Cruzada albigense
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- "Matem todos, Deus saberá quem são os seus." (monge Arnold Amaury)
A Igreja Católica, sob o comando do Papa Inocêncio III, sentiu-se ameaçada pelo grande número de pessoas que viam no catarismo um retorno ao cristianismo primitivo.
Os Cátaros afirmavam que a Igreja se corrompera desde os tempos de Constantino e rejeitavam todos os sacramentos. O Catarismo considerava o poder papal uma espécie de paganismo sob uma máscara de cristianismo e, por isso, defendiam a volta à igreja simples do Novo Testamento.
Aparentemente eles consideravam o mundo material intrinsicamente mau, mas é importante destacar que grande parte das informações sobre a fé albigense chegaram até nós de fontes suspeitas e corruptas, como a Inquisição, por exemplo. Por isso é difícil saber detalhes daquilo que eles realmente criam. Contudo, certamente buscavam viver como viviam os cristãos no tempo em que o Novo Testamento foi escrito. O exército da Cruzada Albigense (muitos deles vagabundos, aventureiros e mercenários) criado pelo Papa Inocêncio III, foi incentivado pela Igreja a ver os cátaros como discípulos de Satanás que incentivavam o suicídio e proibiam o casamento e a procriação. Mas todos concordam que os Cátaros jamais juravam e condenavam a usura, conforme ensino de Jesus e dos apóstolos.
Em 1208, foi estipulada uma lei imposta também pela Inquisição que declarava o catarismo como herege e em 1209 foi feita a Cruzada Albiginese, um exército sedento de sangue mandado para aniquilar os Cátaros em Carcassonne (capital cátara) e em outros locais. Muitos albigenses foram lançados vivos nas fogueiras ordenadas pelo Papa Inocêncio III. Guardadas as devidas proporções, muitos comparam o holocausto albigense ao holocausto judeu praticado pela intolerância nazista na segunda guerra mundial.