Alemanha Oriental
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Língua Oficial | Alemão | ||||
Capital | Berlim Oriental | ||||
Área | 108,333 km² | ||||
População – Total (1989) – Densidade |
cerca de 17 milhões 154/km² |
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Constituição | 7 de Outubro de 1949 | ||||
Dissolução | 3 de Outubro de 1990 | ||||
Moeda | 1 marco (Marco alemão oriental) = 100 Pfennig |
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Fuso horário – in Verão |
CET (UTC+1) CEST (UTC+2) |
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Hino Nacional | Auferstanden aus Ruinen (Levantados das ruínas) |
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Código telefónico | +37 (obsoleto) | ||||
TLD | .dd (obsoleto) |
A Alemanha Oriental, Alemanha do Leste (ou RDA, que era o nome vulgarmente usado para designar a antiga República Democrática Alemã; em alemão Deutsche Demokratische Republik ou DDR) foi um Estado nacional criado em 1949 com o fim da ocupação da Alemanha pelos aliados, após a II Guerra Mundial, quando o território alemão foi repartido entre os sectores estadunidense, britânico, francês e soviético. O sector soviético daria origem à República Democrática Alemã (RDA), enquanto que a junção dos outros três formou a República Federal Alemã (RFA), ou Alemanha Ocidental.
A RDA foi proclamada em Berlim Oriental no dia 7 de Outubro de 1949. Foi declarada totalmente soberana em 1954. Tropas soviéticas continuaram no terreno com base nos acordos de Potsdam, tendo em vista contrabalançar a presença militar dos Estados Unidos da América na República Federal Alemã durante a Guerra Fria. A RDA foi um membro do Pacto de Varsóvia.
A capital da Alemanha Oriental manteve-se em Berlim, enquanto que a capital da RFA foi transferida para Bona (Bonn). No entanto, Berlim foi também dividida em Berlim Ocidental e Berlim Oriental, com a parte ocidental controlada pela RFA, apesar da cidade estar totalmente situada em território da RDA.
A 3 de Outubro de 1990 ocorreu a reunificação dos territórios alemães, com o triunfo do capitalismo, por isso algumas pessoas consideram que a RDA foi efectivamente anexada à RFA.
Economia da Alemanha Oriental
Antes de 1945, a parte oriental da Alemanha era essencialmente uma região agrícola. Tinha poucos recursos naturais, à parte a lenhite (carvão de madeira) e a potassa cáustica, e não estava equipada para pôr em prática os planos do pós-guerra criados pela URSS para o desenvolvimento da indústria pesada na década de 1950 e princípios de 1960. Foi criada em Eisenhuttenstadt (anteriormente Stalinstadt), a leste, nas margens do Óder, uma indústria siderúrgica - bem como em Calber, a oeste - para tornar a RDA auto-suficiente em gusa e aço. No entanto, foi necessário recorrer a onerosas importações de minério de ferro, carvão e coque, transportados da Polónia ou, por comboio, da Ucrânia, a 1600 km de distância. Nas décadas de 1960 e 1970, as importações de petróleo e gás natural, por conduta forçada, das regiões do Volga e Urales aumentaram a dependência da RDA em relação à URSS. A divisão da Alemanha privara a RDA dos grandes portod de Hamburgo (na Alemanha Ocidental - RFA) e Stettin (hoje Szczecin, na Polónia). Os portos de Rostock e Stralsund tiveram de ser ampliados e melhoradas as ligações ferroviárias e rodoviárias. Iniciou-se um novo surto de progresso económico quando, em 1959, a URSS alterou as determinações anteriores. Nikita Krushchev, novo líder soviético depois da morte de Estaline, cancelou as políticas que obrigavam os países do Bloco Soviético à auto-suficiência. No futuro, a RDA tinha de concentrar-se em produções especializadas para os mercados comunistas: os Alemães do Leste tinham de utilizar as suas capacidades de produção para pagar o que importavam da URSS. O rápido incremento na extracção de lenhite de enormes minas a céu aberto contribuiu para a expansão da produção de energia eléctrica. A indústria química desenvolveu-se produzindo adubos, corantes, borracha sintética e fibras de vidro. Na região de Stassfurt, desenvolveu-se uma importante indústria de potassa cáustica. Os Alemães, trabalhadores incansáveis, em breve fizeram renascer as suas velhas técnicas e adoptaram novas. As indústrias pertencentes ao Estado produziam maquinaria, ferramentas e instrumentos, artigos ópticos, eléctricos e electrónicos. As fábricas e os laboratórios de pesquisa para estes artigos estão instavam instalados em cidades com excelente apetrechamento desportivo e cultural, como Berlin, Leipzig, Dresden, Iena, Dessau, Eisenach e Erfurt. Perto da sua dissolução, a indústria alastrou-se aos centros da zona rural do Norte, como Schewerin. A língua comum tornou acessíveis à RDA os trabalhos tecnológicos e científicos publicados na RFA. As manufacturas, a agricultura, os transportes e outras indústrias beneficiaram dos progressos da Alemanha Ocidental, através de uma espantosa espionagem industrial. Na década de 1970, os líderes Willy Brandt e Erich Honecker estabeleceram contactos mais estreitos entre as duas Alemanhas, em resultado dos quais os mercados da RFA e da CEE foram foram abertos à RDA. Em 1984, os Alemães do Leste já tinham ganho uma vantagem tecnológica sobre os outros países do Conselho para a Assistência Económica Mútua (COMECON). A RDA sublinhava sempre a sua natureza comunista. Toda a produção, comércio, serviços, acção social, desportos e a maioria da habitação urbana estavam nas mãos do Estado. As cidades constratavam notoriamente com as da Alemanha Ocidental pela sua arquitectura mais simples e repetitiva, os seus mais amplos espaços abertos, os eus importantes centros culturais. Os Alemães de Leste, segundo dados de 1988, usufruíam de um Rendimento anual per capita de 6000 US$.A Alemanha Oriental estava em pleno crescimento e desenvolvimento. Em 1987, a taxa de crescimento do PIB encontrava-se nos 4%, enquanto que a da RFA encontrava-se, em 1988, nos 1,8%.