Meditação
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A meditação consiste na prática de focar a atenção, freqüentemente formalizada em uma rotina específica. É comumente associada a religiões orientais. Há dados históricos comprovando que ela é tão antiga quanto a humanidade. Não sendo exatamente originária de um povo ou região, desenvolveu-se em várias culturas diferentes e recebeu vários nomes. Sua maior divulgação se deu pelo oriente, desenvolvendo-se em inúmeras culturas dessa parte do globo. Uma das escolas em que ela evoluiu independentemente foi o Sufismo. Apesar da espiritualidade associada com essa prática, a meditação pode também ser usada para o desenvolvimento pessoal em um contexto não religioso.
Índice |
[editar] Etimologia
A palavra meditação vem do Latim, meditatione, que indica originalmente todo o tipo de exercício físico ou intelectual, evoluindo mais tarde para o significado específico “contemplação.” Em sânscrito, é chamada dhyana, obtida pelas técnicas de dharana (concentração).
[editar] Definição
A meditação costuma ser definida da seguinte maneira:
- um estado que é vivenciado quando a mente se torna vazia e sem pensamentos;
- prática de focar a mente em um único objeto (por exemplo: em uma estátua religiosa, na própria respiração, em um mantra);
- uma abertura mental para o divino, invocando a orientação de um poder mais alto;
- análise racional de ensinamentos religiosos (como a impermanência, para os Budistas)
[editar] Prática
É fácil se observar que nossas mentes encontram-se continuamente pensando no passado (memórias) e no futuro (expectativas). Com a devida atenção, é possível diminuir a velocidade dos pensamentos, para se observar um silêncio mental em que o momento presente é vivenciado. Através da meditação, é possível separar os pensamentos da parte de nossa consciência que realiza a percepção.
É possível obter total descanso numa posição sentada e por conseguinte atingir maior profundidade na meditação assim dissolver preocupações e problemas que bloqueiam sua mente.
Uma posição possível é a posição de lótus completo, o pé esquerdo apoiado sobre a coxa direita e o pé direito apoiado sobre a coxa esquerda. Outros podem sentar em meio lótus, o pé esquerdo apoiado sobre a coxa direita ou o pé direito sobre a coxa esquerda. Há pessoas que não conseguem sentar em nenhuma dessas posições e por isso podem sentar a maneira japonesa, ou seja, com os joelhos dobrados e o tronco apoiado sobre ambas as pernas. Pondo alguma espécie de acolchoado sob os pés, a pessoa pode facilmente permanecer nessa posição por hora ou hora e meia.
Mas na verdade qualquer pessoa pode aprender a sentar em meio lótus, ainda que no início possa causar alguma dor. Gradualmente, após algumas semanas de treino, a posição se tornará confortável. No início, enquanto a dor ainda causar muito desconforto, a pessoa, deve alterar a posição das pernas ou a posição de sentar. Para as posturas de lótus completo e meio lótus convém sentar-se sobre uma almofada, de forma a que os dois joelhos se apóiem contra o chão. Os três pontos de apoio dessa posição proporcionam uma grande estabilidade.
Mantenha as costas eretas. Isso é muito importante. O pescoço e a cabeça devem ficar em alinhamento com a coluna. A postura deve ser reta mas não rígida. Mantenha os olhos semi-abertos, focalizados a uns dois metros à sua frente. Mantenha leve sorriso. Agora comece a seguir sua respiração e a relaxar todos os músculos. Concentre-se em manter sua coluna ereta e em seguir sua respiração. Solte-se quanto a tudo mais. Abandone-se inteiramente. Se quiser relaxar os músculos de seu rosto, contraídos pelas preocupações, medo e tristeza, deixe um leve sorriso aflorar em sua face. Quando o leve sorriso surge, todos os músculos faciais começam a relaxar. Quanto mais tempo o leve sorriso for mantido, melhor.
À altura do ventre, pose sua mão esquerda com a palma voltada para cima sobre a palma da mão direita. Solte todos os músculos dos dedos, braços e pernas. Solte-se todo como as plantas aquáticas que flutuam na corrente, enquanto sob a superfície das águas o leito do rio permanece imóvel. Não se prenda a nada a não ser à respiração e ao leve sorriso.
Para os principiantes, convém não ficar sentado além de vinte ou trinta minutos. Durante esse tempo você tem que ser capaz de obter descanso total. A técnica para tal obtenção reside em duas coisas: observar e soltar, observar a respiração e soltar tudo mais. Solte cada músculo de seu corpo. Após uns quinze minutos, uma serenidade profunda poderá ser alcançada, enchendo-o interiormente de paz e contentamento. Mantenha-se nessa quietude.
[editar] Duração
Vinte a trinta minutos é provavelmente a duração típica de uma sessão de meditação. Praticantes experientes frequentemente observam que o tempo de suas sessões de meditação se prolongam com o tempo.
[editar] Objetivos
Os objetivos podem variar, assim como as técnicas de execução. Ela pode servir simplesmente como um meio de relaxamento da rotina diária, como uma técnica para cultivar a disciplina mental, além de ser um meio de se obter insights sobre a real natureza ou a comunicação com Deus. Muitos praticantes da meditação têm relatado melhora na concentração, consciência, auto-disciplina e equanimidade.
[editar] Contexto
Nas filosofias religiosas do oriente, como, Bramanismo, Budismo e suas variações como o Budismo Tibetano e Zen, Tantra e Jainismo, bem como nas artes marciais como I-Chuan e Tai Chi Chuan, a meditação é vista como um estado que ultrapassa o intelecto, onde a mente é posta em silêncio para dar lugar à contemplação espiritual. Esse "calar a mente" induz uma volta ao centro (meio, daí meditar), para o vazio interior.
[editar] Ver também
- Shri Mataji Nirmala Devi
- Sahaja Yoga
- Banco de Meditação
- Brahma
- Budismo
- Eustachius a Sancto Paulo
- Meditação budista
- Santo Inácio de Loyola
- René Descartes
- Rosa Cruz
- Samadhi
- Vipassana
- Ioga
- Zazen
- Zen
- Zhan Zhuang
- Zafu
- Zabuton
- Gomden
- Qigong
- Meditação de Transmissão