Aníbal
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Aníbal (247 a.C. — 183 a.C.) foi um general cartaginês e destacado tático e líder militar, filho de Amílcar Barca. Ficou conhecido pelo seu desempenho na segunda guerra púnica contra a República de Roma.
Aníbal cresceu na atual Espanha e, segundo a lenda o pai fê-lo jurar, aos 10 anos, diante do altar do deus Melcarte (Hércules ou Héracles), que nunca seria amigo dos romanos. "Segurando uma das minhas mãos, ele me conduziu ao altar de Melcarte. Pediu para que eu jurasse jamais ser amigo dos romanos", teria dito o príncipe, segundo relata o historiador romano Tito Lívio.
Acompanhou seu pai Amílcar à Hispânia (237 a.C.) e ajudou-o a lá estabelecer uma província. Quando Amílcar morreu, em 229 a.C., o império cartaginês na Hispânia havia dobrado de extensão. Então Aníbal foi aclamado como comandante das tropas de Cartago na Hispânia pelos seus soldados, e adotou uma postura agressiva em relação a Roma.
O cerco de oito meses que impôs a Sagunto (Saguntum) (cidade espanhola aliada aos romanos) em 219 a.C. acarretou a segunda das guerras púnicas. Aníbal organiza um grande exército com cerca de 9 mil cavaleiros, 50 mil soldados de infantaria e 34 elefantes de guerra e, em 218 a.C, ele deixa a Espanha nas mãos de seu irmão Asdrúbal e atravessa os Pirinéus, para evitar a zona costeira sob influência de Roma. Passa pelo Ródano e marcha através dos Alpes para o norte da Itália, perdendo grande parte das tropas e de seus elefantes durante a árdua jornada por causa das condições climáticas adversas e da hostilidade dos povos locais.
Infligiu derrotas arrasadoras às forças romanas em Trébia (218 a.C), Lago Trasimeno (217 a.C.) e Cannae (216 a.C.), que continuam a ser exemplos clássicos de tática militar. Durante a campanha, fica cego de um olho e perde metade de seus homens. Apesar de subjugar diversas comunidades do sul da Itália, o norte e centro permaneceram leais a Roma. Aníbal não foi capaz de enfraquecer o ferrenho orgulho romano e o curso da guerra foi-se tornando gradualmente contra ele, até que em 203 a.C. foi obrigado a retornar à África com seu exército. No ano seguinte foi derrotado em Zama por Cipião, o Africano. Seu programa de reformas em Cartago (196 a.C.) levou seus inimigos a se queixarem a Roma, e ele fugiu. Passou algum tempo nas cortes de Antíoco, o Grande e Prusias da Bitínia, até suicidar-se entre 183 e 182 a.C., já em torno de 64 anos.
Aníbal foi um dos maiores generais da história. Seu gênio militar baseava-se na habilidade de utilizar combinadamente cavalaria e infantaria e na capacidade de inspirar profunda lealdade em exércitos mercenários.
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