Cristóvão Colombo
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Cristóvão Colombo (local incerto, c. 1451 — Valladolid, 20 de Maio de 1506) foi um navegador e explorador que alcançou a América em 12 de Outubro de 1492 sob as ordens dos Reis Católicos de Espanha. Crendo que a terra era uma esfera relativamente pequena, empreendeu a sua viagem através do Oceano Atlântico com o objectivo de atingir a Índia, tendo na realidade descoberto as ilhas das Caraíbas (Caribe) e, mais tarde, as costas do Golfo do México na América Central.
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Origens
Sua origem mais provável é genovesa (embora alguns historiadores e escritores mantenham a teoria que vinha do Reino de Aragão, do Reino de Galiza ou do Reino de Portugal, entre outros). Realmente a sua origem é um enigma, por ter-se perdido muito material, e pelos interesses de vários países em adoptá-lo como filho. A partir de finais do século XIX, e do centenário de 1892, foi considerado natural de Génova. Actualmente, historiadores diversos levantam a hipótese de ele ser português, catalão, basco, galego e mesmo grego, e quase certamente de ascendência judaica. A teoria ainda mais aceita pelos historiadores é que era genovês.[1].
Conhecia as línguas antigas, como latim e hebraico, matemática, cosmografia, geometria e conhecia todos os instrumentos da marinha e a navegação tão bem que era tido como o mais instruído homem do mar em toda a Espanha. Não escrevia italiano, mas sim uma forma aportuguesada do castelhano e comunicava-se directamente com o rei D. João II.
Tese portuguesa
Um novo livro O Mistério Colombo Revelado (Ésquilo Edições, 2006) opina que Colombo de Itália não era o navegador e o testamento de Colon foi falsificado depois de 1573 para dizer que ele era nascido em Génova.[1] Segundo esta tese, uma entre muitas, Cristóvão Colombo seria Salvador Fernandes Zarco, nobre ilegítimo natural da vila alentejana de Cuba em Portugal, e familiar de João Gonçalves Zarco, antigo navegador português - o que justifica o facto de ter supostamente baptizado ilhas com o nome de São Salvador e Cuba (para além de muitas outras cujo nome se relaciona com a sua família e região), o facto de ele e seus dois irmãos nunca escreverem italiano mas sim um castelhano aportuguesado (ainda hoje corrente em comunicações entre portugueses e espanhóis), e ter contacto directo com o Rei de Portugal e ligações às regiões da Ilha da Madeira e do Alentejo (tal como o seu antepassado).
De acordo com esta teoria Colombo é uma forma errada do seu apelido Colon que quer dizer membro em grego. O nome Colombo foi usado durante os últimos 500 anos em quase todos os países, menos os de língua Espanhola, que sempre lhe chamaram pelo nome correcto de Colon. Colombo é italiano; Columbus é latim; Pombo é português; Colombe é francês; e Colom é catalão mas todos estes nomes significam Pombo/Pomba e nenhum tem o significado de membro escolhido pelo navegador.[2]
Na sua assinatura hierática lê-se Xpo ferens ("portador de Cristo") além de siglas que originaram interpretações variadas, mais convencionais ou esotéricas. Quem defende que Colombo era Salvador Fernandes Zarco associa com naturalidade a referência de Cristo ao seu nome próprio (Cristo veio ao mundo como um salvador) bem como a expressão "ferens", associada a "Fernandes", e uma das siglas mais utilizadas, onde as letras S, F e Z se vislumbram com facilidade.
Tese italiana, genovesa
Há várias versões das origens e vida de Colombo antes de 1476. A visão tradicional que era nascido entre 26 de agosto e 31 de outubro de 1451, em Génova filho de Domenico Colombo e Susanna Fontanarossa, ligados ao comércio de lanifícios está agora provada errada tanto por análises de forensica como pelos factos iluminados no livro O Mistério Colombo Revelado.
Em 1477 vivia em Lisboa, o centro europeu das actividades de descobertas. Alguns historiadores pensam que viajou até ao Canadá passando pela Irlanda a Islândia e a Groenlândia em 1477; à Ilha da Madeira, Porto Santo e os Açores, e ao longo das costas da África ocidental entre 1482 e 1485, alcançando São Jorge da Mina na costa da Guiné.
Casamento e posteridade
Casou em 1479 com Filipa Moniz, filha de família nobre de sangue real, e cujo pai, Bartolomeu Perestrelo, foi um dos povoadores e capitão donatário de Porto Santo.
Teve um filho de Filipa em 1480, Diogo Colombo (Colón).
Colombo viveu desde 1485 em Espanha e teve uma amante Beatriz Enríquez de quem teve um filho, Fernando Colón, em 1488.
A ideia
A Europa cristã procurava uma passagem para a India, fontes do comércio de especiarias e jóais. Em resposta à hegemonia terrestre muçulmana, Portugal procurou uma rota marítima para a Índia, e promoveu feitorias ao longo da costa de África.
Durante a sua estadia em Portugal, Colombo corresponde-se com Paolo Del Pozzo Toscanelli (o que ajuda à tese de Colombo português, porque nunca escreveu em língua itálica, nomeadamente genovês). Passava intencionalmente uma estimativa errada que a distância era mais curta que a aceite pela Junta de Matemática do rei D. João II de Portugal. Estes aceitavam a reivindicação de Ptolemeu que a massa de terras (a Eurásia e a África) ocupavam 180 graus da esfera terrestrial, com 180 graus de mar. De fato só ocupa uns 120 graus. Colombo usou os cálculos de Pierre d'Ailly, que a massa de que a terra ocupava 225 graus, deixando 135 graus de mar e atribuía um comprimento menor ao grau de longitude terrestre o que fez convencer os Espanhois em conjunto com o golobo de Martim de Bohemia. A circunferência verdadeira da Terra é de aproximadamente quarenta mil quilômetros (24 900 milhas). Colombo disse que era de 19 000 milhas modernas (ou 30 600 quilômetros) e afirmava que a distância ao Japão era 2400 milhas náuticas (cerca de 4444 quilômetros).
Não é certo que ele propôs esta ideia e que viu-se afastado por D. João II, cujos peritos consideravam a idéia insensata. Mas é mais certo que ele tinha uma missão de apresentar este plano somente a Castela. Para conseguir esta armadilha Colombo conseguiu cartas de patrocino do rei de Inglaterra de França e de Portugal. Finalmente Colombo conseguiu fazer aprovar o projecto da sua viagem junto dos reis católicos, após a conquista de Granada, com a ajuda do confessor da rainha. Os termos da sua contratação tornavam-no almirante dos mares e governador e vice-rei das terras a descobrir.
Alguns defensores da nacionalidade portuguesa de Colombo admitiam que a proposta aos reis católicos servia exclusivamente para distraí-los do verdadeiro caminho para a Índia, que os portugueses tinham a certeza que era em direcção contrária o que é agora propvadop ser verdade no livro O Mistério Colombo Revealdo.
Expedições
Parte para a sua primeira viagem em 1492, com três pequenas embarcações (caravelas). Toca na Grã-Canária e ruma ao sudoeste; três meses depois chega a um ilhéu das Bahamas a que deu o nome de São Salvador (Salvador seria o seu nome próprio segundo a tese da nacionalidade portuguesa, o que justifica este baptismo à primeira ilha encontrada). Continuando a navegar costeou Cuba (segundo os próprios cubanos [2] o nome é derivado da palavra Taíno, cubanacán, significando "um lugar central".) e chegou ao Haiti a que deu o nome de Hispaniola. Convencido de ter chegado à Índia deixa lá uma pequena colónia e regressa à Europa.
A sua segunda viagem iniciou-se em 1493, com três naus e catorze caravelas, avista as Antilhas e aborda a Martinica. Ruma depois para norte e chega a Porto Rico. Vai a Hispaniola onde a pequena colónia tinha sido morta pelos indígenas, deixa outro contingente de homens e, virando para ocidente, chega à Jamaica. Nessa viagem funda Isabela, atual Santo Domingo, na República Dominicana, a primeira cidade no continente américano.
Para a terceira viagem, parte em 1498, com seis naus, e chega a Trinidade depois de uma atribulada viagem. Voltando a sul chega a uma grande terra que pensou ser uma ilha e a que chamou Gracia. Rumando a norte chega a São Domingos, cidade formada por Fr. Bartolomeu. Entra em conflito com o governador e ele e o irmão são presos e enviados para Espanha.
Na quarta viagem, sai de Cádiz com quatro naus em 1502, propondo-se chegar ao Oriente. Avista a Jamaica e, depois de grande tempestade, chega à Ilha de Pinos (Honduras). Avistou depois as costas da Nicarágua, Costa Rica e Panamá. Devido ao péssimo estado das naus tem de regressar a Hispaniola, donte volta a Espanha.
Últimos anos
Colombo sempre atribuiu as suas viagens ao desejo de converter novos povos ao Cristianismo, uma crença que se intensificou com a idade. Reivindicou ouvir vozes divinas, e procurou que se organizasse uma nova cruzada para capturar Jerusalém. Usava as vestes de franciscano, e descreveu as suas explorações ao "paraíso" como parte do plano divino de que resultaria o último julgamento e o fim do mundo.
Por outro lado, exigiu da Coroa espanhola 10% de todos os lucros nas terras novas descobertas, conforme o acordo antecedente com os Reis Católicos. Como Colombo já não governava as Índias, o novo monarca rejeitou estas pretensões. Os seus filhos processaram a Coroa para obter parte dos lucros do comércio com a América, mas perderam a causa cinqüenta anos mais tarde.
Razoavelmente rico devido ao ouro que os seus homens tinham acumulado em Hispaniola e particularmente honrado pelos seus filhos, Colombo morreu em Valladolid a 20 de Maio de 1506.
Restos mortais
Em 1509 foi transladado para a capela da ilha Cartuxa, em Sevilha.
Por desejo do seu filho Diogo, as ossadas foram levadas para a Catedral de Santo Domingo, em 1542. Em 1795 a ilha foi conquistada pela França, e os seus restos mortais terão sido levados para Havana, Cuba. Em 1898, durante a guerra de Espanha com os EUA regressaram a Sevilha.
Em 1877, foi descoberta em Santo Domingo uma caixa de chumbo com a inscrição "Varón ilustre y distinguido Cristóbal Colón", contendo fragmentos de ossos. Estes restos permaneceram na catedral de Santo Domingo, até 1992, ano em que foram trasladados para o Farol a Colombo, um monumento faraónico construido pelo governo dominicano, para conservar os restos do Almirante, e onde também se supõe que repousam os restos de Colombo.
Em 2004 foi aberto o túmulo de Sevilha onde foram encontrados 200 gramas de ossos (cerca de 15% do total), que análises do DNA provaram pertencer ao navegador. Já foi pedida autorização às autoridades da República Dominicana para analisar o túmulo de Santo Domingo.
Ligações externas
Defensores das ideias expressas
- Colombo era 100% português! (sobre a hipótese de Cristóvão Colombo ser português)
- Amigos da Cuba (sobre a hipótese de Cristóvão Colombo ser natural de Cuba, Alentejo, Portugal)
- Revista Militar (A Questão Cristóvam Colom e a sua Actualidade para Portugal) [3]
- Biografia Cristóvão Colombo MundoHistoria
- O Mistério Colombo Revelado: 15 anos de investigação científica rigorosa arrasam a versão da historiografia oficial. Colombo não era genovês, mas sim um espião português ao serviço de D. João II
- http://www.dightonrock.com/columbus_was_100__portuguese.htm "Christovão Colom era portugues" de Manuel Luciano da Silva]
Críticas às ideias expressas