Bioética
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Bioética é o estudo transdisciplinar entre biologia, medicina e filosofia (dessa, especialmente as disciplina da ética, da moral e da metafísica), que investiga todas as condições necessárias para uma administração responsável da vida humana (em geral) e da pessoa (em particular). Considera, portanto, a responsabilidade moral de cientistas em suas pesquisas, bem como de suas aplicações. São temas dessa área, questões delicadas como a fertilização in vitro, o aborto, a clonagem, a eutanásia, e os trangênicos.
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[editar] História
"Bioética" é um neologismo construido a partir das palavras gregas bios (vida) + ethiké (ética). As diretrizes filosóficas dessa área começaram a surgir após a tragédia do holocausto da Segunda Guerra Mundial, quando o mundo ocidental, chocado com as práticas abusivas de médicos nazistas em nome da Ciência, criam um código para limitar os estudos relacionados. Formula-se aí também a idéia que a ciência não é mais importante que o homem. O progresso técnico deve ser controlado e acompanhar a consciência da humanidade sobre os efeitos que eles podem ter no mundo e na sociedade para que as novas descobertas e suas aplicações não fiquem sujeitas a todo tipo de interesse.
O termo foi mencionado pela primeira vez nos anos 70, em um artigo do oncologista e biológo americano Van R. Potter (The science of survival); pouco tempo depois, uma abordagem mais incisiva da disciplina foi feita pelo obstetra holandês Hellegers.
Mais que uma meta-ética, a bioética transpõ-se a um movimento cultural: é nestehumanismo que se pode englobar conceitos entre o prático biodireito e o teórico biopoder. É desta maneira que sua constantemente revisão e atualização se torna uma caracteristíca fundamental.
[editar] Tópicos
A problemática bioética é numerosa e complexa, envolvendo fortes reflexos na opinião pública pelas midias de massa. Alguns exemplos dos temas alarmados:
[editar] Teorias
Edmund Pellegrino, um dos pais da bioética, afirma que se deve buscar a raiz humanista da medicina, e que tal operação deve passar pela redescoberta da tradição hipocrática. Beauchamp e Childress, por sua vez, propõem uma teoria de princípios que determina quatro princípios para a ética biomédica: autonomia da medicina, não-malefício, benefício e justiça. Robert Veatch propõe cinco pontos fundamentais na relação entre o médico e o paciente: autonomia, justiça, compromisso, verdade e não matar.
A teoria utilitarista, em contraposição direta com o paradigma tradicional da ética médica, remove a sacralidade da vida humana do centro da discussão e a substitui pelo paradigma de maximização da qualidade de vida.