Ilha do Pico
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Pico | |
Dados gerais: | |
País | Portugal |
Localização | Oceano Atlântico |
Arquipélago | Açores |
Coordenadas | |
Área | 447 km² |
Perímetro | km |
Ponto culminante | Ponta do Pico, 2.351 m |
Altitude média | m |
População | 14.806 hab. 2001 |
Densidade | hab./km² |
Imagem | |
Montanha do Pico, Ilha do Pico. |
A Ilha do Pico é a segunda maior ilha do Arquipélago dos Açores, e dista da Ilha do Faial 8,3 km e da Ilha de São Jorge dista 15 km. Tem uma superficie de 447 km²; e conta com uma população residente de 14 806 habitantes (em 2001). Mede 50 km de comprimento e 20 km de largura. Deve o seu nome a majestosa montanha vulcânica (Ponta do Pico ou Montanha do Pico) que termina num pico pronunciado cujo topónimo é Pico Pequeno ou Piquinho. É a mais alta montanha de Portugal e a terceira maior montanha que emerge do Atlântico, atingindo 2 351 metros de altitude.
Administrativamente, a ilha é constituida por três concelhos: concelhos das Lajes do Pico com seis freguesias, Madalena e São Roque do Pico, ambas com cinco freguesias.
Dispõe em Santa Luzia, um moderno Aeroporto Regional com ligações aérias directas com Lisboa (TAP/SATA Internacional) e Terceira (Lajes) e Ponta Delgada (SATA Air Açores). Tem ligações marírtimas diárias (Transmaçor) com a cidade da Horta e vilas das Velas e Calheta. Durante os meses de Verão usufrui de ligações marítimas com as restantes ilhas do arquipélago.
Índice |
[editar] Geologia
A ilha emergiu de uma fractura tectónica de orientação ONO-ESSE – a mesma que deu origem à Ilha do Faial, denominada Fractura Faial-Pico, que se desenvolve ao longo de 350 km, desde a Crista Médio Atlântica (sigla CMA) até uma área a Sul da Fossa do Hirondelle.
- Complexo Vulcânico da São Roque
- Complexo Vulcânico da Lages
- Complexo Vulcânico da Madalena
[editar] História
A designação henriquina da ilha era Ilha de São Dinis. Na cartografia do século XIV, a ilha foi chamada de "Ilha dos Pombos". O seu povoamento foi iniciado em 1460, na fajã lávica das Lajes, mas tornou-se definitivo em 1483, quando Joss van Hurtere mandou fundar São Mateus. Em 29 de Dezembro de 1482, a ilha é integrada na Capitania do Faial pela Infanta D. Beatriz, em virtude de Álvaro de Orlenas não ter tomado posse da ilha.
Em 1501, Lajes do Pico é elevada a Vila e sede de concelho pelo Rei D. Manuel I. Em 1542 é a vez de São Roque do Pico e em 1712, a de Madalena.
[editar] Cultura e Património
A Ilha do Pico inclui o sítio Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico, Património Mundial da UNESCO.
|
Em Julho de 2004, o comité da UNESCO considerou a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico como Património da Humanidade. A área engloba os lajidos das freguesias da Criação Velha e de Santa Luzia. A cultura da vinha domina a parte ocidental da ilha, sendo o famoso "Verdelho do Pico" cultivado em pequenas quadrículas de terreno onde crescem as vinhas, separados por muros de basalto negro feitos de pedra solta, chamados localmente de "currais".
Presentemente, pretende-se constituir um Parque Nacional na Ilha do Pico, englobando a área da Montanha do Pico e o Planalto Central.Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico
Outro património inclui: a Gruta das Torres, na Criação Velha; as Furnas de Frei Matias; Na Madalena, Museu do Vinho, instalado no antigo Convento das Carmelitas; o Museu da Indústria Baleeira, em São Roque do Pico; o Museu Regional dos Baleeiros, nas Lajes do Pico.
[editar] Tradições, festas e curiosidades
Festa e Procissão do Senhor Bom Jesus (São Mateus, Madalena), Semana dos Baleeiros (N. Sra. de Lurdes), Cais Agosto (Cais do Pico - S.Roque), Festa de São Roque, Festas de Santa Maria Madalena, Semana das Vindimas, Festas do Espírito Santo.
[editar] Economia
Os habitantes da ilha do Pico dedicam-se à agricultura, à pesca e à criação de bovinos. A vinha, outrora uma das grandes riquezas da ilha que produzia o afamado vinho do Pico, exportado para a Inglaterra e para a América do Norte e que chegou a ser servido à mesa do próprio czar do Império Russo, foi gradualmente afectada pela praga do oídio na segunda metade do século XIX.
Actualmente, a produção é reduzida e as principais fontes de rendimento no campo da agricultura são os produtos hortícolas, a fruta e os cereais. A pecuária está muito desenvolvida, em especial no concelho de São Roque do Pico. A pesca é outra actividade importante. As indústrias da ilha estão, na sua quase totalidade, ligadas ao ramo alimentar: lacticínios, destilarias e moagens. No artesanato destaca-se a escultura em basalto e em osso de baleia, bem como rendas e bordados.