Ópera Garnier
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A Ópera Garnier ou Palais Garnier é uma casa de ópera localizada no IX distrito de Paris, França. O edifício é considerado uma das obras-primas da arquitetura de seu tempo. Construída em estilo neobarroco, é o 13º teatro a hospedar a Ópera de Paris desde sua fundação por Luís XIV em 1669. Sua capacidade é de 1979 espectadores sentados.
O palácio era comumente chamado apenas de Ópera de Paris, mas com a inauguração Ópera da Bastilha em 1989, começou a ser tratada de Ópera Garnier, pelo motivo que é explicado a seguir, na rubrica História.
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[editar] História
Projetada como parte da grande reconstrução de Paris no período do Segundo Império, liderada pelo Barão Georges-Eugène Haussmann, a nova casa de ópera foi precedida de autorização concedida por Napoleão III a Haussmann em 1859 para limpar 12.000 m² de terreno no qual ela foi construída. O projeto foi aberto a concurso público em 1861 e o arquiteto Charles Garnier (1825-1898) foi o vencedor. Era então um profissional desconhecido de 35 anos de idade, e posteriormente construiu também a Ópera de Monte Carlo, em Mônaco.
A pedra angular foi colocada em 1861, e a construção teve início em 1861. Depois de inúmeros contratempos, a obra foi completada em 1874. Foi interrompido por numerosos incidentes, incluindo a Guerra Franco-Prussiana, a queda do Império francês e a Comuna de Paris. Outro problema foi o próprio terreno, extremamente pantanoso, com água subterrânea (ou com um lago subterrâneo), que resultou em bombeamentos contínuos de água por oito meses, antes que as fundações pudessem ser lançadas. Conta-se que teria sido necessária a construção de um reservatório no subsolo do edifício. Esse reservatório ou "lago" teria inspirado a lenda cantada em O Fantasma da Ópera.
O Palácio Garnier foi formalmente inaugurado em 15 de janeiro de 1875, com a representação da ópera A Judia, de Fromental Halévy e trechos de Os Huguenotes, de Giacomo Meyerbeer.
Durante a construção do metropolitano/metrô de Paris, a existência de um lendário rio, o Grange-Batelière, foi descartada. Pensava-se que ele fluia por área próxima à Ópera Garnier. Quando a estação Opéra do metrô foi construída, havia receio de que a característica entrada das estações parisienses em estilo art nouveau em ferro fundido poderia conflituar com a fachada do Palácio. Como resultado, balaustradas em mármore foram empregadas.
O majestoso edifício tem área total de 11.000 m² (ou 118.404 ft²) e o imenso palco pode acomodar até 450 artistas. O estilo é monumental, o prédio é ornamentado e opulentamente decorado com elaborados frisos de mármore multicolorido, colunas e muitas estátuas. O interior é também muito rico, com veludos, superfícies folheadas a ouro, querubins e ninfas. O candelabro central do salão principal pesa mais de seis toneladas, e o teto foi pintado em 1964 por Marc Chagall.
Diz a lenda que a imperatriz Eugénie de Montijo perguntou a Garnier se o palácio seria em estilo grego ou romano, ao que o arquiteto teria respondido: "Ele é no estilo Napoleão III, Madame!"
A Ópera Garnier também provê o pano de fundo para a história contada no romance O Fantasma da Ópera, de Gaston Leroux e os muitos livros e outras obras baseadas naquele texto.
[editar] A Ópera Garnier hoje
O Palácio Garnier é um dos dois teatros que abrigam a Ópera Nacional de Paris, sendo o outro a Ópera da Bastilha.
[editar] Como chegar
Estação de metrô Opéra.
[editar] Ver também
- Balé da Ópera de Paris
- Ópera Nacional de Paris.
[editar] Referências
- ((en))Beauvert, Thierry, Opera Houses of the World, The Vendome Press, New York, 1995. [ISBN 0-86565-978-8]
[editar] Ligações externas
- ((fr)) Página oficial da Ópera Garnier (em francês)
- ((en))Panorama do interior do Palácio (em inglês)
- ((en))Para mais informações sobre a ópera