Vila Franca do Campo
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Brasão | Bandeira |
Localização | |
Gentílico | Vila-franquense |
Área | 78,00 km² |
População | 11 150 hab. (2001) |
Densidade populacional | hab./km² |
Número de freguesias | 6 |
Fundação do município | 1472 |
Região Autónoma | Região Autónoma dos Açores |
Ilha | Ilha de São Miguel |
Antigo Distrito | Ponta Delgada |
Orago | S.Miguel |
Feriado municipal | 24 de Junho |
Código postal | 9680 Vila Franca do Campo |
Endereço dos Paços do Concelho |
Largo do Município |
Sítio oficial | www.cmvfc.pt |
Endereço de correio electrónico |
geral@cmvfc.pt |
Municípios de Portugal |
Vila Franca do Campo é uma vila portuguesa na ilha de São Miguel, Região Autónoma dos Açores, sede de um município com 78,00 km² de área e 11 150 habitantes (2001), subdividido em 6 freguesias. O município é limitado a norte pelo município da Ribeira Grande, a leste pela Povoação, a oeste por Lagoa e a sul tem litoral no oceano Atlântico.
Localiza-se à latitude de 37.71667 (37°41') Norte e longitude de 2.433 (25°26') Oeste. Frente a Vila Franca do Campo, a cerca de 1200 m do porto do Tagarete, localiza-se o ilhéu de Vila Franca, um cone litoral de tufos palagoníticos fortemente litificados, que contém no seu interior uma caldeira inundada de forma quase perfeitamente circular. O Ilhéu de Vila Franca é desde 1993 uma reserva natural, constituindo ainda um importante local de veraneio.
População do concelho de Vila Franca do Campo (1849 – 2004) | |||||||
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1849 | 1900 | 1930 | 1960 | 1981 | 1991 | 2001 | 2004 |
8398 | 11190 | 11204 | 14596 | 11866 | 11050 | 11150 | 11039 |
As freguesias de Vila Franca do Campo são as seguintes:
- Água de Alto
- Ponta Garça
- Ribeira das Tainhas
- Ribeira Seca
- São Miguel (Vila Franca do Campo)
- São Pedro (Vila Franca do Campo)
[editar] História
Vila Franca do campo foi durante o primeiro século de povoamento a mais importante povoação da ilha de São Miguel, nela se fixando o capitão do donatário e as principais instituições da ilha (alfândega, ouvidoria), pelo que merece o epíteto de primeira capital micaelense.
Aquela situação terminou quando na noite de 21 para 22 de Outubro de 1522, um violento sismo provocou um grande escorregamento de terras nas encostas sobranceiras à vila, causando um lahar que soterrou a maior parte do povoado. O efeito combinado do sismo e do soterramento provocou a morte a alguns milhares de pessoas. O sismo, hoje conhecido por subversão de Vila Franca, causou ainda mortes em muitas outras povoações de São Miguel e também grandes escorregamentos de terras na Maia e região circunvizinha e em Ponta Garça. A tragédia de Vila Franca inspirou muitos escritos e pelo menos um romance de raiz oral intitulado Romance que se fez d'algumas mágoas, e perdas que causou o tremor de Vila Franca do Campo, editado por Teófilo Braga.
Apesar da destruição, Vila Franca manteve até ao século XVIII, quando a Ribeira Grande a suplantou em importância, o papel de segunda povoação da ilha (depois de Ponta Delgada, nela se desenrolando alguns dos mais importantes eventos das lutas contra entre os partidários de D. António, Prior do Crato e de Castela, que culminaram na batalha naval de Vila Franca, travada ao longo do litoral sul da ilha de São Miguel a 26 de Julho de 1582. Após a batalha, o marquês de Santa Cruz de Mudela, D. Álvaro de Bazán, desembarcou na vila, nela estabelecendo o seu quartel general e ali fazendo supliciar cerca de 800 prisioneiros franceses e portugueses, no maior massacre jamais ocorrido nos Açores.