Namoro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O namoro é uma instituição de relacionamento interpessoal moderna, que tem como função a experimentação sentimental e/ou sexual entre duas pessoas através da troca de conhecimentos e uma vivência com um grau de comprometimento inferior à do matrimônio. A grande maioria utiliza o namoro como pré-condição para o estabelecimento de um noivado ou casamento.
Com a evolução da tecnologia, já é comum encontrar casos de pessoas cujo namoro se dá através das modernas formas de telecomunicação, como o telefone ou a internet. Assim, sendo, casais podem namorar apesar de estarem em países ou continentes distintos.
Índice |
[editar] Católicos
Para um católico que pretenda se casar, o namoro pode ser visto como uma relação que permite avaliar a adequação do outro como parceiro a fim de, com ele, vir a constituir uma união indissolúvel de corpo e alma. Portanto um namoro não se limita a ser uma possibilidade de fruição de prazeres mas é um empreendimento espiritualmente importante que permitirá, ou não, dar origem a um sacramento instituído por Deus, o matrimônio[ ].
[editar] Protestantes
Entre os protestantes o namoro descompromissado, históricamente, não é bem visto, por atentar contra suas doutrinas originais, que solicitam pureza moral e abstinência sexual antes do casamento. Porém, no mundo pós-moderno, a proliferação da idéia de verdade relativa tem sido aceita neste meio, o que promoveu uma maior liberdade sexual no compromisso do namoro, havendo até casos em que os parceiros dividem o mesmo lar sem a oficialização do relacionamento diante da Igreja.[ ]
[editar] Evangélicos
Entre os evangélicos, devido à ideia de retorno às origens do cristianismo, e à sua pureza inicial, idéia esta que promoveu o surgimento das denominações chamadas evangélicas por volta do fim do século 19 e início do século 20, seus vários teólogos tem discutido a necessidade da existência, atualmente, deste nível de relacionamento pré-conjugal[ ], quando, na própria cultura hebraica (povo cuja cultura moral foi o berço do cristianismo) o namoro nunca existiu, ou sequer foi citado.
Segundo a tradição hebraica, mesmo que a um homem (ou mulher), não fosse possível seus pais escolherem sua cônjuge (o que era preferencial), e fosse necessário que ele mesmo fisesse essa escolha, a ele só seria lícito poder se comprometer em noivado com (se prometer para) uma mulher, aos pais, ou responsáveis, dela. Neste compromisso, qualquer envolvimento sexual ou afectivo com outra mulher que não a noiva já implicava em traição. Mas também, não era permitido qualqer contato sexual, em nenhuma intensidade, com a noiva. Em aguns casos nem sequer o desenvolvimento de uma amizade, pois até esta deveria acontecer apenas no casamento.
Em muitas denominações evangélicas porém, seus principais teólogos, para não chocar os recém ingressos ao cristianismo evangélico, além de querer evitar divórcios, tem preferido transformar o namoro num pré-noivado[
]. Têm dado a ele uma regra que antes só cabia ao noivado, o impedimento de quaquer nível de envolvimento sexual. Mas, ao mesmo tempo, tem permitido a aproximação fraternal e afectiva entre os pré-cônjuges, com o objetivo de testar, ainda antes do casamento, a relação entres eles. Tentando assim impedir que o casal vivencie no matrimônio grandes atritos que talvez um deles (ou ambos) não consiga superar, o que poderia resultar num divórcio.Eles orientam os pré-cônjuges a que se conheçam tanto quanto puderem, e a serem verdadeiramente transparentes um com o outro nesta fase. Isto precipitaria o choque entre as personalidades e caráteres de ambos, caso suas personalidades e caráteres não fossem compatíveis. O que acarretaria na constatação de alguém do casal (ou ambos) das conseqüências de seguir adiante com a união, e então decidir acabar a relação. O que é permitido a ambos por não estarem no compromisso do matrimônio. Assim como também é permitido acabar a relação quando ainda se está no noivado.
Em agumas denominações ainda, seus líderes tem preferido até dar outro nome ao namoro, chamando-o côrte, mas orientando os pré-cônjuges a que sigam a mesma conduta descrita anteriormente.[ ]