Domingo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O domingo é o primeiro dia da semana, seguindo o sábado e precedendo a segunda-feira.
A palavra é originária do latim Dies Dominica, que significa "Dia do Senhor". Existe, nessa mesma acepção, em castelhano (Domingo), italiano (Domenica) e francês (Dimanche).
Numa referência a cultos pagãos antigos, que dedicavam este dia ao deus Sol, em língua inglesa se diz Sunday, e no alemão Sonntag com o significado de "Dia do Sol".
Índice |
[editar] Origem dos nomes dos dias da semana
Os nomes dos dias da semana em português têm sua origem na liturgia católica. Na maior parte das outras línguas, sua origem são os nomes dos deuses pagãos aos quais os dias eram dedicados. Para maiores detalhes, consulte Dias da Semana (nomes).
[editar] Versão religiosa
A Bíblia, no Novo Testamento, faz várias referências ao domingo: - Jesus Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana (Domingo); - Apareceu aos apóstolos neste dia; - O dia de Pentecostes (vinda do Espírito Santo) ocorreu no Domingo; - Os apóstolos se reuniram também no primeiro dia da semana para a fração do Pão, a Ceia do Senhor (cf. At 20,7); - Contribuições financeiras no primeiro dia da semana (cf. 1 Co 16,2) - Foi o dia em que o apóstolo João recebeu a visão do Cristo Exaltado e a Revelação do livro de Apocalipse, inclusive sendo chamado o primeiro dia da semana de "dia do Senhor" (cf. Ap 1,10).
O dia do Senhor — como foi definido o domingo, desde os tempos apostólicos —, mereceu sempre, na história da Igreja, uma consideração privilegiada devido à sua estreita conexão com o próprio núcleo do mistério cristão. O domingo, de facto, recorda, no ritmo semanal do tempo, o dia da ressurreição de Cristo. É a Páscoa da semana, na qual se celebra a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, o cumprimento n'Ele da primeira criação e o início da « nova criação » (cf. 2 Cor 5,17). É o dia da evocação adorante e grata do primeiro dia do mundo e, ao mesmo tempo, da prefiguração, vivida na esperança, do « último dia », quando Cristo vier na glória (cf. At 1,11; 1 Tes 4,13-17) e renovar todas as coisas (cf. Ap 21,5).
Ao Domingo, portanto, aplica-se, com muito acerto, a exclamação do Salmista: « Este é o dia que Senhor fez: exultemos e cantemos de alegria » (118, 24). Este convite à alegria, que a liturgia de Páscoa assume como próprio, traz em si o sinal daquele alvoroço que se apoderou das mulheres — elas que tinham assistido à crucifixão de Cristo — quando, dirigindo-se ao sepulcro « muito cedo, no primeiro dia depois di sábado » (Mc 16,2), o encontraram vazio. É convite a reviver, de algum modo, a experiência dos dois discípulos de Emaús, que sentiram « o coração a arder no peito », quando o Ressuscitado caminhava com eles, explicando as Escrituras e revelando-Se ao « partir do pão » (cf. Lc 24,32-35). É o eco da alegria, ao princípio hesitante e depois incontida, que os Apóstolos experimentaram na tarde daquele mesmo dia, quando foram visitados por Jesus ressuscitado e receberam o dom da sua paz e do seu Espírito (cf. Jo 20,19-23).
A ressurreição de Jesus é o dado primordial sobre o qual se apoia a fé cristã católica (cf. 1 Cor 15,14): estupenda realidade, captada plenamente à luz da fé, mas comprovada historicamente por aqueles que tiveram o privilégio de ver o Senhor ressuscitado; acontecimento admirável que não só se insere, de modo absolutamente singular, na história dos homens, mas que se coloca no centro do mistério do tempo. Com efeito, a Cristo « pertence o tempo e a eternidade », como lembra o rito de preparação do círio pascal, na sugestiva liturgia da noite de Páscoa. Por isso, a Igreja, ao comemorar, não só uma vez ao ano mas em cada domingo, o dia da ressurreição de Cristo, deseja indicar a cada geração aquilo que constitui o eixo fundamental da história, ao qual fazem referência o mistério das origens e o do destino final do mundo.
Portanto, pode-se com razão dizer, como sugere a homilia de um autor do século IV, que o « dia do Senhor » é o « senhor dos dias ». Todos os que tiveram a graça de crer no Senhor ressuscitado não podem deixar de acolher o significado deste dia semanal, com o grande entusiasmo que fazia S. Jerônimo dizer: « O domingo é o dia da ressurreição, é o dia dos cristãos, é o nosso dia ». De fato, ele é para os cristãos o « principal dia de festa », estabelecido não só para dividir a sucessão do tempo, mas para revelar o seu sentido profundo.
[editar] Em outros idiomas
Idioma | Nome | Significado |
Alemão | Sonntag | Dia do Sol |
Chinês | 星期日 (xīng qī rì) | |
Neerlandês | Zondag | |
Inglês | Sunday | |
Japonês | 日曜日 / Nichiyōbi | |
Sueco | Söndag | |
Dinamarquês | Søndag | |
Catalão | Diumenge | Dia do Senhor |
Castelhano | Domingo | |
Francês | Dimanche | |
Grego | Κυριακή | |
Italiano | Domenica | |
Português | Domingo | |
Romeno | Duminică | |
Estónio | Pühapäev | |
Polaco | Niedziela |
[editar] Ligações externas
- Encíclica Dies Domini sobre o Domingo (em português)