Anatta
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Anatta (Pali) ou Anatman (Sânscrito) é a doutrina Budista da inexistência de um "eu" permanente e imutável.
De acordo com o Budismo, todas as coisas componentes ou condicionadas são impermanentes e estão em constante estado de fluxo. Segue-se daí a idéia de "não-eu" (Anatta), que nega a existência de uma essência pessoal imutável e independente - em oposição à doutrina hinduísta de Atman.
Os budistas afirmam que a noção de um "eu" permanente é uma das principais causas das guerras e conflitos na história humana, e que vivendo de acordo com a noção de Anatta ou não-eu podemos ir além de nossos desejos mundanos. Na linguagem cotidiana fala-se em "alma", "eu" ou "self" nos meios budistas, mas sempre com o entendimento de que nós somos interdependentes com outros em vez de personalidades independentes imutáveis. Na morte corpo e mente se desintegram, mas se a mente desfeita contém quaisquer resíduos kármicos causa uma continuidade de consciência que reverbera em uma mente nascente em outro ser (e.g. um feto em desenvolvimento). Portanto o ensinamento budista é de que seres renascidos não são completamente distintos nem completamente iguais a seus antecessores.
Essa noção contrasta com o conceito hinduísta de Atman, que seria o que reencarna, representando a mais elevada centelha divina em cada ser humano. O pensamento budista nega essa idéia. Tanto o Budismo quanto o Hinduísmo concluem que há continuidade entre vidas, no entanto suas doutrinas sobre o que continua de uma vida para outra divergem; em um há um "eu" transcendente (Atman), no outro há apenas tendências e processos mentais que renascem.
[editar] Ver também
- Shunyata