Papagaio-de-bico-largo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Papagaio-de-bico-largo Estado de conservação: Extinta EX séc. XVII |
||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Classificação científica | ||||||||||||||
|
||||||||||||||
Nomenclatura binominal | ||||||||||||||
Lophopsittacus mauritianus Owen, 1866 |
O papagaio-de-bico-largo (Lophopsittacus mauritianus) foi uma espécie de ave psittaciforme nativa das Maurícias, extinta no século XVII. A espécie nunca foi documentada em vida por cientistas e é conhecida apenas de desenhos feitos pelos primeiros exploradores a chegar às ilhas, e de ossos.
O papagaio-de-bico-largo tinha uma cauda longa e asas atrofiadas que muito provavelmente impediam o voo. A sua plumagem era azul-acinzentada e tinha uma crista na cabeça. Uma espécie semelhante, o papagaio-cinzento-das-Maurícias (Lophopsittacus bensoni), de menores dimensões e plumagem cinzenta, igualmente extinto e identificado apenas através de alguns ossos, corresponderá provavelmente às fêmeas do papagaio-de-bico-largo, tratando-se de uma manifestação de dimorfismo sexual.
A característica mais distintiva desta espécie é o seu bico, muito largo mas relativamente frágil, adaptado para esmagar a polpa de frutos de grandes dimensões e engulindo o fruto todo incluindo o caroço. Tendo em conta estas estruturas morfológicas, é provável que tenha sido o papagaio-de-bico-largo, e não o dodó, o responsável pela propagação do tambalacoque (ou árvore-dodó).
A extinção do papagaio-de-bico-largo está associada à colonização do seu habitat pelo Homem e espécies invasoras como porcos, cães e ratos. Como não voava e provavelmente nidificava ao nível do chão, os adultos, juvenis e ovos transformaram-se numa presa fácil. O kakapo representa a última espécie de papagaio com estas características e encontra-se em perigo crítico de extinção por motivos semelhantes.