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Pampilhosa da Serra - Wikipédia

Pampilhosa da Serra

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Pampilhosa da Serra
Brasão de Pampilhosa da Serra Bandeira de Pampilhosa da Serra
Brasão Bandeira

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Localização de Pampilhosa da Serra
Gentílico Pampilhosense
Área 396,49 km²
População 5 220 hab. (2001)
Densidade populacional hab./km²
Número de freguesias 10
Fundação do município
(ou foral)
1308
Região Centro
Sub-região Pinhal Interior Norte
Distrito Coimbra
Antiga província Beira Baixa
Orago Nossa Senhora do Pranto
Feriado municipal 10 de Abril
Código postal 3320 Pampilhosa da Serra
Endereço dos
Paços do Concelho
Rua Rangel de Lima,
3320-229 Pampilhosa da Serra
Sítio oficial www.cm-pampilhosadaserra.pt
Endereço de
correio electrónico
municipio@cm-
pampilhosadaserra.pt
Municípios de Portugal

A Pampilhosa da Serra é uma vila portuguesa no Distrito de Coimbra, região Centro e subregião do Pinhal Interior Norte, com cerca de 1 500 habitantes.

É sede de um município com 396,49 km² de área e 5 220 habitantes (2001), subdividido em 10 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Arganil, a nordeste pela Covilhã, a leste pelo Fundão, a sul por Oleiros e Sertã, a sudoeste por Pedrógão Grande e a oeste por Góis.

População do concelho de Pampilhosa da Serra (1801 – 2004)
1801 1849 1900 1930 1960 1981 1991 2001 2004
3260 4163 12426 13459 13372 7493 5797 5220 4756


As freguesias de Pampilhosa da Serra são as seguintes:


[editar] Ligações externas

"http://www.serrasonline.com"> http://www.netpampilhosense.org

http://www.regionalismo.com
http://patrimoniopampilhosa.com.sapo.pt/
http://patrimonioreligioso.com.sapo.pt/
http://igrejadedornelas.no.sapo.pt/
http://falaresdapampilhosa.no.sapo.pt/

DORNELAS
http://dornelasdozezere.no.sapo.pt/
FAJÃO 
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VIDUAL
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PÓVOA
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MEÃS
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VALE DERRADEIRO
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ADURÃO
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GRALHAS
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CABRIL
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ESTEIRO
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PORTELA DO FOJO
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MACHIO
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PADRÕES
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MARIA GOMES
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PÓVOA DA RAPOSEIRA
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VALE SERRÃO
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CARREGAL DO ZÊZERE
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VÁRIO


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http://www.sc-pampilhosadaserra.org
http://abvps.com.sapo.pt/
http://asdornelas.com.sapo.pt/
http://tiagosilva.com.sapo.pt/

A fixação do concelho: das origens aos tempos actuais

As primeiras manifestações da presença do Homem registadas na região actualmente ocupada pelo concelho da Pampilhosa da Serra datam dos finais do 2º milénio/inícios do 1ºmilénio a. C. O topónimo Pampilhosa aparece pela primeira vez, de que temos conhecimento, num documento de 25 de Agosto 1241. Trata-se da sentença dada pelo bispo da Guarda na questão entre o prior da Pampilhosa e o prior da Vila de Álvaro sobre as dízimas do Machio. (Mapa dos séculos XII/XIII) A Pampilhosa terá recebido o estatuto de Vila no ano de 1308, graças ao rei D. Dinis, segundo a inscrição existente nos antigos Paços do Concelho. Todavia, o documento original que comprove esta afirmação ainda não foi localizado.

Em 1380, a Pampilhosa foi anexada à Covilhã por decisão do rei D. Fernando. Contudo, após a crise de 1383-1385, o Rei D. João I, dias depois de subir ao poder, a 10-4-1385, confirmou-lhes os seus títulos de vila, com todas as jurisdições, como havia tido antes de 1380. A Covilhã não se conformando com a decisão real tentou por todos os meios anular os privilégios novamente repostos à Pampilhosa. A demanda que então teve início só terminou em 1499, pela mão de El rei D. Manuel I, que confirmou a carta de privilégios dada por D. João I.

Em 20/10/1513, D. Manuel I concedeu à vila da Pampilhosa foral novo, confirmando o antigo foral que fora dado por pessoa particular e confirmado pelo rei Lavrador.

Na Pampilhosa e no seu termo coexistiram, ao longo do período medieval, o poder régio e o poder concelhio. Os reis foram fazendo doações sucessivas desta terra. Assim, D. João I, fez mercê dos direitos reais da Pampilhosa a um certo Ayres Gomes. Mais tarde, D. Afonso V fez Gomes Martins de Lemos, seu Fidalgo e Conselheiro, primeiro Senhor da Trofa, Senhor da Vila da Pampilhosa, com suas jurisdições, de juro e herdade, por carta passada em Ceuta a 12-11-1458. Seguiu-se-lhe no título, seu filho João Gomes de Lemos. O rei D. Manuel confirmou-lhe os direitos de seu pai, por carta passada em Évora em 7-11-1497. Foram-se sucedendo vários senhores da mesma Casa até que, nos finais do século XVIII, o senhorio se extinguiu por morte do seu 10º Senhor, Bernardo Manuel de Carvalho de Lemos e Menezes, voltando a vila da Pampilhosa novamente à posse da coroa.

Ao contrário do que normalmente aconteceu em outras regiões, nesta o poder senhorial nunca foi outorgado pelos monarcas. Na verdade, estes tinham o cuidado de especificar claramente os limites dos poderes intermédios. No caso desta vila, os seus senhores, provavelmente, apenas se limitaram a receber rendas, sem qualquer intervenção na administração local. Comprovam esta afirmação a carta de 1516, passada pelo rei D. Manuel I que confirmou aos juizes, concelho e homens bons da vila da Pampilhosa, a carta de eleição de André Afonso, natural daquela vila, para escrivão da Câmara e que sem carta régia exercia o ofício havia 12 anos. Ficavam, assim, anuladas as pretensões da vila de Coelheiros que queria que o ofício fosse dado a Duarte Lemos, 3º Senhor da Vila da Pampilhosa.

O representante do Rei no concelho era o alcaide – mor, cujas funções de carácter militar se prendiam com a defesa e segurança da vila. No caso especifico da Pampilhosa, apenas há registo de um alcaide, mas da Câmara, cujo alvará foi passado a José Fernandes Quaresma em 9/12/1728. No plano fiscal, nos séculos XV e XVI a Pampilhosa integrava o almoxarifado de Abrantes, a cujo almoxarife - oficial superior do fisco, competia receber as rendas reais e executar as respectivas divídas.

Em termos judiciais a Pampilhosa, em 1525, pertencia à comarca de Tomar. No entanto, quando Abrantes se tornou cabeça de correição em 3 de Dezembro de 1533, a Pampilhosa passou a integrar esta comarca, o que aconteceu até 1547, altura em que voltou a ser transferida para a comarca de Tomar onde permaneceu até 1811. Nesta data transferiu-se para a comarca de Arganil. Pampilhosa foi comarca durante os anos de 1892 a 1895.

A evolução populacional Em 1527-1532, por altura do primeiro numeramento da população portuguesa, Portugal tinha 1 200 000 habitantes e registava cerca de 2 milhões de habitantes em 1640. Desconhecemos, por este primeiro cadastro da população do reino, o número de habitantes da Pampilhosa e do termo, uma vez que a folha que continha as preciosas informações foi arrancada do dito cadastro. No entanto, um autor refere que a Pampilhosa em 1537 contava com 137 vizinhos, número este ainda bastante reduzido quando comparado com outros concelhos circunvizinhos, nomeadamente, Arganil que contava com 310 vizinhos, Góis com 321, e a Lousã com 525.

Para dar uma panorâmica da evolução populacional na primeira freguesia deste concelho, procedemos à recolha dos dados existentes nos livros de registo paroquiais da paróquia de Nossa Senhora do Pranto. Analisámos a época de 1566 (data dos primeiros registos) até 1597 ou seja, um período de 31 anos, cujos resultados se apresentam no quadro seguinte:

Da leitura deste quadro constatamos que o lugar da Pampilhosa registou 118 nascimentos enquanto que no resto do termo ocorreram 269, um pouco mais do dobro. Depois da vila os lugares mais populosos eram o Cabril, o Machio, Pescanseco, Carvalho e Sobral Valado. Parece ser licito concluir que, nos finais do século XVI, o território Pampilhosense continuava ainda modestamente povoado. Durante o século XVII a população do concelho continuaria a crescer, como é possível constatar pelos registos de baptismo e casamento dessa época. No século XVIII o concelho pode já ser considerado medianamente povoado.

O século XIXA

partir de 1855 a população do concelho aumentou significativamente. É preciso, no entanto, ter em conta que a sua área geográfica também foi amplamente alargada, pois, como já foi salientado anteriormente, a Pampilhosa recebeu o concelho de Fajão com todas as suas freguesias, bem como a freguesia de Portela do Fojo desanexada do concelho de Alvares.



O século XXAutor A evolução económica O concelho Pampilhosense integra uma vasta região situada entre a serra de Estrela e a serra da Lousã, que exerceu, entre 1064 e 1147, um papel de fronteira. Com efeito, uma zona montanhosa favorecia a criação de núcleos de habitantes quase independentes, até certo ponto meio esquecidos dos soberanos e dos potentados da corte, que preferiam ter aí fortes pontos de resistência e agressividade contra os inimigos em vez prósperos centros produtores de onde pudessem tirar abundantes impostos. Os habitantes da montanha dedicavam-se, pois, à pastorícia, cultivavam as terras que desbravam, fabricavam os tecidos com que cobriam o corpo e defendiam vigorosamente o seu território contra as invasões e pilhagens, que se sucediam com alguma frequência. Na verdade, tratava-se de uma população pacifica que apenas pretendia tirar da terra o seu sustento. Foi esta população que se fixou e desenvolveu na Pampilhosa - Vila e no seu termo.

Segundo os censos de 1991, da população activa do concelho, 23,2 % pertencia ao sector primário. Terá sido certamente, desde sempre, este o sector que ocupou a maioria das populações do concelho. O padre António Carvalho da Costa, em 1712, dedica ao concelho da Pampilhosa uma breve notícia cujo conteúdo nos parece muito incompleto. Informa que "o seu termo recolhe bastante centeyo, muyta cereija e castanha; as vinhas são umas emparreiradas, outras em latadas ou embaradas em carvalhos, amieiros e outras árvores". Os curas das freguesias do Cabril e de Pessegueiro, por sua vez, informam que os frutos predominantes são a castanha e o azeite. Apesar do concelho da Pampilhosa ser uma região serrana com solos pouco férteis e consequentemente pouco favoráveis à agricultura, terá sido, contudo, esta que desempenhou um papel fundamental na economia Pampilhosense. Os serranos não só aproveitaram as áreas mais férteis situadas junto aos cursos de água mais significativos, como, simultaneamente, foram conquistando terrenos à serra, uma vez que os primeiros eram insuficientes para o sustento das populações que teimavam em aumentar. O Homem destas paragens esforçou-se, heroicamente, e obrigou a terra a fornecer-lhe aquilo de que precisava. Assim, as serranias povoadas de plantas silvestres e mato deram lugar a campos cultivados de plantas úteis à sua alimentação. Mas, para o desbravamento dos terrenos incultos era necessário efectuar contratos de arrendamento com a Câmara. Como exemplo, podemos citar o contrato de emprazamento, datado de 1711, realizado entre os oficiais da Câmara da Pampilhosa e 25 moradores do lugar de Carvalho. Por este contrato ficamos a saber que, estes emprazaram uma boa parte dos terrenos circunvizinhos à aldeia comprometendo-se a pagar à Câmara seis mil réis de foro em cada ano. Desde a época dos Romanos e dos Mouros que se intensificaram na Península as culturas do trigo, da vinha, da oliveira e das árvores de fruto, que constituíram as bases da nossa agricultura. O pão, até ao século XVI, era feito de trigo. De cevada, de centeio, ou mais raramente de milho miúdo. A vinha existia há muito no território português. E a oliveira, partindo do Sul, já no século XIII chegava à região de Coimbra. A cultura da castanha é típica da região serrana das beiras. A castanha proveniente dos numerosos castanheiros que povoavam as serras, depois de seca, nos caniços, durante o inverno, constituiu o alimento fundamental dos serranos durante séculos. No ano de 1763 só a aldeia de Carvalho recolhia x alqueires de castanha. Contudo, no terceiro quartel do século XX, os castanheiros começaram a desaparecer e actualmente esta produção pouco ou nenhum significado tem na economia desta região.Pelos textos deixados pelo padre Luciano Pereira de Carvalho, pároco das freguesias de Portela do Fojo e Machio, de 6-7-1938 a 14-7-1940, podemos confirmar que toda a região que compreende as ditas freguesias, possuíam numerosos soutos de castanheiros, que viriam a desaparecer no princípio do século XX: "Foi também no seu tempo [padre Barata] que desapareceram os muitos castanheiros que havia, com formidáveis videiras que neles se estendia, como a hera nas árvores velhas. As pessoas de trinta anos ainda se lembram de esta freguesia ser, a bem dizer um souto contínuo. Os castanheiros morreram e com eles as videiras. Hoje restam os seus troncos secos e adegas desmoronadas por esses vales e ainda os caniços nas cozinhas onde secavam aqueles frutos". As cerejas eram outro fruto que abundava por esta região mas, tal produção, actualmente, não tem significado devido ao desaparecimento das cerejeiras. Como se pode constatar, pela notícia do padre António Carvalho da Costa, acima citada, não é feita, ainda, qualquer referência à cultura do milho que, como é sabido, passou a ser conhecida, em Portugal, após a descoberta da América, no século XV. Contudo, em meados de setecentos, o milho deveria já ser um dos cereais frequentemente cultivado e abundante e, provavelmente, uma das bases de sustentação das populações. Com efeito, a décima - imposto pago pelas populações, incidia sobre, a castanha, o milho, o azeite e o centeio. A título exemplificativo, podemos enunciar a aldeia de Carvalho que no ano de 1763 recolhia, quantidades consideráveis de milho e de centeio. Na verdade, Carvalho, pela sua excelente situação geográfica, a par da abundância de água gozava de condições favoráveis à agricultura, sendo considerada, na época, uma das aldeias mais ricas quer em milho quer em azeite. Por esta razão, Carvalho juntamente com Praçais foram consideradas os celeiros do concelho a que pertencem, onde acorriam as populações circunvizinhas nos anos de crise, para adquirir o milho, alimento tão necessário ao seu sustento.Pela estatística agrícola de 1923 ficamos a saber que no concelho foram semeados 3 270 litros de trigo, 41 860 litros de milho, 6 380 l de centeio e 2 280 l de cevada.

A cultura da Oliveira conhecida desde a antiguidade foi também desenvolvida nesta região. A produção de azeite a par da castanha e do milho constituíram, durante séculos, as componentes mais características da produção Pampilhosense. Pela estatística agrícola de 1923, sabemos que o concelho recolheu 237 500 Kg de azeitona que deram origem a 165 000 litros de azeite.

Embora existissem vinhas nesta região, como comprova a notícia do padre Carvalho da Costa, já mencionado, não nos parece que o vinho tivesse outra utilização que não fosse o consumo caseiro. Pela já referida estatística agrícola de 1923, o concelho recolheu 236 700 kg de uva que produziram 157 800 l de mosto e 126 240 litros de vinho

A economia do concelho esteve liga, essencialmente, à exploração florestal. A serra era povoada de grande variedade de árvores. A notícia sobre a Pampilhosa de 1712 do Padre Carvalho da Costa informa que as vinhas são umas emparreiradas, outras em latadas ou embaradas em carvalhos, amieiros e outras árvores. O prior João Freire de Albuquerque Maldonado, autor das memórias paroquiais da freguesia da Pampilhosa datadas de 20 de Junho de 1758, embora muito lacónico nas suas respostas sobre o termo da Pampilhosa, informa que "a villa está entre Serras,..., A serra he povoada de azinheiras, Medronheiros e Matos de que se faz carvam; Estevas, Carquejas, na qual nam há madeira nem ramagens nem cousa de grande memoria".Parece existir alguma contradição nestas duas notícias relativas ao concelho da Pampilhosa. O porquê de tal contradição ficará por esclarecer. No entanto convém não esquecer que a segunda notícia é a resposta a um inquérito governamental, e, talvez, por isso. a fosse útil a omissão deliberada de alguma riqueza natural do concelho, evitando, assim, contribuir para a aplicação de algum imposto que só iria agravar a débil economia dos pampilhosense. Contudo, a defesa e o incremento da floresta só se iniciaria no século XX com o aparecimento do pinheiro bravo. Segundo o padre Luciano Pereira de Carvalho, nas suas memórias de 1938-1940, ficamos a saber que é após a morte do castanheiro que se dá o desenvolvimento do pinheiro: "Felizmente que os montes e vales abandonados pelos castanheiros foram invadidos de pinheiros, que constituem uma riqueza quer para madeira quer para resina. A lenha, porém, deixa-se apodrecer nos pinhais por falta de vias de comunicação. A madeira é despenhada pelos «zorros» para os rios Unhais e Zêzere, por onde segue a boiar até ao Tejo, junto de Santarém, no tempo do inverno". Um pouco por todo o concelho começaram a surgir amplas manchas verdes que levariam a que este concelho fosse considerado como a maior mancha de pinheiro bravo da Europa. Graças ao desenvolvimento florestal foram criadas no concelho fábricas de aguarrás, pez e resina. Todavia, a partir da década de 70, os incêndios começaram a grassar por esta região reduzindo a cinzas aquela que era considerada a única riqueza dos pampilhosenses.

A par das produções já analisadas havia ainda outras, nomeadamente os produtos hortícolas que contribuíam para o sustento das populações. Algumas espécies vegetais necessitavam de água em abundância. Assim, as regas e a captação de água mereceram a atenção dos serranos que, se uniram para em conjunto resolverem o problema das regas. De um modo geral, um pouco por todo o concelho construíram canais para condução das água, denominados levadas que garantiam o êxito das culturas, mesmo nos estios mais prolongados. Carvalho, por exemplo, possui três grandes levadas; Aradas uma pequena aldeia da freguesia de Unhais – o - velho também possui as suas levadas. A água que corria nas levadas era dividida, pelos proprietários, recorrendo a convenções estabelecidas amigavelmente, durante séculos. Outras vezes, foi necessário recorrer às autoridades judiciais para evitar conflitos que pudessem surgir. Por exemplo, conhece-se a escritura de partilha amigável de uma levada entre moradores do lugar de Cavaleiros de Baixo (Fajão), datada de 1715. Contudo, só a partir de 1867, com base no Código Civil começa a surgir a regulamentação para uso de águas. Foi elaborada uma Lei de Águas, do Serviço de Hidráulica, que presidia à distribuição das águas de rega. Sendo a Pampilhosa um concelho entre serras é natural que a pastorícia tivesse tido um papel relevante na sua economia. O prior João freire de Albuquerque Maldonado, nas suas Memórias paroquiais de 1758 informa que há criadores de cabras.De facto, a criação de animais, tanto para apoio aos trabalhos árduos da lavoura como para produção e abastecimento de carnes também teve a sua importância. Durante séculos as populações criavam os seus gados que depois de abatidos conservavam na salgadeira ou no azeite contribuindo para o sustento das populações ao longo do ano. A caça não era uma actividade a que todos se pudessem dedicar. Existem alguns documentos que indicam as regras para caçar. A pesca, embora não sendo aqui uma actividade de grande importância, deu também algum contributo para a alimentação dos serranos. Segundo o Prior que forneceu as informações sobre a freguesia da Pampilhosa, em 1758, os rios criavam barbos, bogas, bordalos enguias e trutas ... as pesqueiras são livres e no estio costumase pescar. As outras espécies, nomeadamente a sardinha e o bacalhau, que constituíam o alimento destas gentes chegavam de outros locais, como da Figueira da Foz ou do Porto. A produção de mel tinha também algum relevo, nomeadamente nos séculos XIX e XX. A cera, derivado do mel, era também comercializada. Os minerais mais abundantes do concelho parece terem sido o ouro e o estanho e foram explorados um pouco por todo o concelho. Outros minerais, como o chumbo e o zinco situam-se no Alto concelho. O chumbo ocorre em Ceiroco, Meãs, Unhais-o-Velho, Dornelas, Adurão e Malhada do Rei. Em 1758, ainda não havia notícia de exploração de minério no concelho. Apenas se suspeitava da existência de uma veia de pedras que pareciam estanho num sítio no lugar de Pescanseco. A exploração de minério começou a ter algum significado na década de vinte tendo contribuído de forma discreta para o desenvolvimento do concelho. No lugar de Ceiroco da freguesia de Fajão existia uma mina de Chumbo e Zinco que começou a laborar por alvará de 9-12-1918. Havia ainda duas minas de zinco situadas respectivamente, na Lomba das Vargens, na freguesia de Fajão e na Ribeira de Asno, na freguesia de Unhais –o- Velho que tiveram alvará 16-3-1923.Os censos de 1991 indicam que 35,1% da população activa do concelho pertencia ao sector secundário. Já no século XVIII, havia alguns oficiais mecânicos a laborar no concelho como os sapateiros, carpinteiros, alfaiates, pedreiros, barbeiros, ferreiros, tecedeiras e lagareiros. Como já referimos, duas das mais importantes produções agrícolas dos concelho eram os cereais e o azeite. Daí, a necessidade de engenhos de moer azeitona e cereais. Engenhos desses havia-os um pouco por todo o concelho, junto aos rios e ribeiras. Segundo a geografia comercial e Industrial de João Félix, citado por J. M. Baptista, de 1875, havia no concelho da Pampilhosa 44 lagares hidráulicos e 62 moinhos. Os proprietários desses engenhos eram normalmente as pessoas mais gradas da região, que os exploravam através de criados ou de arrendamento. Pinho Leal, em 1867 informa que "há neste concelho fábricas de bureis, picotilhos e panos brancos, tudo de qualidade grosseira". Informação esta que nos leva a inferir que as populações fabricavam as suas roupas. No século XIX a cultura do linho deveria existir um pouco por todo o concelho. No Baixo Concelho, nomeadamente nas aldeias de Carvalho e Pessegueiro sabemos que essa cultura era certa. A fiação do linho estava normalmente a cargo das mulheres. Comprovam esta afirmação os registos paroquiais da época, que revelam que a maioria das mulheres tinha por profissão fiadeira. Depois da fiação seguia-se a tecelagem também a cargo das mulheres. Há notícia de diversos teares no concelho, tendo chegaram a existir 70 teares de linho e 54 teares de lã. Em Carvalho, há notícia de um tear de tecer linho, em 1861. Com efeito, Luisa Maria, natural desse lugar diz, no seu testamento que: " Deixo a minha filha Luiza, ..., e a parte que me pertence no meu tear de tecer linho". Os tecidos grosseiros saídos dos teares eram pisados no Pisão – sistema hidráulico semelhante à azenha, tornando-os mais firmes e lisos. Estes engenhos existiam normalmente junto às ribeiras.Para a construção das habitações recorria-se à matéria prima da região, nomeadamente o xisto, para as paredes exteriores e à madeira de castanho para os interiores. Para cobrir as habitações utilizaram-se as loisas – lâminas de xisto e mais tarde a telha, que também aqui seria produzida. Segundo a fonte já referida, existiam no concelho em 1875, cinco fornos de telha. É possível que paralelamente ao fabrico da telha tivesse ocorrido algum fabrico de louça de barro embora de qualidade grosseira.O desenvolvimento agrícola, florestal e pecuário conduziram naturalmente à actividade comercial. O comércio do concelho foi essencialmente o azeite, a aguardente de medronho, os cereais e carvão de hulha. A castanha aqui produzida em grande quantidade era certamente um dos produtos comercializados. As feiras para comercialização de produtos só acontecem, provavelmente, no século XIX. Das mercadorias importadas, apara além do pescado do mar, uma das que devia assumir algum relevo era o sal, tão necessário para conservar os alimentos, nomeadamente as carnes do porco que se matava anualmente. Religião, assistência e cultura A Pampilhosa foi um priorado que começou por ter uma única freguesia, com a sua igreja paroquial e prior de apresentação do mosteiro de S.Pedro de Arganil. Pertenceu ao bispado da Guarda desde tempos imemoriáveis, tendo-se transferido para a diocese de Coimbra apenas em 1882. No termo, existia, no século XVII, apenas a freguesia do Cabril, no século XVIII, a de Pessegueiro e só no século XIX, as restantes que compõem actualmente o concelho. As freguesias rurais encontravam-se anexas à igreja matriz, cujo prior, de um modo geral, lhes apresentava o pároco.

Na Pampilhosa e no termo existiram ao longo dos séculos várias associações locais, nomeadamente confrarias ou irmandades, que testemunham a religiosidade dos pampilhosenses. Estas associações tinham como finalidade promover o culto público da divindade e da Virgem, ou a veneração dos santos da particular devoção dos fregueses. Encontram-se documentadas as seguintes confrarias:

Na Vila:

- Santo António - Nossa Senhora do Rosário - Santíssimo Sacramento, que durou pelo menos até 1911; - Senhor e Senhora do Pranto

No termo:

Dornelas do Zêzere

- Irmandade das Almas. Está documentada num manuscrito datado de 1667 – bula do Papa Clemente IX. Por ele, sabe-se que a confraria em questão é a das Almas do Purgatório, que existia na freguesia desde tempos muito antigos. Provavelmente anterior a 1604, uma vez que a doutrina canónica sobre confrarias com fins pios, como é o caso desta é anterior a 1604.- Santissímo Sacramento e das Almas. Dispõe de novos estatutos com data de 15 Outubro de 1942.

Fajão

- Irmandade de Nossa Senhora da Assunção - Santíssimo Sacramento.

Pessegueiro:

- Confraria de S. Simão

Unhais-o-Velho

- Santíssimo.

Vidual

- Irmandade do Santíssimo


No que se refere à Assistência teve a Pampilhosa Santa Casa da Misericórdia fundada no século XVI, por iniciativa particular de Simão Pires que deixou os seus bens para a fundação de uma capela(Capela da Misericórdia, situada na Praça) que ainda existe e na qual o benemérito foi sepultado, no ano de 1600. Desde então e até aos nossos dias, esta casa tem sido a Instituição assistencial Pampilhosense por excelência. Teve também uma Albergaria cuja data de fundação se desconhece. Sabe-se contudo, que a administração passou para a Misericórdia por alvará de 29-11-1824. Com efeito, com a doação perpétua dos bens da albergaria, a Misericórdia passou a dispor de maiores benefícios. Simultaneamente, ocorreu um maior apoio pecuniário quer por parte das pessoas mais gradas da terra quer de outras, que embora de menores recursos tinham, no entanto, grande devoção. Destacam-se entre os beneméritos de maiores posses Luís de Melo Castelão de Brito Brandão, seu irmão Custódio de Melo, e seu sobrinho o Padre António de Maria de Melo e Nápoles(natural de Góis, mas com origem em Carvalho pelo lado materno); o sargento mor da Pampilhosa Francisco Caetano das Neves e muitos dos seus descendentes e parentes, nomeadamente, Francisco Caetano das Neves e Castro(Administrador do concelho da Pampilhosa), Francisco Augusto das Neves e Castro (notável jurisconsulto e escritor) e Eduardo César Vidigal das Neves e Castro (poeta). Foi provedor desta instituição, ainda no século XIX, o prior da Pampilhosa Francisco Inácio Freire (pároco da Pampilhosa nomeado por decreto de 6 de Fevereiro de 1850), natural do lugar de Carvalho. A eleição deste clérigo, em 1859, foi muito proveitosa para a Misericórdia, pois de 1860 a 1890 o número de inscritos atingiu as 8 dezenas. Na verdade, "este homem, quer pela sua ascendência moral, quer pelo seu prestígio, era muito querido e considerado pelos pampilhosenses do seu tempo". Pertenceram também à Misericórdia Bento José Freire e o padre José Freire Barata também naturais de Carvalho; os padres José Alves Henriques de Carvalho, António Quaresma Caldeira e José Nunes Almeida, todos eles também responsáveis pelo ensino na Pampilhosa. A partir de 1890 a Misericórdia entrou num acentuado declínio, que pode ser explicado, na opinião do autor do artigo, por três razões: a primeira, "pela acção do liberalismo contra as leis de desamortização, iniciada por Mouzinho da Silveira", a segunda, prendeu-se com o facto dos numerosos enfiteutas deixarem de pagar os seus foros e a terceira com o o facto "dos pampilhosenses das aldeia periféricas deixarem de participar na sua sustentação, quer pelo óbito dos irmãos, precedentemente inscritos, quer pela falta de novos irmãos". Por volta de 1933-1935, um grupo de pampilhosenses constituído por António Carlos de Oliveira, Jaime Henriques da Cunha, Pompeu Alexandre das Neves, Porfírio Carneiro, padre Aníbal Dias Pacheco e o Dr. Cipriano Nunes Barata tomou a iniciativa de fazer ressurgir a velha Misericórdia do velho Município, com novas características. Procedeu-se à inscrição de novos irmãos, tendo-se obtido algumas dezenas de associados, tendo-se constituído a primeira mesa que teve como provedor o Dr. Cipriano Nunes Barata. O principal objectivo da nova instituição foi de dotar o concelho de um hospital. Contudo as dificuldades a ultrapassar eram enormes e só conseguidas à custa da persistência do grupo de restauradores da velha instituição.

Educação e Ensino

No domínio do ensino, os isolados serranos foram, durante séculos, na sua maioria analfabetos, com excepção do clero e de um reduzido número de leigos. Não havia portanto escolas, excepto nos mosteiros e nas sés. Contudo, pouco se ensinava. Os mestres não sabiam muito e o ensino era oral. O mestre ditava a lição, que o aluno aprendia de cor. Ensinava-se em primeiro lugar a ler e a escrever o latim que a partir do século XII, já ninguém falava. D. Dinis tornou o português língua oficial. A partir do século XVI, as escolas multiplicaram-se, embora existisse apenas um mestre em cada povoação importante. No caso específico da Pampilhosa, temos conhecimento, nos finais do século XVIII, da existência de um professor de Gramática Latina. Chamava-se António David Leitão e fora nomeado por D. Maria II, em 1779. Nas restantes freguesias do concelho, é possível que, embora sem carácter obrigatório, fossem os párocos que iniciassem alguns dos seus paroquianos mais interessados, na arte da leitura e da escrita. No século XIX, conhecem-se os nomes de alguns professores primários, nomeadamente os de José Alves Henriques de Carvalho e de José Nunes Almeida, ambos sacerdotes. O primeiro, exerceu na Pampilhosa até 1834, altura em que foi demitido por ordem superior, tendo sido provido interinamente José Nunes de Almeida. A demissão, por motivos obviamente políticos é declarada nos seguintes termos: "tendo sido nos fins do mês de setembro demitido o professor da cadeira de primeiras letras d’esta villa, o padre José Alves Henriques de Carvalho, por desafecto à Real Pessoa de Sua magestade e inimigo das instituições liberais...".José Nunes Almeida foi então nomeado professor da cadeira de ensino Primário da Pampilhosa em 27/7/1842 e viria a ser jubilado como professor público primário da Pampilhosa em 22 de Fevereiro de 1866. Mais tarde, em 4 de Agosto de 1851, foi nomeado professor da cadeira de Gramática Portuguesa e Latina, e de Latinidade do Concelho da Pampilhosa, António Quaresma Caldeira. Apesar do ensino ter sido, durante o século XIX, uma actividade rara neste concelho, é, no entanto, possível assegurar que a aldeia de Carvalho terá sido uma excepção. Com efeito, os carvalhenses foram na verdade privilegiados, pois tiveram acesso à instrução e muitos dos homens aí moradores sabiam ler e escrever. Esta situação prende-se certamente com o facto de alguns dos padres naturais de Carvalho terem aí fixado a sua residência. São exemplos os reverendos Francisco Inácio Freire e José Freire Barata. No final do século XIX, início do século XX, o povo de Carvalho teve contrato com um professor particular que aí ensinou as primeiras letras até à regulamentação da instrução primária, quando o exercício do ensino particular foi proibido a todas as pessoas que não estivessem legalmente habilitadas. No início do século XX, já muitas povoações do concelho tinham a sua escola primária, nomeadamente, a Pampilhosa, Pessegueiro, Carvalho, Fajão e Praçais. Na verdade, no jornal O Serrano, de 1907 pode ler-se a dado passo: "Fizeram exame do primeiro grau, ficando aprovados 8 alunos da escola de Pecegueiro, 3 da de Carvalho, 5 da da Pampilhosa, 1 da de Fajão e 1 da de Praçaes". Repare-se que neste texto apenas são referenciadas 3 freguesias e duas povoações, Carvalho e Praçais pertencentes, respectivamente às freguesias da Pampilhosa e do Cabril.



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