Coritiba Foot Ball Club
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Coritiba Foot Ball Club | |
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Dados do time | |
Local | Curitiba, Paraná |
Apelido | Coxa, Verdão, Alviverde, Cori |
Fundação | 12 de Outubro de 1909 |
Estádio | Couto Pereira |
Capacidade | 52.000 |
Presidente | Giovanni Gionedis |
Técnico | Paulo Bonamigo |
Divisão 2006 | Série B |
Site | www.Coritiba.com.br |
2006 | Série B, 6º |
O Coritiba Foot Ball Club (também conhecido simplesmente por Coritiba) é um time brasileiro de futebol, o mais antigo e vitorioso do estado do Paraná e com uma grande torcida neste estado, sendo carinhosamente chamado de Coxa. Suas principais conquistas são o Campeonato Brasileiro de 1985 e trinta e dois campeonatos estaduais. Conta com uma torcida entusiasmada e sempre presente, que comparece sempre em grande número às dependências do Estádio Couto Pereira. Em 2005, após uma campanha ruim, foi rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro, ficando com a 19º posição na tabela, em um total de 22 times (19º a 22º, rebaixados). Atualmente o time passa por uma reestruturação para voltar à primeira divisão do futebol brasileiro, e está entre os melhores times da Série B do Campeonato Brasileiro.
Índice |
História
Jogadores históricos |
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Segue uma lista dos jogadores que fizeram a história do Coritiba, todos jogadores de seleção brasileira:
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Fundação
No ano de 1909, diversos jovens se reuniam no Clube Ginástico Teuto-Brasileiro para suas exibições de ginástica. No entanto, a atração de uma das reuniões de Setembro acabou sendo outra. A atenção de todos estava voltada para Frederico Fritz Essenfelder, importante membro do grupo, que apareceu no local com uma bola de couro na mão. Após alguns cabeceios e embaixadas, Essenfelder apresentou o objeto aos colegas, explicando que se tratava de uma bola de futebol.
O grupo de jovens se encantou com o novo esporte, e passou a promover partidas entre eles no campo do Quartel da Força Pública. Em pouco tempo, todos estavam completamente apaixonados e decidiram fundar um clube para a prática do futebol, primeiramente chamado de Coritibano Football Club. A fundação ocorreu no antigo Teatro Hauer, na noite de 12 de Outubro de 1909.
Faltava agora apenas um campo para jogar, problema que foi resolvido quando os fundadores conseguiram autorização para usar a área do Jóquei Clube Paranaense. A área foi reformada com obras de terraplanagem, gramado e construção de cercas de arame. O clube jogou ali até 1916, quando passou a mandar seus jogos no Parque Graciosa.
A primeira assembléia foi realizada em 21 de Abril de 1910, após o clube ter solicitado todas as regras do esporte no Rio de Janeiro e em São Paulo. Nessa assembléia, o nome do clube foi alterado para Coritiba, antigo nome da capital paranaense e que foi mantido mesmo com a mudança de nome da cidade. Foi nessa assembléia também que aconteceu a votação para a primeira diretoria, composta pelo presidente João Viana Seiler e seu vice Arthur Hauer, primeiro e segundo secretário José Júlio Franco e Leopoldo Obladen respectivamente, primeiro e segundo tesoureiro Walter Dietrich e Alvim Hauer respectivamente e capitão Fritz Essenfelder.
Na época a capital do Paraná recebia o nome com duas grafias: Coritiba e Curityba. Muitas cartas, jornais e documentos daquela época, até hoje existentes na biblioteca de Curitiba, usavam normalmente a grafia Coritiba e esta foi a adotada para o nome do clube. Embora cause alguma curiosidade, já não provoca confusão, e todos sabem que o nome inspirou-se na capital do Paraná. Também as cores, verde e branco, são uma referência as da bandeira do estado.
A primeira partida
No dia 23 de outubro de 1909 (onze dias após a fundação), foi realizada a primeira partida oficial do alviverde. Um time de funcionários da estrada de ferro de Ponta Grossa recebeu os atletas coritibanos. A partida terminou 1 a 0 para os donos da casa. O time base do Coritiba naquele primeiro confronto era formado pelos próprios fundadores do Clube: Artur Hauer, Alfredo Labsch, Leopoldo Obladen, Robert Juchsch, Carlos Schlender, Fritz Essenfelder, Carl Maschke, Waldemar Hauer, Rudolf Kastrup, Adolpho Müller, Emílio Dietrich, Erothides Calberg e Arthur Iwersen.
Em 1915 João Seiler volta a comandar o clube, que participa do Campeonato da Cidade, primeira competição oficial do Coritiba. No ano seguinte Constante Fruet é o presidente do título do Campeonato da Cidade, vencido em 24 de dezembro. O primeiro título coxa teve Maxambomba como grande destaque. O título estadual de 1916 é conquistado apenas no dia 21 de janeiro de 1917, na vitória sobre o Britânia. Neste ano, também leva o Torneio Afonso Camargo. O Cori passa a jogar no Parque Graciosa, no Juvevê.
Estádio Belfort Duarte, o apelido Coxa e sequência de vitórias
Em 1920 o time é campeão do Torneio Início, e novamente no ano seguinte, assim como também no Torneio da Cruz Vermelha e do Torneio de Tiradentes. Em 1927, já com Antônio Couto Pereira como presidente, o Cori vence o Campeonato da Cidade e a Taça Fox. Em 2 de janeiro, Staco marca sete gols na vitória de 9 a 0 sobre o Savóia. O Coritiba foi campeão do Torneiro Início em 1930 e 1932 e do Campeonato da Cidade e do campeonato estadual em 1931. Da mesma maneira, o clube foi campeão em 1932 do Torneio dos Cronistas Esportivos. No mesmo ano foi inaugurado em 19 de novembro o estádio Belfort Duarte.
Segue então uma fase de vitórias em vários campeonatos, contando com Campeonato da Cidade (1933, 1935 e 1939), campeonato estadual (1933, 1935 e 1939), Torneio Arthur Friedenreich (1934) e Torneio do Início (1939).
Em 1941, durante um Atletiba, o futuro presidente do Clube Atlético Paranaense, Jofre Cabral e Silva, foi tomado pelas emoções do grande clássico e não parou de berrar contra o zagueiro alviverde. Primeiro o chamou de "quinta coluna", em referência a ameaça nazista. Depois, com os nervos ainda mais à flor da pele, engatou de pertinho do campo um grito incandescente: "Coxa Branca! Coxa Branca!".
O apelido acabou "pegando", e no início incomodava não só o presidente Couto Pereira, como toda a torcida alviverde. Com o tempo, porém, o clube passou a contratar jogadores de todas as partes do Brasil e acabou perdendo a velha característica germânica. Com isso, o apelido Coxa acabou sendo adotado também pela torcida do Coritiba e é hoje uma forma carinhosa de se referir ao Verdão.
No começo da década de 1940 o time repete os títulos de 1939, sendo marcados pelos primeiros bicampeonatos do Coritiba. Neno marca sete gols na vitória de 10 a 2 sobre o Jacarezinho em 1 de fevereiro de 1942. Venceram os torneios Imprensa e Luís Aranha em 1943, e o torneio Getúlio Vargas no ano seguinte. Em 1945 conquistam o torneio Cidade de Curitiba. Na mesma época Couto Pereira deixa a presidência do clube após dois mandatos e treze anos no comando do time. O alviverde venceu o Campeonato da Cidade e o campeonato estadual em 1946 e 1947. Em 12 de julho 1949 realizou o primeiro amistoso entre um clube paranaense e uma equipe estrangeira, vencendo o Rapid de Viena por 4 a 0 na Vila Capanema.
O time conquista em 1950 o torneio Triangular de Curitiba, e tanto em 1951 quanto no ano seguinte o torneio Início e o campeonato estadual. São campeões em 1953 dos torneios Quadrangular Interestadual e Quadrangular de Londrina. Tanto em 1954 quanto 1956 e 1957 o Coritiba é campeão paranaense, em 1956 já sob o comando de Aryon Cornelsen, que permeneceu na presidência até 1963. Em 1957 o time ainda ganha o torneio Início.
Fase Evangelino da Costa Neves
Em 1959 e 1960 o Coxa é bicampeão paranaense. Nessa época o time perdeu o célebre jogo da moeda para o Grêmio, pela Taça Brasil de 1960. Evangelino da Costa Neves é eleito em 1967 presidente do clube, permanencendo por mais de vinte anos, em três mandatos. Em 1968 o time é campeão paranaense após oito anos de jejum. Também vence o Torneio Internacional de verão (que levaria também em 1970 e 1971). Também enfrentou (com a camisa da Federação) a seleção brasileira, resultando em 2 a 1 para o Brasil, partida essa realizada em 13 de novembro.
Em 1969 o Coritiba é bicampeão estadual e faz a primeira excursão para o exterior. No ano seguinte, querendo agitar a torcida e reunir recursos para aumentar o Belfort Duarte, Evangelino usa a estratégia do concorrente Atlético e passa a fazer contratações de vulto. Na primeira leva chegam Rinaldo (ex-Palmeiras), Joel Mendes (ex-Santos) e Hidalgo (ex-XV de Piracicaba), que faria história como capitão da equipe. O time então faz nova excursão à Europa e África.
Em 1971 o Coxa assume a hegemonia definitiva do futebol paranaense na chamada década de ouro. O título estadual abre a série do hexacampeonato. É o quinto lugar na primeira edição do campeonato brasileiro. Em 1972, na terceira excursão internacional, consegue invencibilidade e recebe a Fita Azul, sendo também coroado campeão paranaense. No ano seguinte vence o Torneio do Povo e o campeonato estadual. No período entre 1974 e 1976, os três títulos estaduais finalizam a maior seqüência de vitórias na história do profissionalismo no futebol paranaense. Conquistam ainda o Quadrangular de Goiás em 1975 e a Taça Cidade de Curitiba em 1976 e 1978.
O nome do estádio é alterado para Major Antônio Couto Pereira em 1977, e em 1979 o time é bicampeão estadual. Em 1980 o alviverde é o terceiro colocado do campeonato brasileiro. Após a competição, entra em crise administrativa e financeira que reflete no futebol, e que deixou a equipe sem títulos importantes até 1985.
O time vence em 1981 o Quadrangular do Trabalhador, mas quase cai para a segunda divisão paranaense. Pelas más campanhas no Estadual, participam em 1982 e 1983 da Taça da Prata, a segunda divisão do campeonato brasileiro. Na mesma época vencem o Torneio Ak-Waba. Em 1984 o Coxa volta à primeira divisão e termina o Campeonato Brasileiro em quinto lugar.
Campeão brasileiro
Em 1985 acontece a maior glória do Coritiba e do futebol paranaense até então. Desacreditada, a equipe comandada por Ênio Andrade suplanta os desafios e conquista o título brasileiro vencendo nos pênaltis o Bangu em pleno Maracanã. Levaram também o torneio Maurício Fruet. No ano seguinte o time participa da Taça Libertadores com uma campanha discreta e é campeão paranaense. Dois anos após o título nacional o time é convidado pelo Clube dos 13 e participa da Copa União.
Em 1988 o Coritiba quase cai para a segunda divisão paranaense. Usando os preceitos de Neves, o presidente Bayard Osna reformula a equipe no ano seguinte e conquista o campeonato estadual. Fazia boa campanha no Brasileiro, mas não vai a Juiz de Fora enfrentar o Santos e é suspenso pela CBF com a queda automática para a Série B. O drama do ano anterior ainda abate o clube, que perde o estadual para o Atlético em 1990 e cai para a terceira divisão brasileira.
Beneficiado pela CBF, que havia extinguido a Terceira Divisão, o Cori disputa a segunda divisão, e só cai nas semifinais ante ao Guarani. Em 1995, após uma derrota para o Matsubara, Evangelino Neves é pressionado para deixar o clube. Édison Mauad, Sérgio Prosdócimo e Joel Malucelli assumem o Coritiba e lutam para aplacar as dívidas e montar um bom time. Conseguem, e recolocam o Cori na primeira divisão.
Projeto Clube Empresa
Em 1997 o Coxa é campeão do Festival do Futebol Brasileiro. No ano seguinte faz ótima campanha no campeonato nacional, sendo eliminado pela Portuguesa nas quartas-de-final. Em 1999 é sagrado campeão paranaense. Em 2002, depois de um início claudicante, o Cori melhora na temporada e brilha como uma das melhores equipes do campeonato brasileiro. Nos próximos dias, lança o projeto de clube-empresa. No ano seguinte, além de ser campeão estadual invicto, o time chega em quinto no Campeonato Brasileiro e conquista o direito de disputar a segunda Libertadores da América de sua história.
2004 começa com o bicampeonato estadual em cima do Atlético, no Kyocera Arena, vencendo seu arquirival em decisões como não ocorria desde 1978, após empate em 3x3. Em compensação, não vai bem nas copas Sul-Americana e Libertadores e é eliminado na primeira fase de ambas.
Estatísticas
Gols
- Jogos com mais gols
- 1929 - Coritiba 10 x 11 Tiro Pontagrossense
- 1931 - Coritiba 11 x 9 América
- 1922 - Coritiba 8 x 9 Tiro Pontagrossense
- Maiores Goleadas feitas
- 1954 - Coritiba 34 x 1 Sport Aifa (Arabia Saúdita)
- 1985 - Coritiba 16 x 1 Mixto
- 1990 - Coritiba 15 x 0 Operário
- 1910 - Coritiba 15 x 2 Bigorrilho
- Maiores goleadas sofridas
- 1963 - Coritiba 2 x 10 Galatasaray
- 1910 - Coritiba 1 x 8 Manchester United
- 1945 - Coritiba 0 x 7 Boca Juniors
- Maiores goleadas sofridas para clubes brasileiros
- 1913 - Coritiba 0 x 6 Tiro Pontagrossense
- 1915 - Coritiba 0 x 6 Tiro Pontagrossense
- 1942 - Coritiba 1 x 6 Sport
- 1992 - Coritiba 0 x 5 Corinthians
- 2003 - Coritiba 0 x 4 Santos
Participações em Campeonatos Brasileiros
Ano | Posição | Ano | Posição | Ano | Posição | Ano | Posição |
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1971 | 10º | 1981 | 1991 | 2001 | 17º | ||
1972 | 5º | 1982 | 1992 | 2002 | 11º | ||
1973 | 8º | 1983 | 1993 | 23º | 2003 | 5º | |
1974 | 19º | 1984 | 8º | 1994 | 2004 | 12º | |
1975 | 22º | 1985 | 1º | 1995 | 2005 | 19º | |
1976 | 9º | 1986 | 69º | 1996 | 14º | 2006 | |
1977 | 49º | 1987 | 7º | 1997 | 15º | 2007 | |
1978 | 18º | 1988 | 12º | 1998 | 6º | 2008 | |
1979 | 4º | 1989 | 22º | 1999 | 13º | 2009 | |
1980 | 3º | 1990 | 2000 | 27º | 2010 |
Maiores públicos do Coritiba no Estádio Couto Pereira
- Coritiba 0 x 2 Flamengo, 58.311 pessoas, em 21 de maio de 1980
- Coritiba 0 x 0 Atlético-PR, 55.164 pessoas, em 17 de dezembro de 1978
- Coritiba 2 x 0 Colorado-PR, 53.571 pessoas, em 16 de setembro de 1979
- Coritiba 3 x 0 Atlético-PR, 52.028 pessoas, 1 de maio de 1990
- Coritiba 1 x 0 Corínthians, 51.662 pessoas, 11 de maio de 1980
- Coritiba 1 x 1 Vasco, 50.582 pessoas, 12 de dezembro de 1979
Títulos
Resumo dos principais
- Campeonato Brasileiro (1) - 1985
- Fita Azul (1) - 1972
- Torneio do Povo (1) - 1973
- Festival Brasileiro de Futebol (1) - 1997
- Campeonato Paranaense (32) - 1916, 1927, 1931, 1933, 1935, 1939, 1941, 1942, 1946, 1947, 1951, 1952, 1954, 1956, 1957, 1959, 1960, 1968, 1969, 1971, 1972, 1973, 1974, 1975, 1976, 1978, 1979, 1986, 1989, 1999, 2003, 2004.
Futsal
Juniores
- Campeonato Paranaense (5) - 1979, 1980, 1984, 1985 e 1994
- Taça Paranaense (1) - 1985
- Copa São Paulo (1) - 1998
Confrontos
Coritiba x Atlético Mineiro
O clássico do Coritiba com o Clube Atlético Mineiro é o terceiro maior do futebol brasileiro, sendo o mais tradicional fora do eixo Rio-São Paulo. Já foi palco de cinco quartas-de-finais de campeonato brasileiro, duas semi-finais do mesmo campeonato e uma decisão da Copa Sul.
Atletiba
Atletiba é o nome dado ao confronto entre o time com o Clube Atlético Paranaense, ambos clubes da cidade de Curitiba, que ocorrem desde 8 de Junho de 1924. Inicialmente, a rivalidade tinha base em suas origens, com cada um deles representando uma camada social, sendo o Coritiba marcadamente o clube dos alemães. A própria fundação dos clubes tem certa dose de rivalidade, visto que os fundadores de um dos clubes que deram origem ao Atlético eram dissidentes do Coritibano, que mais tarde tornou-se Coritiba.
Com o passar dos anos, a rivalidade foi aumentando, fruto dos inúmeros jogos decisivos que disputaram estes dois rivais e os tornaram as maiores torcidas do Paraná. Pesquisas recentes sobre o tamanho de cada uma das torcidas apontam a do Atlético ligeiramente maior que a do Coritiba, fenômeno decorrente dos últimos bem-sucedidos anos do clube da Baixada [
].A primeira vez que o clássico Atletiba decidiu o Campeonato Paranaense de Futebol foi em 1941, com vitória do Coritiba por 1 a 0. Em 1943, o Atlético deu o troco, com duas vitórias por 3 a 2 nos jogos que lhe deram o bicampeonato paranense em 1942 e 1943 e em 1945 nova vitória atleticana, desta vez por 2 a 1.
Em 1968, um gol de Paulo Vechio no último minuto deu o empate por 1 a 1 que garantiu ao Coritiba o título deste ano e começou a mudar a história deste clássico. Em 1969, o Coritiba foi bicampeão e o Atlético conquistou o Campeonato Paranaense em 1970.
A partir daí, começa um período glorioso para o Coritiba, hexacampeão paranense de 1971 à 1977. Se não tivesse perdido o título conquistado pelo Grêmio Maringá em 1977, o Coritiba teria se sagrado eneacampeão parananense, pois conquistou o título estadual também em 1978 e 1979. Caso o Coritiba tivesse ganho também o campeonato estadual de 1970, teria sido campeão por doze anos seguidos, o que seria o recorde brasileiro de conquistas em estaduais.
Neste período áureo do Coritiba, as vitórias sobre o atleticanos foram muitas, no entanto só ocorreram em finais de campeonato nos anos de 1972 e 1978. Curiosamente, tanto a decisão de 1972, quanto os três jogos finais de 1978 (no qual ocorreram alguns dos maiores públicos da história deste clássico), tiveram como resultado o 0 a 0. Em 1978, o goleiro Manga garantiu o título para o alviverde depois de defender dois pênaltis, mesmo tendo sofrido uma contusão antes das cobranças. Reza a célebre história que o goleiro do Coritiba enfaixou o joelho que não estava machucado, induzindo os batedores do Atlético a erro.
Outros dois empates, em 1983 (1 a 1) e em 1990 (2 a 2) deram o título para o Atlético, que ainda conquistou mais dois campeonatos em 1998 e em 2000.
Em 2004 os clubes protagonizaram uma emocionante final. No primeiro jogo, vitória do Coritiba por 2 a 1 no Couto Pereira. No segundo jogo, uma brilhante alternância no placar fez com que o título trocasse de mãos quatro vezes durante o jogo, ficando definitivamente com o Coritiba após empate no final da partida.
E, em 2005, foi a vez do Atlético conquistar o título ganhando no tempo regulamentar por 1 a 0 e depois na decisão por pênaltis, quando venceu por 4 a 2, com o ex-jogador do Coritiba Lima fazendo o gol do título para os atleticanos. Outras estatísticas do clássico incluem (fonte: www.historiadocoritiba.com.br ):
- 330 confrontos, sendo 127 vitórias do Coritiba, 105 vitórias do Atlético e 98 empates
- 503 gols do Coritiba e 456 gols do Atlético
- Maior invencibilidade do Coritiba - 14 jogos entre 31 de Agosto de 1977 e 7 de Outubro de 1979
- Maior invencibilidade do Atlético - 10 jogos entre 7 de Outubro de 1979 e 3 de Julho de 1983
- Em campeonatos brasileiros da primeira divisão
- 22 confronto, sendo 9 vitórias do Coritiba, 8 vitórias do Atlético e 5 empates
- 23 gols do Coritiba e 21 gols do Atlético
- Maiores goleadas
- Coritiba 6 x 0 Atlético, em 1959
- Coritiba 6 x 1 Atlético, em 1932
- Coritiba 5 x 0 Atlético, em 1967
- Coritiba 5 x 1 Atlético, em 1954
- Coritiba 4 x 0 Atlético, em 1990
- Atlético 4 x 1 Coritiba, em 1986
- Atletibas com mais gols
- Coritiba 7 x 4 Atlético, em 23 de novembro de 1930
- Atlético 6 x 5 Coritiba, em 15 de abril de 1951
- Coritiba 5 x 5 Atlético, em 1952
- Maiores goleadores
- Maior goleador do Coritiba - Neno (anos 40 e 50) com 20 gols
- Maior goleador do Atlético - Jackson (anos 40 e 50) com 14 gols
- Maiores goleadores em um só confronto
- Ninho, em 8 de junho de 1924, fez quatro gols para o Coritiba, que venceu por 6x3
- Guará, em 15 de julho de 1946, fez quatro gols para o Atlético, que venceu por 4x2
- Erádio, em 17 de março de 1954, fez quatro gols para o Atlético, que venceu por 4x3
- Maiores públicos
- Coritiba 0 a 0 Atlético - 55.164, em 17 de dezembro de 1978 no Couto Pereira
- Coritiba 3 a 0 Atlético - 52.028, em 1 de maio de 1990 no Couto Pereira
- Coritiba 0 a 0 Atlético - 47.307, em 13 de dezembro de 1978 no Couto Pereira
- Coritiba 0 a 0 Atlético - 46.217, em 10 de dezembro de 1978 no Couto Pereira
- Atlético 2 a 1 Coritiba - 44.475, em 11 de junho de 1998 no Estádio do Pinheirão
- Coritiba 1 a 1 Atlético - 42.410, em 18 de dezembro de 1983 no Couto Pereira
- Coritiba 2 a 1 Atlético - 40.876, em 1 de maio de 1989 no Couto Pereira
- Coritiba 1 a 1 Atlético - 40.536, em 16 de abril de 1972 no Couto Pereira
- Coritiba 1 a 1 Atlético - 39.800, em 11 de junho de 2000 no Couto Pereira
- Coritiba 1 a 1 Atlético - 37.782, em 31 de agosto de 1977 no Couto Pereira
Paratiba
Paratiba é o nome dado ao confronto entre o time com o Paraná Clube, ambos clubes da cidade de Curitiba. algumas estatísticas do confronto incluem:
- 75 confrontos, sendo 26 vitórias do Coritiba, 26 vitórias do Paraná e 23 empates
- 90 gols do Coritiba e 98 gols do Paraná, com média de 1,3 gols por jogo
- Maiores públicos
- Coritiba 0 x 4 Paraná - 38.821, em 27 de fevereiro de 1994 no Couto Pereira
- Coritiba 1 x 0 Paraná - 35.961, em 27 de junho de 1999 no Couto Pereira
- Coritiba 0 x 0 Paraná - 35.426, em 2 de agosto de 1991 no Couto Pereira
- Coritiba 0 x 1 Paraná - 32.504, em 1 de maio de 1991 no Estádio Pinheirão
- Coritiba 2 x 1 Paraná - 30.438, em 19 de junho de 2005 no Couto Pereira
- Coritiba 0 x 1 Paraná - 29.938, em 28 de julho de 1996 no Couto Pereira
Patrimônio
CT da Graciosa
Em 1988 o presidente Bayard Osna determinou a construção de um centro de treinamento para o Coritiba. Foi adquirido um terreno na antiga estrada da Graciosa, próximo ao trevo do Atuba, cerca de nove quilômetros da sede principal, no Alto da Glória. Mas foi somente em 1995 que o segundo passo foi dado. Joel Malucelli, Sérgio Prosdócimo e Édson Mauad assumiram o Coritiba e deram início às obras.
O engenheiro José Arruda, na época Vice-Presidente do clube, foi à pessoa que ficou responsável e se lançou nesse desafio com confiança e determinação, contando com o apoio de uma competente comissão de obras. A maior parte do dinheiro que viabilizou a construção veio de contribuições mensais do Conselho Deliberativo, presidido na época por Manoel Antonio de Oliveira.
O CT da Graciosa foi inaugurado no dia 20 de Dezembro de 1997. Após muita dedicação e trabalho de todos que ajudaram, o sonho se tornou realidade. Em 2002, Giovani Gionédes assumiu o clube e começou um planejamento estrutural arrojado, que se iniciou com a ampliação e modernização do patrimônio Alviverde.
Hoje, o Centro de Treinamento Bayard Osna se tornou uma referência de modernidade e de espaço para o trabalho dos profissionais do futebol. O trabalho da família coxa-branca fez do Coritiba um dos clubes do país com uma das melhores estruturas. Nela, está galgado o trabalho de aperfeiçoamento da base e a cada ano craques despontam nos seus gramados, sempre com acompanhamento dos melhores profissionais, até chegarem à equipe profissional e tornarem-se ídolos da nação coxa-branca.
O CT conta com cinco campos oficiais de futebol (70x110m), com diferenciados gramados. Além disso, três vestiários, piscina térmica, estacionamento, comitê de imprensa. Para a área médica existe uma moderna clínica de fisiologia, uma completa academia, além de clínicas de fisioterapia, psicologia e nutrição.
Estádio
O estádio Major Antônio Couto Pereira é o maior do Paraná, foi fundado em 1909 e tem capacidade para 37.182 pessoas. É apelidado pelos torcedores e pela mídia simplesmente por Couto Pereira. O maior público registrado foi no ano de 1984 quando da visita de João Paulo II, estimado em 70.000 pessoas.
Em uma reforma ocorrida em 2005 as dimensões do gramado foram ampliadas e as grades de proteção foram removidas, facilitando a visualização do jogo em todos os setores do estádio. Além disso, os equipamentos do campo foram atualizados (traves, gramado, bancos de reserva, ...).
Entitulado originalmente Estádio Belfort Duarte, seu nome foi modificado para o atual em 1977 após reformas para ampliação. Foi uma homenagem a um dos maiores incentivadores para que o estádio pudesse tornar-se realidade.
Torcida
Historicamente a torcida do Coritiba é das maiores do Paraná, estando sempre presente com o clube, mesmo nos momentos mais difíceis. Trata-se de uma torcida apaixonada, reconhecida nacionalmente por esse amor incondicional ao clube.
Em 2004 estiveram presente, pela Libertadores da América, em todos os países no qual o Coritiba disputou o torneio, tais como Peru, Paraguai e Argentina. O clube é detentor da maior torcida organizada do sul do Brasil, a Império Alviverde, que tem importante papel na cidadania da cidade de Curitiba, com seus trabalhos de ações preventivas a violência, e também com ações de caridade.
Desde a sua fundação, em 12 de outubro de 1909, o Coritiba sempre foi um dos dois clubes mais populares do Paraná. Já em 15 de janeiro de 1935, o jornal Gazeta do Povo publicou resultado parcial de uma enquete (os votos eram depositados em urnas) que ajuda a compreender o porte das torcidas do Paraná e de Curitiba naquela época. Computados mais de 5.400 votos, os resultados apontavam: Coritiba 86,2%; Londrina 5,9%; Britânia 3,1%; Atlético 2,8 %; outros clubes 3%.
Na edição de 2 de dezembro de 1985, a revista Placar publicou pesquisa feita, em Curitiba, pelo Instituto Paranaense de Estatísticas. O resultado já indicava uma tendência de cresmimentos das torcidas rivais na ordem das maiores torcidas da cidade: Coritiba 73%; Atlético 26%; e outros 1%. Na faixa entre 10 e 17 anos, o Coritiba já liderava com 86% contra 14% do rival Atlético.
A torcida do Coritiba, de acordo com pesquisa realizada pelo instituto Ibope à pedido do jornal esportivo Lance! em 2004, é hoje a maior do estado do Paraná e a 8ª do Brasil, com 4,5 milhões de fanáticos espalhados pelo Brasil.
Mascote
O Mascote do Coritiba é um simpático velhinho com o nome de Vovô Coxa. Ele representa as raízes do Coritiba, um clube de origem alemã que cativou e conquistou os paranaenses e os brasileiros.
Bibliografia
Ver também
Ligações externas
- Página oficial do Coritiba FootBall Club
- Coxanautas - A torcida Coxa na internet
- Império Alviverde
- História do Coritiba
- Turma do mascote Vô Coxa
- Fórum sobre o Coritiba FootBall Club
- Torcida Mancha Verde do Coritiba
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