Marvila (Lisboa)
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Brasão | |
Concelho | Lisboa |
Área | 6,29 km² |
População | 38 766 hab. (2001) |
Densidade | 6 159,2 hab./km² |
Endereço da Junta de Freguesia |
Av. João Paulo II, lote 526, 1º-A 1950-159 |
Sítio | http://www.jf-marvila.pt/ |
Endereço de correio electrónico |
jfmarvila@mail.telepac.pt |
Freguesias de Portugal ![]() |
Marvila é uma freguesia portuguesa do concelho de Lisboa, com 6,29 km² de área e 38 766 habitantes (2001), e densidade: 6 159,2 hab./km².
O sítio de Marvila, tão velho quanto a fundação da nacionalidade, é dos bairros mais típicos da zona oriental da cidade de Lisboa. Até ao século XIX, sucediam-se agradáveis quintas nesta vasta zona de Lisboa e era grande a fertilidade das terras banhadas pelo Tejo.
Era, até há pouco tempo, uma freguesia essencialmente rural, onde proliferavam as quintas e as hortas. Ainda hoje, os exemplos são fáceis de detectar: a Quinta dos Ourives, a da Rosa, a das Flores, a das Amendoeiras, a do Leal, a do Marquês de Abrantes... Estas propriedades eram exploradas, na sua maioria, por gentes originárias do norte do País e abasteciam os mercados ambulantes, espalhados pelo bairro e pela vizinhança. E, mais tarde, por toda a Capital. Ao antigo mercado da Praça da Ribeira, a mercadoria chegava transportada por carroças. Essa população originária do norte trouxe muitos dos seus hábitos e costumes, nomeadamente, a Feira da Espiga, que poderá ter origem num costume dos hortelões nortenhos. Mas de zona rural, Marvila transformou-se, com o passar dos anos, em zona urbana de fisionomia bairrista e fabril. Todavia, ainda hoje se vêem vestígios de uma grande actividade hortícola. O palácio do [[Marquês de Abrantes], na rua de Marvila, ou o da Mitra, na rua do Açúcar, são verdadeiros exemplares dos vários solares que ali foram edificados. Também os monumentos de carácter religioso abundavam, como o antigo Mosteiro de Marvila. No século XX, continuou a instalação de unidades fabris desde a rua do Açúcar até Braço de Prata. São deste período as tanoarias da rua Capitão Leitão e os armazéns de vinhos de Abel Pereira da Fonseca (que, pouco antes de morrer disse a seus descendentes “enquanto o Tejo tiver água, nunca deve faltar vinho a Lisboa”). Hoje, estes armazéns estão transformados em centros culturais.
A actual Marvila, freguesia criada pelo Dec.-Lei 42.142 de 7 de Fevereiro de 1959, é bem significativa da zona periférica de uma grande cidade europeia em franco crescimento. Beneficiou, consideravelmente, com a realização do grande evento que foi a Expo 98.
O seu padroeiro é Santo Agostinho.
[editar] Património
- Portal e galilé da Igreja de Chelas
- Antigo Convento de São Félix e Santo Adrião de Chelas
- Capela do Asilo dos Velhos
- Capela da Mansão de Santa Maria de Marvila
- Capela do Antigo Convento de Nossa Senhora da Conceição
- Igreja Paroquial de Santo Agostinho de Marvila
[editar] Ordenação heráldica do brasão
Escudo de Prata, dois perfis de carril negro e uma roda dentada de vermelho; campanha ondada a azul e prata. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com legenda a negro: MARVILA - LISBOA.
Os símbolos heráldicos representam:
Carril (símbolo que representa os caminhos de ferro um dos pólos de desenvolvimento da freguesia);
Roda dentada (significativa da existência de grande numero de unidades industriais);
Ondeado de duas faixas de azul e uma de prata (referência ao Rio Tejo que banha a freguesia e que foi um dos grandes meios do seu desenvolvimento).