Paracelso
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Paracelso é o pseudônimo de Phillipus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim, (17 de dezembro de 1493, Einsiedeln, Suíça - 24 de setembro de 1541, Salzburg, Áustria. Foi um famoso médico, alquimista, físico e astrólogo. Seu pseudônimo significa "superior a Celso (médico romano)".
[editar] Biografia
Paracelso nasceu em Ensiedeln, na Suíça. Seu pai era um médico e alquimista suabiano e sua mãe era suíça. Na infância, foi educado pelo seu pai, que também era alquimista e médico. Acompanhava-o nas caminhadas pelas montanhas e povoados, observando a manipulação de medicamentos. Aprendeu a gostar das plantas e ervas silvestres. Foi educado na Áustria e quando jovem trabalhou em minas como analista. Ele se formou em Medicina na Universidade de Viena em 1510, quando tinha 17 anos. Especula-se que ele tenha feito seu doutorado na Universidade de Ferrara.
Viajou para vários lugares do mundo, em busca de novos conhecimentos médicos e insatisfeito com o aprendizado tradicional que recebeu na academia. Foi para o Egito, Terra Santa, Hungria, Tartária, Arábia, Polônia e Constantinopla procurando alquimistas de quem pudesse aprender algo. Ao passar pela Tartária, conhecido como Reino do Grande Khan, Paracelso conseguiu curar o seu filho.
No retorno de Paracelso à Europa, seus conhecimentos em tratamentos médicos tornaram-no famoso. Ele não seguia os tratamentos convencionais para feridas, que consistiam em derramar óleo fervente sobre elas; se as feridas estivessem em um membro (braço ou perna), esperava-se que elas ficassem em gangrena para então amputar o membro afetado. Paracelso acreditava que as feridas se curariam sozinhas se o pus fosse evacuado e a infecção fosse evitada.
Ele rejeitava as tradições gnósticas, mas manteve muitas das filosofias do Hermetismo, do neoplatonismo e de Pitágoras; de qualquer modo, a ciência Hermética tinha tantas teorias aristotélicas que a sua rejeição do Gnosticismo era praticamente sem sentido. Em particular, Paracelso rejeitava as teorias mágicas de Agrippa e Flamel. Ele não se achava um mago e desprezava aqueles que achavam que fosse.
Paracelso foi um astrólogo, assim como muitos (se não todos) dos físicos europeus da época. A Astrologia foi uma parte muito importante da Medicina de Paracelso. Em um de seus livros, ele reservou várias seções para explicar o uso de talismãs astrológicos na cura de doenças. Criou e produziu talismãs para várias enfermidades, assim como talismãs para cada signo do Zodíaco. Ele também inventou um alfabeto chamado "Alfabeto dos Reis Magos" e esculpiu nos talismãs nomes angelicais.
Paracelso foi o pioneiro do uso de produtos químicos e de minerais na Medicina. Ele usou a palavra "zink" para designar o zinco em 1526, baseado nos pontos afiados de seus cristais depois de refinados. Ele usou a experimentação para aprender sobre Anatomia humana. Na sua visão hermética, a doença e a saúde do corpo dependem da harmonia do homem com o microcosmo e a Natureza do macrocosmo. Ele teve uma aproximação diferente dos seus antecessores, baseando-se não na purificação da alma mas sim na idéia de que os humanos tenham certos balanços de minerais em seus corpos e que certas doenças do corpo tinham certos remédios que pudessem curá-las (Debus & Multhauf, p. 6-12). Ou seja, procurava a cura das doenças na aplicação de substâncias químicas. Assim, Paracelso lançou uma das bases da Química Moderna e, portanto, da farmacologia e do progresso da ciência médica.
Paracelso ficou conhecido como sendo arrogante, logo atraindo o ódio de outros cientistas da Europa. Ele ficou na cadeira de Medicina da Universidade de Basel por menos de um ano. Lá, ele atraiu o ódio de seus colegas por queimar publicamente livros de outros físicos. Paracelso foi expulso da cidade depois de problemas legais.
A partir de então, começou a vaguear pela Europa como um típico indigente. Ele revisou antigos manuscritos e escreveu novos, mas não encontrou quem os publicasse. Em 1536 seu Die grosse Wundartzney (O Grande Livro da Cirurgia) foi publicado, dando-lhe um pequeno aumento na popularidade. Paracelso morreu em 24 de setembro de 1541, em Salzburgo, na Áustria.
[editar] Ligações externas
- The Zurich Paracelsus Project
- Paracelsus and the medical revolution of the Renaissance - Uma exposição na National Library of Medicine
- Theophrastus Paracelsus - Entrada detalhada na The Catholic Encyclopedia
- The Galileo Project - Notas biográficas no The Galileo Project