César Silveira
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[editar] César Silveira
César Silveira é Paulistano, Tradutor e Poeta. Tem publicados: Verso e palavra (Edição Artesanal + Ebook, 2004) e Prelúdio (Edição Artesanal, 2005).Tem ainda o inédito ' Poligonia Urbana ' a ser publicado em 2007. Atualmente trabalha como consultor de multimeios na agência interatividade (www.interatividade.ppg.br). È membro e integrante do grupo de criação poética Rascunhos Poéticos, alocado na Casa Das Rosas SP.
César Silveira nasceu em São Paulo 1979. aprendeu a gostar de literatura mais especialmente a poesia por influencia de sua avó.
Tem poemas publicados em diversos sites revistas, jornais, etc. Os principais são o site da editora blocos, jornal de poesia, o casulo, site do projeto identidade e companhia da poesia (portugal), revista caqui (Haikais).
Foto: Virada Cultural/Recital de Poesias 20/11/05 - 3:30h na Casa Da Rosas. Na foto Poeta César Silveira e o Poeta Frederico Barbosa (de chapéu).
Participa constantemente de recitais e encontros poéticos e debates literários, tem se dedicado a estudos pesquisas tradução para aprimoramento de seus conhecimento literários, assim declarado por ele mesmo. Nestes estudos há ênfase e espaço para a poesia oriental muito divulgada no Brasil por Guilherme de Almeida e posteriormente por Paulo Leminski e Alice Ruiz. Seguem alguns haikais publicados no espaço Graffiti da Revista Caqui, especializada neste tipo de poesia.
XI.2710.05
Noite chuvosa
Vai e vem das folhas
Dança do vento
XII.2810.05
Quase Verão
Grilos e Cigarras
Orquestram jardins
[editar] A Obra
Verso & Palavra, publicado no inverno de 2004 o livreto de edição artesanal, mas de altíssima qualidade, retrata um poeta atendo ao cotidiano e a suas influencias interiores, sendo assim, plenamente contemporâneo com pitadas de lirismo. A forma criativa e artesanal a qual foi empregada nesta publicação também nos chama atenção, por se tratar de uma dobradura ou uma espécie de origami. O que atrai mais ainda a atenção para criatividade desta jovem promessa da literatura Brasileira.
Poemas do livro Verso & Palavra:
Poetizaraux
Para o poeta anônimo
Verso e palavra
Estrofes
Trotes
Verso e frente
Que nada sente
Ouvir
Falar
Verso que lavra
Evade
Invade
Verso e palavra
Apóstrofes
Em estrofes
Reticências
E vivências
Retrato Brasilístico
Nem tudo se retém
Nem tudo é amém
Vida sofrida
Dia na lida
Alocado sem teto
Malocado num beco
Bebendo no boteco
Vai nascer seu neto
Pouco pra comer
Muito pra beber
Volta então, pra tua terra
Como quem vem da guerra
O sonho findar-se-ou
Tudo que buscou
Nada encontrou
E a vida já passou
Nem tudo você tem
Nem tudo acaba bem
Prelúdio, publicado na primavera de 2005, por incentivo de seu amigo o poeta pernambucano, Fabiano Calixto. È uma espécie de preparação para algo maior, é possível constatar experimentos e uma diversidade de técnicas construtivas utilizadas nos poemas ali publicados. Este também é um trabalho quem envolve não só a criatividade e espontaneidade poética mas novamente traz uma forma inovadora de apresentar seu livro. Trabalhando ainda com dobraduras e recortes em papel, aspecto e formato que tem sido muito elogiado e aceito por acadêmicos e leitores em geral.
Poemas do livro Preludio:
Sedução
Curvas
Envolventes
Envoltas
Pernas entrelaçadas
O corpo
- dois corpus –
num gesto
singelo – o toque –
tuas mãos
percorrem
minhas curvas
O sol
O sol
chega tímido
ao chão
em meio
A floresta.
O chão
protegido
pelas copas das árvores!
Se mantém
frio e
húmido
Assegurando
a Vida.
O sol
cega os olhos
racha o solo
em pleno
Sertão.
O solo
castigado
pelo calor que mata!
Observo o cacto
que luta
pra manter-se
Vivo
no Sertão.
== Polígonia Urbana == é seu mais recente trabalho concluído, com previsão de publicação ainda em 2006. Vem com a promessa de ser interessante.
¿Polígonia Urbana?
Nas atuais condições, em que vivemos, a chamada “Selva de Pedra” é o cenário caótico resultante do tal progresso, tão desejado em tempos remotos. O contraste em âmbito nacional, as condições subumanas do sertão e as falsas esperanças subjetivas da metropolização, desfazem famílias e consomem a já extinta auto-estima.
Não engajada.
Não política.
A Polígonia Urbana é o retrato deste cenário inevitável. Cenário que impressiona, pela diversidade de formas geométricas, que crescem e avançam desordenadamente em todas as direções. Fruto do controle desregrado do progresso global. Parafraseando com teorias infundadas, do fundamento urbanoide, o bate-estacas incansável, tanto quanto a busca humana por algo melhor. Retângulos, esferas, círculos, triângulos, cubos e demais formas. Formas Gigantescas por todos os lados. Quadriláteros e polígonos, sem culpa. Que hora nos orgulham, hora nos amedrontam. Dilemas complexos deste contexto, que fascinam os olhos e ouvidos deste jovem poeta. Nativo dessa realidade contemporânea, que em forma de poesia traduz e transcreve - sua óptica humana – e a denomina Polígonia Urbana.
Uma nova verbete ou um novo significado? O emprego desse termo, em uso prático ou inserido, em alguma publicação é datado de 1963, foi usado como titulo de um livro de poemas. O livro “Polígonia do soneto” do poeta português Ernesto de Melo e Castro, um dos grandes nomes da poesia experimental, na língua portuguesa. “Poligonia” é uma palavra usada também por profissionais de design em três dimensões, havendo maior evidência em jogos, faz referencia as formas geométricas que compõe um objeto ao ser rederizado. Neste estudo neologista, César Silveira insere a palavra acentuada, herdando uma característica, não constante no uso anterior da palavra.
Veja como o poeta define e explica essa verbete: Estou atribuindo aqui um novo significado à palavra. Polígonia é a junção das palavras polígono + agonia. É um grito silencioso destas formas assíncronas e anti-simétricas, com as quais convivemos. E ainda, satisfaz a ambigüidade poética, na forma proposta com o uso do prefixo “poli” – multiplicidade, pluralidade – sugerindo a idéia de múltiplas e diversas agonias, agonias mudas do cenário urbano.
Alguns poemas do livro Polígonia Urbana:
Geometrix
Não quero
correr o risco
Faço um círculo
um rabisco
Não posso
dar uma volta
Sigo esta reta
O lápis me escolta
em uma linha di-reta
no final existe
um ponto
Chegando lá
me encontro
Imagem
Ao centro da
íris
- verde -
Rebatem os reflexos
minhas cores
...outras cores
A lua
hoje num banco – mais alvo
que a neve – enche as
frestas
recobre - cada vão -
e dá mais
brilho a este olhar
que me
cativa
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