Diabo
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O Diabo (do latim diabŏlus, por sua vez do grego antigo διάβολος, "caluniador") é o nome dado à entidade sobrenatural, um demônio malígno, que personifica o mal, em diversas religiões ocidentais. O grande demônio, é formado por quatro diferentes formas de expressões malígnas, ditos "Príncipes dos Infernos", "quatro infernos": Satã (Fogo), Lúcifer (ar), Belial (terra), Leviatã (água).
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[editar] Nomes mais comuns para o Diabo
Embora originalmente não se relacionem ao Diabo, estes nomes são usados frequentemente para referi-lo:
[editar] Surgimento
Segundo a igreja católica, ele seria a noção de uma entidade sobrenatural e central que incorpora o mal, assim como a noção de entidades que incorporam o bem (anjos), apareceu primeiro, na sociedade ocidental, através do judaísmo, que apropriou-se dos conceitos da religião persa do zoroastrismo.
[editar] Zoroastrismo
Prega-se que havia dois seres opostos que representavam o bem e o mal.
Segundo a igreja católica, Ahura-Mazda e Ahriman ou Angra-Mainyu, respectivamente, senhores do mundo das luzes e do mundo das trevas. Ambos em conflito cósmico até que um pudesse derrotar o outro.
[editar] A visão bíblica cristã
A palavra grega διάβολος (diábolos), traduzida do hebraico, significa aquele que se lança contra, acusador, inimigo, caluniador e enganador. Deus não criou o diabo, e sim um anjo de luz - daí o nome Lúcifer, o portador de luz -, um querubim ungido, responsável pela guarda, um anjo que vivia cheio de resplendor e glória.
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- "Estavas no Éden, jardim de Deus; toda pedra preciosa era a tua cobertura: a sardônia, o topázio, o diamante, a turquesa, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo, a esmeralda e o ouro; a obra dos teus tambores e dos teus pífaros estava em ti; no dia em que foste criado, foram preparados. Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim protelar, entre pedras afogueadas. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti"
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- Ezequiel 28.13.17
Não sabendo guardar a sua posição, Lúcifer concebeu o orgulho e a vaidade no coração e pensou:
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- "Eu subirei ao céu e, acima, das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo"
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- Isaías 14.13.14
Esse foi o erro de Lúcifer: desejar ser igual a Deus. Ele intentou tomar o lugar do Senhor; a criatura almejou ser como o Criador. Lamentável é que ele tenha conseguido arrebanhar parte dos anjos de Deus em sua queda.
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- "E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele"
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- Apocalipse 12.9
[editar] Comentário
Houve uma verdadeira insurreição nos céus. Há quem interprete Apocalipse 12.4 como sendo o número de anjos que Satanás conseguiu arrastar com ele em sua queda: E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu e lançou-as sobre a terra. Se o número é real, podemos entender que a coisa foi muito séria, pois um em cada três anjos de Deus foi contaminado por Satanás e, conseqüentemente, esses anjos foram lançados fora dos céus.
[editar] Interpretação para Diabo segundo o Espiritismo
Segundo o Espiritismo, doutrina baseada em Ciência, Filosofia e Religião, não existem seres devotados eternamente ao mal, tais como o diabo (vide O Livro dos Espíritos - questão 116). Para os espíritas, o diabo seria uma representação simbólica utilizada por diferentes povos e culturas, e este simbolismo tem seu valor de acordo com o contexto abordado.
Ainda segundo o Espiritismo, os seres aos quais se denominou diabos nada mais seriam do que Espíritos desencarnados de pessoas propensas ao mal, que por sua própria vontade e livre arbítrio teriam intenção de prejudicar indivíduos ou coletividades (O Livro dos Espíritos - questão 121 a 123).
Outra diferença na interpretação de diabo que existe entre o Espiritismo e outras religiões é o fato de que essas pessoas desencarnadas e revoltadas, os assim chamados diabos, possuem todas as condições para evoluir e mudar seus pontos de vista, aprendendo a respeitarem a si mesmos e a humanidade. Esta capacidade evolutiva moral, levando de diabos a anjos, seria propiciada por meio da reencarnação com múltiplas experiências ao longo dos séculos, segundo o Espiritismo (O Livro dos Espíritos - questão 132 e 133).