Companhia das Índias Orientais
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Três organizações distintas com objetivos comerciais no Sueste asiático, de origens francesa, holandesa e inglesa, tiveram a denominação comum de Companhias das Índias Orientais.
A organização francesa foi fundada em 1664 para fazer concorrência às Companhias das Índias Orientais holandesa e inglesa. Até meados do século XVIII foi menos bem-sucedida que suas rivais mas, liderada pelo ambicioso governador Dupleix, a companhia passou a ser uma grande ameaça à influência inglesa na Índia, principalmente pelas alianças que estabeleceu com governantes locais no sul daquele país. Ostentou durante 50 anos o monopólio de navegação e comércio nos oceanos Pacífico e Índico, na área situada entre os cabos de Horn e da Boa Esperança. A Companhia prosperou e estendeu suas operações à China e à Pérsia. Em 1719, foi reorganizada com as companhias coloniais francesas da América e África, sob o nome de Compagnie des Indes (Companhia das Índias). A Companhia prosperou na Índia durante o mandato do governador Joseph François Dupleix, entre 1742 a 1754. As operações da Companhia foram suspensas definitivamente, por decreto real, em 1769.
A companhia holandesa foi criada em 1602 sob a proteção do príncipe Maurício de Nassau para coordenar as atividades das companhias que concorriam no comércio nas Índias Orientais e para agir como um braço do Estado holandês em sua luta contra a Espanha. Em 1799, foi liquidada e seus débitos, posses e responsabilidades foram assumidos pelo governo holandês. Seu monopólio se estendia desde o cabo da Boa Esperança até ao estreito de Magalhães. A influência e a atividade holandesa se expandiram por todo o arquipélago malaio, China, Japão, Índia, Pérsia e pelo cabo da Boa Esperança.
A companhia inglesa era uma organização formada por mercadores londrinos e durante dois séculos e meio transformou os privilégios comerciais na Ásia em um império centrado na Índia. Licenciada em 1600, a companhia logo perdeu as ilhas Molucas para os holandeses, mas em 1700 já havia assegurado importantes portos comerciais na Índia, principalmente Madras, Bombaim e Calcutá. Em meados do século XVIII, as hostilidades anglo-francesas na Europa refletiram-se em uma luta pela supremacia com a companhia francesa. O comandante inglês Clive foi mais hábil que o governador francês Dupleix no sul da Índia e interveio na rica província de Bengala, no nordeste. A vitória sobre o governador de Bengala em 1757 deu início a um século de expansão, e a Companhia Inglesa das Índias Orientais emergiu como o grande órgão europeu na Índia, apesar da forte disputa com os franceses.