Juan de la Cosa
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'Caminhos antigos e povoamento do Brasil de J.Capistr'Juan de la Cosa (Santoña, Espanha, 1460 – Turbaco, Colômbia, 1510) foi um navegador, explorador e conquistador espanhol.
De seu nascimento até 1488 pouco se sabe de sua biografia. Foi nesse ano que Bartolomeu Dias regressa a Portugal depois de haver cruzado o Cabo da Boa Esperança. É possível que Juan de la Cosa se encontrasse em Lisboa como espião dos Reis Católicos espanhóis. Por sorte, o marinheiro escapa antes que os oficiais portugueses o capturem. Em 1492 Juan de la Cosa participa de uma expedição de Cristóvão Colombo, sendo o proprietário da "Santa Maria", principal navio da expedição. As relações com o Almirante não foram muito boas. Este chega até a acusá-lo de ser o responsável pelo naufrágio do "Santa María" durante a noite de Natal de 1492. Entretanto, Juan De la Cosa participa na segunda viagem de Cristóvão Colombo e recebe da Rainha Isabel uma recompensa em conseqüência da perda de seu navio (28 de fevereiro de 1494).
Em 1499, o marinheiro participa como piloto principal na expedição de Alonso de Ojeda. No curso dessa viagem exploram as costas entre a desembocadura do Rio Orinoco e o cabo de la Vela. Juan de la Cosa é ferido com uma flecha indígena. De regresso, realiza seu famoso mapa múndi, no qual reúne e apresenta todas as terras descobertas pelos portugueses e espanhóis, compreendidas as descobertas feitas por Sebastião Caboto. O mapa é realizado no porto de Santa Maria em 1500 (encontra-se atualmente no Museu Naval de Madri). O mapa havia sido pedido pelos Reis Católicos.
Em outubro de 1500, Juan de la Cosa realiza sua quarta viagem, como capitão e co-responsável, com Rodrigo Bástidas. As costas entre o cabo de la Vela e Darién são percorridas durante a expedição, e se encontram importantes quantidades de ouro. Em recompensa, o Rei o nomeia Comissário Principal de Urabá. Ele é membro à frente da recente Casa de Contratação. Em 1503, a rainha Isabel o encarrega de uma delicada missão de espionagem em terras portuguesas, da qual ele não se sai muito bem. É preso e a rainha teve que intervir em pessoa para que fosse solto. Os exploradores desejavam obter da Coroa uma permissão a fim de estender as zonas a descobrir. A permissão foi conseguida e Juan de la Cosa realiza sua quinta viagem, dessa vez como Capitão Geral. Os quatro navios que compõem a expedição margeiam as costas entre a Ilha Margarita e o Golfo de Urabá, recuperando em Cartagena de Índias os homens de Cristóbal Guerra, dirigindo-se depois a Hispaniola (La Española).
Regressa à Espanha em 1506, e no ano siguinte a Casa de Contratação o encarrega de dirigir um pequeno esquadrão de vigilância das costas entre Cádiz e o Cabo San Vicente, zona freqüentada por piratas.
Em 1508, participa, em companhia de Vicente Yáñez Pinzón, Díaz de Solís e Américo Vespúcio, da comissão durante a qual se discute um projeto de expedição até a Ásia pela rota ocidental.
Sua sexta e última viagem se realiza em 1510, em companhia de Alonso de Ojeda e de Nicuesa, tendo recebido do Rei Fernando uma importante ajuda. Instalou-se com sua família nas novas terras com o cargo de Tenente-governador. Apesar dos pedidos de Juan de la Cosa, Ojeda decide desembarcar na região onde seria fundada um pouco mais tarde a cidade de Cartagena de Índias. Os exploradores vencem no primeiro confronto com os índios, mas Juan de la Cosa era o encarregado de infiltrar-se no interior das terras até Turbaco. Foi surpreendido por um grupo de índios que atiravam flechas envenenadas, o que provocou tanto a morte de Juan de la Cosa como a de seus homens.