Peixe-boi
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- Nota: Se procura o peixe, consulte Acanthostracion quadricornis.
Peixe-Boi
Estado de conservação: |
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Classificação científica | ||||||||||||
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Espécies | ||||||||||||
Trichechus inunguis |
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Distribuição do Trichechus: verde: T. manatus vermelho: T. inunguis laranja: T. senegalenis |
O Peixe-boi, manatim, manatí ou manati, também chamado de guaraguá e, no caso da espécie marinha, vaca-marinha, é um mamífero aquático da família dos Triquequídeos, podendo pesar algo em torno de 750 kg quando adulto e medir 4,5 m de comprimento. São animais ameaçados de extinção e se encontram protegidos por lei no Brasil.
Existem três espécies de peixe-boi: Trichechus senegalensis vive no Atlântico, habita as águas doces e costeiras do oeste da África , a segunda, Trichechus manatus, tem ampla distribuição nas Américas, indo desde o México, os Estados Unidos, vivendo nas ilhas da América Central, na Colômbia, Venezuela, nas Guianas, no Suriname e no Brasil. A espécie Trichechus inunguis, o peixe-boi da Amazônia, é fluvial e vive nas bacias dos rios Amazonas e Orinoco.
Índice |
[editar] Hábitos
São animais de hábitos solitários sendo raramente vistos em grupo fora da época de acasalamento. Durante os primeiros dois anos de vida vivem com suas mães e ainda se alimentam de leite. Depois do desmame vivem até os 50 anos e podem ser vistos se alimentando juntos no mesmo local. São animais muito mansos e, por este motivo, são facilmente caçados e se encontram em risco de extinção.
[editar] Habitat
Habitam ambientes aquáticos da costa Atlântica Americana, desde a Geórgia (Estados Unidos) até o estado de Alagoas. O assoreamento dos estuários onde as fêmeas dão à luz aos filhotes é outro motivo para ameaça de extinção desta espécie.
[editar] Aspectos morfológicos
Possuem corpos robustos e maciços com cauda achatada, larga e disposta de forma horizontal. A dentição desses animais é reduzida a molares, que se regeneram constantemente, em virtude de sua dieta vegetariana quando adultos. Têm a pele rugosa, com a cor variando entre cinza e marrom-acinzentado. A cabeça fica bem junto ao corpo. Pode-se quase afirmar que ele não tem pescoço, apesar de conseguir movimentar a cabeça em todas as direções. Ele tem olhos pequenos mas enxerga bem, sendo capaz até mesmo de reconhecer cores. O nariz está bem em cima do focinho, com duas grandes aberturas. O peixe-boi não possui orelhas. Os ouvidos são apenas dois orifícios um pouco atrás dos olhos, mesmo assim pode ouvir muito bem. Sua boca é grande com os lábios superiores amplos e se movimentam na hora de pegar o alimento. No focinho, o peixe-boi tem muitos pêlos, chamados vibrissas ou pêlos táteis que são sensíveis ao movimento ou ao toque.
[editar] Alimentação
Alimentam-se de algas, aguapés, capins aquáticos entre outras vegetações aquáticas. Podem consumir até 16 kg de plantas por dia e armazenam até 60 litros de gordura como fonte energética para a época da seca, quando diminui a disponibilidade das gramíneas com que se alimentam. Estas folhagens contém sílica, elemento que desgasta rapidamente os dentes mas os manatis são adaptados, seus molares deslocam-se para a frente cerca de 1 mm por mês e se desprendem quando estão completamente desgastados, sendo substituídos por dentes novos situados na parte posterior da mandíbula.
[editar] Reprodução
Possuem taxa reprodutiva muito baixa pois a fêmea tem, geralmente, um filhote a cada três anos, sendo um ano de gestação e dois anos de amamentação.
[editar] Peixe-boi no Brasil
Há registros do peixe-boi desde o descobrimento pelos portugueses no século XVI. No Brasil há duas especies de peixe-boi, o Trichechus manatus manatus é um peixe-boi marinho encontrando-se criticamente ameaçado de extinção, e o Trichechus inunguis que vive nos rios amazônicos considerado como vulnerável à extinção. Calcula-se que existam cerca de 500 peixes-boi marinhos na costa brasileira e 5000 peixes-boi amazônicos.
[editar] Projeto Peixe-boi
Com a possibilidade de extinção dessas espécies o governo brasileiro proibiu sua caça e criou em 1980 o Projeto Peixe-Boi [1] desenvolvido pelo CMA (Centro Nacional de Pesquisa, Conservação e Manejo de Mamíferos Aquáticos) com sede na Ilha de Itamaracá, Pernambuco. O projeto dedica-se à pesquisa, resgate, recuperação e devolução à natureza do peixe-boi, bem como a informação e parceria com comunidades riberinhas e costeiras. O projeto está aberto a visitação, onde podem ser vistos inúmeros peixes-boi, inclusive a Chica um peixe-boi fémea que viveu durante anos num aquário público em uma praça do Recife e o Poque uma raro caso de hibrido entre o peixe-boi marinho e o amazônico.
[editar] PNUMA-WCMC
O Centro Mundial de Monitoramento da Conservação, órgão do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), registra em seu banco de dados as seguintes espécies como objeto de preocupação:
- Trichechus senegalensis, África
- Trichechus inunguis, América do Sul
- Trichechus manatus, Caribe e América do Norte
- Trichechus manatus manatus , Antilhas
- Trichechus manatus latirostris, Flórida
[editar] Ligações externas
- Centro Nacional de Pesquisa, Conservação e Manejo de Mamíferos Aquáticos
- http://www.bdt.fat.org.br/redlist/
- http://www.itis.usda.gov
- http://www.sirenian.org/