Pelourinho de Beja
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O Pelourinho de Beja assenta em três degraus octogonais (que primitivamente eram quatro e de forma quadrada), que por sua vez se encontram sobre uma placa circular. Fuste tronco-piramidal torso decorado por discos, palmetas, rosetas e anel, é encimado por um capitel também torso e rematado por esfera armilar e Cruz de Cristo em ferro.
Nos Costumes de Beja, vem escrito: «Os almotacés maiores, deviam fazer justiça, a qual consista em pôr o delinquênte no pelourinho e obriga-lo a contar, lá de cima, os cinco soldos para o concelho, conservando-se entretanto ali».
Erguido depois da concessão do foral novo, o pelourinho foi, no início do século XIX, transferido para a Praça de D. Manuel (actual Praça da República), sendo provável que estivesse anteriormente colocado no terreiro dos Paços do Concelho, acabando por ser desmontado no mesmo século, em data desconhecida. Um percurso atribulado que culminou, nesta época, com o desaparecimento dos seus elementos arquitectónicos, à excepção do capitel, do remate e de parte do fuste.
Reconstruído em 1938 com os elementos que se encontravam recolhidos no Museu Arqueológico do novo edifício da Câmara, que mais tarde seria transferido para o Museu Rainha D. Leonor, e que eram constituídos pelo capitel, o remate e a grimpa com a esfera armilar e bandeira encimadas pela Cruz de Cristo, e recorrendo a documentos iconográficos autênticos, com a assistência do Sr. Luís Chaves e do desenhador Luís Valença. Foi responsável pelo trabalho de cantaria, o mestre Arsénio Silva. Presidia na altura os serviços camarários o Dr. Leonel Banha da Silva.
Mais tarde vieram a ser recuperados outros elementos do pelourinho que actualmente se encontram no pátio do castelo. No final de Setembro de 2001, o pelourinho foi parcialmente destruído em consequência de um acidente.
O pelourinho foi classificado pelo IPPAR como Imóvel de Interesse Público a 11 de Outubro de 1933.