção ou modo de vida defende a possibilidade prática e sustentável de se estar envolvido de modo responsável em relações íntimas, profundas e eventualmente duradouras com várias/os parceiras/os simultaneamente.
Existem várias maneiras de o por em prática consoante as preferências dos interessados, e necessariamente deve envolver o consentimento e a confiança mútua de todas as partes envolvidas. Alguns praticantes do poliamor são adeptos do swing.
Poliamor como movimento existe dum modo visível e organizado nos Estados Unidos nos últimos vinte anos, acompanhado de perto por movimentos na Alemanha e Reino Unido. Recentemente, a imprensa corrente começou a cobrir abertamente quer o movimento poliamor em si, quer episódios que lhe são ligados. Em novembro de 2005 realizou-se a Primeira Conferencia Internacional sobre Poliamor em Hamburgo, Alemanha.
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[editar] Formas de Poliamor
Formas de Poliamor incluem:
- Polifidelidade, que envolve múltiplas relações românticas com contactos sexuais restritos a parceiros específicos do grupo.
- Sub-relacionamentos, que distinguem entre relações "primárias" e "secundárias" (um exemplo são a maioria dos casamentos abertos)
- Poligamia (poliginia and poliandria), no qual uma pessoa casa com diversas pessoas (que podem ou não elas próprias estarem casadas ou terem relações românticas entre elas).
- Relações em Grupo (no Brasil: "Relações Grupais") e casamento em grupo, em que todos se consideram associados de forma equalitária, popularizado até certo ponto por Robert A. Heinlein (em romances como Stranger in a Strange Land e The Moon Is a Harsh Mistress), por Robert Rimmer e ainda por Starhawk nos seus livros The Fifth Sacred Thing (1993) and Walking to Mercury (1997).
- Redes de relacionamentos interconectados, em que uma pessoa em particular pode ter relações de diversas naturezas e grau com diversas pessoas.
- Relações Mono/poli em que um parceiro é monogâmico mas concorda com que o outro tenha relações exteriores.
- Os chamados acordos "geométricos", que são descritos de acordo com o número de pessoas envolvidas e pelas suas ligações de relação. Exemplos incluem "trios" e "quadras", assim como as geometrias "V" e "N". O elemento comum de uma relação V é algumas vezes referido como "pivot" ou "charneira", e os parceiros ligados indirectamente são referidos como os "braços". Os parceiros braço estão ligados de forma mais clara com o parceiro pivot do que entre si. Situação contrastante com o "triângulo", em que todos os 3 parceiros estão ligados de forma equitativa. Um trio pode ser que um V quer um triângulo, quer um T, e a geometria da relação pode variar ao longo do tempo.
Algumas pessoas em relações sexuais exclusivas podem mesmo assim auto-intitular-se de poliamorosas, se tiverem laços emocionais relevantes com outras pessoas. Adicionalmente pessoas que se descrevem como popliamorosas podem entrar em relações monogâmicas com um determinado parceiro, quer por terem negociado a situação que por se sentirem bem com a situação monogâmica com aquele parceiro em particular.
[editar] "Relações Abertas"
Uma Relação Aberta indica uma relação (usualmente entre duas pessoas) em que os participantes são livres de terem outros parceiros; se o casal que escolhe esta alternativa é casado, então é um casamento aberto. "Relação aberta" e "poliamor" não são sinónimos. Em termos genéricos "aberto" refere-se a questões sexuais de uma relação não-fechada, enquanto que o poliamor envolve a extensão da relação ao permitir que se criem laços (que podem ser sexuais ou de outra natureza) como complemento da relação estável:
- Alguns relacionamentos definem regras restritas (e.g. polifidelidade); estas relações são poliamorosas, mas não abertas.
- Alguns relacionamentos permitem sexo fora da relação primária, mas não uma ligação emocional (e.g. como no swing); estas relações são abertas, mas não poliamorosas
- Alguns poliamorosos não aceitam as dicotomias de "estar numa relação/não estar numa relação" e "parceiros/não parceiros"; sem esta separação não faz sentido classificar uma relação de "aberta" ou "fechada".
- Alguns poliamorosos consideram o "poliamor" como a sua orientação filosófica -- acreditam ser capazes e desejosos de terem múltiplos amores -- enquanto que o termo "relação aberta" é usada de uma forma logística: ou seja, uma forma de implementar ou expressar o seu poliamor. Desta forma diriam de si próprios "Eu sou uma pessoa poliamorosa; o meu parceiro principal e eu temos uma relação aberta (com as seguintes regras base)..."
Outras formas não-monogâmicas (e não necessariamente poliamor) de relacionamento estão listadas em poli relacionamento.
[editar] Filmes
"Poliamore" (Português: Poliamor) (http://www.poliamore.com) Longa-Metragem produzido pela Produtora Groovy Filmes (http://www.groovyfilmes.com) em co-produção com Brasil, México e Argentina, de Rodrigo Rueda Terrazas, Mariana Pedroza e Frandu Almeida (2006)
Y tu mamá también um filme de Alfonso Cuarón
A Última Tentacão de Cristo uma novela de Nikos Kazantzakis (1966), filme de Martín Scorcesse (1988)
[editar] Ligações externas
- Página oficial do grupo alt.polyamory
- Página quase oficial do grupo poliamor em Portugal
- Grupo de discussão do poliamor em portugal
- Blog activo em português sobre poliamor no feminino
- "Poliamore" (Português: Poliamor) (http://www.poliamore.com) Longa-Metragem produzido pela Produtora Groovy Filmes (http://www.groovyfilmes.com) em co-produção com Brasil, México e Argentina, de Rodrigo Rueda Terrazas, Mariana Pedroza e Frandu Almeida (2006)