Animal Farm

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Animal Farm (O Triunfo dos Porcos em Portugal) é um romance alegórico da autoria de George Orwell.

Índice

1 Um Pouco de História
2 Resumo
3 Notas
4 Em Análise
5 Ligações externas

[editar] Um Pouco de História

O Triunfo dos Porcos, “Animal Farm” na versão original inglesa, é um clássico lançado nos finais da II Grande Guerra, em 1945, da autoria de Eric Blair, conhecido pelo pseudónimo de George Orwell. George Orwell era socialista, pelo que tanto criticava abertamente o comunismo como o capitalismo. Neste livro, o autor constrói uma sátira em que critica a Rússia Soviética e o autoritarismo, ambos resultantes da Revolução Soviética. Pelo que, devido ao facto de, na altura da sua primeira publicação, a URSS ser aliada da Inglaterra, o autor teve complicações em publica-lo. O Triunfo dos Porcos conta ainda com uma adaptação para o cinema em 1999, dirigida por John Stephenson.

AVISO: Este artigo ou seção contém revelações sobre o enredo (spoilers).

(Atenção professora Nadine, isto não é plágio, foi o que eu fiz!)

[editar] Resumo

Numa quinta algures em Inglaterra, nos finais dos seus gloriosos dias, um velho porco, o Velho Major, convoca todos os animais da Quinta Manor para uma reunião de forma a expor o sonho que tinha tido na noite anterior. Começa por criticar o facto de os animais sempre se terem subjugado ao homem, apesar este ter capacidades inferiores às de todos eles. Reforça ainda ao dizer que o homem é a única criatura que consome sem produzir. O sonho que o velho porco queria transmitir era com uma revolução, na qual os animais se libertaram do homem. Transmite aos outros uma música, que ouvira enquanto novo e mas que só nessa altura lhe viera à memória, os Animais de Inglaterra, que resume a filosofia que apresenta, o Animalismo. Alguns dias depois morre.

Estas palavras do Velho Major fizeram os animais pensar e começa a surgir a vontade de mudar as suas vidas, defendendo o Animalismo. Reúnem-se em segredo, planeando uma revolução. Desde muito cedo, os porcos tomam a liderança da revolução, de onde se distinguem Napoleão e Snowball. O Animalismos foi tomando forma durante meses. O dono da quinta, Sr. Jones, em tempos fora um bom agricultor, que cuidava bem dos seus animais, mas desde que tinha começado a beber toda a quinta passara a sofrer de falta de cuidados. Um dia quando voltou da taberna, embriagado, esqueceu-se de alimentar os animais, o que desencadeou a revolta. Sr. Jones é expulso da quinta pelos animais que destroem todos os símbolos da sua opressão e comemoram a sua nova vida de liberdade com uma dose de ração extra.

A Quinta Manor é rebaptizada de A Quinta dos Animais, os porcos, que já tinham sido líderes da revolução, por serem considerados os mais inteligente, materializam o Animalismo, fazendo uso do facto de terem aprendido a ler e a escrever pelos livros que encontram em casa de Sr. Jones, e escrevem na porta do celeiro os sete mandamentos para que todos possam ver e que passarão a reger a vida de todos os animais na quinta, são eles os seguintes:

1º - Tudo o que tem duas pernas é inimigo.

2º - Tudo o que tem quatro pernas ou asas é amigo.

3º - Nenhum animal usará roupas.

4º - Nenhum animal dormirá numa cama.

5º- Nenhum animal beberá álcool.

6º- Nenhum animal matará outro animal.

7º- Todos os animais são iguais.

Para além destes mandamentos, a casa de Sr. Jones é transformada em museu e num sítio onde nenhum animal entrará. Ficou ainda decidido que nenhum animal contactará com os humanos. Para os animais menos inteligentes os porcos resumem os mandamentos em apenas “Quatro pernas bom, duas pernas mau!” que passou a ser repetido constantemente pelas ovelhas.

Os porcos organizam a vida na quinta, melhorando as condições de trabalho na quinta e a sua produção. Todos trabalham. Os porcos dedicam-se a aprender o que encontram nos livros de Sr. Jones. Snowball, que tinha estudado tácticas de guerra de César, organiza os animais na luta contra Sr. Jones, que, com o apoio de agricultores de quintas vizinhas, procura recuperar a quinta mas é derrotado pelos animais que lutam corajosamente pela sua liberdade. Snowball e o cavalo Boxer são condecorados pela sua bravura em combate, Napoleão também recebe uma medalha apesar de não ter combatido. A partir deste momento os dois porcos começam a divergir cada vez mais nas suas ideias para a quinta.

Snowball procura modernizar a quinta, pelo que começa a fazer planos para a construção de um moinho de vento que permitirá aumentar a produtividade da quinta e aliviar os animais. Napoleão declara-se contra essa ideia e, fazendo uso de seis ferozes cães, tirados em pequenos da mãe e criados secretamente por este, tenta matar Snowball que consegue fugir da quinta e nunca mais volta. Napoleão convence os outros animais que este era um traidor, aliado de Sr. Jones.

Napoleão torna-se o único líder da quinta, retoma a ideia de construir o moinho de vento, roubando as ideias e planos de Snowball. As condições de trabalho pioram no esforço de construir o moinho, cada vez se trabalha mais e as rações são progressivamente diminuídas. No entanto os porcos continuam bem alimentados, salvaguardando todos os alimentos necessários à sua saúde, justificando-se pela sua importância para a revolução.

Algum tempo depois, os porcos começam a negociar com os agricultores da região, recusando a existência de uma resolução de não contactar com os humanos, e que essa tinha sido uma invenção de Snowball, transformado num dos principais inimigos da revolução dos animais. Os porcos passam ainda a viver na antiga casa de Sr. Jones e começam a modificar os mandamentos que estavam na porta do celeiro:

4º - Nenhum animal dormirá numa cama com lençóis.

5º - Nenhum animal beberá álcool em excesso.

6º - Nenhum animal matará outro sem motivo.

Passado um ano, o moinho está quase pronto, mas uma tempestade destrói-o e Napoleão volta a acusar Snowball pelo facto e empreende-se de imediato a sua reconstrução. O hino da Revolução, Animais de Inglaterra é banido, já que a sociedade ideal descrita, segundo Napoleão já teria sido atingida sob o seu comando. As condições de trabalho vão piorando e quando o moinho está quase pronto, Sr. Jones ataca novamente a quinta. Os animais conseguem mais uma vez vencer mas o moinho é destruído. Leva mais 3 anos a ser reconstruído, as horas de trabalho são exageradas e juntamente a uma nova diminuição da ração leva a que Boxer, o cavalo adoeça. Vem uma carroça busca-lo, mas apesar de Napoleão afirmar que o estão a levar para o Hospital, o burro Benjamim repara na inscrição da carroça e fica a saber que afinal foi vendido a um fabricante de cola.

Napoleão, os outros porcos e os agricultores da vizinhança celebram, em conjunto, a produtividade da Quinta dos Animais. Os outros animais trabalham arduamente em troca de míseras rações. No final, os animais, ao olhar para dentro de casa já não conseguem distinguir os porcos dos homens.

O slogan das ovelhas muda ligeiramente, “Quatro pernas bom, duas pernas melhor!”(1). O último mandamento, que haveria sido considerado o mais importante, muda e torna-se único:

Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros.

[editar] Notas

(1) De facto, em inglês, a alteração, a nível fonético é muito ligeira: o primeiro slogan é Four legs good, two legs bad! e o segundo é Four legs good, two legs better!.

[editar] Em Análise

E impressionante como o autor consegue retratar tão bem os acontecimentos históricos da Revolução Soviética. Apesar de nunca existir referência, um ligeiro conhecimento histórico sobre essa revolução permite desde logo fazer a associação. Mas, a obra, constitui não só uma alegoria para essa Revolução, mas também para todas as revoluções, e como os ideais acabam por ser corrompidos pelo poder, dinheiro acabando por resultar numa situação em tudo semelhante ao que existia antes da Revolução. Para isto contribui certamente o facto da história ser contada por um narrador neutro, na terceira pessoa, passando-se numa quinta algures em Inglaterra, uma localização indefinida, que torna esta uma fábula de carácter universal.